Videolog – De cara com Rafa Barbosa – ep. Piloto
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Rafael olha para a câmera com cara, roupa e pose de descolado.
Olá, como vai você? Então, esse é o meu primeiro videolog, ou vlog, como você preferir chamar e vou tratar aqui de assuntos do meu cotidiano. Vou tentar ser o mais engraçado possível, apesar de não ter o menor talento pra isso.
Rafael olha para o lado, pega a sua webcam e a mostra para a câmera.
Essa semana o principal assunto que a galera discutiu no Twitter foi a exibição de sexo ao vivo envolvendo menores. Não, não estou me referindo a sexo entre anões (risadas descontroladas).
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Corte e Rafael aparece como um anão fazendo movimentos sexuais em uma boneca inflável.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Um tal de Damzinho resolveu exibir uma amiguinha ao vivo no Twitcam. O rapaz conseguiu uma respeitável platéia de 25 mil espectadores e não fez feio. Dedilhou a garota como se ela fosse um Jazz Bass da Fender (Rafael levanta os dedos e faz o gesto de dedilhar).
Acontece que no meio desses 25 mil espectadores, alguém resolveu denunciar o nosso Bass Hero para o policia. Enquanto a galera pedia para Damzinho foder a garota, que estava se fodendo, a partir desse momento era o próprio.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Rafael aparece com máscara do Robocop.
Eu sou a Cyber Police.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Além de foder com a garota, Damzinho também fodeu com mais de 3 mil usuários da internet que baixaram a gravação de seu Twitcam. Uma verdadeira aula de trollagem.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Rafael está botando fogo em alguma coisa.
Dizem que muitas pessoas estão queimando os seus HD’s por terem baixado ou assistido a transmissão ao vivo. Bom, como eu tenho uma vida, naquele fatídico domingo, eu estava vivendo.
EXT – GARAGEM DO PRÉDIO DO RAFAEL – DIA
Na tela aparece a data de domingo. Rafael está no notebook.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Não sei porque toda essa repercussão, cara. Todo mundo já tentou ver uma amiga gostosa pela na webcam. E o pior, nego não pode ver esse tipo de link que clica na hora na esperança de ver uns peitinhos. É o comportamento padrão da web. Já deveriam saber disso.
Só acho que estão exagerando demais na repercussão desse caso. A gente sabe como a justiça brasileira é expert em internet e em breve estarão proibindo o acesso ao Twitter por aqui alegando que é um verdadeiro templo da pornografia infantil, assim como o Orkut e o Youtube.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Rafael bate um martelo na mesa como se estivesse dando uma sentença.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Sou a favor de adotarem o mesmo processo para a emissão de carteira de motorista para utilizar a internet. Você faz um exame psicotécnico, aulas de informática teórica, 100 horas de navegação comprovadas antes de realizar o exame e por fim, você deve criar uma conta nas principais redes sociais e ficar 24 horas sem escrever ou publicar uma besteira. Um processo bem democrático ao meu ver.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Rafael olha para a câmera, triste.
Fui reprovado no exame de internet. Pela vigésima vez.
INT – QUARTO DO RAFAEL – DIA
Só assim as pessoas estarão aptas a adentrar nesse universo que se bem utilizado pode ser mágico e bastante produtivo. Ou reprodutivo, se você tiver o jogo de cintura ideal para levar uma conhecida do mundo virtual para a sua casa.
Então é isso, galera. Esse é episódio piloto do meu videolog. Espero que gostem e voltem sempre. Você pode clicar ali em cima para se inscrever, o que eu acho uma idiotice já que isso aqui não é um concurso ou uma promoção e você não ganhará nada em troca se inscrevendo. Ou aqui embaixo no Gostei. Não precisa ser sincero, é só pra ser camarada mesmo.
Um grande abraço e fiquem com Deus.
