Episodios Ineditos de Chaves

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episodios ineditos de chaves

Episodios ineditos de Chaves!

O SBT divulgou recentemente que está trabalhando na restauração de alguns episodios ineditos de Chaves, a série de maior duração da história da TV Brasileira. Segundo a emissora, os episódios foram encontrados nos arquivos e estarão prontos para ser exibidos durante o aniversário de 30 anos do canal de Silvio Santos.

Felizmente, caiu na internet um episódio que provavelmente fará parte dessa nova remessa e, olha, uma lágrima recheada de glória e masculinidade escorreu pela minha face ao assistir esses breves 11 minutos de história.

O episódio, um dos episodios ineditos de chaves –  que você confere abaixo mostra o casamento do ídolo mór dos vagabundos, Senhor Madruga, com a saliente Dona Clotilde, a Bruxa do 71. A propósito, que bela cerimônia, hein?

Dublagem dos episodios ineditos de Chaves

Não estranhe o fato de o episódio estar legendado. É normal se sentir meio estranho ao não escutar as vozes originais dessa turma que, até hoje, consegue repetir o sucesso de 40 anos atrás.

Você vai notar que voz de muitos personagens está diferente. Isso aconteceu por motivos de contratos com a empresa que fez a dublagem original do seriado e, hoje em dia, já não conta com os mesmos dubladores da época.

O mesmo aconteceu com o desenho animado exibido também pelo SBT e em canais da TV a cabo.

Apesar do saudosismo, os novos dubladores conseguiram manter o bom nível (se é que era possível chamar de bom) dos episódios originais, mantendo os mesmos bordões utilizados pelos personagens.

Para os saudosistas, pode ser um ponto negativo, já que cresceram assistindo as aventuras do órfão do número oito com determinadas vozes e, de repente, assistir episodios ineditos de chaves com outros dubladores pode não ser a melhor sensação do mundo.

Achei que ficou no mínimo aceitável.

Abaixo você confere o primeiro dos vários episodios ineditos de chaves.

httpv://www.youtube.com/watch?v=8DNpDYRfNHs

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Júlia Paes vira evangélica e inicia carreira de cantora gospel!

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Júlia Paes dá adeus a carreira no pornô e agora é cantora gospel

Estamos vivendo uma época muito perigosa pra manifestar opiniões na internet. Qualquer deslize, os chamados “white knights” já estão prontos para começar a enviar o seu perfil no Twitter ou blog para todas Policias da Internet. E isso já está se tornando um pouco chato, já que as vezes um comentário sem a menor pretensão, acaba se tornando uma bola de neve.

Mas, isso não importa. Vou continuar esfregando verdades na face dessa sociedade imunda (nossa, mas que discurso rebelde). Sendo assim, vocês ficaram sabendo que a Júlia Paes se aposentou do mundo dos filmes adultos e agora está investindo na carreira musical? E tem mais. Ela se converteu e agora é cantora gospel.

Que ela possui habilidade com o microfone, já sabemos. Temos ibagens que comprovam toda essa desenvoltura ao cantar. Mas, acho engraçado o fato de que agora ela quer que todos os materiais relacionados á sua vida pregressa sejam retirados da internet. Em outras palavras, Júlia Paes quer que todos os seus vídeos adultos e fotos sensuais sejam removidos da grande rede mundial de computadores.

Isso significa, também, que não será mais possível encontrar a boneca inflável de Júlia Paes. Uma pena, pois tinha planos bem interessantes de diversão com essa maravilha plástica.

Agora, eu gostaria de saber se essa é uma tendência que se repetirá sempre com nossas grandes representantes do universo pornográfico. Muitas estão abrindo mão da carreira (e, por quê não, da função de nos divertir e entreter) e entrando com tudo no mundo, digamos, mais comportado. Simplesmente não dá pra esquecer que até alguns meses, a moça só se ajoelhava pra aplicar uma chave de traquéia, e hoje em dia, bem, para orar.

Só peço que as pessoas de boa índole não apaguem o excelente material produzido por Júlia. Ainda quero me divertir um pouco com a moça.

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Coragem

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all-star-vermelho

Depois de muito tempo pensando em como fazer isso, finalmente ele tomou coragem. Vestiu-se com sua camisa favorita, a velha calça jeans surrada e o All-Star desbotado. Marcaram de se encontrar no mesmo lugar de sempre. Mas hoje seria diferente. Hoje aquele lugar teria um significado especial.

Ele chegou mais cedo, como de costume. Enquanto ela não aparecia, ele tuitava pelo celular. Não era segredo que estava ansioso. Qualquer um que o visse perceberia. Afinal, há mais de um ano ele vem planejando como fazer isso. Já esteve perto de fazer em outras ocasiões, mas sentia que não era o momento certo.

Quando terminava de mandar um último tweet, olhou para o lado direito e lá vinha ela. Coincidentemente ou não, com a mesma roupa que vestia no dia que se conheceram pessoalmente. A camiseta da banda favorita, a calça jeans desbotada e o All-Star vermelho. A sensação foi a mesma de quando a viu pela primeira vez: era, de fato, a garota da sua vida.

– Tenho que te falar algo…

Os dois disseram a mesma frase, ao mesmo tempo. Essa não era a primeira vez que isso acontecia.

