Rodrigo Lombardi não é um galã

Por Arquivo

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Rodrigo Lombardi não é um galã

Muitas pessoas (ou apenas o Elmer (em negrito), como sempre) vão interpretar esse post com o argumento “noffa, o Rafa tá analisando os galãs da rede Globo. Acho que ele curte um piru”. Não, eu não curto piru, ao contrário da senhora sua mãe. Mas gosto de assistir televisão e faço isso desde que me entendo por gente. Portanto, posso dizer que tenho autoridade pra criticar o elenco atual de galãs da Globo.

Na verdade, vou falar de um “galã” em específico: Rodrigo Lombardi.

Nada contra a pessoa de Rodrigo Lombardi. Ele parece ser um cara maneiro, bom de conversa e eu até pediria pra tirar uma foto e dar um oi no telefone pra minha mãe se encontrasse com o cara na rua. Mas como galã ele não me convence.

Não sei se é por ter cara de bonzinho ou por nunca ter interpretado um vilão ou algo do tipo, mas a única imagem que eu tenho dele é como irmão do Marcos Pasquim em uma dessas novelas das sete horas, escrita pelo Carlos Lombardi (o nome é apenas coincidência de acordo com a Wikipédia).

E o cara não deveria ter passado disso: side-kick simpático, levemente abobalhado e carismático do Marcos Pasquim. Esse sim, um verdadeiro galã de novelas da Globo. Viril, peito cabeludo, forte, rústico e que já passou o rodo em metade das atrizes da casa, de acordo com o dossiê “As Pasquim Girls”, escrito por Chico Barney, o Cidadão Kane da blogosfera.

No ar atualmente em Salve Jorge como Theo (um oficial da gloriosa e famosa cavalaria do exército brasileiro, risos), esse é o terceiro papel de Rodrigo Lombardi como protagonista. As outras duas aparições foram como o indiano Raj em Caminho das Índias e Herculano Quintanilla – O Astro -, em uma refilmagem da novela homônima.

A prova cabal de que Rodrigo Lombardi não é um galã pôde ser vista em Caminho das Índias. Na trama, Raj acabou ficando com Maya, mulher que estava destinada a Bahuan, interpretado com maestria por um verdadeiro galã da casa: Márcio Garcia.

Taí um cara que merece respeito e deveria ser escalado mais vezes como galã. Mesmo interpretando um dalit indiano, nosso eterno apresentador do Melhor Do Brasil e Gente Inocente não deixou de lado toda a marra e malemolência do típico malandro carioca, sendo vítima de um claro boicote da produção do folhetim.

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Falta isso a Rodrigo Lombardi: marra, malemolência, maldade, pegada e um vilão no estilo de Marcos, o “michê” par de Claudia Abreu em Celebridade, um clássico moderno do horário nobre.

Para piorar a situação, a música “Esse Cara Sou Eu” do rei Roberto Carlos é a trilha sonora do personagem em Salve Jorge. E ligar a canção a Rodrigo Lombardi está causando uma espécie de lavagem cerebral na cabeça das mulheres que acompanham a trama. É como uma mensagem subliminar forçando as pessoas a aceitaram Lombardão como um galã, algo que ele não é.

Será que Rodrigo Lombardi não aprendeu nada com a velha escola da emissora (Antonio Fagundes, Zé Mayer, Francisco Cuoco, Ricardo Machi, Victor Fasano, Humberto Martins, Fábio Assunção apenas pra citar alguns)?

Fica aqui a minha indignação para com a emissora da esfera platinada. Não coloquem Rodrigo Lombardi na geladeira, mas ofereçam um workshop para o rapaz com os caras que realmente entendem o que é ser um galã do horário nobre.

Ele não me inspira. Ele não me proporciona admiração. No máximo, um leve sorriso de canto de boca durante as cenas em que ele conversa com seu Manga-larga Marchador.

Queremos galãs melhores no horário nobre! Queremos um cara que te faça querer ser ele, e no momento eu não quero ser o Rodrigo Lombardi.

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