Genialidade – a gente vê no Meia-Hora do RJ
Na blogosfera brasileira popularizou-se um tipo de humor muito comum, que consiste no ato do autor buscar uma notícia ou imagem engraçada em algum portal brasileiro, postar em seu blog e realizar um breve comentário de no máximo duas linhas. É o que eu costumo chamar de humor fast-food. Você come, no caso vê, porque tá com pressa, mas nem vai lembrar da piada no dia seguinte – quando tem uma piada, obviamente.
Mas, daí o mundo descobriu o jornal Meia-Hora do Rio de Janeiro e as suas chamadas de capa. Uma mais genial que a outra no que diz respeito a arte dos trocadilhos. Humor em sua essência, vendido nas bancas por menos de 1 real. Eu poderia acessar o site do Meia-Hora todo dia de manhã e já me sentiria satisfeito com o humor das suas capas. Porém, quando você menos espera, o jornal vem e faz mais um de seus trocadilhos geniais.
Claro, vale citar que a “analogia” é velha. Muito usada no MSN em algumas situações. Mas, quando você coloca isso em um jornal com tiragem estadual, a coisa adquire outro caráter. Provavelmente o dilema do diagramador era: como dizer a expressão boquete na capa do jornal sem apelar para o sem graça “sexo oral”?
Com um toque de genialidade, a chamada saiu assim:
Essa é uma festa que eu gostaria de ter participado
Olha só, eu sempre penso que nasci na década errada. Sinto que no meu íntimo, tenho mais a ver com os anos 80 do que os anos 90 em si (onde passei a maior parte da minha infância e início da adolescência). Curto muito os filmes da “década” perdida, as músicas e também o visual de quem viveu naquele período mágico entre o fim do regime militar e o início do Grunge. Pago pau mesmo. Quando vejo um vídeo como esse, só posso pensar em sentar, colocar a cabeça entre os joelhos e balançar pra frente e pra trás soluçando “por que? por que?”. Cara, esse vídeo traduz toda a awesomeness daquela época. Desde a dancinha do robô aos passos ensaiados e o visual high school americano. Acompanhe comigo e morra de inveja:
httpv://www.youtube.com/watch?v=fVRpXGGS8DQ
Rafael in Rio – Drops I
Boa noite amigo leitor, que acompanha esse humilde pasquim em busca de um pouco de distração nessa tarde de sábado a noite. Não sei se é do conhecimento de todos, mas estou vivendo alguns dias como um verdadeiro carioca, por conta da participação em um evento relacionado à minha área de atuação profissional (falei tão bonito agora). Basicamente, é a minha primeira viagem a trabalho e a minha primeira aventura completamente sozinho em terras cariocas.
Inegável que esse lugar chamado Rio de Janeiro é o paraíso. Foda-se a violência, favelas e o Vasco. Coisa ruim existe em todos os lugares. Aqui, meus amigos, é o paraíso na Terra. Para se ter idéia do nível de fodacidade da parada, tem duas SUECAS hospedadas no mesmo Hostel que eu. Na minha cabeça, elas só existiam na televisão, durante a copa do mundo ou jogos de Inverno, além das produções cinematográficas eróticas realizadas nesse país.
Porém, o Rio de Janeiro também tem o seu lado mais desafiador. Aquela tal da malandragem carioca e não me refiro aqui à tentativas de assalto ou qualquer outra coisa do tipo. Acompanhe comigo o primeiro relato dessa minha deliciosa e empolgante (pra mim, se não for pra você, sinto muito) trip pelo Rio de Janeiro.
Ontem o dia foi bastante cansativo. Oficinas do Interact realizadas na ESPM-RJ, chuva, metrô lotado e carreata na Av. Rio Branco. Ou seja, peguei chuva, andei no centro da cidade e fui em pé no Metrô durante o meu caminho de volta. Chegando no Hostel, entrei nessa internet de Meu Deus, lar dos meus maiores amigos e onde posso distrair um pouco enquanto a chuva não me permite uma maior interação com o público carioca.
