O Monet da privada!

Escrito por Arquivo

Defecar é uma arte milenar. O primeiro ser com sistema digestório cagava. Fato que fomos aprimorando a técnica até chegarmos ao nível atual. Entenda por nível atual a evolução das fossas sépticas até as privadas da mais branquinha porcelana. Não há barato maior do que, após uma digestão satisfatória, sentar-se confortavelmente na privada, equipar-se com uma revista ou livro de seu interesse e botar pra fora tudo aquilo que está te incomodando.

Eu adoro cagar. Porém, como a maioria das pessoas, não gosto tanto quando devo fazer isso em um lugar que não seja tão amigável quanto ao meu banheiro. O fato desse desconforto é que em um ambiente hostil, uma diarréia pode não ser vista com bons olhos, sem contar a possibilidade de não haver papel higiênico e até mesmo o risco de entupimento. Mas quando se trabalha a maior parte do seu dia, chega uma hora que é inevitável despejar todos aqueles salgadinhos que você comeu durante o dia.

Aconteceu comigo duas vezes já, depois que comecei a trabalhar. Eu levo isso numa boa, afinal, eu gosto tanto de dar uma barrigada que dependendo do estado físico do meu intestino, qualquer lugar é bem vindo. O problema é quando o meu sistema cisma de bancar o artista e acaba dando aquela cagada Monet.

Não sabe o que é uma cagada Monet?

Uma pintura de Monet

Uma pintura de Monet

A cagada Monet é aquela em que o seu ânus acredita piamente que é um artista plástico e pinta toda a porcelana da privada. Por mais que você dê descarga, a obra-prima anal continua ali, intacta na privada. Parece até feita de cola Tenaz, tamanha a sua força de vontade em se agarrar.

Quando isso acontece em casa é sempre muito tranquilo. Pegue a vassourinha que fica no cesto de lixo e pronto. Uma rápida passada e apaga a massa fecal. Mas quando não se tem essa vassourinha a disposição, você acaba tendo que usar métodos pouco convencionais. As duas vezes em que isso aconteceu comigo tive que dar, pelo menos, umas quatro descargas. Quando as descargas amenizaram a quantidade de “argamassa” na parede de porcelana, fui com o papel higiênico, a mão e a coragem limpar o restante.

Não é uma situação agradável ter que colocar a mão no vaso, mesmo que a água esteja bem abaixo do nível que você pretende encostar. Mas, acredito que mais desconfortável ainda deve ser para a pessoa que entra no banheiro logo depois de você e se depara com a sua marquinha, singela, como se quisesse dizer:

Oi, estive aqui.

Howdy Ho!

Howdy Ho!