– Fala primeiro. Disse a garota.

Ele respirou fundo. Preparou-se muito pra isso. Não ensaiou. Isso não é algo que se ensaia. As mãos estavam trêmulas, mas ele tentava disfarçar. As pernas bambearam de leve e o coração começou a bater mais rápido. Não dava pra fugir. Era hoje. Tinha que ser hoje. E então ele começou a falar.

– Não tem um jeito fácil de falar isso. Bem, pode até ser fácil pra outras pessoas. Mas você sabe como eu sou. Então, por favor, só escuta. Desde o dia que a gente se conheceu, eu tive certeza absoluta que você era a garota ideal pra mim. Comecei a ter essa certeza enquanto a gente ainda só se falava apenas por internet, mas, depois daquele dia, eu tive certeza. Eu não consigo nem descrever o que senti quando te vi pessoalmente pela primeira vez, só posso dizer que foi algo forte. E se eu me arrependo algo na minha vida, foi de não ter pelo menos tentado te beijar aquele dia. Tem mais de um ano que eu venho tentando te falar o quanto eu gosto de você, o quanto eu quero ficar com você, o quanto você significa pra mim. Tá certo, eu poderia facilitar isso tudo e simplesmente dizer um “quero ficar com você”, mas eu sempre complico as coisas. Então, já que não tenho coragem o bastante pra dizer isso ou simplesmente tentar te beijar… Só queria que você soubesse disso.

Os olhos dela estavam cheios de lágrimas. Ele parecia ter tirado um peso enorme das costas e do coração. Depois de uns dois minutos, ela disse com a voz baixa:

– Por que você só me disse isso hoje? Justamente hoje?

– Porque hoje faz um ano que a gente se viu pela primeira vez.

– Eu também te falei que queria te contar algo.

– Eu sei. O que você queria me contar?

– Estou namorando.

– …

 

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Tico Santa Cruz é confirmado no elenco da novela Rebelde

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Tico será professor na novela Rebelde da Rede Record

São Paulo, 17 de maio de 2011.

Após causar enorme polêmica na internet ao publicar uma versão brasileira da  música Back in Black da banda australiana AC/DC, o cantor carioca Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas Roque Clube foi contratado para ser um dos protagonistas da segunda fase da novela Rebelde, na Rede Record.

Segundo o diretor de elenco da novela, “Tico Santa Cruz representa tudo o que gostaríamos de ver no personagem ‘Faisão’, que será um professor do colégio Elite Way que incentiva os alunos a contestar tudo o que lhes é imposto. A versão gravada por ele só nos fez ter ainda mais certeza da escolha”.

O namoro de Tico Santa Cruz com a rede Record não é de hoje. O cantor participou da última edição do reality show A Fazenda e protagonizou uma das várias discussões dentro da casa com o ator Eduardo Pelizzari. Tico acabou eliminado antes da metade do programa.

A participação do vocalista do Detonautas Roque Clube tem previsão para começar a partir de outubro, quando teremos a segunda fase da novela. Além disso, para o mesmo mês, está programado o início da turnê Rebelde Teen Festival, que levará a banda fictícia da novela a vários estados do país. Entre as atrações confirmadas, estão Manu Gavassi, Nx Zero e, agora, Detonautas Roque Clube.

Procurado pela redação do nosso portal, o cantor Tico Santa Cruz não foi encontrado. Segundo o responsável pelo contato, ele estava ocupado respondendo aos fãs na página onde a versão brasileira de Back in Black foi publicada.

 

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A pé você não come ninguém

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Chega uma hora em que um cara precisa se decidir se quer transar com todas as garotas possíveis ou se quer ser aquele mané que ninguém dá bola. Se você escolhe ser o cara que vai transar com todas, você precisa de alguns aparatos. Se você não for atleta, rico e bonito, as suas chances de se dar bem diminuem drasticamente. Mas você ainda tem uma saída: ter um carro.

Um carro pode servir para várias coisas. Você pode levar a sua mãe ao supermercado, o seu irmão mais novo às aulas de natação, os seus amigos para festinhas ou então a sua namorada ou qualquer outra garota para um lugar mais afastado e dar uns amassos e, quem sabe, transar. Transar como nunca transou. Mas um carro não é como um par de meias que você pode comprar em qualquer loja. Ter um carro é algo complicado.

Pra começar, um carro é caro. Às vezes não, mas você não vai conseguir nenhuma xoxota andando por aí com uma lata velha colocando metade da população em perigo com risco de se contaminar com tétano. Para ser razoavelmente bem sucedido com as garotas você precisa de um carro que impressione pela beleza e não pelo tanto de fumaça que ele solta.

carro

Eu boladão no meu veículo

O primeiro passo para comprar um carro é analisar sua saúde financeira a longo prazo. Você vai ter condições de pagar o carro? Terá dinheiro para bancar a gasolina, revisões e possíveis problemas relacionados ao uso excessivo do carango? Se a resposta para alguma dessas perguntas foi “não”, sinto muito, não é a hora de comprar um carro.

Ter um carro é semelhante a ter um filho. Os gastos podem ser astronômicos se tudo não for planejado direitinho. Numa comparação bem – digamos – rústica, o combustível equivale ao leite em pó, os gastos com limpeza equivalem ao tanto de fraldas que se compra e por aí vai.

