Não via um vídeo tão incrível há muito tempo. Se oferecessem essa modalidade na academia, pode ter certeza que eu estaria com a matrícula em dia.
Um amigo morreu
Um amigo meu morreu.
Na verdade já havia algum tempo que a gente não se falava, mas como tinha ele adicionado em meu Facebook acompanhava com frequência a “vida” dele pela timeline.
Um amigo morreu.
É sempre um choque quando você recebe esse tipo de notícia, principalmente quando ele tem a sua idade. O que é estranho, pois você percebe que está chegando naquele momento da vida em que os seus amigos ou conhecidos/colegas começam a morrer. E isso assusta pra caramba.
Durante toda a minha época de escola e faculdade nunca havia passado por essa experiência de perder um amigo. Alguém que você convive com frequência. É diferente de perder uma avó, por exemplo. Por mais que seja algo extremamente triste, é uma pessoa “velha” que está chegando ao fim da vida. Então de alguma forma você se consola dizendo que isso é normal.
Mas nunca será normal ver alguém da sua idade morrendo, quando você ainda não é um “velho”.
Esse não é o primeiro amigo ou conhecido da minha idade ou mais novo que morre. Uma colega de escola e dois garotos que cresceram comigo. Não eram muito adeptos das redes sociais, então não tinha tanto contato com eles. Não fiquei tão abalado quanto agora.
Num dia a pessoa posta uma foto aproveitando a praia com amigos, esposa e família e no outro você recebe a notícia de que algumas horas após aquele momento que você “curtiu”, a vida daquela pessoa chegou ao fim de uma forma trágica.
Isso te faz pensar um pouco. Principalmente em como você tem aproveitado os momentos que tem ao lado das pessoas que você gosta. Eu espero que ele tenha aproveitado esses momentos. Que tenha, de alguma forma, dito um último “eu te amo” para a esposa, para a filha e para os pais.
Um amigo morreu.
E isso é triste pra caralho.
Recomeçar
Como todo bom filme das décadas passadas, chega uma hora em que precisamos dar um reboot nos clássicos e repaginá-los para as novas gerações, adaptando as situações, os personagens, as locações e acima de tudo mantendo a essência de toda aquela história.
Chegou o momento de fazer isso com o meu blog.
Posso dizer sem a menor hesitação que o Sem Título Ainda contém uma parte importantíssima da minha vida. Aliás, várias partes importantíssimas da minha vida, pois escrevi de 2006 a 2014 naquele pedaço de papel virtual.
Um dia de tédio que se tornou um blog. Um blog que se tornou um meio de conhecer pessoas legais incríveis de vários cantos do país. Um blog que se tornou um meio de ganhar dinheiro. Enfim, um blog que eu não posso simplesmente apagar e perder 8 anos histórias que formaram o meu caráter.
Mas chegou a hora de finalmente dar um título ao Sem Título Ainda. Se até o Atlético Mineiro ganhou títulos inéditos nos últimos dois anos, não seria esse marco fundamental da internet mineira que continuaria sem um nome adequado.
Agora o blog pode ser encontrado no link https://rafabarbosa.com/category/arquivo/.
A partir de hoje esse passa a ser o blog Rafa Barbosa. Voltarei totalmente para aquela pegada antiga e gostosa (hum) de posts autorais e pessoais, sem nenhum compromisso em estar bem posicionado no Google ou coisas do tipo.
Voltarei às origens, quando qualquer coisa diferente do meu dia a dia era motivo para um post. Algo que realmente valesse a pena escrever, por mais trivial que seja. Pode ser que esteja fazendo um resgate daquela velha blogosfera que me encantou quando comecei a dar os primeiros passos na internet.
Não sei se escreverei com grande frequência, mas farei o meu melhor para isso aqui não se tornar apenas uma sala vazia.
Agradeço a todos pela companhia no antigo blog e dou as boas vindas àqueles que estão chegando agora. Não reparem na bagunça, é tudo muito novo aqui e ainda estou ajeitando a casa.
Se quiser um cafezinho, fique a vontade.
Volto daqui a pouco.
A incrível geração de homens criados pelas avós
Às vezes me flagro imaginando uma mulher hipotética que descreva assim o homem dos seus sonhos:
“Ele tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada com as últimas novidades da Lacoste e da Abercrombie. Os pés devem ter calos e bolhas porque ele teve que andar de ônibus na semana passada e não está acostumado a isso.
