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Uma noite (frustrada) de amor e música

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Pois é amigos. O mundo off-line é tão selvagem, tão imprevisível que estou passando mais tempo lá do que aqui, na nossa sempre correta internet. Há dias venho tentando escrever alguma coisa por aqui, mas nada que mereça a sua atenção, amigo leitor. Entre tantas aventuras vividas nesses dias de férias, o único texto que achei digno de ser publicado aqui é um fato terrível acontecido há alguns anos.

O que você está prestes a acompanhar nas próximas linhas é um relato apaixonado e emocionante de quem perdeu algo muito importante durante a vida. Uma história de formação, crescimento e amizade (ou quase isso). Um episódio marcante na minha vida e que traçou fortemente o meu caráter. Caso perceba uma lágrima escorrendo, não se sinta culpado. Apenas leia.

O ano era 2002. Estava na plenitude da minha adolescência – no alto dos meus 16 anos. Só queria saber de andar de skate, jogar PlayStation, pegar garotas (o que eu fracassava constantemente) e escutar rock. Algo natural para um garoto dessa idade. Nessa época eu ainda não era viciado em internet. Utilizava a rede única e exclusivamente para mascar garotas no ICQ e baixar músicas e pornografia amadora. Ah sim, eu também tinha dois fã-sites: um sobre Blink 182 e outro sobre Smallville hospedados no guerreiro HPG e que hoje já não mais figuram nos anais da internerd.

Depois da Maria Tereza, Blink 182 e Smallville eram as minhas duas outras paixões naquela época.

Vale fazer essa contextualização histórica, pois Blink 182 tem parte fundamental nesse relato.

Conheci a banda quatro anos antes, no longínquo ano de 1998. Ano esse em que a nossa seleção tomara um chá de piroca na final da copa do mundo, mas que não vem ao caso e nem é importante para a história.

Graças ao primo de um vizinho, tive meu primeiro contato com aquele trio de San Diego – CA. Os acordes que me encantaram logo de cara eram, na verdade, o pontapé inicial da porradaria chamada Josie. Até hoje uma das minhas preferidas.

Aquela velha fica k-7 logo rodou todo o bairro gerando várias cópias, dentre elas a que foi minha companheira por mais de três anos. Infelizmente eu sou da época em que ter um mp3 player ou um celular que toca MP3 era algo um tanto quanto distante. O mais próximo de um player compacto que eu tive foi um Discman, mas que não funcionava muito bem sem um CD.

Outro detalhe: nessa época os CDs do Blink 182 em Belo Horizonte eram raridade. A banda começava a estourar nos Estados Unidos e chegava de mansinho no Brasil. Só havia cópias importadas, o que aumentava o preço astronomicamente.

Eu demorei três anos para colocar as mãos no meu primeiro cd do Blink 182. Era o mais recente lançamento deles: Take off Your Pants and Jacket. Já estávamos no ano de 2001 e até aquela data, era o melhor presente que um garoto podia ter depois de um PlayStation . Epic Win dos meus pais.

TOYPAJ

TOYPAJ

Passado mais um tempo, no começo de 2002, enquanto andava pelo centro de Belo Horizonte com a minha mãe, pedi, por curiosidade e puro interesse, para darmos uma passada na Galeria Praça Sete, o melhor lugar para se comprar CDs de bandas de rock.

A intenção? Ver quais CDs do Blink o lugar poderia abrigar. Andamos por todo o terceiro andar e, escondido em uma das prateleiras, lá estava ele. Aquele encarte colorido que ilustrava um show da banda. The Mark, Tom and Travis Show – o álbum ao vivo da banda. Que momento!

TMTTS

TMTTS

Com o CD em mãos, parti com um sorriso de orelha a orelha pra casa, esperando o momento de colocar o CD no meu discman e degustar de horas e horas de bom rock and roll. Eu não fazia idéia, mas naquele momento estava contribuindo para um dos piores acontecimentos da minha vida.

Algum tempo depois, já em 2003, tudo corria tranquilamente na minha vida. Andava de skate, jogava vídeo-game, mascava garotas na internet e escutava Blink 182 o dia inteiro. Graças ao advento da pirataria, já havia conseguido os mp3 de todos os CDs do Blink, o que era de grande valia, pois os CDs antigos não se encontravam nem no mercado negro de Belo Horizonte.

Nessa época, alguns amigos começaram a falar de uma garota da sala deles que curtia rock. Aliás, os caras me disseram que a garota curtia – e muito – Blink 182. Era um incentivo irrecusável para conhecê-la (lembrando que meu interesse não era nada musical. Nem sexual, mas, talvez, quem sabe, né?). O nome da moça em questão era Carol.

Fato é que eu fiquei doido pra conhecer a menina. Eu só conhecia outros caras que curtiam Blink. Garotas que gostavam da banda era uma espécie em extinção no meu mundinho e, como todo bom ser humano, eu desejava perpetuar a espécie de alguma maneira.

Na época eu era muito “whatever” pra sair da minha casa e ir até a escola dos outros para conhecer alguma menina, mesmo com os amigos insistindo no “cara, é só você ir lá. Ela quer te conhecer”! Por incrível que pareça naquela época, apesar da minha enorme timidez, eu sabia lidar melhor com garotas. Não corria atrás. Não adulava. Não me iludia. E nessa o tempo foi passando até aquela fatídica terça-feira de maio.

O dia amanhecera como todos os outros. Infelizmente eu tinha que ir pra aula, o que naquela época tomava toda a minha manhã, mas as minhas tardes e  noites eram livres para a pura diversão, apesar de internet mesmo só depois de meia-noite.

Chegando da escola, almocei e fui andar de skate. Basicamente o que eu fazia todas as tardes, o que explica a minha visível deficiência em matemática, química, física e biologia. Chegando do “rolé” reparei que haviam algumas amigas na casa da minha vizinha que era da sala dos meus amigos e, consequentemente, da sala da “Carol”.

Reparei que uma delas usava calça jeans, blusa preta e All-Star rabiscado. A típica figura roqueira colegial no início dos anos 00. Dadas as características da garota e o olhar de cobiça para a minha pessoa, na época magro, sexy e skatista, aquela só podia ser a Carol.