Como todo investimento trás um bom retorno, comprar um carro te propicia vários fatores de sucesso, dentre eles:

– Não pegar ônibus lotado e ir em pé da sua casa para o trabalho e do trabalho para casa. Pode pegar trânsito com o carro, mas você estará confortável em seu automóvel ouvindo as músicas que você gosta.

– A facilidade de sair na chuva sem se preocupar com guarda-chuva, marquises ou ser molhado por quem passa na rua.

– A agilidade em sair de sua casa um pouco mais tarde do que o normal caso fosse utilizar um transporte coletivo.

E a principal delas:

– Com o carro você se torna automaticamente um dos melhores partidos do bairro/faculdade/trabalho/roda de amigos.

Fato inegável que mulheres, por mais que digam o contrário, valorizam o cara que tem um bólido, principalmente pelos fatores de comodidade e status social.

Há um ditado que circula entre as rodinhas de amigos que diz o seguinte:

A pé você não come ninguém.

Não sei quem foi o autor de tal frase genial, mas com certeza esse foi um cara que soube como ninguém vivenciar os dois mundos: O mundo do pedestre e o mundo dos motoristas.

Veja bem, quando você atinge certa idade, os 18 anos por exemplo, aquelas baladinhas com as quais você estava acostumado como por exemplo shopping no sábado a tarde, sub-17 levado pelos pais, tarde de PlayStation na casa do Paulão ou quests de RPG na Leitura da Savassi se tornam terrivelmente chatas.

Você tem idade para dirigir, encher a cara, entrar em boates e o principal: drive-ins e motéis. É como dizem: quando se tem picanha, pra que comer ovo frito?

Mas como nem tudo na vida é fácil, você só se dará bem em uma dessas baladas se estiver devidamente equipado com automóvel para ir em qualquer um desses dois lugares mágicos.

Quer mico maior do que pegar um táxi para dar umazinha no motel? Assim, é tosco, né cara? É assinar o seu atestado de liso e falido. A mulher não vai querer liberar para um cara que vai de Van pra balada. Definitivamente não.

Carro impõe respeito e pontos de atributos no quesito Carisma.

Sem carro = Carisma 2, porque você é simpático.

Com carro = Carisma 2 (+10).

Sacou?

O Sam Witwick sacou.

Não adianta me chamar de machista e todo esse blah blah blah que já é costumeiro nessa tal de interwebs, mas é fato inegável que dos 18 aos 25 anos o homem só quer carro para um motivo: se dar bem com as mulheres.

Não importa o que você diga, o que os seus pais digam. A verdade universal é essa e não tem como desmenti-la.

A vida sexual e social do homem melhora em torno de 300% após a aquisição de uma carteira de motorista + carro.

Aos olhos de algumas mulheres, você só se torna um homem de verdade a partir do momento em que seu perfume passa a ter cheiro de “Aditivada com alta octanagem” e o seu melhor acessório visual é a chave do carro pendurada no cinto. Isso é certeiro, colega. Ninguém quer voltar a pé pra casa.

Portanto, aconselho-os a pensar seriamente em adquirir um meio de transporte o mais breve possível e não falo de mobilete ou bicicleta, falo de um veículo de verdade, um carro.

Se pretende se dar bem na faculdade ou na baladinha – e não digo se dar bem só de ficar de beijinho – é primordial que você esteja motorizado. É da natureza feminina separar homens de meninos não pelo que eles tem no meio das pernas ou dentro da carteira e sim pelo meio de transporte que ele pretende levá-la pra sair.

Pense nisso.


Texto escrito em 2010. Dias antes de comprar meu carro. Hoje tenho carro e não transei nem metade do que a vendedora da concessionária me prometeu…

 

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Sobre reflexões e garotas legais

Escrito por Arquivo

As vezes, quando não se tem nada pra fazer (você já acessou tudo o que tinha direito na internet, jogou várias horas de video-game, leu 6 capítulos de um livro, 10 episódios de uma série e não há ninguém legal pra conversar), alguns pensamentos e reflexões começam a se formar em nossa cabeça.

Há uns dias passei por um desses raros momentos. São aqueles minutos em que você chega a alguma conclusão aterradora a respeito de alguns pontos da sua vida.

No meu caso, esses minutos serviram para pensar em como algo que até pouco tempo atrás era essencial em sua vida e de uma hora pra outra se torna tão sem importância e quais as circunstâncias que levaram a isso. Geralmente, a resposta é algo que só faz sentido pra você mesmo.

Há mais ou menos um ano eu tive uma fase meio sombria aqui no blog. Basicamente, eu havia sido chutado pela minha ex-namorada e trocado por um babaca qualquer. Sim, em qualquer situação, seja ela relacionada a namorada ou outra pessoa, quando eu sou trocado, é por um babaca, pelo simples fato de que eu me acho a pessoa mais foda do mundo e se você pensa o contrário, não me interessa. Prosseguindo.

Fiquei mal. Escrevi textos depressivos e, até certo ponto, românticos. Um ano depois, lendo tudo aquilo de novo a minha única vontade é: pegar uma máquina do tempo, voltar naquela época e me dar uns bons tapas na cara pra deixar de ser otário.

