Arquivo

Qual é a posição correta do papel higiênico?

Preciso falar sobre um assunto muito delicado e importante no atual cenário mundial. Qual é a posição correta do papel higiênico? Com a ponta caindo por cima ou vindo por baixo?

Passo pelo menos 15 minutos (às vezes mais, às vezes menos) do meu dia realizando o nobre ato de completar o ciclo digestório. Quando nessa situação, gosto de me sentir confortável e saber tudo está em seu devido lugar.

Quanto mais confortável e mais familiarizado com ambiente, melhor o meu intestino funciona. Logo, posso dizer que a minha saúde depende da posição exata e correta do papel higiênico.

O papel higiênico não é como o durex. Quando se trata dessa famigerada fita adesiva, já travei épicas batalhas e enfrentei labirintos assustadores em busca da ponta perdida. Mas o trabalho de localizá-la fica muito mais fácil quando sabemos que a ponta está no sentido “cascata”.

Voltando ao papel higiênico, dificilmente estaremos correndo o risco de perder a ponta. Mas é extremamente importante sabermos onde ela se encontra. Além disso, o manuseio fica muito mais fácil e podemos fazer o corte no lugar certo. E vale lembrar que o corte correto do papel higiênico é essencial para uma boa limpeza.

Como você já deve ter percebido, sou uma pessoa sensata que defende que o papel higiênico deve estar sempre posicionado da seguinte forma:

papel higiênico

esteticamente perfeito

Fico incomodado quando faço uma imersão nesse momento tão íntimo e me deparo com o papel higiênico posicionado da forma incorreta. É uma sensação tão frustrante quanto um coito interrompido.

Imagino que algumas pessoas sentem-se mais confortáveis com a ponta saindo por baixo, escondida e dificultando o destaque do papel. Mas o que seria da vida sem as adversidades, não é mesmo? Há quem prefira enfrentar desafios constantemente.

Eu, pelo contrário, gosto de tranquilidade quando estou no reino mágico do banheiro.

Sei que essa é uma discussão tão fundamental quanto a famosa “bolacha x biscoito” e trago o debato à luz sabendo que corro o risco de acender o pavio de uma banana dinamite, mas assumo a responsabilidade.

Afinal, existem os defensores da forma errada (ponta do papel higiênico saindo por baixo e quem diz bolacha) e existem aqueles que defendem a forma correta e os bons costumes, como a ponta do papel saindo por cima e o termo biscoito.

O que importa, no final das contas, é você ser feliz e sentir-se confortável na hora do cocozinho.

Se você é daqueles que prefere o papel higiênico de folha simples… aí, meu amigo, temos um problema. Mas discutiremos em uma outra oportunidade.

Agora preciso me limpar.

Por

Continue Lendo

Quero deixar de ser gordo e ficar igual ao Chris Pratt

Não dá pra ser gordo e se vestir bem. Recentemente passei pela tortura que é tentar comprar uma roupa que me vista razoavelmente bem estando acima do peso. Eu precisava de uma calça jeans e uma camisa social para uma ocasião mais formal e não existe nada mais chato no mundo que procurar roupas nessa situação.

Eu era gordo. Ai fiquei magro e agora estou gordo novamente. Poderia ser um ator de Hollywood se preparando para um papel dramático, mas é apenas a minha péssima genética que transforma um hambúrguer em dois quilos de tecido adiposo sem o menor esforço.

Eu sou um cara orgulhoso. Sei que estou gordo mas não admito isso internamente. Sendo assim, eu me recuso a apelar para lojas de roupas com tamanhos especiais. Na minha cabeça, ao fazer isso estou aceitando a condição deque sou gordo e não tem volta. Não vou me resignar assim tão fácil.

Por já ter sido gordo anteriormente, eu sei que camisas são muito mais fáceis de se encontrar em tamanhos maiores. Já as calças…

Parece que as lojas de departamento no Brasil tem vergonha de vender roupas para gordos. Para começar, nenhum tamanho acima de 48 fica em destaque nas lojas. Não sei se alguém explicou para esse pessoal que a população brasileira está ficando mais gorda, porque o tamanho padrão dessas lojas é 42. QUARENTA E DOIS. Parece a resposta para o sentido da vida, do universo e tudo o mais, mas é apenas uma noção errada de que todo mundo é magro.

As calças para gordos ficam literalmente escondidas nos fundos da loja ou em corredores obscuros, afastados e escondidos. Para encontrar essas calças, é preciso passar por vielas perigosas e alguns becos minúsculos.