Depois de muito navegar, resolvi sair para comprar uma última lata de Coca-Cola para encerrar a noite. Como estou em Copacabana, a cada dois metros tem um bar onde posso comprar esse tipo de alimento saudável e saboroso. Resolvi virar a primeira a direita e parar no primeiro bar que encontrei.
Havia duas pessoas tomando aquela cervejinha marota no fim de noite. Um homem e uma mulher, além do dono do bar, do outro lado do balcão. Rafael, em sua infinita educação, deu a nota de R$ 5 e disse “uma Coca-Lata, por favor”. O dono, prontamente atendeu o meu pedido, ao passo que o senhor ao meu lado disse:
– Nananinanão. Pode deixar que eu pago.
Pensei comigo mesmo: Pronto, quer me comer. E não adianta me acusar de homofóbico. Esse é basicamente o primeiro pensamento que passa na cabeça de um garoto da capital mineira eu chegar no Rio de Janeiro e um “homem” se oferecer para pagar a Coca-Cola.
Disse com todo o garbo que me é peculiar:
– Olha só. Eu não vou ficar aqui. Tem certeza que quer pagar isso pra mim?
– Absoluta. Respondeu o rapaz em tom de desafio.
– Então tá. Valeu. To indo nessa.
Quando dei o primeiro passo, a mulher que estava com esse… rapaz, se virou pra mim e disse:
– Não quer uma batatinha não?
– Ih, olha só. To só de passagem. Valeu mesmo.
– Sabe se o Pedro Turambar tá aqui também?
Mentira, não me perguntaram isso.
E com toda a vitalidade restante nas minhas pernas, voltei ligeiro para o hostel, no conforto da minha cama, para, algumas horas depois ser acordado pelo gringo sonâmbulo que grita fuck durante a noite e cai da beliche. Mas, essa é uma história para o segundo drops do Rafael in Rio.
Um grande abraço a todos os envolvidos e até breve.
5 sinais CLAROS de que você está apaixonado
5 sinais de que você está apaixonado
Devo admitir que esse post (Sinais do fim de um namoro) do Super Wallace foi uma das coisas mais verdadeiras e sensatas que já li em toda a minha vida. É inegável que um relacionamento começa a dar os sinais de que está chegando ao fim bem antes de acontecer o temido término. O problema é que você não consegue enxergar isso antes do final, o que é bem triste, por sinal. Mas, não é sobre isso que eu quero falar. Gostaria de falar sobre como tudo isso começa.
Sabe, quando você começa a gostar de uma garota, o mundo meio que se torna melhor, pelo menos na sua cabeça. Algumas coisas que até então não tinham importância, começam a despertar a sua atenção e, principalmente, te lembram a todo o instante da garota por quem você está apaixonado. Alguns sinais são bem evidentes, como pensar nela 24 horas por dia, e outros são mais subjetivos, como escrever o nome dela na folha de caderno enquanto tenta resolver uma equação linear.
Dessa forma, gostaria de citar por aqui os 5 sinais de que você está apaixonado por uma garota. Se não for incômodo, claro. Se você se identificar com pelo menos a metade deles, amigo, sinta-se feliz, pois você está apaixonado. Só torça para não estar na friend zone dela.
1 – Do interesse pela garota
Não importa como você a conheceu. Se foi em um show de rock, se foi no curso de culinária, se você simplesmente viu a foto dela no Orkut, adicionou e depois começaram a conversar ou se vocês simplesmente se esbarraram na saída do shopping e trocaram telefones. O fato é que pelo menos uma vez na vida, uma garota vai despertar a sua atenção de forma amorosa, e por mais que você tente lutar contra isso, vai acabar se apaixonando.
São vários os fatores que levam um cara a se interessar por uma garota. Desde a aparência física aos gostos semelhantes, um grande conjunto de características e situações age de forma a transformar aquela garota comum em alguém digna da sua atenção, interesse, amor e possivelmente a sua vida, se você for do tipo intenso.
