Justiceiro Temporada 2: Frank Castle merecia mais

Muita expectativa e pouca qualidade na segunda temporada de Justiceiro. Apenas Jon Bernthal se salva em uma história lenta e personagens fracos.

justiceiro segunda temporada

Por Assistindo

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A segunda temporada de Justiceiro ficou muito abaixo do que Frank Castle e Jon Bernthal mereciam.

Só o ator e sua extrema dedicação ao personagem se salvam em uma história que começou com grande potencial: um Frank Castle aparentemente encontrando um motivo para descansar quando é arrastado de volta para guerra, um vilão misterioso com uma boa premissa e a violência gráfica de sempre.

Porém,  ao longo dos episódios ficou muito claro que as expectativas eram altas demais para o que o seriado conseguiria entregar.

Justiceiro e a expectativa

O primeiro passo é aceitar que as únicas pessoas responsáveis por criar expectativas somos nós mesmos.

Talvez a série tenha ajudado nisso ao apresentar um primeiro episódio de altíssima qualidade.

No melhor estilo dos filmes dos anos 80 e 90, quando os brucutus cultivavam a paz em algum recanto escondido do mundo para simplesmente serem encontrados pela guerra novamente, a história começa com um Frank Castle ou Pete Castiglione tentando se manter fora do radar após os “acordos” do final da primeira temporada.

Claro que a paz não dura o episódio inteiro e o final é um verdadeiro banho de sangue protagonizado pelo nosso herói favorito.

É incrível como o Jon Bernthal conseguiu incorporar o personagem. Ao mesmo tempo que ele precisa ser um animal, um predador dilacerando todas as presas ao seu redor, o cara consegue demonstrar uma sensibilidade absurda quando se encontra em momentos de vulnerabilidade.

É uma pena que nenhum dos atores e atrizes do elenco de apoio tenham a mesma qualidade e entrega que o personagem principal.

Confesso que ainda me surpreendo ao ver o Ben Barnes emplacando trabalhos em grandes séries sendo um ator tão fraco.

Infelizmente é mais um caso clássico da pessoa que consegue as coisas simplesmente por ser bonita.

Não existe talento, apenas beleza e um bom agente.

Isso acaba comprometendo a história pela falta de nivelamento das atuações, principalmente em cenas que exigem um pouco mais de dramaticidade ou até mesmo um toque de vilania.

Quem não se comprometeu tanto foi o ator Josh Stewart, que interpreta o “misterioso” John Pilgrim, uma espécie de autoproclamado padre com tatuagens nazistas.

O jeito calmo e controlado do vilão, com explosões esporádicas de violência faz um excelente contrapeso com o próprio Justiceiro, uma vez que os dois são mais parecidos do que gostariam de acreditar.

Mas faltou consistência nas motivações do personagem e um desenvolvimento melhor da sua história.

Por falar em história, mais uma produção da parceria Marvel/Netflix sofre do mal da trama curta demais para 13 episódios.

A temporada poderia ser muito bem resolvida em no máximo 10 episódios ou menos. Ficou cansativa e sem desenvolvimento em alguns momentos.

Entre o 8º e 13º episódio, muitas situações pareceram arrastadas demais ou simplesmente não levaram a história adiante, principalmente nos núcleos de Billy Russo e da agende Madani.

Além disso, mais uma vez eu não consigo entender como constroem um universo em que os heróis estão na mesma cidade a poucos quilômetros de distância  e nenhum deles aparece para dar uma ajuda.

É por isso que tenho uma birra com as séries da Marvel na Netflix.

Não se fazem mais sidekicks como antigamente

Como o personagem Micro não retornou para essa temporada, era necessário escalar um “sidekick” para o Justiceiro e a escolha não poderia ter sido pior: Amy Bendix, interpretada por Giorgia Whigham.

Uma garota que está sendo perseguida por uma turma da pesada e acaba cruzando o caminho do Justiceiro – um plote clássico das histórias de Frank Castle.

A personagem foi tratada como esperta e malandra, construída de forma a parecer exatamente assim, mas não tomou nenhuma decisão que comprovasse essas características.

Talvez um erro do roteiro foi não der delimitado qual a idade da personagem, pois em muitos momentos ela parecia ser mais velha, porém agindo como uma adolescente completamente burra e inconsequente.

Se não fosse o carisma e a força de Jon Bernthal segurando as cenas com a personagem, nem saberíamos qual a função dela na trama.

Futuro do Justiceiro

As chances de vermos uma nova temporada de Justiceiro são praticamente inexistentes. Pelo menos com esse elenco.

A Disney deve investir em heróis mais conhecidos nas séries do vindouro streaming do Mickey. Já foram anunciados os programas de Loki e Feiticeira Escarlate.

Sabendo disso, a história da segunda temporada acabou sem qualquer gancho para continuação.

O que de certa forma deixou um gostinho ainda pior ao final, pois foi tão fraca que não serviu nem para nos deixar esperançosos por uma redenção futura.

O final foi anti-climático ao extremo, ainda que de certa forma não fizesse sentido repetir o mesmo embate da primeira temporada. Porém poderiam ter tratado de outra forma.

Em uma temporada com mais erros que acertos, é uma pena ver a carreira do Justiceiro se encerrando dessa maneira na Netflix.

Pelo menos a primeira temporada está lá para quem estiver com saudade.

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