Nenhuma garota no mundo merece que você se rebaixe a esse ponto. É muito legal ser romântico, e modéstia a parte, eu sou bom nisso. Porém, auto-estima em primeiro lugar. Principalmente quando a garota não corresponde à metade das coisas que você demonstra.

Como eu disse em um dos textos, é apenas questão de tempo até você perceber que aquela ferida enorme que você tinha no coração hoje em dia não passa de uma cicatriz de milímetros. E sabe por quê? Porque o mundo está repleto de garotas legais. Tão ou mais legais quanto aquela (que hoje você não acha nem “tolerável”). E quando você começa a conhecer essas garotas e a sair com elas a ferida simplesmente se fecha pra nunca mais abrir.

Hoje em dia tudo faz parte de um passado recente, mas que na minha cabeça parece distante. Muito distante. E posso dizer com todas as letras que esse tipo de ferida sempre se cura e o melhor remédio pra isso, vocês, meus amigos, sabem qual é.

😉

 

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Micaretas não valem a pena – Parte II

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Dizem que os filmes clássicos só merecem uma continuação se a história a ser contada for interessante. Gosto de pensar que a minha vida é um filme. Uma comédia de muito mau gosto, mas que às vezes gera boas risadas para a audiência. Sendo assim, era inevitável que algum dia um dos grandes momentos desse blog – e da minha vida – tivesse uma continuação.

A história se passa cinco após o fatídico primeiro episódio de “Micaretas não valem a pena”. De 2006 para cá, muita coisa mudou. Peguei mais garotas, namorei, arrumei emprego, comprei um Playstation 2, terminei o namoro, voltei o namoro, comprei um carro, terminei namoro, vendi um Playstation 2, comprei um Xbox 360 e nunca mais fui em uma micareta. A vida seguia o seu rumo normal, até que um belo dia…

Estava tranqüilo e sereno na minha casa, apreciando as coisas boas da internet quando recebo um convite: ir ao maior show de axé do Brasil de graça no camarote mais caro do evento.

O coração bateu mais forte, as mãos ficaram trêmulas e lembranças desagradáveis vieram à tona. A multidão, o empurra-empurra, a garota que eu era afim na época, o vídeo-game que vendi pra financiar a fracassada empreitada. Uma miríade de sensações e sentimentos tomou conta de mim. Isso tudo por 10 segundos, o tempo necessário pra digitar um sim em resposta ao convite.

Eu não queria saber. Estava decidido a enfrentar mais uma vez o tão temido Axé Brasil e sair de lá como o verdadeiro vencedor que sou: com no mínimo 20 garotas a mais na minha contagem de relacionamentos (instantâneos). Afinal, hoje em dia eu pelo menos consigo iniciar uma conversa com uma avulsa sem começar a tremer e falar merda (na maioria das vezes).

Convite aceito era hora de me preparar para o grande dia.

Coloquei a minha única e melhor calça jeans, meu All-Star verde da sorte e minha camisa de gola V, que me rendeu até um título importante na internet, mas que posteriormente seria substituída pela vestimenta característica desses eventos, carinhosamente chamado de “abadá”.

Rumo à Santa Luzia e a minha redenção, nada poderia dar errado. Infelizmente, estamos falando de mim.

Tudo estava conspirando a favor da minha revanche. Estava com o meu casal favorito: Danilo Guedes e Gabi Dornelas, além da presença da linda Joycelular e da Lidi. Além disso, o camarote era open par, ou seja, eu teria ali o combustível ideal para me dar bem com qualquer garota.

roubado no axé brasil

pronto pra strondá as cocota rsrsrsrsrsrs

Porém, eu não contava com um detalhe: eu estava no camarote mais caro do evento. Logo, por mais bem sucedido que eu seja, eu era o cara mais pobre, feio e gordinho do recinto. Digo isso porque o nível das mulheres que estavam lá era de “sensacionais” para cima. Eu deveria ter no mínimo uns centímetros e uns músculos a mais para pelo menos conseguir me aproximar de uma delas sem despertar a característica expressão de nojo.

Mas, claro. Não me precipitei. Curti com os amigos, tirei fotos com os famosos que estavam por lá, comi, bebi e tuitei. Estava vivendo o sonho. Like a boss, na gíria das ruas.

Com a dose certa de incentivo, percebi que era hora de me dirigir ao local ideal para superar o trauma de ir em um Axé Brasil e não pegar ninguém. Eu estava ali. Não precisei vender um vídeo-game pra ir. Não havia nenhuma garota que eu estivesse apaixonado para me impedir de chegar em outras. Tomado pela coragem e pela necessidade de auto-afirmação, desci em direção a pista do Axé, onde, na minha cabeça, a festa da promiscuidade acontece.

Esse foi o meu erro. O meu único erro aquela noite. Como diz um ditado que inventei há algum tempo atrás, quem nasceu pra príncipe, não se mistura nos negócios do proletariado. Eu não deveria estar naquele lugar, mas lá fui eu.

Com toda a marra e gingado que adquiri na minha breve estadia no Rio de Janeiro, comecei a rondar a pista em busca de redenção. De uns beijinhos.