Vai dizer que você não gosta quando começa a conversar com a garota às 15h da tarde e quando se assusta já são 4h da manhã sem deixar o papo morrer em nenhum momento? Ou então, quando você vai pra uma festinha e, casualmente, encontra com ela por lá e ficam sentados a noite toda conversando sobre Star Wars, Douglas Adams, filmes dos anos 90, músicas que marcaram os seus relacionamentos e colocando apelidos nas pessoas do lugar?
Isso, meus amigos, é mágico. É o amor acontecendo. É a paixão surgindo de forma arrebatadora e te levando para um mundo de fantasias e aventuras (creio eu que sexuais) onde o impossível é o limite!
Você está interessado pela garota a partir do momento em que percebe que têm tudo a ver. A partir desse ponto, podemos observar outros sinais.
2 – Vontade de estar com a garota
Um dos sinais mais claros de que você está apaixonado por uma garota é o fato de querer estar com ela a todo o instante. Seja na sala de aula, na academia, no trabalho dela (quando você finge que precisa de uma calça social) ou simplesmente aquela vontade incontrolável de conversar com ela pelo MSN.
Você não precisa necessariamente estar com ela, mas sim conversar com a garota. Trocar algumas palavras e saber como foi o dia dela. Se a prova estava difícil ou se conseguiu baixar aquele episódio clássico d’Os Simpsons. Isso demonstra claramente o início de uma bela paixão. Mas, devemos tomar cuidado. Nesse momento as coisas podem mudar um pouco de rumo e você pode se dar muito mal, porém, isso é assunto para outro post.
3 – Pensa na garota o tempo todo
Você pensa na garota o tempo todo. Nas aulas de redação, a sua personagem sempre tem o mesmo nome. Durante a conversa com os amigos, você sempre dá um jeito de comentar algo sobre ela, seja a semelhança física com a princesa Léia ou o fato dela ter o DVD com a dublagem clássica de Karate Kid.
De repente, você se dá conta de que não consegue pensar em nenhuma outra garota, ou o que tudo o que as outras fazem não tem a menor graça se comparado com a sua – e só sua – futura namorada.
Você vê um link maneiro na internet e manda logo pra ela, seja por MSN, por Orkut ou pelo Twitter. Se viu algo na rua que tenha a ver com algo que conversaram, a primeira coisa que você faz é mandar um SMS. Você pensa na garota o tempo inteiro. Isso é amor. Ou, se você for maníaco, um grave problema.
4 – Cria oportunidades para se encontrarem
Ok. Você já está quase convencido de que está apaixonado pela garota e precisa de um pequeno empurrão para levar isso adiante e entrar na animada e empolgante cidade dos relacionamentos. O próximo passo é criar oportunidades para se encontrarem ou ficarem a sós e levar a relação a um nível superior.
Você passa a maior parte do tempo procurando programas que tenham a ver com ela. Seja um filme novo no cinema, ou o show de uma banda que ela gosta, ou simplesmente estudar Genética Reprodutiva Avançada na casa dela. Você só consegue pensar em uma forma de encontrar com ela e abrir seu coração.
Geralmente, o cinema é sempre a melhor pedida. É barato, prático, as cadeiras são próximas e, dependendo da sua sagacidade, um beijo fica a apenas 40 centímetros de distância.
Só é meio chato quando esses encontros ficam impossíveis de acontecer. Sempre tem um empecilho, mas, calma, amigo. Você está muito próximo de se dar bem!
5 – Ficamos! Ela tem o melhor beijo do mundo!
É, garanhão. Conseguiu pegar a garotinha, né? E mais, descobriu que ela tem simplesmente o melhor beijo do mundo (vamos desconsiderar o fato de que até hoje você só tinha beijado a sua mãe… no rosto).
O primeiro beijo diz muita coisa sobre um relacionamento. Você consegue identificar ali, naquele momento em que tudo pára ao seu redor, se essa é a garota certa, a futura mãe dos seus filhos e a sua eterna companheira nas sessões comemorativas de Star Wars, ou se ela simplesmente é só mais uma garota que não demonstrou o menor interesse por você após os primeiro segundos de contato bucal.
