Trabalhar para viver ou viver para trabalhar?

trabalhar

Por Diário

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Quase um ano desde a última postagem nesse blog.

O último post foi celebrando os 13 anos do Sem título ainda

Algo curioso em minha relação com o blog é que eu posso ficar muito tempo sem postar por aqui, eu sempre acabo voltando próximo da data de aniversário.

Não é algo planejado. Simplesmente acontece.

O início de 2019 prometia uma boa frequência por aqui. Mas, como sempre, a vida aconteceu e devido a tantos freelas, não tive tempo e nem cabeça para me dedicar à escrita pessoal.

É incrível como o ciclo é sempre o mesmo: eu me comprometo a escrever mais e, paralelamente a isso, me comprometo a trabalhar mais. E o resultado é sempre mesmo: eu priorizo o trabalho e deixo todas as minhas iniciativas pessoais de lado.

Não é a primeira vez que isso acontece e acredito que não será a última.

Se por um lado é sempre bom trabalhar, por outro isso tem muitos efeitos negativos quando a gente resolve adotar uma jornada dupla. E falando isso como homem cis, é até injusto com as mulheres, principalmente mães, que fazem isso há anos e provavelmente não reclamam da forma como estou reclamando por aqui.

Eu tenho um emprego formal, das 08h às 18h. O salário é bom e o trabalho é satisfatório. Mas a gente sempre tem um ou outro plano que depende de dinheiro e, pra isso, a gente precisa trabalhar mais para facilitar.

É aquela eterna dúvida: eu trabalho para viver ou eu vivo para trabalhar?

Ainda não sei a resposta.

O que eu sei é que essa carga de trabalho veio acompanhada de muitas crises de ansiedade, ganho de todo o peso que havia perdido em 2018 e uma fragilidade absurda da minha saúde.

Chegou num momento no final do ano que o meu corpo simplesmente desistiu.

“Rafael, não dá mais. Você não tá vendo que eu não tenho mais condições”?

Entre febres, dores de cabeça, dores no corpo e uma diarreia que durou quase três semanas, foi preciso parar e reavaliar se tudo aquilo valia a pena.

Sempre me pego pensando se vale a pena desgastar tanto a nossa saúde e sacrificar o nosso tempo em busca do dinheiro necessário para realizar algum sonho ou alcançar algum objetivo.

Sou completamente hipócrita de falar isso, pois reconheço o meu privilégio de ter condições de trabalhar em um emprego formal e como freelancer. A situação de outras pessoas pode – e com certeza é – muito pior que a minha, mas tenho de falar dentro da minha realidade.

No final das contas, por um desses caminhos que a vida decide tomar, acabei não investindo o dinheiro no objetivo principal.

Resolvi esperar mais um pouco, afinal, eu ainda teria 2020 para descansar e finalmente realizar esse sonho.

O que eu e todos vocês não sabíamos é que 2020 seria essa verdadeira massa de cocô duro esfregada em nossas caras.

Quero falar sobre este ano em um post dedicado.

É mais um motivo para me fazer escrever aqui no blog, já que fiquei tanto tempo sem aparecer.

Não sei nem se eu tenho leitores por aqui, mas isso talvez me obrigue a “produzir” mais, já que é esse o novo barato de quem está de quarentena.

Fica ligado por aqui.

Eu volto.

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