Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

O dia em que me tornei figurinha de um álbum da copa

Dia desses tava lembrando (com grande saudade, que fique bem claro) da minha época de jogador de futebol. Comecei como goleiro nas quadras do meu bairro. Com belas defesas e um carisma inigualável, ganhei destaque na liga infantil do bairro sendo chamado para jogar no Internacional, time do bairro. Começava a minha carreira no campo.

Como um diamante bruto criado nas quadras, era necessário lapidar as minhas habilidades nessa nova empreitada nos certames da região. Pra começo de conversa, o gol era bem maior e mais largo ao que eu estava acostumado, e com os meus incríveis 1,50m era necessário uma grande evolução na minha impulsão e elasticidade.

O primeiro jogo foi uma vergonha. Eu não estava acostumado a bolas altas (não vá pensar besteira, ok?) e, só de escanteio, o time adversário deve ter feito uns 4 gols. Foi uma atuação horrível. Eu comandava nas quadras, mas o campo era um novo desafio, mas que eu estava disposto a tirar de letra.

Com o tempo fui melhorando e ficando mais confiante. Já sabia sair no escanteio, e o número de gols nesse tipo de jogada diminuiu bastante. Estava começando a dominar esse fundamento. Em pouco tempo já havia conquistado a admiração dos 10 torcedores fiéis do Internacional. Na turma, eu era um mito. Os mais jovens me olhavam com a esperança de um dia alcançar tamanho conhecimento entre as traves.

O tempo passou e, enquanto jogava como goleiro nos campos, nas quadras eu já estava jogando na linha. Também levava jeito como líbero, e comecei a perceber uma certa vontade de aplicar essa habilidade nos campos também. Só que dessa vez fui mais além, e ao invés de jogar no “Inter”, fui logo fazer um teste no América. E, para surpresa geral, eu passei!

No América eu joguei quase um ano como meia-direita, o clássico camisa 7, ponta avançado, habilidoso e humilde, acima de tudo. Infelizmente, não deu para continuar jogando no time, uma vez que o horário da escola havia mudado, e o time só treinava na parte da manhã. Basicamente, perdi a chance de chegar à seleção graças aos estudos. Abraço a todos os envolvidos.

O tempo passou e eu simplesmente desisti da carreira futebolística. Mas, como o Pelé, que realizou o seu último gol com a ajuda de uma operadora de celular, uma boa alma resolveu realizar o meu sonho de figurar em um álbum de figurinhas da Copa.

Se liga:

 

Pois é, amigos! A Refrigerantes Del Rey resolveu montar o seu próprio álbum de figurinhas da Copa. Você envia uma foto sua para o site www.ciadelrey.com.br/copa e é só salvar! As onze fotos mais criativas ganharão pacotinhos com 10 figurinhas auto-colantes da sua foto, além de um kit com vários produtos da Del Rey. Pra você que sempre sonhou em ser parte integrante de um álbum da Copa do Mundo, é a sua chance.

Sem contar que você poderá fazer parte do time de craques do site.

Vai dar mole? Nem eu.

Então clica aí e manda a sua foto! www.ciadelrey.com.br/copa

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A cultura pop e eu

Existe um grande problema quando você cresce vivendo e consumindo a tal da cultura pop. Você passa a basear a sua vida em tudo o que você aprendeu com filmes, desenhos, músicas e livros, de forma que ao se deparar com um problema de verdade, descobre da pior maneira que nem tudo é perfeito como parecia.

As suas aventuras não são tão legais como a dos filmes. Por exemplo, a primeira vez que assisti Os Goonies, minha reação imediata após os créditos finais foi pegar a bicicleta e sair a procura de um tesouro ou qualquer coisa do tipo. O máximo que consegui foi quase ser atropelado e chegar em casa desanimado.

Outra coisa que me deixou bem incomodado por ter crescido assistindo a esses filmes de superação, é que depois de uma surra para os caras mais velhos e essas coisas, não havia nenhum “zelador” oriental, simpático e mestre de Karatê pra me ensinar a luta mortal. Resultado, mais algumas surras de leve.

Não vou nem citar a frustração que é ser picado por uma aranha esperando adquirir super-poderes e, no máximo, conseguir uma gangrena no braço esquerdo e uma experiência de quase morte. Muito menos as escoriações e ossos quebrados depois de tentar saltar do topo do prédio vestindo uma “capa” vermelha e uma cueca sobre a calça.

Você ou algum amigo, provavelmente, já pensou em tirar carteira de motorista e comprar um carro pra impressionar uma garota, não é mesmo? Vai dizer que não era triste ver aquela turminha popular dando role de carro e você ali, parado há 20 minutos esperando o seu ônibus? Pois é.