Se tudo correu bem, se ela correspondeu ao seu beijo e se, principalmente, ela te deu um segundo beijo logo após o primeiro, considere-se um orgulhoso cidadão da vila dos relacionamentos.
O próximo passo é manter o relacionamento, ir com calma e descobrir se tudo o que você sentia é verdadeiro. Claro, não comece um relacionamento pensando que será eterno e extremamente feliz. O tempo muda muitas coisas, mas, enquanto durar aproveite como se fosse o maior acontecimento da sua vida.
E aí, o que você acha? Está apaixonado por alguém?
Brasil eliminado da Copa pela Holanda
Sejamos sinceros: o resultado de hoje, apesar de nos entristecer, já era esperado. A seleção brasileira havia vencido apenas jogos fáceis. Quando enfrentou um adversário com futebol de mesmo nível, ficou em um empate, um verdadeiro acordo de cavalheiros. Com a Holanda a coisa seria um pouco diferente.
Desde a divulgação da lista de convocados, o que mais chamou a atenção foi a falta de jogadores criativos no meio de campo. Dunga levou caneleiros e jogadores de marcação e esqueceu uma das principais características do futebol brasileiro: a criatividade. E essa, na minha opinião, poderia ter sido a arma secreta da seleção brasileira nessa copa do mundo.
Contra a Holanda, o time saiu na frente com um gol de Robinho. Comandou o primeiro tempo, mostrou um futebol superior e dominou a partida nos primeiros 45 minutos. Após o intervalo, a seleção que entrou em campo não era a mesma. Não jogou com vontade, estava tranquila com o resultado. Esse foi o combustível para que a seleção Holandesa fosse pra cima e buscasse o empate. A partir daí, foi ladeira abaixo para a nossa seleção.
Felipe Melo, jogador com problemas mentais visíveis, não faz a menor idéia do que significa auto-controle ou a expressão fair play. Esquentado, pipoqueiro e covarde são apenas algumas palavras que podem descrever o comportamento desse jogador. Obviamente, ele não é o culpado pela derrota da seleção, assim como Kaká, que continua sendo a eterna promessa da seleção, ou Robinho, que pedalou, pedalou e não saiu do lugar, ou Luis Fabiano, que apresentou um fabuloso futebol de merda nesse jogo.
Dunga também não é o único culpado. Apesar de ter convocado apenas jogadores regulares, é inegável que o retrospecto à frente da seleção tenha sido um sucesso. Porém, não dá pra comparar Copa América e Copa da Confederações (sem algumas das principais seleções) como preparação para a Copa do Mundo. Lá, amigo, é onde separamos os garotos dos homens.
Méritos, claro, para a seleção holandesa que soube explorar e muito bem o desequilíbrio da equipe brasileira após o primeiro gol. Não jogaram um bolão, mas foi o suficiente para marcar o segundo gol e garantir a vitória. É aquela coisa: futebol bonito não ganha jogo, mas, no caso da seleção, o que se viu em campo foi um pouco mais que “feio”.
Como diria Fernando Vanucci no longinquo ano de 2006, a África do Sul é logo ali, mas, estamos voltando pra casa. Mais uma vez.
O lado bom disso tudo? Continuamos sendo penta-campeões. O lado ruim? A Argentina ainda tá na disputa.
O lado irônico? Eu escrevi esse post como se fosse um verdadeiro cronista esportivo, o que é uma completa mentira.
O dia em que me tornei figurinha de um álbum da copa
Dia desses tava lembrando (com grande saudade, que fique bem claro) da minha época de jogador de futebol. Comecei como goleiro nas quadras do meu bairro. Com belas defesas e um carisma inigualável, ganhei destaque na liga infantil do bairro sendo chamado para jogar no Internacional, time do bairro. Começava a minha carreira no campo.