O problema todo foi: eu estava com um abadá que dizia de forma subliminar: sou rico e provavelmente estou com U$ 500 na carteira e um Iphone no bolso. Na verdade, eu só tinha um Iphone no bolso. Os dólares ficam na conta bancária, vulgo Adsense.

Vestir esse abadá e adentrar a pista foi um convite excelente aos “ponguistas” de plantão que vão o Axé Brasil.

Com cinco minutos andando pela pista, um cara aparentemente bêbado entrou na minha frente e impediu minha passagem por alguns segundos. Se isso fosse na rua ou em qualquer outro lugar, eu o empurraria e deixava rolar. Se viesse pra cima eu estaria preparado. Mas não naquele ambiente. Na pista do Axé você nunca sabe se um cara está sozinho ou acompanhado de outros 500 amigos de aba reta. O risco de você se meter numa briga e ser espancado ali dentro é enorme e eu não ia arriscar apanhar. Um erro.

É nóis no Axé

Os segundos que o cara se fingiu de bêbado foram suficientes para ele enfiar a mão no meu bolso de forma rápida e imperceptível e roubar o meu Iphone. Notei alguns segundos depois, quando coloquei a mão no bolso, que ele estava vazio. Quando olhei para trás, o filho de uma puta já havia desaparecido na multidão.

Lá estava eu, mais uma vez, derrotado pelo Axé Brasil. Ao notar que fui roubado, perdi toda e qualquer vontade de chegar em alguma garota ali. De cada 10 pensamentos, 100 envolviam as mais variadas formas de tortura que eu seria capaz de aplicar no cara que me roubou. Decapitação com presto barba era a mais simples e higiênica delas.

Aquele não era o meu lugar. Nunca foi. Nunca será. Como se não bastasse vender um vídeo-game para ir da primeira vez e não pegar ninguém, dessa vez, que fui de graça, acabei pagando um preço tão alto quanto um Playstation 2.

Se fosse um cara religioso diria “só Deus pode me julgar”, mas não precisa ser nenhum gênio pra identificar a ironia dessa frase, não é mesmo?

Voltei para a área do camarote com a minha aparência típica de derrota: ombros encolhidos, cabeça baixa e um completo desânimo. Fui até o posto de polícia do evento fazer um boletim de ocorrência, mas depois nem registrei, já que não adiantaria nada e eu seria só mais um número nas estatísticas de roubo do evento (vulgo trouxa).

Abalado, triste e com a auto-estima de uma formiga, tentei pela última vez sair daquele lugar com pelo menos uma cocota na minha lista. Cheguei em uma garota sentada perto de onde eu estava. Conversa vai, conversa vem e na hora do vamos ver… era lésbica.

Puta que pariu, Rafael.

Roubado, triste e ainda chegando em lésbica. Na escala de perdedores, eu estava, naquele momento, dez níveis acima do segundo colocado. Mas aí, acho que impulsionada pelo sentimento de dó, ao me ver daquele jeito, uma garota resolveu melhorar um pouco a minha noite…

E assim, eu concluí – pela segunda vez – que micaretas não valem a pena. Mas dessa vez eu não saí no 0x0 do Axé. Só saí R$ 900 mais pobre, mesmo não pagando pelo camarote…

TOMA ESSA AXÉ BRASIL.

Infelizmente, aposentei de vez a minha carreira como micareteiro. Só volto em um evento desses se eu me tornar policial. E com direto a cacetete.

Hoje tem festa oxente uai o caralho. O CARALHO!

 

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Problemas com atendimento da OI – Simples Assim

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Bom dia! São 03:48 (nesse exato momento) da manhã. Deve ter mais ou manos umas 4 horas que tive o meu celular roubado em um evento. Cheguei em casa a aproximadamente 1 hora. Que estou tentando falar com a OI pra solicitar o bloqueio do aparelho já deve ter no mínimo uns 40 minutos. Chego até a ser atendido (escuto vozes), porém, acredito que pelo horário, é muito mais fácil para o atendente desligar o telefone na minha cara do que me atender e realizar uma operação relativamente simples.

Não sei qual é o procedimento adotado pelas ilhas de atendimento da OI. Que eu me lembre, a empresa responsável por esse atendimento era a Contax. Posso estar enganado, já que faz algum tempo que apenas pago as minhas contas ao invés de solicitar algum serviço da OI.

A questão é: será que não existe nenhuma monitoria na parte da madrugada nessa central de atendimento? Eu já trabalhei com atendimento telefônico e, se o procedimento adotado (era uma estatal) for no mínimo parecido, existe um supervisor com uma tela monitora todas as chamadas, incluindo a posição de atendimento que recebeu a chamada e a duração da mesma.

Cheguei ao ponto de ter uma ligação atendida, escutar vozes conversando na central e em questão de segundos ter o tão odiado “tu tu tu tu” largado na minha cara. Bom, posso não ser o melhor cliente do mundo, mas daí correr o risco de ser prejudicado quando a falha é da empresa que me presta o serviço, já é demais.

Eu faço idéia que trabalhar de madrugada seja realmente um saco. Mas, sério: eu fui roubado e preciso que a OI bloqueie o meu aparelho (tanto a linha quanto o próprio aparelho) para que o “cidadão honrado e cumpridor de suas obrigações” (pra não chamar de outro nome) não consiga tirar nenhum proveito da situação. Mas pelo visto vou ter que fazer isso logo mais, provavelmente em horário comercial ou em alguma loja.