Continuei na política do “foda-se” as garotas. Venham a mim se quiserem. Subi e fui tomar meu banho. Depois, quem sabe, eu desceria e tentaria alguma coisa. Se eu soubesse o quão traumático seria esse dia, eu não teria nunca, em hipótese alguma, cogitado a idéia de sequer falar com essa tal de Carol.

Terminei de tomar o meu banho e estava curtindo uma vibe muito correta no Command & Conquer: Red Alert quando a campainha toca. Era o Vinícius e a Carol. Pensei na mesma hora “adoro comida entregue a domicilio”. MsgPlus_Img3333

O seguinte diálogo está cravado na minha memória de tal forma que mesmo sendo consumido pelo Alzheimer, lembrarei de todas as letras proferidas naquele dia.

V: E aí Fael!

R: Opa, e aí Gambá! (o apelido do cara na época)

V: Cara, essa é a Carol!

C: Nossa, finalmente a gente se conheceu!

R: Pois é. Prazer. – três beijinhos.

C: Prazer.

V: Então, Fael, tava falando com a Carol que você tem dois CDs do Blink.

R: MsgPlus_Img0552

C: Nossa Rafa. Por favor, tem como você me emprestar?

Amigos, eu digito nesse momento com o coração partido e olhos cheios de lágrimas. É duro revisitar um momento tão triste e marcante da minha vida depois de muito tempo. Mas faço isso pelo bem e o entretenimento de vocês.

Essa pergunta: “Por favor, tem como você me emprestar?” despertou uma reação química no meu cérebro que só me fez pensar em emprestar o cd e no dia de pegar de volta cobrar, sei lá, um beijo e um aperto no peito como pagamento. Confesso que fui ingênuo.

R: Mas é claro! Toma aí. Curte muito, hein? MsgPlus_Img0868

Essa foi a minha ruína. Naquele momento eu não sabia, mas estava entregando parte de mim a uma garota e nunca mais a teria de volta. A sensação era a mesma do Bart quando vendeu um simples pedaço de papel representando a sua alma para o Millhouse.

Entreguei de bandeja dois grandes pedaços da minha existência a uma garota que eu havia acabado de conhecer. Hoje, mais do que nunca, entendo o que sente uma garota que perde a virgindade com o primeiro malandro que fala bonito. É simplesmente uma sensação de derrota, abatimento e impotência.

A Carol levara consigo a minha virgindade, digo, meus dois CDs do Blink 182 e não tinha planos de devolvê-los. Tudo foi premeditado. A safada agiu de caso pensado.

Algum tempo depois fiquei sabendo que ela tinha mudado de escola. A minha reação, obviamente, foi um grito:

CARALHO GAMBÁ, E MEU CD, FILHO DA PUTA? COMÉ QUE VOU PEGAR ESSA MERDA DE VOLTA, CARA?

Ao que o Gambá respondeu, com toda a inocência peculiar de um garoto de 12 anos:

Cara, ela achou que você deu os CDs pra ela.

O velho golpe do cd emprestado...

O velho golpe do cd emprestado...

Minhas pernas começaram a tremer. A visão ficou completamente embaçada. Senti um vazio enorme. Frio, escuridão. Pela primeira vez eu sabia o que era perder algo de extremo valor sentimental e financeiro para uma mulher. Naquele momento eu sabia como era um divórcio.

Nunca mais eu tive contato com os meus CDs. Meus únicos dois CDs originais.

Tempos depois, sei lá, em 2006, eu achei o Orkut da Carol adicionado em um dos meus “colegas”. Não sei que força estranha me impediu, mas fui incapaz de deixar um scrap perguntando se ela ainda se lembrava de mim e como partira meu coração naquele dia. Quem bate, esquece. Mas quem apanha, sempre se lembra de um tapa. Era assim comigo.

Achei por bem deixar pra lá. Estava seguindo em frente. Conformado.

Mas aí, em 2007 eu comecei a namorar. E pasmem, no meu aniversário a minha namorada linda, maravilhosa e perfeita me deu o Take Off Your Pants and Jacket. Eu sabia que não era o mesmo cd, mas ocupou o lugar com igual carinho.

oi ohanna

oi ohanna

Com essa experiência eu aprendi que adolescentes roqueiras não são confiáveis (generalização mode: on). Aprendi que além de carro, mulher, livros e dinheiro, CDs também não se empresta. Grave uma cópia e dê ao amigo, mas não empreste seus CDs. Também entendi que uma adolescente de 12 anos pode ter a mente tão perversa quanto a de grandes vilões. Destruiu meu coração sem nem ao menos me dar um beijo como pagamento.

Uma experiência traumatizante que moldou o meu amadurecimento. Inesquecível, triste. Mas ninguém se torna um grande herói sem perdas durante a jornada.

Desculpe o tom emotivo do post, mas foi inevitável.

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Com vocês, os abutres

Escrito por Arquivo

Gostaria de apresentar a você, leitor, uma raça um tanto conhecida daqueles que tem namorada. Aquele cara que está sempre à espreita da sua amada, esperando só um vacilo seu para botar as asinhas de fora. O “amigo” que dá sempre os melhores conselhos quando o namoro está em crise e que se baseiam somente na opinião “olha, seu namorado é legal, mas pelo que você tá me falando, já deu né? É melhor terminar”. O tipo irritante de cara que não perde tempo em mascar a mulher dos outros. Estou falando da raça dos abutres!

Essa raça está presente em todo lugar. Na escola, na faculdade, no cursinho de inglês, no trabalho e até mesmo dentro de casa (se você tiver um irmão gêmeo tipo o cara da novela, é melhor ficar de olho). Eles não hesitam em apunhalá-lo pelas costas na primeira oportunidade e para isso vão abusar das estratégias mais manjadas do universo masculino.

rsrsrssrsrs

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Durante esse texto irei abordar algumas espécies de abutres e o modus operandi desses indivíduos enviados por Satã para atazanar a nossa vida amorosa. Afinal, de boas intenções o inferno tá cheio.

O amiguinho

Como bem salientou o meu amiguinho Liquitinho Lindo, o maior exemplo de abutre “amiguinho” é o sempre musculoso Jacob Black.

Se você acompanhou a saga de Edward e Bella, sabe que sempre que o vampiro topetudo saía de perto, o jovem indígena já mostrava toda a sua sagacidade ao confundir os sentimentos da necrófila. Jacob foi o primeiro a dar o toque na Bella.