Como um diamante bruto criado nas quadras, era necessário lapidar as minhas habilidades nessa nova empreitada nos certames da região. Pra começo de conversa, o gol era bem maior e mais largo ao que eu estava acostumado, e com os meus incríveis 1,50m era necessário uma grande evolução na minha impulsão e elasticidade.
O primeiro jogo foi uma vergonha. Eu não estava acostumado a bolas altas (não vá pensar besteira, ok?) e, só de escanteio, o time adversário deve ter feito uns 4 gols. Foi uma atuação horrível. Eu comandava nas quadras, mas o campo era um novo desafio, mas que eu estava disposto a tirar de letra.
Com o tempo fui melhorando e ficando mais confiante. Já sabia sair no escanteio, e o número de gols nesse tipo de jogada diminuiu bastante. Estava começando a dominar esse fundamento. Em pouco tempo já havia conquistado a admiração dos 10 torcedores fiéis do Internacional. Na turma, eu era um mito. Os mais jovens me olhavam com a esperança de um dia alcançar tamanho conhecimento entre as traves.
O tempo passou e, enquanto jogava como goleiro nos campos, nas quadras eu já estava jogando na linha. Também levava jeito como líbero, e comecei a perceber uma certa vontade de aplicar essa habilidade nos campos também. Só que dessa vez fui mais além, e ao invés de jogar no “Inter”, fui logo fazer um teste no América. E, para surpresa geral, eu passei!
No América eu joguei quase um ano como meia-direita, o clássico camisa 7, ponta avançado, habilidoso e humilde, acima de tudo. Infelizmente, não deu para continuar jogando no time, uma vez que o horário da escola havia mudado, e o time só treinava na parte da manhã. Basicamente, perdi a chance de chegar à seleção graças aos estudos. Abraço a todos os envolvidos.
O tempo passou e eu simplesmente desisti da carreira futebolística. Mas, como o Pelé, que realizou o seu último gol com a ajuda de uma operadora de celular, uma boa alma resolveu realizar o meu sonho de figurar em um álbum de figurinhas da Copa.
Se liga:
Pois é, amigos! A Refrigerantes Del Rey resolveu montar o seu próprio álbum de figurinhas da Copa. Você envia uma foto sua para o site www.ciadelrey.com.br/copa e é só salvar! As onze fotos mais criativas ganharão pacotinhos com 10 figurinhas auto-colantes da sua foto, além de um kit com vários produtos da Del Rey. Pra você que sempre sonhou em ser parte integrante de um álbum da Copa do Mundo, é a sua chance.
Sem contar que você poderá fazer parte do time de craques do site.
Vai dar mole? Nem eu.
Então clica aí e manda a sua foto! www.ciadelrey.com.br/copa
A cultura pop e eu
Existe um grande problema quando você cresce vivendo e consumindo a tal da cultura pop. Você passa a basear a sua vida em tudo o que você aprendeu com filmes, desenhos, músicas e livros, de forma que ao se deparar com um problema de verdade, descobre da pior maneira que nem tudo é perfeito como parecia.
As suas aventuras não são tão legais como a dos filmes. Por exemplo, a primeira vez que assisti Os Goonies, minha reação imediata após os créditos finais foi pegar a bicicleta e sair a procura de um tesouro ou qualquer coisa do tipo. O máximo que consegui foi quase ser atropelado e chegar em casa desanimado.
Outra coisa que me deixou bem incomodado por ter crescido assistindo a esses filmes de superação, é que depois de uma surra para os caras mais velhos e essas coisas, não havia nenhum “zelador” oriental, simpático e mestre de Karatê pra me ensinar a luta mortal. Resultado, mais algumas surras de leve.
Não vou nem citar a frustração que é ser picado por uma aranha esperando adquirir super-poderes e, no máximo, conseguir uma gangrena no braço esquerdo e uma experiência de quase morte. Muito menos as escoriações e ossos quebrados depois de tentar saltar do topo do prédio vestindo uma “capa” vermelha e uma cueca sobre a calça.
