Algumas reflexões sobre relações de trabalho.
Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa que ama a rotina.
Acordo e saio de casa no mesmo horário todos os dias, estaciono na mesma vaga e sento-me no mesmo lugar da cozinha na hora do almoço.
Não sei se isso é algo bom ou ruim, mas funciona pra mim.
Quem também ama a minha rotina são os vendedores de lanches.
Tem o cara do tropeiro da firma, tem o caixa da padaria e a família do cachorro-quente.
Sem contar aqueles que já fizeram parte da minha vida mas que hoje não tenho contato.
A família do cachorro-quente merece destaque por me atender há mais de 4 anos.
Digo família, porque realmente é uma família.
Começou com o dono do carrinho de cachorro-quente e a esposa.
Depois de um tempo vieram os filhos, que passaram a trabalhar durante as férias e agora são “fixos”.
Meu contato com eles é tão próximo que eles enxergam meu carro estacionando de longe e já começam a preparar o dogão do jeito que eu gosto: pão, salsicha, queijo, molho e batata palha apenas.
Além de gostar da rotina, também gosto das coisas simples da vida e um bom cachorro-quente não precisa ter nada além desses ingredientes.
Só um molho de alho, ketchup e maionese pra dar um “grauzinho”.
Relações de trabalho na prática
Quando eu estava me preparando para o concurso da polícia, há três anos, fiquei muito tempo sem comer porcarias.
Senti muita falta desse cachorro-quente e essa família sentiu minha falta, pois quando apareci por lá me abraçaram e perguntaram se eu estava doente, já que da última vez que me viram eu pesava praticamente o dobro.
Me deram um cachorro-quente de graça pra tentar me recuperar.
“Tá muito magrinho, viu, Rafael? Não gostei de você assim não”.
Depois de alguns meses, voltei a frequentar o cachorro-quente com a frequência habitual: pelo menos duas vezes por semana.
Atualmente não estou comendo cachorro-quente, apesar de o coração ficar apertado e o estômago chorar em protesto.
Mas tenho certeza que se passar por lá, o pessoal vai me tratar com o mesmo carinho de sempre.
Acho que tenho essa magia.
Essa coisa de ser extremamente simpático e amável com quem me fornece comida.
Espero manter essa qualidade o resto da vida.
Essa é a parte bonita sobre as relações de trabalho.
Quando surge uma amizade entre vendedor e cliente.
preciso de um diploma de 2 grau para curso de corretor alguma indicacao