Fica o meu pequeno apelo à OI. Por favor, prestem atenção no tipo de funcionário que está sendo contratado pra realizar o atendimento a clientes. Como disse acima, já trabalhei em call-center é sei que é uma droga atender clientes em determinado horário, mas daí todo mundo fazer o mesmo e não atender ninguém chega a ser sacanagem.

Gosto de pensar que nesse momento, bem, às 04h06 da madruga esteja rolando uma festa muito legal, ou uma reunião muito importante já que não estamos em época de Copa do Mundo (aí eu até entendo) pra todo mundo parar e não atender as ligações. Pensando assim me sinto um pouco menos perdedor do que o normal (o normal é achar que é só comigo).

No mais, obrigado por prestar um ótimo serviço de 3G, obrigado pelo ótimo sinal de ligações e por debitar o valor da fatura sempre em dia, já que minha conta é em débito automático. Meus parabéns, OI. Nesse momento tem alguém fazendo ligações e usando meu aparelho enquanto estou aqui, em casa redigindo um texto sobre as 40 ou 50 vezes que desligaram na minha cara ao buscar atendimento.

Sério, sem ironia. Eu nunca reclamei da OI. Podem pesquisar aqui no histórico do blog ou em qualquer perfil meu em redes sociais. Exceto hoje, nesses momentos que antecedem o texto…

Update: Enquanto eu ligava daqui, a amiga @porrabelle também me ajudava ligando de outro lugar. Ela conseguiu falar na OI e as 05h19 da manhã, quase 2 horas depois de começar a maratona de ligações, fui atendido. Digo, a Belle foi atendida. É isso…

P. S. 1: Não estou, de forma alguma, jogando a culpa na OI por ter sido roubado. Estou, sim, tentando evitar ao máximo tomar algum prejuízo por conta disso e, nesse caso, infelizmente, só a OI pode me ajudar, já que a linha é da operadora.

P. S. 2: Podem me zoar por ter sido roubado. Realmente não ligo. Tá, eu ligo, portanto peguem leve na zoação. Ainda estou abalado.

 

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Conselhos amorosos

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Inexplicavelmente, aquele cara que não pegava ninguém na escola havia se tornado uma espécie de guru dos relacionamentos. O recreio já não era mais o mesmo. Sempre havia alguém sentado ao lado dele perguntando o que deveria fazer ou responder durante as investidas de outras pessoas. Com a maior calma do mundo ele dava conselhos. Na maioria das vezes, conselhos certeiros.

Até que um dia a garota por quem ele era apaixonado se sentou ao seu lado. Ela queria saber como dizer a um garoto que estava apaixonada por ele. Pela primeira vez em semanas ele não soube o que dizer de primeira. Só sentia uma dor no peito. Uma dor que nunca havia sentido. Mesmo assim ele tentou cumprir o seu papel, afinal, tinha mais gente pra conversar e ele não queria perder a confiança das outras pessoas.

– Dizer pra uma pessoa que se está apaixonada por ela é sempre complicado. Você nunca sabe como ela vai reagir.

– Você já fez isso? Digo, se declarou pra uma garota?

– Já. Não foi a melhor experiência da minha vida.

– O que aconteceu?

– Nada demais. Ela disse que não sentia o mesmo.

– E por que isso foi tão ruim?

– Porque, acredito eu, você não sabe como é ruim dormir e acordar todos os dias pensando em como seria bom estar com essa pessoa. Poder dizer um “eu te amo” e ganhar um beijo como resposta. Não precisa nem escutar um “eu também”. Algumas coisas a gente consegue entender só pelo olhar.
– Sabe, é realmente foda ficar alimentando um amor por uma garota que simplesmente ignora a sua existência. Então, quando você resolve mostrar pra ela que existe e que gostaria de fazer o possível e o impossível pra vê-la feliz, e ela te diz não, é como se você estivesse sendo fuzilado por um exército inteiro. No final, só resta um buraco enorme.

– Nossa. Realmente nunca passei por isso.

– Pois é… Eu te amo.

– Eu também.

– O que?

– Viu, não foi difícil. Você se declarou e eu também.

E naquele recreio em específico, no dia 13 de abril de um ano que ninguém se lembra direito, todo o colégio viu aquele cara, que ninguém lembra o nome, o famoso “o conselheiro amoroso” ficar com uma garota.

Dizem que eles estão juntos até hoje. Mas, bem, você sabe como é essa coisa de amor…

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Histórias do acampamento cristão

Escrito por Arquivo

O relato a seguir me foi confidenciado há alguns anos por uma fonte que prefiro deixar anônima. Na época, a pessoa em questão freqüentava um famoso acampamento cristão nos arredores de Belo Horizonte. Se o que me foi descrito é verdade, não posso dizer, mas acho digno compartilhar com vocês a fim de divulgar um pouco do que acontece nos chamados acampamentos cristãos.

O ano era 2002. Eu e meus amigos estávamos na casa dos 16 anos, o que quer dizer duas coisas: nossos sacos estavam completamente inchados e 98% dos nossos assuntos eram relacionados a sexo, por mais que não praticássemos o ato há algum tempo (ou até mesmo aqueles que nunca praticaram).