No fundo, bem no fundo da loja, no lugar onde os dinossauros vão pra morrer, a gente encontra uma calça tamanho 48. Com sorte, uma 50 pra ficar larga e durar mais uns 10 quilos.

Para um cara gordo como eu, comprar roupa não se baseia em encontrar algo que eu goste e fique bem em mim. Se baseia em torcer para encontrar uma roupa que caiba no meu corpo.

Você não compra o que quer. Você compra o que te serve e agradece por isso.

Depois de procurar por uns 15 minutos, acabei encontrando uma calça que me serviu e não ficou parecendo aqueles modelos dos anos 2000.

calça para rappers

Eu não quero me parecer com alguém dos anos 2000

Além de jogar a minha autoestima lá embaixo (e sendo gordo eu tenho um limite para o quanto consigo me abaixar), essa situação acabou me deixando em estado de alerta. Ou eu tomava um jeito na minha vida ou estaria caminhando a passos largos para desenvolver algum problema grave de saúde.

Dei essa volta toda, explicando o contexto da situação apenas para revelar o meu tradicional projeto de emagrecimento para 2016.

Resolvi esperar a virada do ano, que é quando o meu cérebro consegue se prender a alguma promessa ou objetivo traçado e resolvi iniciar o projeto que chamei carinhosamente de Fat2Pratt.

A ideia é basicamente fazer igual o Chris Pratt: deixar de ser um gordinho engraçado e simpático e me tornar um cara forte, definido, engraçado e simpático.

fotos do chris pratt

Chris Pratt semi nu passando na sua tela

Comecei cortando todas as porcarias que eu estava acostumado ingerir todos os dias: refrigerantes, salgados, sanduiches e doces. Em 2013 eu fiz exatamente a mesma coisa e tive um resultado muito rápido e agora espero conseguir novamente.

O segundo passo foi iniciar a prática de exercícios físicos regulares. Eu já jogo futebol toda terça feira e agora me matriculei numa academia e pretendo malhar de segunda a sexta (eventualmente em algum sábado).

O próximo passo é consultar uma nutricionista e fazer uma dieta correta, já que no momento estou apenas cortando alimentos citados acima e comendo menos.

Como todo projeto fitness, criei um instagram pra registrar a evolução. Você pode seguir aqui: @fat2pratt. Na verdade ainda estou um pouco tímido pra começar a postar, mas a primeira foto sai em breve. To tentando pensar em alguma frase de efeito e uma foto impactante.

Tentarei fazer um registro do progresso dessa empreitada aqui no blog também, mas sem apelar pra essa coisa chata que a maioria da turma fitness faz de se achar incrível e que é possível viver de água e salada o dia todo. Não vou dar nenhuma dica, porque não sou apto pra isso. Se fosse, seria magro. E professor de educação física, mas sou apenas um gordo tentando comprar uma roupa bonita pra caprichar no rolê com a namoradinha fashionista.

Se quiser me acompanhar, fica o convite.

VEM MONSTRO! PODE VIR, MONSTRO!

Por

Continue Lendo

O dia em que me tornei um Belieber

capa justin bieber purpose

É preciso admitir: fui contaminado pela Bieber Fiever. Me tornei um belieber.

Logo eu, que falava tão mal de Justin Bieber há alguns anos. Que me considerava o diferentão, o vanguardista, o apreciador de Caetano Veloso e Chico Buarque. O escolhido da qual falava a profecia.

Confesso que era o típico babaquinha que se achava muito superior por não gostar de Justin Bieber. Achava “infantil” toda essa coisa de belieber. Um bando de adolescente sem noção de música. Bom mesmo era rock e apenas rock.

Mas ai veio a idade e o Spotify.

A idade foi responsável por me fazer perceber o quanto esse pensamento era idiota e o Spotify se encarregou de expandir o meu gosto e conhecimento musical. Hoje em dia posso dizer que escuto qualquer coisa sem o menor preconceito.

Certo dia, ao abrir o Spotify para iniciar os trabalhos, me deparei com o single What Do You Mean? na seção “Novidades da Semana”. Resolvi dar uma chance para o Justin Bieber e o resultado não poderia ser mais positivo: em 5 minutos eu já estava cantarolando a música enquanto trabalhava.

Como um soco bem encaixado no queixo, o novo disco de Justin Bieber fez muita gente rever os conceitos e preconceitos musicais dos últimos anos.

