Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Top 5 fins do mundo e por que você não irá sobreviver em nenhum deles

O mundo especula já há alguns anos sobre a possível extinção da raça humana no próximo dia 21 de dezembro (amanhã, caso você tenha perdido o seu calendário), de acordo com uma profecia maia.

Os caras não disseram ao certo qual seria o evento que nos levaria ao fim derradeiro, deixando uma lacuna pronta para ser preenchida por nossas mentes criativas e influenciáveis pela tão amada cultura pop.

Infelizmente, odeio ser o portador de más notícias. Independente do que aconteça amanhã e leve ao fim do mundo (ou grande parte dele), você não irá sobreviver.

Confira abaixo cinco possíveis catástrofes/eventos que podem levar ao fim do planeta e os motivos pelos quais você não irá se salvar.

1 – “Apocalipse” Zumbi

Nos últimos anos os zumbis se tornaram extremamente populares entre os jovens. George Romero e seus mortos vivos famintos por cérebros começaram a popularizar essa moda, que tem o seu auge agora, com os quadrinhos e a série live-action de The Walking Dead.

Frequentemente vemos pessoas postando imagens e frases como “não vejo a hora de começar o apocalipse zumbi e estourar a cabeça desses desgraçados”.

Cara, você não vai estourar a cabeça de ninguém.

Você não tem preparo físico pra ir à padaria na rua de baixo e voltar sem reclamar de dores nas pernas e falta de ar. Você chora se leva um unfollow e de uma hora pra outra vai se sentir o machão/herói da rua quando tudo começa a ruir?

Se você botar o pezinho na sala e se deparar com os intestinos e o fígado da sua mãe no chão enquanto seu vizinho chato se delicia nas entranhas dela, tenho a mais absoluta certeza de que a sua primeira reação será ficar em posição fetal chorando e esperando por uma ajuda que possivelmente nunca virá.

Você vai se borrar antes mesmo da primeira mordida

Além disso, você só teve contato com uma arma de verdade jogando Call of Duty. Você não faz a menor ideia de como atirar (a não ser que seja membro das forças armadas, polícia, segurança terceirizada ou um maluco que tenha praticado tiro olímpico). Não se encontra uma arma em qualquer lugar como nos quadrinhos. Não estamos nos Estados Unidos onde até uma criança pode ter um rifle. Aqui é Brasil. Se quer ter alguma chance (por menor que ela seja) de matar algum zumbi, é melhor aprender a usar a sua peixeira de forma mais eficiente.

Veja bem: em todo filme/série de zumbis, há um polícial ou militar experiente no grupo de sobreviventes. Os demais viram ração de morto-vivo. Você é um dos demais, descartáveis e que será deixado para trás por estar atrasando o grupo.

Se por um acaso as forças armadas falharem completamente (o que seria de uma incompetência sem tamanho), você já terá virado merda de zumbi há um bom tempo. É melhor se conformar. Esse é o seu destino. Você irá morrer em um eventual apocalipse zumbi.

2 – Meteoro atingindo a Terra

Se nem os dinossauros que tinham necessidades básicas muito menores do que as nossas não sobreviveram, imagine você que hoje em dia não consegue ter uma vida sem internet, smartphones e cupcakes?

Um meteoro de proporções gigantescas certamente irá dizimar grande parte da população mundial com o impacto. Basicamente, a onda de choque fará com que centenas de quilos de destroços e poeira sejam lançados na “atmosfera” terrestre, e em seguida sairá devastando tudo em seu caminho. Para aqueles que curtem uma piscina, o impacto também gerará tsunamis que devastarão o que quer que não tenha sido destruído com o choque.

E.L.A – Evento que Leva à Extinção

Com a quantidade de entulho lançada na atmosfera, a luz solar não chegará até o solo e os poucos sobreviventes morrerão em breve por falta de água potável e comida.

É inevitável. Você irá morrer.

P.S.: Caso os governos dos países tenham planos de contingência, tipo aquelas naves espaciais que levarão pessoas importantes da comunidade para a segurança do espaço, pode ir tirando esse sorrisinho do rosto. Você não coopera nem com a sua mãe em casa, o que dirá em uma comunidade.

Você será deixado para trás e vai definhar até se tornar uma massa indistinta de pele e ossos.

3 – O fim do mundo bíblico

Deixados para trás

Cara, sério? Você espera mesmo que eu diga por que você não irá sobreviver ao fim do mundo bíblico, aos cavaleiros do apocalipse, às trombetas e ao arrebatamento? Estamos falando aqui de coisas que podem acontecer. Não de fantasia. Esse é um blog sério.

4 – Guerra nuclear

Particularmente, é um dos “finais” que mais gosto de imaginar para o planeta Terra. Cresci assistindo filmes como O Exterminador do Futuro e The Day After e a sombra dos últimos anos da Guerra Fria. Um holocausto nuclear era questão de tempo naquela época, apesar de os líderes mundiais serem um pouco bundões pra apertar o botão.