Com a chegada das férias, alguns amigos da “turma” iam para cidades do interior, outros para a casa de parentes em outros bairros da cidade e um amigo em particular ia para um acampamento cristão, ou colônia de férias, como queira chamar.

Naquele ano ele voltou diferente. Sabe quando você se despede do cara com a certeza de que ele ainda é um garoto e, ao revê-lo percebe que já não é mais nenhuma criança e que, provavelmente, passou por experiências que o tornaram mais “adulto” que os demais? Pois é. Foi assim com aquele amigo.

Nos dias finais de Janeiro a turma já estava se concentrando novamente no bairro. Quando o “wolfpack” finalmente estava completo, era a hora de colocar o papo e as novidades em dia.

Todos os anos era praticamente a mesma história: alguns pegavam as mesmas garotas de sempre, outros pegavam novas garotas, alguns pegavam garotas que não existiam e outros não pegavam ninguém, mas contabilizam pelo menos 5 nomes diferentes. Algo normal entre amigos adolescentes.

Compartilhados os feitos, era a hora do nosso amigo “cristão” contar sobre as suas férias.

Com a frieza de Charles Bronson ao acender um cigarro, o nosso amigo tirou um Hall’s do pacotinho e o colocou na boca. Há algum tempo já observávamos que alguma mudança se operara nele. O cara estava diferente. De alguma forma, era como se estivesse a alguns anos luz de distância dos demais rapazes do bairro.

O diálogo a seguir pode ter sofrido algumas alterações graças aos anos em que esteve guardado na minha memória, que vez ou outra costuma me trair. Porém, espero me lembrar da maior parte do conteúdo e o transporei letra por letra nessa missiva:

– Cara, as férias de vocês foram realmente legais, hein? Mas, acho que poucos ou nenhum de vocês passou pelo mesmo que eu.

– Ih, cole! Foi estuprado, Mané?

– Depende. Quando duas garotas diferentes te chupam é considerado estupro?

– Hahahahahaha. Estamos contando das férias, não dos sonhos.

– Tudo bem, criança. Acredite se quiser, mas isso não irá me impedir de contar pra vocês sobre as melhores férias da minha vida.

– Então vai lá, Rocco. Conta pra gente.

– Não sei se vocês sabem, mas esse foi meu último ano no acampamento. Depois que se faz a crisma, você não pode mais passar as férias por lá. É alguma regra estúpida inventada por algum padre estúpido pra manter sempre a faixa-etária por volta dos 16 anos. Triste, mas inevitável.

– Já há alguns anos eu notei que a turma dos 16 anos sempre era diferente. Várias vezes, a noite, na hora que a galera se reunia pra jantar, conversar, jogar e fazer essas coisas imbecis, eu notava que alguns rapazes e algumas garotas simplesmente desapareciam. Na minha cabeça, eles estavam ajudando a preparar a comida ou simplesmente pensando em alguma forma de dar um susto nos mais novos.

– Outra coisa que percebi também é que a Marcela e Karen adquiriram um par de seios sensacionais cada uma. Sem contar nas bundinhas redondas e empinadas, estilo Yoshi. E pensar que há uns 2 anos aquelas garotas eram duas varetas ambulantes que estavam sempre tentando se enturmar…

– Lembro que você falou delas pra gente. Uma queria ficar com você, mas você deu um fora porque não sabia beijar hahahahahahahahaha.

– Sim, criança. Eu não sabia beijar e pelo visto, naquela época, as garotas já estavam praticando e treinando para um objetivo maior. Onde eu estava mesmo? Ah, sim. Nas bundas da Marcela e da Karen. Deixe-me continuar.

– Aquelas garotas estavam demais. A puberdade fez um bem danado pra elas. Enquanto eu fiquei um pouco mais desajeito, as duas atingiram o ápice de gostosura que uma garota de 16 anos pode atingir.

– Certa noite, eu estava no quarto jogando Pokémon no quarto. Antigamente eu até gostava de ficar lá fora com os outros. Mas, vocês sabem… aquilo só é legal quando você não tem nada melhor pra fazer. Que coisa mais idiota ficar contando história de terror que não assusta ninguém.

– Histórias que você sempre ficava com medo e ia dormir mais cedo, mas, vai lá. Continua aí… hahahahaha.

– Então, eu estava lá jogando Pokémon e bateram na porta do alojamento. Abri e lá estava a Karen com a blusinha vermelha do acampamento e um shortinho comprimindo as suas coxas de um jeito que ela parecia ainda mais gostosa do que nunca. Obviamente, eu tive uma E.T.

Ela me disse:

– A gente precisa de ajuda lá na cozinha. Você pode ir com a gente?

– Puta que pariu, hein Karen? Tem que ser eu?

– Tem. Você agora é da turma dos mais velhos. Você tem que ajudar.

– Que merda. Vamos lá.

– Amigos, deixei a Karen ir na frente só pra poder observar de camarote aquela bunda sensacional. Obvio que aquela imagem mais tarde se tornaria combustível mental para a boa e velha bronha. Mas, a noite era só uma criança, como todos vocês.

– Pff.