O tempo passa, envelhecemos e esquecemos que os “ídolos teens” e o público deles também crescem. Temos essa noção meio distorcida de que o tempo passou só pra gente. E quando nos deparamos com um disco como esse, somos obrigados a aceitar que cantores e bandas que tínhamos birrinhas há alguns anos podem fazer um trabalho excelente.

É um consenso geral que esse disco novo do Justin Bieber é bom. Todas as pessoas do meu círculo de amizades que há alguns anos jamais escutariam um disco dele, estão elogiando e comentando sobre como foram surpreendidos.

Não sei de quem é o mérito. Se é do próprio Bieber como compositor e artista ou se dos produtores que conseguiram dar uma identidade para o disco, que se assemelha bastante com os trabalhos recentes do Justin Timberlake (que também foi bastante subestimado ao sair do N’Sync).

Dá o play ai pra curtir.

É claro que isso não aconteceria se as músicas não fossem realmente boas. Tem muito artista que não acompanha o crescimento do público e continua fazendo o mesmo tipo de música de alguns anos atrás, tornando-se cada vez mais irrelevantes até que caem no limbo do esquecimento.

2015 foi um ano de surpresas musicais para os artistas que eram conhecidos apenas pelo público adolescente.

Taylor Swift foi a cantora mais relevante do ano. Todo mundo tirou uma casquinha do sucesso estrondoso do álbum 1989. Foram inúmeras as parcerias com gente do calibre de Mick Jagger e Madonna, além de ser o disco mais vendido do ano.

Na segunda metade do ano veio Justin Bieber, que finalmente deixou as polêmicas de lado e apareceu com um bom disco pop.

Espero que algumas bandas que eu ainda adoro sigam o mesmo caminho e evoluam seus trabalhos. Eu quero é isso mesmo: quebrar a cara achando que algo ruim não pode melhorar.

I WANT TO BELIEBE!

Por favor, me provem que eu estava errado lá em 2010!

Por

Continue Lendo

Uma jornada esperada

kombi-amarela

Não quero soar pretensioso iniciando um projeto do tipo “365 dias” de alguma coisa. Até porque 2016 será um ano bissexto, então teremos 366 dias. Sei que tenho tantas outras coisas para cumprir no próximo ano que fica difícil selecionar uma para fazer todos os dias. Acho que viver já será um ótimo desafio diário.

Mas estou me propondo a meta de escrever pelo menos 1.000 palavras por dia em meus projetos de escrita.

As mil palavras podem ser do mesmo livro ou do mesmo post. Ou podem ser divididas entre dois posts de 500 palavras. A soma dos valores não altera o produto, segundo aquela teoria matemática, né?

O fato é que eu pretendo fazer de 2016 o ano em que finalmente transformarei algo que era apenas um sonho em um objetivo. E pretendo cumpri-lo.

Quem me acompanha sabe que ao longo do ano passado investi bastante em retomar a escrita. Comprei livros sobre o assunto, fiz oficinas, cursos e voltei a escrever. Como todo músculo que fica parado por muito tempo, ainda preciso encontrar o meu ritmo ideal. As engrenagens do cérebro ainda funcionam, só precisam de um pouco de óleo pra rodarem lisas e sem travar.

Já fiquei tempo demais apenas imaginando como seria a vida de escritor. Acho que agora é o momento de deixar a imaginação de lado e passar a vivê-la. Escrever sempre foi um dos meus maiores prazeres, além de ler e comer, obviamente. Comi demais e fiquei gordo, então agora pretendo escrever mais e ler ainda mais. Talvez a lógica da gordura funcione com essas duas coisas.

Fiz o compromisso de publicar pelo menos 3 textos aqui no blog e no meu perfil no Medium (serão textos diferentes, mas com grandes chances de publicar o mesmo nas duas plataformas). Não importa o tamanho ou o assunto. Quero apenas publicar algo dentro dessas condições.

Que esse primeiro dia de 2016 seja o primeiro passo para essa realização. Já começo com esse post (e serei bem sincero ao dizer que ele foi escrito ainda em 2015) rumo aos três semanais. Se terei muitos leitores, não importa. Se terei muitos comentários? Também não importa. Esse é um desafio muito mais pessoal. Quero provar a mim mesmo que sou capaz de cumprir esse objetivo e terminar projetos que estavam parados há tanto tempo.

Se você também planejou algo para esse ano, desejo de coração que tenha força para alcançar os resultados esperados. O meu é de escrever. O seu pode ser qualquer outra coisa. O importante é se colocar a prova e se esforçar ao máximo para cumprir os objetivos planeados. E não se preocupe com a frustração. Todo mundo passa por isso, mas como diz Rocky Balboa: o que importa é quantas vezes conseguimos nos levantar.