– Aí, Bella. Se liga. O Edward só quer te comer. rs jaco

Não que ele estivesse mentindo, mas esse é o tipo de “conselho” visando única e exclusivamente o benefício próprio. Afinal, se você é “inimigo” do namorado da garota, nada melhor do que tentar desmoralizar o cara e fazer a cabeça dela mostrando quem é a melhor opção.

Esse é o tipo mais abundante de abutre. Se a sua namorada começa a falar demais de tal amiguinho, comece a ficar preocupado. Ele com certeza está armando o meio de campo para a arrancada da vitória e, nessa história, você é o zagueiro que deve impedir o gol.

O traíra

O abutre traíra é aquele cara que, em uma era muito, mas muito distante, foi seu grande amigo. Você contava tudo sobre a sua garota pra ele que, sorrateiramente, absorvia todas essas informações esperando ansiosamente pelo dia em que poderia usá-las em prol de sua própria conquista amorosa.

Com todas as informações devidamente arquivadas fica muito fácil se aproximar da garota. Você já sabe a banda preferida, a música favorita, o seriado predileto e até mesmo o tipo de cueca que a deixa mais excitada. É um prato cheio para essas aves que se alimentam de sobras alheias.

Imagem mais clichê ever.

Imagem mais clichê ever.

O cafajeste

Ah, o cafajeste. Ele sabe que a garota tem namorado. Ele sabe que a garota é completamente apaixonada com o namorado e, mesmo assim, tem como missão de vida a destruição do maior número possível de relacionamentos.

Ele geralmente aborda da garota com perguntas capciosas que se respondidas de forma adequada darão um verdadeiro arsenal de argumentos para uma possível aventura no mundo além cerca.

Geralmente era o cara por quem a garota foi afim há anos e, percebendo que a mesma superou a sua total falta de interesse e se apaixonou por um sortudo, resolve tentar reavivar aquela pequena chama que existiu no passado.

Veja bem. O abutre cafajeste não tem o menor interesse amoroso na garota. Se ele fala que seu cabelo tá bonito, ele está mentindo. Se ele fala que você está bonita na nova foto do Orkut, ele está mentindo. O filho da mãe está fazendo um pequeno mind game com você, tentando desmoralizar o seu namorado a fim de satisfazer o seu ego de cafajeste.

Por ter um histórico com a garota, as chances de sucesso do cafajeste são maiores do que a dos demais grupos. Ele não está na Friend Zone e já esteve por muito tempo na “Love Zone”. Esse é o tipo que você deve mais tomar cuidado, cortando o mal pela raiz.

Hehe

Hehe

Por fim, um dos piores tipos possíveis de abutres. Por que ele é tão perigoso? Ele já esteve no seu lugar amigo. Ele tem as mesmas informações que você e um pouco mais de experiência. Estou falando do…

Ex-namorado

Um dos ditados mais certos que já escutei por aí foi “Todo ex dá uma furunfada, mais uma vez”. São inúmeros os casos de garotas que tem uma recaída e sucumbem ao lado “ex” da força. É um momento de fraqueza pelo qual todos nós estamos sujeitos.

O ex está sempre na cola, acompanhando cada passo da garota. O momento crucial é quando o atual namorado entra na parada. Homens, assim como as mulheres, odeiam concorrência. Querem subjugar todo e qualquer oponente da forma mais humilhante possível. No caso dos ex-namorados, a melhor forma de se fazer isso é pegando a garota mais uma vez. O Epic win acontece quando ela termina com o atual e resolve voltar.

Ex é um problema...

Ex é um problema...

Dificilmente o relacionamento dará certo, pois, se não deu uma vez, não adianta insistir. Mas, essencialmente, a função do ex é a de atrapalhar o relacionamento das pessoas.

Se a sua namorada tem ex, o meu conselho é: durma com os dois olhos abertos. Se você olhar pro lado, amigo, quando olhar de volta ela já pode estar nos braços dele. Aí a coisa toda vai pro espaço.

Infelizmente é impossível exterminar os abutres. Nossas namoradas estão expostas a eles em todos os lugares que freqüentam. Eles fazem parte do dia a dia e cumprem o seu papel na cadeia alimentar dos relacionamentos, o de comer as sobras.

A melhor alternativa é evitar. Contar com a força de vontade e determinação (+20) de sua namorada, mostrando vários “casos” em que a história terminou mal. Amigos em comum, personagens de filmes e novelas são sempre bons exemplos.

Quanto ao abutre, se você descobrir que ele está saidinho demais, nada que uma boa surra não cure. Mostre quem é o macho alfa da parada. Pegue a sua clava, bata no abutre e volte para sua caverna arrastando a sua fêmea pelo cabelo.

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Direct Messages? Mão única.

Escrito por Arquivo

Fala comigo, amigão!

Fala comigo, amigão!

Hoje em dia todo especialista em mídias sociais inicia o seu discurso com “a internet é uma via de mão dupla”. Bullshit, bitch. Isso varia muito e em muitos casos, se confirma da forma que eu mais odeio no mundo.

Explico, pois você já deve ter passado por isso.

Em algum momento da sua vida on-line, especialmente no Twitter, você já enviou um reply para alguém que você segue, mas não te segue de volta. Ás vezes é uma coisa simples, que a pessoa poderia te responder ali, com outro reply, rapidinho. Mas, não sei por que diabos, ela resolve te seguir, responde por DM e parar de te seguir.

Se você conhece o mínimo do Twitter, sabe que não é possível enviar uma mensagem direta para quem não te segue. Sabendo disso, qual o motivo de uma pessoa te enviar uma DM e parar de seguir logo após? É pra fazer passar raiva? Só pode.

Esse é a porcaria do conceito de mão única. Se você pode me responder abertamente, não vejo motivo em enviar uma mensagem direta. Isso só faz o interlocutor (eu, no caso) passar raiva e te insultar de todas as formas possíveis. Não que eu esteja implorando que você me siga, mas, veja bem, se teve o trabalho de me seguir para enviar um Direct, tenha a boa vontade de continuar seguindo por, sei lá, 10 minutos, enquanto eu te respondo. Não vai doer nada e se você não estiver gostando, uso vaselina.

Esse tipo de atitude mata completamente o conceito de interatividade de ferramentas como o Twitter. Além de mostrar quem que faz isso tem, obviamente, algum retardo mental.

Abs.