Você ou algum amigo, provavelmente, já pensou em tirar carteira de motorista e comprar um carro pra impressionar uma garota, não é mesmo? Vai dizer que não era triste ver aquela turminha popular dando role de carro e você ali, parado há 20 minutos esperando o seu ônibus? Pois é.
Isso sem contar as inúmeras vezes que entrei pelo cano, sem nem ao menos salvar a princesa…
Porém, nada supera a decepção que foi a minha vida sexual no final do colegial e durante a faculdade. Se tem uma coisa que eu aprendi com os filmes, é que o período ideal para desenvolver toda a sua habilidade sexual compreende a formatura do colegial até o final da faculdade. Você viveu todos aqueles anos na escola simplesmente em função disso. Infelizmente Hollywood estava errada, mais uma vez.
Em relação as festas, mais um engano. Sabe aquelas putarias regadas à muita cerveja, vodka e strip-poker? Podiam até rolar, mas não nas festas em que eu fui chamado, o que provavelmente me leva a crer em duas possibilidades:
1 – eu não era maneiro ou sexualmente atrativo o bastante para ser chamado para as verdadeiras festas da faculdade.
2 – convivi com um bando de freiras.
Eu não tenho a menor vontade de contar as minhas histórias frustrantes de faculdade para os meus filhos ou netos, porque será algo tão monótono quanto uma partida de xadrez. Arrisco a dizer que a festa de 12 anos da minha prima gerou mais historias pra ela e as amigas e amiguinhos do que todos os meus 4 anos de faculdade. Não é pra rir, é pra chorar de decepção.
Acredito que o mesmo está pra acontecer com essa geração Colírio. O que vai ter de garota viajando pro litoral esperando encontrar, na casa ao lado, três vizinhos sozinhos parecidos com o Dudu Surita, Caíque Ribeiro e Federico Devito não vai ser brincadeira, e a frustração será a mesma. Ou não, as vezes o vizinho sou eu. Heh.
As melhores lições, porém, vieram das músicas. Acredito que o motivo seja, na grande maioria dos casos, que as composições foram realizadas depois de o autor passar por algo parecido com o que nos incomoda.
Todo mundo já sofreu por amor, todo mundo já saiu pra curtir com os amigos e, todo mundo já escreveu alguma letra pensando em alguém.
Os Beatles estavam certos em 90% das suas músicas, e, veja bem, não quer dizer necessariamente que eles passaram por essas coisas. Tudo o que nós precisamos é de amor e segurar a mão de alguém. Se você precisa de ajuda, é só pedir por socorro. Mas, sempre terá algo no jeito que ela se move que desperta a sua atenção, e isso ninguém aprende na escola.
Quem nunca pensou em The Cure quando viu as fotos de alguém na parede? Ou simplesmente ficou mais animado em uma sexta-feira enquanto estava apaixonado? E mesmo depois de um fora, você continuou firme, porque garotos não choram.
Claro, isso não se aplica a todos, só aqueles que viveram e tiveram as suas raízes na cultura pop americana/britânica, o que é o meu caso, obviamente.
De qualquer forma, a vida real pode ser bem diferente do que os filmes, livros, quadrinhos e músicas nos mostram, mas, é inegável que eles moldaram o meu caráter de forma precisa. E eu nem precisei criar uma garota nota 1000 pra isso.
Como entender as mulheres?
Mais uma noite de reflexões acerca de assuntos do nosso cotidiano diário do dia a dia, não é mesmo minha gente? Pois é. Enquanto conversava com a Lara no emi-esse-êne, lembrei de alguns momentos da minha época de loser (que nem tá tão no passado assim, convenhamos).
Por ser um cara sem a menor vocação para putão ou cafajeste, muitas vezes estive presente na dolorosa friend zone (é, ela de novo, mas, fazer o quê, né?). Lá não é um lugar nada agradável. É frio, é aterrorizante e te deixa com cara de idiota na maioria das vezes.