Estou aqui me levantando e partindo para a briga. Uma briga contra a preguiça e o cansaço. Uma briga contra a inércia e o desejo de não fazer absolutamente nada. Eu sei que apanharei por alguns rounds, mas espero que no final da luta o meu braço seja levantado.

Por

Continue Lendo

Meu 2015 foi um ano bom

gato em foto preto e branca

Eu adoraria fazer uma retrospectiva envolvente e cheia de reviravoltas sobre o meu 2015. Mas foi um ano tão normal, sem nenhuma grande decepção ou nenhuma novidade espetacular, que resolvi simplesmente citar aqui os principais pontos.

Em primeiro lugar, engordei todos os quilos que havia perdido durante o meu Projeto Balboa. Acho que foi a pior coisa que me aconteceu em 2015. Como não passei no concurso da PM em 2013, acabei relaxando durante 2014 e 2015. A vida é curta e não vou ficar me privando para sempre dos prazeres de uma boa gastronomia.

Você pode pensar que a minha vida é bem fútil por me preocupar por ter engordado, mas como eu disse acima: não aconteceu nada de excepcional esse ano.

Esse ano também voltei a jogar futebol. Provavelmente o ponto alto das minhas atividades físicas em 2015.

No meu relacionamento, as coisas se mantiveram da mesma forma. Meu namoro é ótimo e fizemos de tudo para que ele continuasse assim durante o ano. Como toda relação, algumas brigas e discussões são necessárias para que possamos saber que há de errado e ajustar para que não se desgaste. Gosto de pensar que não é preciso melhorar algo que já te faz bem, apenas manter o bom funcionamento.

Vi muitos relacionamentos de amigos chegando ao fim. Vi amigos entrando em uma bad terrível por causa disso, mas sempre tentei estar ao lado deles dando apoio e falando que, afinal, esse não é o fim do mundo.

No campo das amizades, algumas ficaram mais fortes. Outras se afastaram. Mas o saldo ainda é positivo.

Da mesma forma com a minha família. Foi uma no bem tranquilo para meus familiares.

Na questão profissional, posso dizer que tive alguns desafios e consegui superá-los. Gosto do meu trabalho. Tenho autonomia para propor ideias e colocá-las em prática desde que sejam viáveis e estou sempre aprendendo algo novo relacionado à minha área de atuação.

Tive convites para trabalhar em outros locais que ofereceriam uma remuneração melhor, mas estou numa fase da vida em que gosto de ter flexibilidade e autonomia para levar minhas ideias adiante. Outra questão que gosto de avaliar em uma oportunidade de emprego são os benefícios que a acompanham.

No meu atual emprego, além dos benefícios tradicionais, ainda tenho direito a estacionamento coberto (o que me permite tirar um cochilo diário após o almoço), o dress code não é rígido (só não posso vir de chinelo), tenho refeições gratuitas na empresa e o relacionamento com a equipe é ótimo.

A grande novidade de 2015 é que finalmente resolvi fazer uma pós-graduação. Depois de sete anos de formado, senti a necessidade de colocar um título a mais no meu currículo. Estou buscando mais o título que a parte técnica, que já vejo todos os dias no trabalho. O curso termina no final de 2016.

“Apesar da crise”, 2015 foi um ano de estabilidade na minha vida. Não faltou dinheiro, não criei novas dívidas assustadoras e consegui terminar a maioria dos meses com um orçamento suficiente para me divertir sem me preocupar com o cartão ser recusado, ao contrário do país.

Imagino que isso é ser adulto. A tal da maturidade. Um daqueles raros momentos em que tudo está tão bom que você pode relaxar e apenas aproveitar a viagem.

Acho que 2016 será um ano para colocar algumas pendências em dia.

Pretendo voltar a produzir meus textos com muito mais frequência. Inclusive, no momento, estou conseguindo escrever 1.000 palavras por dia em um projeto de livro.

São as pequenas coisas assim que me fazem perceber que 2015 foi um ano bom, ao contrário do que muita gente tem falado na internet.

Espero que 2016 não me surpreenda negativamente. Quero apenas melhorar o que pode ser melhorado e manter o que já está ótimo.

Se o seu ano não foi bom, vou torcer para que o próximo seja de superação e grandes novidades.

Nos vemos em 2016.

Por

Continue Lendo

× Fechar