Mas hoje em dia, com tanto nego sem noção no mundo, acredito que isso possa rolar mais cedo do que imaginamos. Por que não amanhã?

Nas melhores perspectivas de um holocausto nuclear, o ataque começa de forma inesperada. Não estamos mais na Guerra Fria. Não tem um telefone vermelho no salão oval da Casa Branca ligado diretamente a outro telefone vermelho no Kremlin.

O que temos pra hoje são árabes extremistas que querem ver o fim da sociedade ocidental e certo grau de fanfarronice dos amigos da Coreia do Norte. Sobra até um pouquinho ali para o Irã, mas não sei como anda a situação por lá.

O holocausto não começaria com um míssil intercontinental atravessando o mediterrâneo e o Atlântico/Pacífico. Está mais para uma maleta carregada de plutônio, explosivos e uma rudimentar tecnologia de detonação.

Mas a resposta, amigos, seria em escala mundial.

Misseis cruzando o globo para matar você e todos que você ama

No caso do Brasil, estamos em uma posição geograficamente privilegiada e dependendo de qual lado defendermos nessa guerra (que seria obviamente o americano), é claro que teríamos a nossa carga de mísseis lançados em nossa direção.

Por que você irá morrer? Em primeiro lugar: o Brasil não tem nenhum sistema de defesa antimísseis nessa escala. Não temos sequer uma bombinha atômica pra ameaçar a Argentina.

No caso de uma guerra nuclear, não pense que será como Hiroshima e Nagasaki. Tenha certeza de que você verá bem mais do que dois mísseis cruzando os céus da sua cidade.

Se você não morrer na detonação, com seus corpos desintegrados, morrerá em questão de meses com os efeitos da detonação. Seja por causa do inverno nuclear, do câncer e da falta de provisões básicas.

É fato: você não irá sobreviver.

5 – Epidemia em escala global

Com essa saúde de atleta de quem come bacon o dia todo, qualquer gripe ou diarreia mais forte te derruba. Uma pandemia então faria com que seu corpo se tornasse uma massa fétida antes mesmo de você pensar duas vezes.

Ao longo da história da humanidade já tivemos algumas pequenas amostras da capacidade destrutiva de algumas doenças. Peste negra, gripe espanhola e mais recentemente a “ameaça” do H1N1 nos mostrou que os vírus ainda podem ser um grande problema para a raça humana.

Sendo sincero, nunca parei para pensar em como seria uma epidemia nessa escala. O mais provável é que seja algum vírus novo, algo totalmente fora do padrão com o qual estamos acostumados.

Vai entrar nessa lista só pra completar o top 5. De qualquer forma, você não irá sobreviver. Em uma expectativa bem otimista, você demoraria a morrer, enquanto seu corpo é dissolvido lentamente por essa nova bactéria/vírus.

É isso, amigos. Sendo um cara bem positivo, em qualquer um dos cenários de fim de mundo no dia 21 de dezembro, você irá morrer, não importa o que aconteça.

Fique a vontade para comentar sobre possíveis cenários e em como seus amigos morreriam.

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Conheça o Derrota Cast

Derrota Cast é jóia!

Nada mais motivador (e engraçado) do que aprender com as derrotas dos outros. É com esse pensamento que gostaria de dar início a um novo empreendimento internético (que provavelmente falhará como todos os outros).

Trata-se do Derrota Cast, um podcast que tem como principal objetivo celebrar a derrota em todas as suas formas, desde um namoro que não deu certo até aquele seu investimento equivocado que acabou gerando um prejuízo de bilhões de dólares para a empresa.

Como um dos mais relevantes e promissores representantes do cenário de derrotados no Brasil, o host do podcast será ninguém menos do que eu, Rafael Barbosa.

Estou em negociações com outros grandes players que foram derrotados nos mais variados campos da vida para se unir nesse que promete ser o grande destaque da internet brasileira em 2013.

Se não der certo, pelo menos será uma derrota a mais para acrescentar ao meu já invejável portfólio.

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Um pouco sobre Blink 182

Blink 182 é uma banda que me acompanha, sei lá, desde os meus 12 anos de idade. Foi um raro caso de “amor à primeira ‘audição’”.

Lembro como se fosse hoje: o primo de um amigo chegou dos Estados Unidos com um bocado de CDs e “k7’s” de bandas que estavam rolando nos festivais da Califórnia. Logo de cara um desses CDs chamou a minha atenção. Na capa tinha um touro com o “lombo” carimbado com o nome da banda em questão: Blink 182.