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Não acredite em Hollywood. Relacionamentos entre amigos nunca tem final feliz

Escrito por Arquivo

O cinema tem o incrível poder nos transportar para um mundo de magia e alegria onde várias histórias de amor tem um final feliz. Porém, como todos sabemos, menos de 1% dos filmes reflete o mundo real.

Você já deve conhecer a famosa expressão Friend Zone, tão explorada pelo meu grande amiguinho Lucas Guedes, o Luke. Basicamente, a Friend Zone é aquele limbo entre a maior história de amor de todos os tempos protagonizada por você e o completo desprezo pelo seu amor proporcionado sempre por aquela amiga por quem você se apaixona.

No mundo real, uma vez na Friend Zone, sempre na Friend Zone.

Roubei a imagem do Luketinho

Roubei a imagem do Luketinho

Hollywood nos ensinou (erroneamente) que existe sim final feliz em histórias de amor envolvendo amigos. Da safra mais recente podemos citar O Melhor Amigo da Noiva e Pagando Bem Que Mal Tem? (Zack and Miri make a porno).

No primeiro exemplo, os personagens principais sempre foram grandes amigos. O cara, um garanhão nato que pega todas sem a menor cerimônia e a garota que vive uma jornada em busca do grande amor. Quando ela decide viajar, o pegador se toca que, na verdade, sempre foi afim dela e resolve se declarar quando a amiga retornar. Infelizmente, quando ela retorna já está noiva. Friend Zone, amigo. Mas, como estamos falando de Hollywood, os dois acabam juntos.

Já Zack and Miri mostra a história de dois amigos que dividem um apartamento. Com as contas atrasadas, eles tem a genial idéia de gravar um filme pornô. A cereja do bolo é a cena protagonizada pelos dois. Resumindo, eles terminam o filme juntos.

Isso é Hollywood, a terra do final feliz.

Amigos com final feliz

Amigos com final feliz

Agora, na prática, no mundo real, as coisas nem sempre terminam bem. Aliás, as coisas nunca terminam bem em uma relação amigo x amiga na vida como ela é.

Basicamente, a história é assim:

Menino conhece menina. Menino começa a conversar com menina. Menino se apaixona por menina. Menino se declara pra menina. Menina responde que adora o menino, mas não dessa forma. Menino se mata.

Mentira, nem sempre o menino se mata. Mas a história é sempre assim.

Vivemos em uma sociedade onde a grande maioria das garotas, inconscientemente, é condicionada a gostar de caras cafajestes, que não sabem demonstrar seus sentimentos e, em muitos casos, geralmente não dão a mínima para elas.

Você é o cara que sabe o aniversário dela de cor, a música que mais gosta, o filme favorito, a comida preferida, além de ficar esperando por ela até de madrugada para saber como foi o dia e sempre ter assunto pra conversar, o cafajeste só precisa encarar a garota para se dar bem. Por outro lado, nós, os caras normais que sabem se expressar e são fiéis a uma única mulher somos massacrados sem piedade quando o assunto é amor.

Carência? Não sei dizer, mas, quando conhecemos uma garota interessante, que compartilha os mesmos gostos, as mesmas bandas e com papo legal, em pouco tempo estamos apaixonados.

Esse é o grande problema. Por uma falha na evolução de nosso DNA, não sabemos distinguir o exato momento em que colocamos os nossos pezinhos na linha que marca a divisão entre a Terra do Amor e maldita Friend Zone. Infelizmente não temos um alarme que dispara quando pisamos nessa linha e embarcamos de cabeça no mundo das decepções amorosas.

Enquanto conversamos com essas garotas buscando demonstrar aos poucos os nossos sentimentos, percebemos que cada vez mais elas nos procuram para contar os seus problemas. Enquanto falamos do novo filme do Kevin Smith, ela fala do último carinha que pegou na balada.

Como somos legais, acabamos dando alguns conselhos e, no meio deles, mesmo que subliminarmente, algumas dicas de que nós somos “os caras perfeitos” pra elas. Naturalment, quando você passa a ser legal com essas garotas, elas automaticamente o promovem ao posto máximo de uma relação: melhor amigo.

Quando isso acontece, o gráfico que representa as nossas chances de ter algum relacionamento além de amizade com essas garotas cai vertiginosamente.

Gráfico Amizade X Amor

Gráfico Amizade X Amor

Enquanto o nosso sentimento por elas cresce a cada dia, a nossa imagem na cabeça delas é daquele cara com quem podem contar em qualquer situação. Não que isso seja ruim. É ótimo. Pelo menos, de alguma forma, somos importantes.

Quando elas tomam um pé na bunda, quando o último peguete dá um bolo, quando descobrem que o Fabinho da 8ª B gosta da Cynara. Somos a primeira opção de desabafo dessas garotas, mas quando se trata de beijar na boca, namorar ou até mesmo transar, nosso nome é o último da lista acompanhado de um enorme carimbo que diz: Melhor Amigo.

Arrisco a dizer que no MSN dessas garotas os contatos são classificados da seguinte maneira: pegáveis, não pegáveis e você.

Os pegáveis como o próprio nome já diz, são aqueles caras cuja as desventuras amorosas da garota sempre terminarão na sua janela do MSN. Os não pegáveis tem a possibilidade de inverter a situação e em um futuro bem distante (provavelmente quando a garota já não for tão interessante) terão o imenso prazer de fornicar com ela. Já o “você”, bem, é melhor desistir. Você nunca terá chances.

O pior momento de uma relação entre amigos, quando um deles se apaixona, é momento em que temos de nos declarar. O que já era ruim fica ainda pior, pois, por mais que na nossa cabecinha tenhamos alguma chance, o mundo real nos mostra que não é nem um pouco amigável.

Eu já estive na Friend Zone de quatro garotas diferentes no período de dois anos (2005 a 2007). Em todos os casos, eu era o cara que elas sempre procuravam pra contar os seus problemas. Segundo a Carol, minha amiga, eu tenho cara de psicólogo, o que provavelmente deixa as garotas mais a vontade.

Acontece que se eu dava conselhos, era porque eu as conhecia melhor do que ninguém. Melhor do que qualquer carinha com quem elas se decepcionaram e que, ainda sim, preferiram continuar insistindo no erro. O que mais era preciso pra entender? Um desenho?

Cara só pensa na garota. Garota só pensa no cafajeste.

