Estou escrevendo esse post única e exclusivamente porque a internet caiu. Como você deve ter imaginado, nesse momento, estou com uma tela do WORD aberta em minha frente enquanto digito essas palavras.
O que me leva a crer que um computar sem internet hoje em dia pode ser considerado basicamente uma enorme calculadora ou uma máquina de escrever. No caso, uma máquina de escrever que possivelmente roda um ou outro jogo que não precisa estar conectado o tempo todo. Bem melhor que a atual moda hipster.
Sim, os hipsters resgataram as máquinas de escrever.
Sim, alguns jogos agora exigem que você esteja conectado pra jogar. Mesmo no single player.
Estranho pensar no quanto estamos presos e dependentes da internet para fazer coisas simples como interagir com outros seres humanos.
Acostumamos-nos a manter as relações sociais baseadas em curtidas, compartilhamentos e conversas por chats (seja no Messenger ou no Whatsapp). Nem usamos mais o telefone com tanta freqüência (que não seja para checar o Messenger ou o Whatsapp).
Estou escrevendo esse post enquanto poderia estar acessando a internet através do meu celular (o 3G continua firme e forte). E posso me considerar um vencedor por isso, já que se pararmos pra pensar, a ~grande rede mundial de computadores~ está tão presente em nossas vidas que até quando estamos sem internet em casa, ela ainda continua ativa em nossos celulares (ou smartphones se quiser ser um pouco mais pedante).
Nem me lembro mais como era a vida sem internet. Tenho vagas recordações que eu fazia coisas como jogar futebol, andar de skate ou descer para ficar sentado na escadinha do condomínio conversando com os amigos enquanto um deles tocava violão.
Hoje em dia não sei se as pessoas ainda fazem esse tipo de coisa. Eu não faço. Pra falar a verdade, não sei o nome dos meus vizinhos do prédio onde moro atualmente. E eles também não fazem questão de saber o meu.
Bons tempos quando eu tinha uma vida agitada fora da internet.
Precisamos dar um basta nessa tecnologia burra e aproveitarmos mais a vida real.
Por mais que eu nunca tenha feito muita coisa a sensação de dependência do smartphone a qualquer momento, a falta de concentração na mesa de bar e a eterna expectativa que alguém vai falar alguma coisa que não posso perder dá nos nervos e não consigo me desligar disso. Faço aula de yoga e até nesse momento fico pensando em quando vou conseguir plantar bananeira e bater um self pra por no insta.
E ai, Victor!
São coisas que a gente só para pra valorizar nessas situações, né? Eu comprei uma bicicleta recentemente, empolgado e tudo o mais, mas quem disse que esse tal de computador me deixa sair de casa?
HAAHHAHA mas um dia a gente vence esse vício!
Obg pelo comentário.
ABs!
Tava pensando nisso esses dias… Nunca fui da turma do futebol ou do skate mas eu me sentia bem dono do meu próprio nariz pedalando minha bicleta preta por aí. Antes da internet eu tinha pequenos momentos infinitos de liberdade e nem era maior de idade ainda (considerando que eu costumava achar que seria livre depois dos 18). Hoje em dia nem isso eu tenho (da mesma forma que não tenho mais uma bicicleta ou disposiçao pra pedalar uma)! Me sinto completamente preso. Minha vida nem era agitada antes da internet mas porra… Que saudade da maldita bicicleta preta e dos malditos minutos de liberdade!