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Serginho Hondjakoff – um herói renasce das cinzas (ou flocos de neve) do ostracismo

Não é segredo nenhum a minha admiração pelo Serginho Hondjakoff. Já falei sobre ele em duas oportunidades recentes que você pode conferir em:

Paulistinha – a nova aposta de Serginho Hondjakoff

Frogman (ou a inesperada virtude do Sapinhow)

Agora volto a falar do nosso eterno Arthur Malta para anunciar uma grande novidade: A Trident resolveu apostar em nosso inusitado herói como garoto propaganda da sua nova campanha de divulgação do Trident Fresh.

Se tem duas coisas que combinam perfeitamente são geladeira e Serginho Hondjakoff. Aproveitando essa deixa e a inestimável capacidade de Serginho em fazer humor auto-depreciativo, a marca de gomas de mascar resolveu apostar alto e transformou nosso querido sapinho no arauto que anuncia a chegada do inverno.

Afinal, ninguém melhor que o nosso Jon Snow brasileiro que sabe bem como é viver no eterno inverno do ostracismo para anunciar a chegada da estação mais fria do ano.

Confira comigo:

O vídeo tem tudo aquilo o que esperamos de uma obra que envolva o Serginho:

  • Caretas
  • Referências e piadas internas (o Ogro Móvel, o Sapinho, Globo – só faltou o dildo rosa)
  • O sotaque inconfundível do verdadeiro carioca da gema
  • Movimentos corporais que mais se parecem com convulsões
  • Serginho rodeado de belas mulheres
Sdds Ogro Movel

Sdds Ogro Movel

Fica aqui o meu agradecimento e parabéns a Trident Brasil por ter resgatado nosso herói nesse momento de necessidade e dado a oportunidade de brilhar novamente. A geladeira da tv brasileira pode ser um lugar frio, mas contamos com Serginho Hondjakoff para aquecer nossos corações nesse inverno.

P.S.: não ganhei nenhum centavo por esse post. Apenas a satisfação de ver um ídolo voltando a trabalhar com o que gosta.

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Você se lembra como era a vida sem internet?

Estou escrevendo esse post única e exclusivamente porque a internet caiu. Como você deve ter imaginado, nesse momento, estou com uma tela do WORD aberta em minha frente enquanto digito essas palavras.

O que me leva a crer que um computar sem internet hoje em dia pode ser considerado basicamente uma enorme calculadora ou uma máquina de escrever. No caso, uma máquina de escrever que possivelmente roda um ou outro jogo que não precisa estar conectado o tempo todo. Bem melhor que a atual moda hipster.

Sim, os hipsters resgataram as máquinas de escrever.
Sim, alguns jogos agora exigem que você esteja conectado pra jogar. Mesmo no single player.

Estranho pensar no quanto estamos presos e dependentes da internet para fazer coisas simples como interagir com outros seres humanos.

Acostumamos-nos a manter as relações sociais baseadas em curtidas, compartilhamentos e conversas por chats (seja no Messenger ou no Whatsapp). Nem usamos mais o telefone com tanta freqüência (que não seja para checar o Messenger ou o Whatsapp).

Estou escrevendo esse post enquanto poderia estar acessando a internet através do meu celular (o 3G continua firme e forte). E posso me considerar um vencedor por isso, já que se pararmos pra pensar, a ~grande rede mundial de computadores~ está tão presente em nossas vidas que até quando estamos sem internet em casa, ela ainda continua ativa em nossos celulares (ou smartphones se quiser ser um pouco mais pedante).

Nem me lembro mais como era a vida sem internet. Tenho vagas recordações que eu fazia coisas como jogar futebol, andar de skate ou descer para ficar sentado na escadinha do condomínio conversando com os amigos enquanto um deles tocava violão.

Hoje em dia não sei se as pessoas ainda fazem esse tipo de coisa. Eu não faço. Pra falar a verdade, não sei o nome dos meus vizinhos do prédio onde moro atualmente. E eles também não fazem questão de saber o meu.

Bons tempos quando eu tinha uma vida agitada fora da internet.

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Meu Brazil brasileiro – parte I

Trinta e sete cascos de cerveja acumulados ao lado da mesa. Esse era o saldo de uma noite memorável com os amigos.

Pedro saiu do bar sem saber muito bem como chegaria em casa. Era provável que nem chegasse, a julgar pelo seu estado etílico.

Enquanto caminhava pela avenida procurando um táxi, sentiu aquela necessidade enorme de “dar um mijão”. Aquela vontade que somente os bêbados mais versados na arte do álcool podem compreender. Parou no primeiro beco que viu.

Apoiou-se com a testa na parede enquanto botava pra fora aquela mistura de cevada e etanol. Com uma das mãos livre, Pedro foi conferir a timeline do Facebook e uma das postagens chamou a sua atenção:

david-brazil-facebook

Enquanto lia a notícia, Pedro só conseguia pensar em uma coisa:

– Como deve ser a vida do David Brazil? Eu não vejo o cara fazendo nada a não ser tirar foto com famoso ou selfie mandando beijinho.