Cara só pensa na garota. Garota só pensa no cafajeste.

Em todos os casos a Friend Zone foi impiedosa, me mostrando qual era o meu lugar no mundo. Em todas elas, a minha esperança morreu junto com o ponto final da frase:

Eu gosto de você, mas não dessa forma. Não quero estragar a nossa amizade. Você entende, né?

Não. Eu nunca vou entender.

Mas as coisas mudaram um pouquinho em 2007 quando comecei a agir como cafajeste e isso tem uma explicação. O principal segredo para não cair na Friend Zone é se antecipar. É se declarar antes, muito antes de se tornar o melhor amigo da garota. Relacionamentos são uma bomba relógio cujo contador entra em contagem regressiva no momento em que vocês se conhecem e trocam MSN’s. Cada dia que se passa é um dia a menos que você tem para conquistar a garota e não cair nesse limbo amoroso.

Se você já mostra serviço com pouco tempo, as suas chances são melhores do que deixar para depois. Teoricamente, você é quem deve ser o cara de que elas vão falar com outro trouxa. Pena que teoria nunca é algo concreto. O que vale é a prática.

Voltando. Tratei de pegar as garotas antes de criar qualquer laço de amizade, deixando bem claro que a minha intenção era única e exclusivamente pegá-las. Mas aí, algo surpreendente aconteceu: Quando estava prestes a entrar na Friend Zone mais uma vez, eu finalmente conheço uma garota que, mesmo conversando comigo com freqüência, não me colocou no grupo de “amigos”.

Sim, estou falando da minha namorada (oi Ohanna =D). Não agi como o cafajeste, mas também não me tornei amiguinho antes das coisas acontecerem. Tudo foi muito rápido, como deve ser para evitar a Friend Zone e em pouco tempo estávamos namorando. Situação esta que perdura até hoje, ainda bem.

Viu o paralelo? A garota com a qual eu não investi dias e dias tentando sair da Friend Zone foi aquela que, no roteiro de filme do qual fazemos parte, estava destinada a ficar comigo. Saca quando a coadjuvante rouba a cena e se torna a protagonista? Então.

Retomando o raciocínio, relacionamentos que começam em amizade estão fadados a terminar em amizade, mesmo que uma das partes se apaixone perdidamente pela outra.

Mulheres tem um sério problema em ficar com amigos. É o tal de estragar a amizade.

Caras, vou contar um segredo: pessoas estragam amizades. Sentimentos nunca estragam nada. Relacionamentos não são complicados, pessoas são. É muito simples conciliar uma coisa com a outra. Eu garanto que um cara não vai mudar o comportamento só porque vocês se beijaram. Aliás, ele pode até mudar e acredito que para melhor.

Essa situação é engraçada. Quando somos mais novos, geralmente as garotas idolatram algum carinha de quem ficam afim. Porém, com o tempo e um pouco mais de experiência, elas saem dessa situação e, ao contrário, nós é que entramos nessa fase de idolatrar uma garota.

Encerrando o texto, não acredite em filmes de Hollywood que mostram finais felizes entre amigos. Por uma falha na programação do cérebro das mulheres, elas não acreditam que um relacionamento com um amigo possa ser duradouro e feliz. Mesmo que ela seja fã de Spider-Man e você se vista com a roupa do aranha só para beijá-la de cabeça pra baixo ou ainda que você tenha o trabalho de cobrir todo o quarto dela com várias e várias Amazing Spider-Man, ela nunca vai sequer cogitar a idéia de ter alguma coisa com você.

Não precisa ser cafajeste, apenas se antecipe. Não deixe a relação entrar na maldita Friend Zona pois, como já deu pra perceber, ela é um maldito beco sem saída. Nem Tatooine consegue ser pior.

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Fanatismo é fanatismo, não importa o seu nível de “nerdice”

Escrito por Arquivo

Fanatismo é uma coisa chata. Por mais que a qualidade do produto seja uma merda, os fãs sempre acharão a melhor coisa do mundo. Além disso, a punição para quem for contra essa opinião é nada menos do que o empalamento com uma viga me madeira coberta de soda cáustica após uma breve sessão de esfoliação anal. Tudo muito alegre e animado em uma tarde de sábado.

O último grande “hit” entre os adolescentes e catalisador do fanatismo cego é a saga Crepúsculo (Clique aqui e compre a saga completa). Vampiros tão doces quanto um muffin da Cacau Show dando uma lição de politicamente correto ao não se alimentar de humanos, não trepar e não explodir quando expostos ao sol.

Momento declaração:

Eu já li Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse.

Não gostei pelo fato de que, como homem, livros e filmes que não tem pessoas explodindo, corpos sendo dilacerados ou mulheres gemendo tão alto quanto as trombetas de Gondor durante o ato sexual, não é livro.

Mas, veja bem, as pessoas estão lendo e é isso que importa. Se Harry Potter ganhou fama por incentivar jovens e crianças a gastar um tempinho lendo um livro sem gravuras, por que não admirar o mesmo feito alcançado pela saga Crepúsculo?

Sabe por que? Por causa das fãs. Elas são histerias, elas são passionais e, em muitos casos, elas são idiotas, pois não admitem que uma pessoa tenha uma opinião contrária a dela.

Achar o Edward Patético? Crime passível de morte. Criticar o fato de os vampiros de Crepúsculo não serem nem 1% fiéis ao mito dos vampiros? É morte na fogueira na certa. Não existe defeitos em Crepúsculo para as fãs, da mesma forma que para mim não existe defeito em Senhor dos Anéis e na trilogia clássica de Star Wars.

Partindo desse princípio, chego ao ponto que queria abordar nesse texto.

Veja esse vídeo tuitado pelo Izzy Nobre:

httpv://www.youtube.com/watch?v=B-flms-ID94

Obviamente, todas as garotas ali estão na faixa de 12 a 16 anos. Estão na fase de se apaixonar por qualquer história de amor cuja vida patética delas nunca terá algo semelhante. Estão na fase em que precisam de um galã jovem, bonito e simpático para idolatrar, pois, na turma de colégio delas os garotos são comuns, porcos, grossos e só pensam em sexo. Além de não brilharem no sol.

Adolescência é isso. É uma merda e eu sei por experiência própria porque já passei por essa fase. Se você tem mais de 18 anos também passou e seus filhos também passarão por ela. Não importa o que você diga, o que a crítica especializada diga, no seu mundinho, aquela obra tão idolatrada é perfeita.