Amos a primeira “ouvida”

Não hesitei em escolher esse cd para escutar em casa, com calma, e repassar para uma fita virgem. Subi as escadas correndo e já abrindo a bandeja do cd player. Assim que o display acusou a faixa número um, fui arrebatado pelos primeiros acordes de Pathetic e desse dia em diante, eu tinha a minha banda favorita.

Pouco tempo depois os caras estouraram de vez com o disco Enema of the State e ficou muito mais fácil ter acesso ao material do Blink 182. E a cada novo CD dos caras, é como se eu estivesse escutando a banda pela primeira vez. A mesma emoção, empolgação e todos esses sentimentos que você com certeza já nutriu por alguma banda/cantor/cantora/artista durante a sua vida.

Alguns anos mais tarde, logo após o lançamento do cd Blink 182, rolou um boato forte de que a banda viria ao Brasil. Tudo indicava que seria no final do ano, no longínquo 2003. Juntei dinheiro o ano todo, esperando por um anúncio que nunca viria. Pelo contrário. Dois anos depois, em 2005, os caras anunciaram um “hiato por tempo indefinido”. Mas os fãs sabiam que esse era o fim do Blink 182.

Confesso que nunca me abati tanto com o fim de uma banda. Quase 10 anos escutando os caras nos piores e nos melhores momentos da minha vida e, para piorar, nunca tive a chance de ver um show ao vivo dos caras. Foi realmente triste.

Em meio a trabalhos paralelos e declarações polêmicas, o tempo foi passando. Escutava agora Angels and Airwaves e Plus 44, mas não era a mesma coisa. Apesar da pegada e das vozes, eram duas bandas diferentes e não tinha a química do Blink 182.

Com a certeza de que a banda jamais retornaria, tudo ficou ainda pior com o acidente de avião envolvendo o melhor baterista da atualidade: Travis Barker. O cara ficou entre a vida e a morte, e para os fãs, foram dias de apreensão.

De uma forma bizarra e inesperada, o acidente foi o fio condutor para a reaproximação dos integrantes do Blink 182. Mark e Tom que não se falavam há alguns anos resolveram fazer as pazes e, surpreendentemente, uma ponta de esperança começou a surgir a partir daí.

Em 2009 a noticia que os fãs esperavam há mais de 3 anos: o Blink 182 estava de volta e preparando cd novo e turnê mundial. Confesso que foi uma das melhores notícias que já tive na minha vida.

Pouco tempo depois, os caras fizeram uma apresentação ao vivo em um festival e, ao assistir o vídeo, pude perceber o motivo do Blink ainda ser minha banda favorita: a química, o carisma, a empolgação dos já agora pais de família e quase senhores de idade naquele palco foi um retorno honesto à minha adolescência.

Em 2011 o momento que todos estavam aguardando: o lançamento do novo álbum. Há 8 anos sem produzir nada novo, o Blink 182 lança o disco Neighborhoods.

Como eu esperava, era o caminho natural da banda: crescimento. Sai de cena os dilemas adolescentes (que já haviam sido deixado de lado no último álbum de inéditas) e somos apresentados a músicas com temáticas mais adultas, algumas até mesmo sombrias.

Eu não sou mais um adolescente, não poderia esperar que os caras – mais velhos do que eu – continuassem agindo e escrevendo como tal. E foi um retorno muito bem vindo. Um álbum que matou a saudade desses 3 caras que embalaram muitas sessões de skate e jogatina de vídeo-game.

Agora, nesse momento, estou ouvindo o novo EP do Blink 182: Dogs Eating Dogs. Cinco músicas inéditas, totalmente produzidas pelos caras e distribuídas digitalmente pelo preço camarada de U$ 3,99.

Novo EP do Blink 182: Dogs Eating Dogs

Mais uma vez eles conseguiram. Me mostraram que daqui a uns 30 anos, com certeza estarei com os meus filhos/netos conversando sobre música e em algum momento direi “deixa o pai mostrar um CD pra vocês. É coisa boa. Confia em mim” enquanto dou o play em qualquer um dos discos da banda.

Agora só falta uma coisa: ter a oportunidade e o prazer de ver um show dos caras no Brasil. Não importa onde, não importa o valor. É um show que não perderei por nada nesse mundo.

Fica a dica para os organizadores do Rock in Rio e Lollapalooza da vida.

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Reality Show – O Mosteiro

O Mosteiro

Os Reality shows fazem muito sucesso no Brasil. Todo mundo quer ver estranhos confinados numa casa a ponto de se matarem ou então quem será a nova estrela da música nacional. É uma receita pronta de sucesso.

Estava aqui pensando esses dias e que tal deixar a coisa ainda mais gostosa e divertida? Tive uma ideia maravilhosa de reality show e gostaria de compartilhar com vocês. Vai que alguma rede de televisão acessa esse post e resolve investir no formato? Não ganharei nada com isso, mas ficarei feliz. De verdade.