Deu aquela balançada no samango. Sabia que pelas regras não escritas da vida a última gota é obrigatoriamente da cueca. Seguiu seu caminho, trôpego, em busca de uma forma de voltar pra casa.

O que Pedro não havia percebido é que acabara de urinar na porta de uma lojinha cigana.  Em letras azuis, um pouco desgastadas e competindo com alguns lambe-lambes, estava escrito:

CARTAS, TARÔ E BÚZIOS. TRAGO A PESSOA AMADA. LEIO O FUTURO. DESATO NÓS. E TENHO O PODER DE ATAR AINDA MAIS SE VOCÊ QUISER. MARIA MELINDA – HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO – 09H ÀS 17H

Continuou seu caminho por mais alguns quarteirões.

O despertador tocava incessantemente. Desligou da primeira vez apertando o botão de soneca sem nenhum peso na consciência.

Sentia uma dor de cabeça infernal e não tinha a menor vontade de abrir os olhos. Naquela manhã, excepcionalmente, a cama estava bastante aconchegante. Não sabia de onde surgira aqueles travesseiros extras, mas não pensou duas vezes ao abraçar o primeiro e colocar o segundo entre as pernas.

Ao se virar na cama, Pedro sentiu uma coisa diferente. Cócegas na orelha direita e na ponta do nariz. Ele conhecia aquele tipo de cócegas. Geralmente a sentia quando dormia com alguma garota. Era a sensação de cabelo roçando no seu rosto.

Será que me dei bem noite passada? Não me lembro de ter saído acompanhado do bar.

Abriu os olhos com algum esforço, lutando contra a claridade que invadia seu quarto. Uma claridade fora do comum. Para falar a verdade, Pedro não se lembrava de algum tipo de claridade em seu apartamento. Ele ficava na parte de trás do prédio e era cercado por outros prédios por todos os lados. Era impossível ter claridade.

Estou em um motel ou na casa dela?

Conseguiu abrir os olhos e a primeira coisa que notou é que não havia mais ninguém na cama.

O cérebro de Pedro ainda não conseguia processar tantas informações ao mesmo tempo.

A segunda coisa que notou é que seus cabelos haviam crescido da noite para o dia.

Será que eu to de peruca? – pensou.

Passou a mão naqueles fios misteriosos e ao puxá-los notou que realmente estavam presos em sua cabeça. E eram encaracolados. Puxou um pouco mais forte e sentiu uma dor aguda. Uma dor tão forte que o fez esbravejar em voz alta:

– Ca-ca-ca-caraaalho!

Pedro tampou a boca com as mãos em um gesto de surpresa. Será que havia bebido tanto que ficou gago? E o que acontecera com a sua voz? Ela estava completamente diferente. Tentou falar em voz alta novamente para tirar a prova:

– O-o-o q-que ca-ca-ca-caralhos está-tá aconteceeeendo?

Pedro começou a ficar desesperado.

Não sabia onde estava. Sua voz mudara completamente. O cabelo então, nem se fala. Tentando colocar os pensamentos em ordem, resolveu levantar e lavar o rosto.

Quando ficou de pé, viu que existia um enorme espelho em frente a cama. Ao se olhar, Pedro não conseguia mais se mover. Estava em completo estado de choque.

Refletido no espelho não estava aquele rapaz tatuado, magrelo e de cabelo raspado com máquina dois. Refletido no espelho, estava David Brazil.

– Fo-fo-fo-fodeeeeeu!

david-brazil

Continue acompanhando os próximos capítulos de Meu Brazil Brasileiro.

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Marcos Oliver está de volta!

marcos oliver caminhoneiro

E vai e vem não tem parada. Traz uma carga de saudades na chegada.
E vem e vai mais uma jornada e a minha vida vai com ele nessa estrada.

É com esse refrão que Sula Miranda, a eterna rainha dos caminhoneiros (e irmã da Gretchen) nos emociona com a regravação do hit “Caminhoneiro do Amor que conta com a presença de ninguém menos que Marcos Oliver, ator, sedutor profissional, pintor e ídolo maior de quem escreve esse texto.

No melhor estilo road-movie, Oliver nos entrega uma interpretação sensível e tocante de como é a vida dos caminhoneiros, esses profissionais que movimentam a economia brasileira através da nossa malha rodoviária.

Já Sula Miranda, canta ao pé do nosso ouvido, o dia a dia da esposa que fica em casa esperando o marido trabalhador e apaixonado, contando os segundos para matar as saudades e viver bons momentos a dois.

Marcos Oliver mostra que continua em forma tanto fisicamente quanto profissionalmente e prova para os críticos, de forma contundente, que é um ator versátil e de múltiplas facetas.

Não sei vocês, mas eu já estou aqui esperando por mais trabalhos do nosso mestre maior.

 

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Relíquias brasileiras no Spotify

Tenho um gosto musical peculiar. Não sei se essa seria a expressão correta já que trabalho sem o menor critério na hora de decidir o que ouvir.

De alguma banda obscura do leste europeu a Wesley Safadão, sou uma pessoa que encara sem medo as surpresas que o Spotify pode nos proporcionar.