Voltando ao assunto, essa histeria, apesar de meio imbecil, é normal para algumas pessoas. Sabe quem também adora fazer esse tipo de coisa, porém um pouco mais civilizado? Os fãs de Star Wars.

Lancei a pergunta no Twitter:

O que diferencia as fãs de histéricas de Crepúsculo dos fãs que acamparam MESES para a estréia dos filmes da nova trilogia?

Obviamente, a falta de vida sexual ativa, ou trabalho, ou amigos, enfim.

Fãs de Star Wars:

httpv://www.youtube.com/watch?v=ugk37TvIR8E

O que acontece é que são dois mundos diferentes. O nerd se apropriou do direito de se vestir e falar como seus personagens favoritos e, quando alguém faz isso, com uma obra que não faça parte da base nerd (Senhor dos Anéis, Star Wars, Star Trek e etc), tudo é muito idiota. As fãs são retardadas, os livros péssimos (por mais que Jar Jar Binks tenha sido o pior personagem de toda a história do cinema) e toda e qualquer manifestação, uma afronta aos olhos.

Não existe diferença entre as fãs de Crepúsculo e os fãs de Star Wars, exceto, é claro, os 20 ou 30 anos de diferença, conforme as fotos abaixo:

O "Conselho Jedi"

O "Conselho Jedi"

Princess Veia...

Princess Veia...

Fã de Crepúsculo

Fã de Crepúsculo

Outra fã de Crepúsculo

Outra fã de Crepúsculo

A emoção que essas garotas estão sentindo é a mesma que eu e você sentimos quando tivemos a oportunidade de ver a estréia no cinema de mais um episódio de Star Wars, ou o lançamento de Star Trek,  no meu caso, poder assistir a um filme de Rocky Balboa sem ser na Sessão da Tarde. São apenas obras diferentes.

Fanatismo é idiota em qualquer situação, seja no lançamento de Lua Nova ou durante o lançamento do Hobbit, o que, aparentemente não dá o direto de um zoar o outro. Portanto, deixe as garotinhas gritarem como loucas, principalmente quando você dá pulinhos e gritinhos tímidos no cinema quando assiste a uma adaptação de HQ ou desenho.

Abs.

P.S. Depois de muito tempo sem escrever, volto em grande estilo, atacando fãs de Crepúsculo e de Star Wars.

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Fama de blogueiro

Escrito por Arquivo

A fama conquistada pela internet é efêmera. Muitos se iludem com esse breve momento de reconhecimento devido a um vídeo tosco no Youtube ou alguma outra baboseira dessas que vemos todos os dias na janelinha do navegador. Porém, mesmo que breve essa fama tem o poder de nos deixar extasiados com pequenos momentos de reconhecimento no nosso dia a dia.

Eu não me sentia famoso até essa semana. Até terça-feira, ninguém nunca havia me reconhecido na rua, na fila do banco ou enquanto passeava com a namorada pelos shoppings da capital mineira. Foi surpreendente – até mesmo inimaginável – o que a vida guardava para esse jovem blogueiro belo-horizontino.

A terça-feira prometia ser mais um dia comum. No trabalho, tudo normal. Haveria uma reunião com um cliente na parte da tarde para acertar os últimos detalhes de um projeto. Tudo corria bem e normal. Como todos os outros dias.

Durante a reunião, uma surpresa. A festa de lançamento do evento seria logo mais a noite e como a nossa função era realizar a divulgação e cobertura do evento nas mídias sociais, nada mais certo do que comparecermos a festa e dar início ao trabalho. Acertados os detalhes, era só passar em casa, colocar a beca e cair na noite.

O dia não me deu nenhum indício do que estava para acontecer naquela noite de terça-feira. Eu, até aquela noite, só era reconhecido como blogueiro pela minha namorada, alguns poucos amigos, o pessoal da agência e pela minha mãe. Só até aquele dia.

Cheguei ao evento e me deparei com um outro universo. O universo da classe média/alta de Belo Horizonte. O universo onde as pessoas estão acostumadas a freqüentar festas do tipo uma vez por semana, enquanto eu, um simples operário residente na base da pirâmide me deslumbrara com o garbo do “baile”.

Claro que tudo isso já era esperado pois, a festa em questão, era a abertura do maior evento de moda de Minas Gerais, o Minas Trend Preview. Digamos que só a nata belohorizontina estaria presente no local.

A festa teria o desfile de lançamento do Minas Trend, e, como é normal nesse mundo da moda, várias celebridades estariam presentes. Uma a uma elas começaram a chegar.

Samuel Rosa, Sorín, Raí, Edgar Picolli, Zeca Camargo, Elke Maravilha (lá vem a Elke lá, lalala lalá), Mariana Ximenes e alguns outros que eu não conhecia. Causa um certo impacto em um cara normal ficar diante de todas essas pessoas que fizeram parte da sua tenra infância e adolescência quando a sua única obrigação era ficar em frente a TV assistindo Cavaleiros do Zodíaco, Topa Tudo por Dinheiro, MTV ou alguma novela global.

Eu estava no meio de celebridades, mas continuava anônimo. Situação com a qual estou acostumado há 22 anos, 11 meses e 19 dias (sim, calcule isso e me dê os parabéns no dia 25 de novembro).

Após o desfile a festa voltou a comer solta e, para as celebridades, um salão V.I.P. fora reservado com todas essas excentricidades tradicionais no mundo dos famosos.

O nosso acesso, óbvio, era irrestrito. Poderíamos entrar em qualquer ambiente da festa, incluindo a tal salinha. Mesmo com essa óbvia regalia, eu não estava preparado para o que aconteceria à seguir.

Enquanto conversava com o Saulo, sinto alguém tocar o meu ombro. A primeira reação foi pensar que seria algum conhecido, já que além da nossa “equipe”, havia pessoas da organização que me conheciam.

Olhei todo solícito para trás quando me deparo com alguém que não me era estranha. A moça, com um olhar de admiração e um tanto quanto acanhada vira para mim e com a maior educação e timidez possíveis me pergunta:

– Você é o Rafa Barbosa do blog Sem Título ainda, né?

– Sou eu sim! Você conhece meu blog?