Ele deve ser independente e fazer o que ele bem entende com a própria mesada: comprar um pullover, contribuir com uma doação para a Vakinha do amigo que quer um PS4, viajar sozinho para Porto Seguro com a turma de formandos do curso de Administração. Precisa dirigir bem o Zafira da avó e entender de impostos cobrados pelas compras no Alliexpress.
Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em pedir para a dona Neide fazer um strogonoff vegetariano. Não precisa ser sarado, porque não dá tempo de fazer tudo o que ele faz e malhar. Na verdade, dá sim. Acredito até que passa mais tempo malhando que fazendo outras coisas.
Mas acima de tudo: ele tem que ser seguro de si e não querer depender de ninguém, por mais que seja impossível cogitar sair de casa e dos braços da avó Zuleika, que sempre deu os melhores presentes. Na verdade, sempre foi assim: as melhores comidas eram da Vó Neide e os melhores presentes da Vó Zuleika”.
Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhuma mulher. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteiro aqui, na luta.
Com todas as qualidades citadas acima, como pode um cara como eu ainda não ter arranjado uma namorada? Venho pensando na incrível dissonância entre a criação que nós, meninos e jovens rapazes criados com todo amor e carinho pelas avós, recebemos e a expectativa da maioria das meninas, jovens mulheres, mulheres e velhas mulheres.
O que as nossas vovós esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que elas esperam de nós?
Somos a geração que foi criada para ganhar o XBOX ou Playstation mais recente. Para ganhar o primeiro carro ao passar no vestibular. Incentivados a estudar, trabalhar na empresa do pai, viajar para a Disney e, acima de tudo, construir a nossa independência no mesmo condomínio que os nossos pais.
Mas não avisaram isso para as mulheres. Para nenhuma delas. Perdeu-se o encanto e o charme que rapazes com a nossa criação causavam. Hoje em dia, com essa onda de independência, deixamos de ser os melhores partidos da cidade.
É uma pena.
E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando as mulheres. Não. A culpa não é exatametne delas. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida dos meninos criados pela avó.
No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de um homem. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos para ganhar o mundo (e também um Xbox One). Agora é o mundo que tem que se virar pra ganhar a gente de volta.
8 anos de Sem título ainda e você pode me dar um grande presente!
Hoje o blog completa 8 anos de existência. É engraçado notar como ele evoluiu ao longo de todos esses anos e como a proposta se manteve a mesma, apesar de alguns desvios de percurso ao longo do caminho.
Quando criei o Sem título ainda…, eu passava a maior parte do meu tempo lendo todo e qualquer tipo de blog. A grande maioria nem existe mais hoje em dia. Seus autores migraram para outros portais ou simplesmente abandonaram o barco, alguns deram uma pausa. Outros continuam com postagens quase comemorativas, de tempos em tempos, apenas pra marcarem território.
Mas o STA continua vivo.
Já tive várias fases nessa estrada de blogueiro: revoltadinho, humorista, curador de conteúdo, caça-paraquedista e até mesmo de metablogger. Porém, o que sempre esteve presente – desde o início – e que jamais deixei morrer, foi o “estilo diarinho”. Basicamente, as histórias (em que eu geralmente me dou mal) do meu dia a dia.
Essa foi e sempre será a essência do Sem título ainda…
Vi muita coisa mudando na blogosfera. Do início dos blogs realmente como diarinhos à “ascensão” dos blogs de humor, se tornando grandes portais replicadores de conteúdo.
Vi o surgimento e a queda dos blogs de memes, dando lugar ao modelo Buzzfeed de listas infinitas e, agora a popularização dos blog “você não vai acreditar no que acontece ao final desse vídeo”.
E o Sem título ainda continuou aqui, se adaptando aos novos modelos mas nunca deixando de ser um blog sem muitas pretenções a não ser compartilhar histórias de derrota, pensamentos idiotas e a eterna procura pelo primeiro milhão de reais no boo-box (risos).
Acredito que continuarei nessa por mais alguns anos. Não me canso disso daqui. Ás vezes bate um desânimo e fico um tempo sem postar, mas o bom da vida é que sempre que ela percebe que estou sumido, dá um jeito de aprontar alguma coisa digna de um post.
Para celebrar o aniversário do blog, que tal me presentear com:
Indicação para 8 amigos
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Aguardem, pois a oitava temporada promete bastante coisa aqui no Sem Título Ainda…