Seria mais ou menos assim: A equipe do programa selecionaria 12 pessoas com desejo sexual hiperativo (6 mulheres ninfomaníacas e 6 homens com satiríase) com o grau mais alto da patologia.

Os participantes escolhidos seriam confinados em um mosteiro construído especialmente para o programa por 3 meses. Durante todo esse tempo, eles estarão submetidos ao regime de internato da igreja católica.

Ou seja: sem sexo.

A ideia principal do reality show é ver quem tem mais força de vontade para conseguir o prêmio de 2 milhões de reais e aprender um pouco de teologia. E filosofia também.

Toda semana os participantes serão submetidos às provas boladas pela produção como, por exemplo, servir sopão em um albergue repleto de strippers e go-go boys fantasiados de sem teto. Em determinado momento, essa turma começaria a fazer o que já está acostumada. Sem roupa.

Os participantes também estarão sendo avaliados pelos seminaristas e freiras presentes na atração.

Seria montado um mosteiro em algum lugar da cidade com uma piscina, academia de musculação, cozinha e sala de estudos. Os quartos seriam como os tradicionais desses ambientes: pequenas “celas” individuais. Para aguçar um pouco mais os nossos “guerreiros da nave sexual”, dentro dos livros de estudos estarão escondidas edições da Hustler, Sexy, Playboy, G-Magazine e Men’s Health.

As regras seriam bastante rígidas. É expressamente proibida a relação sexual entre os participantes e os seminaristas/freiras. Apesar de divertido e até excitante, ainda temos um padrão a manter e se você quer ganhar R$ 2 milhões, tem que fazer por onde.

O grande vencedor será escolhido pelo público em uma votação na reta final do programa. Contará pontos o nível de sanidade mantida ao final da atração.

Não sei vocês, mas eu já estou ansioso para ver O MOSTEIRO!

Fica a dica, Record!

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O fim

Acordou como em todos os outros dias. Se levantou, deu aquela mijada, escovou os dentes, tomou um banho e saiu para trabalhar.

As ruas estavam mais estranhas do que o normal. Algumas pessoas corriam peladas, seguravam cartazes com frases que ele não se importa e outras brigavam sem o menor motivo. Algumas até estavam segurando armas e invadindo casas e lojas, mas ele havia deixado de se importar ou perceber essas coisas há muito tempo. Estava em um total e completo estado de inércia.

Chegou ao trabalho no horário normal, como fazia de segunda a sexta. A única coisa que chamou a sua atenção foi o fato de que, estranhamente, o estacionamento estava vazio. Não teve que parar o carro longe. Estacionou em sua vaga preferida, pegou a sua maçã, enrolou os fones de ouvido, dobrou a jaqueta e a jogou no ombro e se dirigiu ao prédio.

Havia pouca gente por lá. Até o Seu Antônio, porteiro há mais de 35 anos e que se orgulhava de nunca ter faltado um dia sequer, não estava por ali. Essa era uma novidade. Isso era algo fora do padrão. Mas até mesmo os grandes heróis precisam de um dia de folga, não é mesmo?

Pegou o elevador do meio, como sempre. Nos fones de ouvido tocava o novo CD da sua banda preferida. Na rádio do elevador, alguém narrava os acontecimentos bizarros daquele dia, mas ele estava tão entretido em seu próprio mundo que ao chegar no 12º andar não havia escutado nada. Exceto metade da sua música favorita daquele álbum.

Saiu do elevador e passou na máquina de café. Pegou o seu cappuccino com chocolate e esperou que o Almeida chegasse de surpresa, como sempre fazia. O Almeida sempre aparecia na máquina de café nesse horário reclamando do emprego, da esposa, dos filhos, do time e até de si mesmo. Às vezes ele estava no banheiro, deveria aparecer na máquina daqui a pouco. Seguiu para a sua sala.

Apenas o seu chefe estava por lá. Isso não era nenhuma novidade, ele era sempre o primeiro a chegar e o último a sair.

– Achei que você ficaria em casa hoje, como todo mundo.
– Alguém tem que trabalhar aqui, né, chefe?
– Verdade. Mas se quiser ir embora, tá liberado.
– Ah, valeu. Mas não tem nada pra fazer em casa não.
– Nem a sua família?
– Eles estão bem.
– Ok, então.

Ligou o computador e pela primeira vez se deu conta de que, curiosamente, era o dia 12/12/2012. Mas logo em seguida abriu o Excel e foi terminar suas planilhas com o balanço anual da empresa.

Inércia. Essa era a palavra do dia, da semana, do mês e dos últimos anos.

Digita uma fórmula, formata uma célula, aperta enter e parte para a próxima.

Estava tão desligado do mundo que não percebeu quando o dia ficou tão claro quanto o sol visto de perto. Estava tão desligado que nem ao menos se deu conta de que havia acabado de morrer.

Pelo menos conseguiu terminar a planilha.

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