– Se conheço. Adoro demais. Leio todo dia. Falando nisso, ri demais do seu post sobre o PlayStation. Micareta, Rafa?

– Poxa, muito obrigado. Nem fala. Que cagada, né?

– Pois é. Posso te pedir uma coisa?

– Claro. O que você quiser.

– Tira uma foto comigo?

– Agora.

O resultado é a foto logo abaixo.

Eu e uma fã do blog

Eu e uma fã do blog

Pois é. E eu achava que não era famoso nessa tal de Internet.

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Já era hora de recuperar a minha honra. Comprei um Playstation 2

Escrito por Arquivo

Um homem com a honra ferida é uma pessoa triste. A minha honra estava ferida desde o ano de 2006, quando cometi uma das maiores atrocidades que  da minha vida. Vendi o meu PlayStation 2 para ir ao Axé Brasil.

Eu sei que isso não se faz nem com o seu pior inimigo. Abrir mão assim, de um grande companheiro de aventuras é praticamente um crime hediondo. É o mesmo que uma mãe vender o próprio filho para ir a um show do Wando. Inaceitável.

Essa poderia ser a calcinha da sua mãe...

Essa poderia ser a calcinha da sua mãe...

Por longos três anos remoí essa culpa por dentro. Pensando nos momentos agradáveis pelos quais passei com aquele pequeno caixote preto. As incríveis goleadas no Pro Evolution Soccer 2005, os intensos tiroteios em Delta Force: Black Hawk Down e as corridas recheadas de adrenalina no Gran Turismo 4. Foram breves, porém intensos esses momentos.

Nos últimos dias, ao ver um amigo (coé Naná) comprar um Play 2 por um preço deveras convidativo, comecei a cogitar a hipótese de, digamos assim, encomendar um novo companheiro de aventuras solitárias. O grande problema era o financeiro. Mas, eu confesso, se tivesse um passaporte para o camarote VIP do Axé Brasil, venderia na mesma hora e compraria um Play 2. O problema é que eu não tinha um passaporte para a micareta.

Porém, o mundo é mesmo uma bola de ironia. Em uma conspiração perfeita do universo, inacreditavelmente eu recebi – finalmente -, a minha grana conquistada pelos longos e longos anos de adsense aplicado ao meu blog. Coincidentemente, a quantia era mais do que o suficiente para comprar um novo vídeo-game.

Como já havia se passado 3 anos desde que me desfiz daquele grande amigo e dada a evolução dos consoles com a chegada do Xbox 360 e do PlayStation 3, aquela vontade de colocar um pezinho na terceira geração começou a se tornar mais intensa. Felizmente ela diminuiu no momento em que tomei aquele choque de realidade que dizia:

Só dando a bunda pra pagar...

Só dando a bunda pra pagar...

Obviamente eu sou um fanboy da Sony e, após anos de diversão com um PSone, alguns meses de diversão intensa com o PSTwo, o passo natural era adquirir um PS3. Isso se ele não custasse uns três meses de trabalho caso eu não tivesse nenhuma outra dívida. Infelizmente eu tenho que almoçar, pegar ônibus, colocar gasolina no carro nos finais de semana e, incrivelmente, pagar as faturas dos meus dois cartões infernais de crédito.

Eu só compraria um PS3, pelos meus cálculos, em 2017. Isso se até lá já tivessem arrumado uma forma de desbloquear o console, pois cá pra nós, gastar R$ 250,00 em jogos é um investimento um tanto quanto arriscado.

Mas voltando ao assunto. Já era hora de reaver a minha honra como gamer. E não importa se estamos na terceira ou quarta geração de consoles, o PlayStation 2 fez parte da minha vida e merece um crédito por isso.

Foi assim que, em um incrível investimento de menos de R$ 350, eu adquiri um console novo na caixa, com duas manetes, um memory card e 5 jogos, que são:

God of War 1 e 2, Pro Evolution Soccer 2009, Shadow of the Colossus e GTA: San Andreas Rio de Janeiro (wtf???), o que por si só já vale um post, pois eu pedi GTA 4, sem saber que ele não foi lançado para PS 2.

Cara, eu lembro até hoje que trabalhei por três meses em 2005 para conseguir um Play 2, que na época custava em torno de R$ 800,00. Os deuses definitivamente estavam orando por mim essa semana.

Recuperei a minha honra como gamer. Adquiri um novo centro de entretenimento doméstico com jogos suficientes para alguns meses de diversão e ainda com o adicional de poder jogar com um amigo, caso eu faça algum. 🙁

Fica a lição para aqueles que estão prestes a cometer tamanha estupidez. Não se trata um amigo desses como moeda de troca. Micareta nenhuma vale o seu PlayStation 2 ou qualquer que seja o console. Principalmente se você der o vacilo de ir a um desses shows com o objetivo de pegar alguém e falhar miseravelmente em sua missão. É a sentença de otário na sua forma mais pura.

Lógico que, ao contrário de 2006 quando eu não tinha nenhum tipo de compromisso amoroso, não dedicarei grande parte do meu dia à jogatina desenfreada proporcionada por essa incrível máquina de diversão.

Agora deixa ir ali vencer um ou dois jogos da Master League e derrotar um Colosso.

Grande abraço.

Eu e meu Plaisteixion 2.

Eu e meu Plaisteixion 2.

Eu e meu Pleisteixon 2 de novo. Sem camisa, hehe

Eu e meu Pleisteixon 2 de novo. Sem camisa, hehe

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Vídeo da loira da Uniban: Exibição gratuita de hipocrisia e rebeldia virgem

Escrito por Arquivo

Esse era o vestido. É tão curto que parece um top...

Esse era o vestido. É tão curto que parece um top...

A polêmica do momento é a demonstração gratuita de cabacismo dos alunos de uma faculdade de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Extremamente incomodados com o fato de uma aluna comparecer a aula usando um mini-vestido rosa, a turma, que ainda tem polução noturna, não se conteve e extravasou os sentimentos.

Aos gritos de gostosa e puta, vários virgens exaltaram a presença da aluna “loira” da Uniban para todo a campus.

Olha, não tem muito tempo que eu terminei a faculdade e lá, quando garotas usavam vestidos semelhantes, não agíamos como animais e muito menos retardados reprimidos sexualmente. A galera comentava? Óbvio. É da natureza de homens desenvolvidos mentalmente comentar o visual de uma garota. É uma coisa natural mulheres usarem roupas curtas, mas não explanávamos como os símios paulistas.