– Então cheguei na cozinha. Estranhei porque estava tudo apagado e não tinha nenhum instrutor. Mas a Marcela também estava lá com um short do mesmo estilo da Karen e com uma bunda tão boa quanto, se não melhor. A primeira coisa que ela disse: Conseguiu tirar o nerd da toca?

– Anda logo, Cella. O que é pra fazer aqui?

– Pra começar, fecha os olhos.

– Amigos, não sei se isso acontece com vocês, mas quando uma garota me pede pra fechar os olhos, é como se eu libertasse o Hulk dentro da minha calça. Só consigo pensar em putaria. E, naquela noite, eu não estava enganado.

– A Marcella veio e começou a me beijar. E que beijo foda. Dois três beijos que dei em toda a minha vida, aquele com certeza era o melhor de todos. Mas, enquanto ela passava a língua pela minha boca, notei que a minha desceu subitamente pelas minhas pernas.

– Mandei um “Opa”, e a Karen disse pra relaxar.

– Não sei quantos de vocês aqui, e apenas suponho que nenhum, saiba a sensação de receber um “boquete”. Nem se compara a colocar água morna na latinha de Pringles e colocar no pinto. A latinha não tem o principal: língua.

– Cara, você tá de onda. Seu mentirosinho de merda.

– Tudo bem. Pode pensar o que quiser. Mas deixe-me continuar a história. Minhas pernas estavam tremendo, cara. Estava com medo de perder o equilíbrio ali e cair. Eu já estava tendo o melhor dia da minha vida e não queria estragar parecendo o perdedor de sempre. Afinal, vocês se lembram que eu fiquei com dor de barriga na festa da Fernanda quando a Alice quis ficar comigo, né? E que se não fosse o Fábio, eu não teria chegado a tempo no banheiro…

– Ali estava eu, ganhando um bola-gato da menina mais gostosa do acampamento enquanto a outra mais gostosa me beijava. A probabilidade de estragar tudo era enorme. Tão grande que fiquei parado.

– Nessa hora a Marcella pegou uma das minhas mãos e colocou por dentro da blusa dela. Sem sutiã.

– HAHAHAHAHAHHAHAHA CARA, VOCÊ É MUITO CRIATIVO. ONDE VOCÊ LEU ESSE CONTO? NO POMBA-LOCA?

– Shiu. Calado. A história não terminou.

– Run, Forrest. Run.

– Cara, pela primeira vez na vida eu estava com um seio na minha mão. Não chega nem perto da sensação de encostar o cotovelo no peito de uma garota na fila da merenda. Apertei. Foi a primeira coisa que fiz. Apertei. Confesso que fiz até um “fom-fom” mental.

– Calma, devagar. Foi o que a Marcella falou. Parei de apertar e só fiquei com a mão. Enquanto isso, no andar de baixo a Karen continuava a fazer o bola-gato. Caras, juro por Deus, e estou sendo muito errado quando faço esse juramento, mas eu tava vendo a hora que ia rechear a boca da garota.

– Mas, parece que elas andaram treinando outras coisas além do beijo e pouco antes de liberar uma porção caprichada de suco peniano ela parou.

– Eu só consegui dizer “pelo amor de Deus, continua. Não para. Por favor. Eu te imploro”. E ela disse:

– A gente vai ficar aqui por mais duas semanas. Ou você faz tudo hoje, ou aproveita esses dias.

– Tá bom, tá bom. Mas agora volta, por favor.

– Mas não adiantou. Naquela noite as garotas foram para o alojamento delas e eu tive que terminar a festa com minha melhor amiga.

– Cara, na moral. Para de mentir.

– Bom, como elas disseram. Aquele foi só o primeiro dia. E, posso dizer com toda a dignidade que me é permitida que tive duas semanas de punhetas, boquetes, mãos e bocas em seios, dedos em vaginas e – infelizmente – apenas um dia de sexo.

– Comeu porra nenhuma, cara. Cheio de goma*.

– Eu trouxe isso, já que vocês provavelmente iam duvidar…

Surpreendentemente, o cara tirou um par de calcinhas e uma foto em que as garotas estavam ao lado dele. Não tinha ninguém pelado na foto, mas a cara dos três dizia tudo o que precisávamos saber: transaram como se o Juízo Final estivesse próximo.

Naquele fatídico ano de 2002 soubemos que todas as vezes que chamávamos o nosso amigo de coroinha, carola e cordeirinho de Deus, foram apenas brincadeiras de criança perto de um cara que se tornou uma lenda no bairro.

Também descobrimos que os acampamentos cristãos são a melhor e única chance de se comer duas garotas com 16 anos de idade (a não ser que você estude em uma escola pública de bairro).

Daquele dia em diante, passamos a respeitar o nosso amigo como se fosse um professor. Claro que ele ainda agia como um apóstolo virgem em algumas ocasiões. Além disso, alguns dos outros garotos do bairro não acreditavam na história. Mas, quem era amigo, sabia que ele não estava mentindo. O cara era foda.

Depois disso, o número de garotos que começaram a fazer primeira comunhão e crisma na paróquia do bairro cresceu consideravelmente. Mas, se algum deles conseguiu façanha parecida, ninguém soube.

——
*Goma: gíria do bairro para “mentira, lorota”.

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