Isso sem contar as inúmeras vezes que entrei pelo cano, sem nem ao menos salvar a princesa…

Porém, nada supera a decepção que foi a minha vida sexual no final do colegial e durante a faculdade. Se tem uma coisa que eu aprendi com os filmes, é que o período ideal para desenvolver toda a sua habilidade sexual compreende a formatura do colegial até o final da faculdade. Você viveu todos aqueles anos na escola simplesmente em função disso. Infelizmente Hollywood estava errada, mais uma vez.

Em relação as festas, mais um engano. Sabe aquelas putarias regadas à muita cerveja, vodka e strip-poker? Podiam até rolar, mas não nas festas em que eu fui chamado, o que provavelmente me leva a crer em duas possibilidades:

1 – eu não era maneiro ou sexualmente atrativo o bastante para ser chamado para as verdadeiras festas da faculdade.

2 – convivi com um bando de freiras.

Eu não tenho a menor vontade de contar as minhas histórias frustrantes de faculdade para os meus filhos ou netos, porque será algo tão monótono quanto uma partida de xadrez. Arrisco a dizer que a festa de 12 anos da minha prima gerou mais historias pra ela e as amigas e amiguinhos do que todos os meus 4 anos de faculdade. Não é pra rir, é pra chorar de decepção.

Acredito que o mesmo está pra acontecer com essa geração Colírio. O que vai ter de garota viajando pro litoral esperando encontrar, na casa ao lado, três vizinhos sozinhos parecidos com o Dudu Surita, Caíque Ribeiro e Federico Devito não vai ser brincadeira, e a frustração será a mesma. Ou não, as vezes o vizinho sou eu. Heh.

As melhores lições, porém, vieram das músicas. Acredito que o motivo seja, na grande maioria dos casos, que as composições foram realizadas depois de o autor passar por algo parecido com o que nos incomoda.

Todo mundo já sofreu por amor, todo mundo já saiu pra curtir com os amigos e, todo mundo já escreveu alguma letra pensando em alguém.

Os Beatles estavam certos em 90% das suas músicas, e, veja bem, não quer dizer necessariamente que eles passaram por essas coisas. Tudo o que nós precisamos é de amor e segurar a mão de alguém. Se você precisa de ajuda, é só pedir por socorro. Mas, sempre terá algo no jeito que ela se move que desperta a sua atenção, e isso ninguém aprende na escola.

Quem nunca pensou em The Cure quando viu as fotos de alguém na parede? Ou simplesmente ficou mais animado em uma sexta-feira enquanto estava apaixonado? E mesmo depois de um fora, você continuou firme, porque garotos não choram.

Claro, isso não se aplica a todos, só aqueles que viveram e tiveram as suas raízes na cultura pop americana/britânica, o que é o meu caso, obviamente.

De qualquer forma, a vida real pode ser bem diferente do que os filmes, livros, quadrinhos e músicas nos mostram, mas, é inegável que eles moldaram o meu caráter de forma precisa. E eu nem precisei criar uma garota nota 1000 pra isso.

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Como entender as mulheres?

Mais uma noite de reflexões acerca de assuntos do nosso cotidiano diário do dia a dia, não é mesmo minha gente? Pois é. Enquanto conversava com a Lara no emi-esse-êne, lembrei de alguns momentos da minha época de loser (que nem tá tão no passado assim, convenhamos).

Por ser um cara sem a menor vocação para putão ou cafajeste, muitas vezes estive presente na dolorosa friend zone (é, ela de novo, mas, fazer o quê, né?). Lá não é um lugar nada agradável. É frio, é aterrorizante e te deixa com cara de idiota na maioria das vezes.

 

Eu te amo, Jamie Palamino

 

 

Enquanto eu estava lá, achando que teria todas as chances do mundo com alguma garota, para ela, eu era só o amigo que fazia piadinhas engraçadas, comentários sagazes, comprava chocolates, mandava mensagens de celular e ouvia os problemas amorosos dela. Sim, eu era um amigo sem pênis na cabeça dela. Um ser assexuado. Eu era quase um diário. Mas, ao invés de só escrever, ela me contava e eu dava algum conselho que só me fodia cada vez mais. E assim eu passei a minha adolescência/início da vida adulta.

Era todo romântico com essas garotas. Fazia todas essas babaquices que rapazes apaixonados fazem com a esperança de que um dia estaria me divertindo sexualmente naquelas carnes. Não sei a quem eu estava enganando, afinal.

Daí, que a história sempre terminava da mesma maneira. A amizade prevalecia pra elas e a minha auto-estima ia lá pra baixo, no seu cantinho escuro e cheio de mofo. Mas onde ela era feliz.

Um dia eu comecei a namorar. Aí sim. Eu pude exercer o meu romantismo sem medo de ser feliz. Escrevia coisas bonitas no blog, no fotolog e no Orkut. Mandava mensagens de amor, ligava todos os dias e dava presentinhos que lembravam o namoro. Tudo lindo.