Pelo vídeo da loira da Uniban, dá pra perceber que o vestido não era tão curto assim, o que não justifica o circo armado pelos alunos da instituição de ensino. Acredito que, de fato, aquela foi a primeira vez em que os, caham, garotos da faculdade tiveram contato com uma fêmea em perfeitas condições de acasalamento.

Um cara mais sagaz, mais vivido, mais esperto não zoaria a garota. Daria apoio, seria um ombro amigo para, em seguida, poucos dias depois, oferecer toda a sua assessoria em assuntos sexuais em algum motel fuleiro do ABC Paulista. Mas não, a turma preferiu agir como um bando de virgens punheteiros, daqueles que passam o dia inteiro vendo garotas assim no BangBros e se masturbando compulsivamente.

É a famosa hipocrisia. A irmã desses caras provavelmente usa roupas tão ou mais curtas que essas em festinhas do ensino médio, já ensaiando os primeiros sarros enquanto o cara (babaca) faz o trabalho de Ciência Política rindo dos vídeos que gravou da “loira da Uniban”, aquela puta da faculdade.

Eu só lamento por tamanha falta de vergonha na cara e imperícia ao tratar uma mulher. Não que eu esteja julgando a moça, mas com um pouquinho de malemolência e sagacidade não seria difícil fornicar com a mesma após aquela breja de sexta-feira à noite.

Isso comprova só uma coisa: 100% dos homens da Uniban são leitores do Ato ou Efeito, ou seja, cabaços.

P.S.: Como não poderia deixar de ser, o Orkut da aluna do vídeo da Uniban já caiu na internet. Eu não vou publicar aqui, pois sei que a turma da internet não tem muita noção e acaba comentando merda por lá.

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Zina – O maior comediante brasileiro

Escrito por Arquivo

Kiko adora suas piadas.

Kiko adora suas piadas.

O conceito de comediante hoje em dia anda muito vago. O elenco do CQC é composto por comediantes. O quadro de artistas do Zorra Total é em sua maioria de comediantes. O Pânico na TV é um programa humorístico. Até o Ronald Rios é um comediante, mas o Felipe Neto, não.

Enfim.

Essa semana o tal do Zina foi preso portando cocaína. Você provavelmente conhece o cara pelo seu famoso bordão “Ronaldo”, que eu odiei desde o primeiro momento.

A TV brasileira é especialista em pegar coitados na rua e transformá-los em artistas. Tá aí a turma do BBB que não me deixa mentir. Mas, os programas popularescos são os maiores disseminadores dessa cultura do bizarro.

Churupita!

Churupita!

Zina tem o perfil perfeito para gerar pena e risos involuntários. Provavelmente com 80% do cérebro danificado pelo uso de entorpecentes (só isso explica o quanto o cara é lesado), o “comediante” do Pânico na TV não faz mais do que se expor ao ridículo para o delírio da família brasileira.

– Pow, vamo colocar aquele indigente lá na entrada do Pacaembú. Ele fala Ronaldo, fuma um cigarro, dá um tequinho de pó e pronto, temos um quadro de 20 minutos para o próximo domingo.

Alan, ooooooo produtor.

Eu realmente não me sinto confortável com esse tipo de “humor”. Aliás, eu tenho um gosto muito peculiar para humor, o que, obviamente, faz com que o meu feed não tenha nem 1% de blogs brasileiros de humor.

Eu curto muito ir além do óbvio. Não curto coisas idiotas como as piadas chamando a Preta Gil de gorda ou chamando o Richarlyson de gay. É como um disco dos Ramones. As mesmas cifras desde 1970. Nesse caso, as mesmas piadas.

Com a televisão não é diferente. Não pago pau pra séries americanas. Não fico citando frases do Sheldon ou de Seinfeld. Isso não me faz parecer mais descolado, pelo contrário, só mostra que eu não tenho criatividade o bastante pra dizer uma tiradinha própria que faça as pessoas rirem, mas, nesse caso, qualquer série enlatada americana consegue superar de longe essa mania imbecil das emissoras brasileiras de empregarem qualquer Mané que encontram na rua.

Lá fora, quando algum mané fica famoso, pelo menos é por ter algum talento, né Suzan Boyle?

Eu só quero desejar aqui, do fundo do meu coração, que o Zina apodreça na cadeia ou então seja sodomizado por um traficante colombiano de férias em São Paulo. Não fará diferença nenhuma na minha vida e muito menos na sua, eu tenho certeza.

Um grande abraço para toda a equipe do Pânico na TV.

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Google lança o novo Orkut

Escrito por Arquivo

Hoje, dia 29/10, está sendo apresentado para alguns blogueiros o “Novo Orkut“.

Com a interface gráfica renovada, a nova versão do Orkut chega, de acordo com o blog oficial da rede social, com menos páginas e navegação mais rápida, concentrando as principais ações da ferramenta na página inicial do usuário.

Esse é um ponto importante na usabilidade do site que atualmente não é das melhores. Principalmente no que diz respeito à scraps e depoimentos.

Vale lembrar que isso está sendo usado com sucesso no Facebook que recentemente ganhou uma boa fatia dos usuários de redes sociais no Brasil. Se o Orkut não se atualiza, acaba ficando pra trás.

Além das mudanças na usabilidade, a nova versão apresenta uma interface mais limpa e simples. O novo Orkut também permitirá que seus usuários customizem sua página com novas cores e a utilização de aplicativos e vídeos na descrição de seu perfil.

Novo Orkut

Novo Orkut - Clique para ampliar

Indo de encontro à filosofia de liberar as suas novas ferramentas para usuários convidados, o novo Orkut só poderá ser acessado por usuários que recebem convites (2003 feelings).

Se você quer convites para o novo Orkut, fique de olho no blog de Danilo Miedi, ou nos perfis de seus amigos. Quem estiver utilizando a nova versão, terá convites disponíveis. Para saber quem tem convites para o novo Orkut, é só observar se o usuário tem o ícone abaixo  ao lado do nome.

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Eu estou doido para dar uma olhada, já que nunca saí da rede, apesar não usá-la tanto quanto antigamente. Enquanto não ganho um convite, fico aqui só assistindo a “facebookização” do Orkut.

Grande abraço.

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