Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Bate papo da UOL

Houve uma época em que eu não possuia computador. Consequentemente, eu não possuia internet. Aliás, só uma pessoa tinha internet no meu prédio. E como a rede estava começando a se popularizar, era na casa dele que a galera se reunia.

Eram horas e horas de Elifoot 98 e bate-papo da UOL. Era também o início da popularização do ICQ. Para se ter idéia, estamos falando de mais ou menos, 1998, 1999 por aí. Eu era um tanto quanto fominha em relação aos outros garotos. Não sei, eu era um tanto quanto mais “alfabetizado” na arte de digitar, falar e escrever corretamente. Portanto, minhas conversas no bate-papo sempre rendiam muito mais do que a dos outros garotos.

O mais engraçado é perceber que muito pouca coisa mudou daquela época para hoje. As pessoas ainda são personagens na internet, principalmente em bate papos. Na época, a moda era morar na Pampulha e estudar no colégio Promove, hoje um falido. Ambos. A Pampulha não é mais a mesma e o Promove não é mais o mesmo. Para se ter uma idéia, naquela época, a maioria das pessoas acessava o “Cadê?” ao invés do Google. Bom, pelo menos a grande maioria das pessoas que eu conhecia.

Era um tal de “sou morena, alta, estudo no Promove e moro na Pampulha”, que parecia uma conversa de vizinhos, tamanha era a falta de criatividade das pessoas. Na época não havia as facilidades que o MSN Messenger nos apresentou como fotos na tela de mensagens e a utilização da webcam. Ou seja, você acreditava ou não no que a pessoa te falava. Com o ICQ as coisas melhoraram um pouco. Um pouco, porque ainda sim as pessoas pegavam fotos da internet e mandavam como se fossem elas. Como acontece hoje em dia.

Cara, como eu era tosco. Eu entrava com o nick de Zero Cool. Me achava o máximo por usar o nick do carinha do filme “Hackers, Piratas de Computador”. Sério, um dos piores filmes sobre hackers do mundo, mas que na época era a oitava maravilha pra mim.

Na mesma época começavam a pipocar os primeiros “lammers“, moleques de 10 anos de idade que acabaram de ganhar um computador de dia das crianças e começaram a descobrir as maravilhas do Sub7, BackBuster e “Telnet”.

Se você zoava o cara de acordo, ele vinha com o papinho de “vou te invadir”, “descobri seu IP”. Blah blah blah. Invada meu orgão reprotudor, seu bastardo. O pior é que essas ameaças surtiam efeito. Dependendo do tamanho da treta e da capacidade mental da outra pessoa, após uma ameaça dessas, a sala esvaziava.

Claro, não dava pra ficar muito tempo nas salas de bate-papo. A internet era discada e as festas virtuais aconteciam geralmente em dia de semana, ou seja, milhões de reais em pulsos telefônicos, sem contar que a família do cara chegava às 18 horas. Quando acabava Malhação significava uma coisa:

Hora de ir embora. Amanhã tem mais!

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Greve de espectador

A falta de tempo é algo absurdo. Estou com alguns filmes para assistir, e estão só acumulando. Eu simplesmente não consigo achar tempo para assisti-los. É sempre um compromisso ou vontade de simplesmente deitar e dormir. E a cada dia que passa os filmes continuam lá, jogados às traças, esperando humildemente que eu tire um tempinho para usufruir dos momentos de entretenimento que só Hollywood pode me proporcionar.

Entre os filmes que estão aguardando um lugarzinho na minha agenda estão: Na Natureza Selvagem, Os Donos da Noite, O Gangster, Cloverfield (assisti no cinema, mas vale a pena ver de novo) e Walk Hard.

Sério, vontade de assistir não falta. O que falta é realmente tempo e ânimo. Mas espero desfrutar de algumas horas de diversão cinematográfica residencial ainda esse ano.

Agora mesmo eu poderia estar assistindo a esses filmes, mas não, o fominha aqui tá sentado na frente do pc postando no blog. Tá certo, to meio desleixado com isso. Tenho que atualizar meu repertório de citações de filmes, sem contar as referências para piadinhas ao longo dos posts.

Em relação a entretenimento cinematográfico residencial, o único que arranjava tempo, inevitavelmente, era Lost. Não tinha como não assistir. Mas agora os filmes? Estou parecendo os velhinhos de Cocoon antes do E.T aparecer. Apático e cansado, totalmente alheio aos minutos de diversão que me aguardam ao dar o Play nesses filmes.

Bom, vou ficando por aqui, acho que me prolonguei demais nesse desabafo sincero e emocionante.

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Twitter e os sinais de infestação. Uma previsão se confirma.

Permito-me dizer que a possibilidade de falar merda nesse post é enorme. Principalmente por não participar diretamente do assunto que tratarei nesse post. Mas enfim, o blog é meu e eu falo o que quiser. 😀

Começou com o orkut e agora a vítima é o Twitter. Mas vítima do que? Vítima da infestação de brasileiros.