Enquanto eu estava lá, achando que teria todas as chances do mundo com alguma garota, para ela, eu era só o amigo que fazia piadinhas engraçadas, comentários sagazes, comprava chocolates, mandava mensagens de celular e ouvia os problemas amorosos dela. Sim, eu era um amigo sem pênis na cabeça dela. Um ser assexuado. Eu era quase um diário. Mas, ao invés de só escrever, ela me contava e eu dava algum conselho que só me fodia cada vez mais. E assim eu passei a minha adolescência/início da vida adulta.
Era todo romântico com essas garotas. Fazia todas essas babaquices que rapazes apaixonados fazem com a esperança de que um dia estaria me divertindo sexualmente naquelas carnes. Não sei a quem eu estava enganando, afinal.
Daí, que a história sempre terminava da mesma maneira. A amizade prevalecia pra elas e a minha auto-estima ia lá pra baixo, no seu cantinho escuro e cheio de mofo. Mas onde ela era feliz.
Um dia eu comecei a namorar. Aí sim. Eu pude exercer o meu romantismo sem medo de ser feliz. Escrevia coisas bonitas no blog, no fotolog e no Orkut. Mandava mensagens de amor, ligava todos os dias e dava presentinhos que lembravam o namoro. Tudo lindo.
Mas, aí, vendo todas essas coisas, as garotas que tantas vezes me colocaram na friend zone, ou, como é conhecida – página dos caras sem a menor chance -, vinham comentar comigo no MSN que adorariam ter um namorado que fizesse as mesmas coisas que eu fazia pela minha namorada.
What the fuck?
Eu sempre estive aqui. Fazendo as mesmas coisas sem nem ao menos ter algum tipo de compromisso com você e, quando eu finalmente consigo me dar bem em um relacionamento, vem falar que gostaria de alguém que fizesse o mesmo?
Eu sempre fiz o mesmo.
Isso só me fazia pensar uma coisa: qualquer cara no mundo que fizesse essas coisas, teria a total atenção e o amor da garota, desde que esse cara não se chamasse Rafael, fosse parecido comigo e, pera aí, fosse eu. Aquele papo de “o problema sou eu” nunca fez tanto sentido quanto nessa época. E, acho que faz até hoje. Afinal, continuo sendo esse cara, né?
É realmente complicado entender a mente feminina e todas as vertentes comportamentais dela. Se você é romântico, elas preferem os caras cafajestes. Se você arruma uma namorada, elas resolvem brotar do nada dando mole e dizendo que adorariam ter alguém que fizesse as mesmas coisas que você faz pela sua garota. É um paradoxo.
Eu só sei que no final, “é uma verdade universalmente aceita que uma mulher, em posse de um coração apaixonado, necessita de mais corações apaixonados. E nunca tal verdade foi mais inquestionável do que durante a minha vida”.
Linha temporal
Refleti sobre o tempo agora à noite. Cheguei à conclusão de que o tempo varia de pessoa pra pessoa. Algumas estão em uma linha temporal mais adiantada, enquanto outras sofrem um pequeno “delay” em relação ao todo.
É um pouco complicado, mas explico.
Algumas pessoas (vamos denominar de pessoa 1) – sabe-se lá por qual motivo -, esperam uma determinada fração de tempo para realizar uma ação, enquanto outras (logicamente, pessoa 2) realizam a mesma ação, causada por um denominador comum, em um espaço de tempo bem menor do que a outra.
A pessoa 1 pensa o seguinte: deixa eu dar um tempo pra realizar essa ação, porque, enquanto isso, alguma coisa ainda pode dar certo e, talvez, realizando a ação nesse momento eu possa estragar a linha temporal original e destruir o futuro.
A pessoa 2 pensa assim: foda-se a pessoa 1.
Tecnicamente, as duas pessoas estão na mesma linha temporal, porém, em freqüências diferentes. Mas, freqüência de cu é rola, e não importa quanto tempo você espera; a vida tá seguindo. Não espere que as pessoas façam o mesmo que você. Elas não farão, e você sabe disso.
Enfim, é só um texto meio sem noção sobre o tempo, esse lindo.