Mas, aí, vendo todas essas coisas, as garotas que tantas vezes me colocaram na friend zone, ou, como é conhecida – página dos caras sem a menor chance -, vinham comentar comigo no MSN que adorariam ter um namorado que fizesse as mesmas coisas que eu fazia pela minha namorada.

What the fuck?

Eu sempre estive aqui. Fazendo as mesmas coisas sem nem ao menos ter algum tipo de compromisso com você e, quando eu finalmente consigo me dar bem em um relacionamento, vem falar que gostaria de alguém que fizesse o mesmo?

Eu sempre fiz o mesmo.

Isso só me fazia pensar uma coisa: qualquer cara no mundo que fizesse essas coisas, teria a total atenção e o amor da garota, desde que esse cara não se chamasse Rafael, fosse parecido comigo e, pera aí, fosse eu. Aquele papo de “o problema sou eu” nunca fez tanto sentido quanto nessa época. E, acho que faz até hoje. Afinal, continuo sendo esse cara, né?

É realmente complicado entender a mente feminina e todas as vertentes comportamentais dela. Se você é romântico, elas preferem os caras cafajestes. Se você arruma uma namorada, elas resolvem brotar do nada dando mole e dizendo que adorariam ter alguém que fizesse as mesmas coisas que você faz pela sua garota. É um paradoxo.

Eu só sei que no final, “é uma verdade universalmente aceita que uma mulher, em posse de um coração apaixonado, necessita de mais corações apaixonados. E nunca tal verdade foi mais inquestionável do que durante a minha vida”.

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Linha temporal

Refleti sobre o tempo agora à noite. Cheguei à conclusão de que o tempo varia de pessoa pra pessoa. Algumas estão em uma linha temporal mais adiantada, enquanto outras sofrem um pequeno “delay” em relação ao todo.

É um pouco complicado, mas explico.

Algumas pessoas (vamos denominar de pessoa 1) – sabe-se lá por qual motivo -, esperam uma determinada fração de tempo para realizar uma ação, enquanto outras (logicamente, pessoa 2) realizam a mesma ação, causada por um denominador comum, em um espaço de tempo bem menor do que a outra.

A pessoa 1 pensa o seguinte: deixa eu dar um tempo pra realizar essa ação, porque, enquanto isso, alguma coisa ainda pode dar certo e, talvez, realizando a ação nesse momento eu possa estragar a linha temporal original e destruir o futuro.

A pessoa 2 pensa assim: foda-se a pessoa 1.

Tecnicamente, as duas pessoas estão na mesma linha temporal, porém, em freqüências diferentes. Mas, freqüência de cu é rola, e não importa quanto tempo você espera; a vida tá seguindo. Não espere que as pessoas façam o mesmo que você. Elas não farão, e você sabe disso.

Enfim, é só um texto meio sem noção sobre o tempo, esse lindo.

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O Aprendiz – Inscrições abertas

inscrição aprendiz

Are you Randy?

O Aprendiz inscrições abertas

Reparei que estou chegando em uma fase da minha vida onde preciso repassar todo o conhecimento que adquiri ao longo dos anos para um possível sucessor. Como um bom ancião, eu não tenho um filho e não curto muito aquela vibe meio cultural de repassar conhecimento de geração pra geração. Essa juventude sempre distorce os nossos ensinamentos e acabam utilizando toda a técnica e sabedoria de forma incorreta.

Quem acompanha o blog e lia meus artigos no Ato ou Efeito sabe que sou um exímio conhecedor do sexo feminino. Pelo menos na teoria. Dessa forma, acho justo reconhecer que preciso repassar toda essa sabedoria para alguém, digno de confiança e que tenha um dom semelhante ao meu: O dom da sedução.

Para encontrar essa pessoa, declaro abertas as inscrições para o Aprendiz 2011. Uma acirrada disputa entre internautas para saber qual deles será o substituto derradeiro do mestre Rafa Barbosa na arte de encantar cocotas no mundo virtual.
Os candidatos serão avaliados em vários critérios. Se você se acha maneiro porque viu a sua prima na webcam, saiba que agora estará falando com um faixa preta nessa arte. Estarei de olho na sua desenvoltura e domínio de conversa com chats de webcam, além de observar de perto como você trata as mulheres da sua lista de amigos no Orkut e, principalmente, os seus argumentos para conseguir um MSN no bate-papo da UOL.

Tá pensando que é fácil, amigão? Aqui o bagulho é frenético. Se você acha que é capaz de me substituir com louvor na arte da sedução virtual, faça a sua inscrição nos comentários e se prepare física e mentalmente, pois a bateria de testes, provas e exames não será nada fácil.

Ao final do “programa”, você saberá de trás pra frente todas as formas e técnicas de conquista pela internet – meu habitat natural – além de herdar uma grande coleção de MSN’s de garotas com webcam testadas e aprovadas por quem mais entende do assunto: eu.

Não perca. Faça logo a sua inscrição para O Aprendiz – Rafabarbosa.

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