Foi com a mente aberta que resolvi procurar e compartilhar com vocês algumas das pequenas relíquias que esse maravilhoso serviço de streaming esconde em seus servidores.

Preparados para descobrir algumas relíquias brasileiras no Spotify? Vem comigo!

1 – Celso Portiolli

celso-portioli

Radialista, ex-vereador, apresentador e showman. Como se não bastassem todas essas facetas, Celso Portiolli nos apresenta um sólido trabalho como cantor.

Seu único álbum foi lançado em 1998. “É Tempo de Alegria” deve ser uma daquelas bolachas raras que somente os melhores colecionadores tem acesso.

Com hits como Amizades Virtuais, Que bom que o domingo chegou e Mocinho de Cinema, o disco é uma verdadeira ode à alegria, diversão e a televisão brasileira.

Clica no play e divirta-se com o sucessor espiritual de Augusto Liberato, o Gugu:

2 – Baladão do Faustão

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Em algum momento de 2012, nosso querido Fausto Silva resolveu fazer um compilado dos “melhores do ano” (com um critério muito obscuro e subjetivo) e lançou um disco chamado Baladão do Faustão.

Nada combina mais com o dono das tardes de domingo da Rede Globo que esse cd.

Um mix delicioso de tudo o que embalou as novelas e rádios brasileiras naquele ano. E tudo acompanhado com a Banda do Domingão em versões inéditas.

Para citar apenas alguns dos hits presentes:

Michel Teló – Ai se eu te pego/Humilde Residência (num remix delicioso)
Sorriso Maroto – Assim você mata o papaiJoão Lucas & Marcelo – Eu quero tchu eu quero tcha
Munhoz e Mariano – Camaro Amarelo

Sem mais delongas, clique nesse link  (ou na imagem, porque não deu pra incorporar) e retorne para 2012 com Faustão e sua turma.

 3 – Sérgio Mallandro

sergio-mallandro

Maior expoente do humor nacional, Sérgio Mallandro é a versão em carne e osso dos coelhinhos da Duracell após uma rave de 72h regada a muita cocaína e energético.

Além de par romântico e príncipe da Xuxa em Lua de Cristal, Serginho também se arriscou na carreira de cantor. Sua frase mais emblemática leva o nome de seu hit supremo:

Vem fazer Glu-Glu

Com um gostinho de anos 90, no disco auto-intitulado Sérgio Mallandro, você encontra hinos de toda uma geração:

– Tic Tic Nervoso
– Lua de Cristal (a versão do Serginho)
– Superfantástico
– Rap do Mallandro
– Vem fazer glu-glu

Tá esperando o que pra ouvir?

4 – Os Trapalhões

os-trapalhoes

Bastiões do humor politicamente incorreto entre os anos 70 e 90, Os Trapalhões são um patrimônio histórico da humanidade brasileira.

Com o auge do sucesso na televisão e nos cinemas, a trupe humorística também soltou o gogó em um álbum recheado com aquela sacanagem gostosa com todos os estereótipos e preconceitos que marcou a era de ouro da turma.

O Monty Python brasileiro, já recuperado do baque da morte de um de seus integrantes, nos entrega um dos melhores trabalhos até aquele momento, mais especificamente em 1991.

Imortalizado pelo grupo, a canção Pula Veadinho narra as desventuras da turma em um zoológico sendo um dos grandes sucessos desse álbum.

Se você também adorava as trapalhadas de Dedé, Didi, Mussum e Zacarias, clique no play e relembre os melhores momentos dos Trapalhões:

5 – Gugu Liberato

gugu

O eterno concorrente de Fausto Silva nas tardes de domingo também não marcou bobeira quando o assunto era música.

Gugu gravou inúmeros discos ao longo de sua carreira, mas o Spotify tem apenas um registro dessa fase racional. Nesse caso, voltado exclusivamente para crianças (imagino que tentando pegar carona no sucesso do Xuxa Só Para Baixinhos).

Imagino que a motivação para esse álbum tenha sido a paternidade, já que em 2002 nascia João Augusto Liberato, o herdeiro do apresentador.

Eu confesso que fiquei assustado com algumas músicas desse disco, especialmente Táxi do Gugu.

A música me passa a sensação de que o táxi é uma espécie de carona para o inferno, cujo motorista é alguém um pouco atormentado e com certas predileções por crianças.

Para piorar, a música é cortada com alguns sussurros do Gugu soltando frases como “O táxi do Gugu é mais gostoso viajar” ou “Pode pedir pra ele pegar na escola ou em qualquer lugar”.

Tenho certeza que se essa música for tocada de trás pra frente teremos uma espécie de cântico satânico invocando Lúcifer.

Imagino que muitas crianças tenham ficado traumatizadas devido a exposição a esse disco.

Mas é um dos tesouros do Spotify que vale o play:

Acho que a conclusão desse post é óbvia, né? O Jay Z pode até tentar revolucionar a indústria da música e do streaming com o seu TIDAL, mas aposto que jamais terá uma seleção tão minuciosa e relevante de músicas quanto essa do Spotify.

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