Quando um serviço se populariza no Brasil, as pessoas passam a utilizá-lo das formas mais desnecessárias possíveis, causando lentidão nos servidores, quedas e principalmente desgaste.

Eu não uitilizo o Twitter, não é uma ferramenta que eu julgue necessário utilizar no momento. Não sou do tipo Geek que fica postando do celular a cada 4 segundos. Até porque eu não tenho dinheiro pra ficar gastando com internet móvel. Se até para a minha namorada eu tenho que mandar mensagem de graça do site da operadora, quem dirá um serviço de “microblogging”.

Enfim. Os brasileiros invadiram o Twitter, e tenho lido sobre as constantes quedas do serviço. É claramente o mesmo problema que aconteceu com o orkut. Milhares de posts, spams e novos usuários que se cadastram apenas para “seguir” (com o perdão do trocadilho) a modinha. Quem é descolado tem que ter um Blog, um twitter, um flickr e uma conta na facebook. Tá bom, eu tenho um blog e um flickr, mas quem disse que eu não sou moderninho? 😉

Eu já falei sobre isso nesse post. Creio que acertei a minha previsão, pois as pessoas já estão migrando para os novos serviços. Mas não é uma coisa dificil de se prever, é só analisar o histórico do brasileiro em ferramentas. Cagamos em serviços como o fotolog, orkut e agora o twitter. Daqui a pouco os novos serviços começarão a sofrer com o mesmo problema e o ciclo vicioso continuará.

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Povão!

Não existe coisa pior do que andar no centro da cidade. Creio eu que em qualquer cidade. Aquela quantidade absurda de pessoas, andando como se fossem as próprias donas da rua. Andando em grupinhos gigantes, lado a lado, ocupando toda a extensão da calçada, e se movimentando como lesmas.

Pior do que andar no centro, é entrar em alguma loja de “povão” no centro. É um inferno, um empurra-empurra do caramba. Parecem um bando de hienas correndo em direção a um cervo morto.

Como estou com o meu dedão do pé recém operado, tenho que andar de papete e com curativo. Se não bastasse isso, tive que ir comprar gel de cabelo (pra ficar bonito 8) ) em uma dessas lojas de “povão”. Sério, foram 20 minutos de tensão.

Logo de início, tive que deixar minha mochila no guarda-volumes, e na minha frente, tinha uma daquelas mulheres que nascem com a única e exclusiva missão de copular e repovar a Terra. Milhares de filhos e aquelas bolsas gigantes. Com muita astúcia superei o obstáculo.

Mas o pior estava por vir. Aqueles corredores minúculos para 300 pessoas, parecendo uma colméia cheia de abelhas operárias em busca do mel perfeito. Só que nesse caso, eram milhares de mulheres em busca de tintas de cabelo, shampoos, condicionadores, ceras para depilação e uma variedade enorme de produtos de beleza.

MInha namorada estava comigo, e a cada dois passos eu tinha que olhar pra trás pra ver se a multidão não a pisoteava. Mulher e produtos de beleza com desconto não combinam com homens no mesmo estabelecimento. Custei a achar o gel. Quando encontrei, foi como se tivesse achado o Santo Graal. Poderia sair dali sem mais delongas.

Só que ainda tinha o caminho de volta. Aquela multidão, a massa, o povão propriamente dito. A nata da audiência de programas como A Tarde é sua e da Marcia Goldsmith.

Mas consegui. Saí ileso de lá sem nenhum pisão no meu pé. Saí como um vencedor daquele lugar.

Espero não ter que voltar no centro por um longo tempo!

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Idade

Dia a dia de um hospital

Tirei essa foto semana passada em um hospital aqui em Belo Horizonte. Eu estava aguardando atendimento. A tal da unha encravada. Eu teria que consultar para o médico encaminhar para a marcação da micro-cirurgia. Enfim, operar de unha encravada.

Enquanto aguardava ser chamado, essa senhora da foto encontrava-se ao meu lado, também esperando atendimento. Não sei o que ela tinha e também não sei se ela foi atendida como merecia, mas cabe uma reflexão:

Enquanto várias pessoas investem em futilidades, tratamentos de beleza, roupas caras e mais e mais cirurgias plásticas, vão esquecendo que o tempo é implacável. Por mais que se atrase os seus efeitos, uma hora eles chegarão. Pode ser aos poucos, mas estarão lá. Os seus cabelos louros aos poucos se tornarão brancos. A sua pele esticada começa a ficar enrugada novamente. A barriga milimetricamente moldada começa a ficar flácida e os ossos fortes de outrora começam a ficar mais fracos.

Quando você perceber, será uma pessoa de idade. Aí não terá mais solução. Terá de encarar os efeitos do tempo, e quero ver se terá tamanha força de vontade para aguentá-los.

Eu refleti naquele momento e percebi que para quem viveu tantos anos, criou filhos, netos, quem sabe bisnetos e cuidou de casa, uma unha encrava não seria nada. E o pior de tudo, viveu todas essas experiências, e ainda teve que aguardar atendimento.

Enfim, vamos valorizar a vida, os momentos e não dar tanto valor a coisas materiais.

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