Sobre humor e comentários desnecessários

Escrito por Arquivo

Sobre esse caso do Rafinha Bastos, eu realmente não tenho muito que dizer. Na verdade, não vai afetar em nada na minha vida o fato dele estar suspenso ou não do CQC. Até mesmo se o cara for demitido, o máximo que isso pode influenciar na minha vida é ter algum assunto pra comentar no Twitter. E só.

Mas, é claro, eu não poderia deixar a polêmica de lado. Vai que eu faturo alguns trocados com isso, não é mesmo? Enfim.

Fato é que, apesar de todo humorista ter o direito (não sei se isso é bem um direito, já que não manjo muito de Direito, entende?) de falar o que bem entender, uma pessoa que se sinta ofendida com o comentário também tem todo o direito de procurar os meios legais para, digamos, retaliar o comediante.

O marido da Wanessa Camargo não gostou. Acredito que o tipo de comentário que o Rafinha Bastos fez pode até ser engraçado pra você ou pra mim, que não temos uma esposa grávida. Para quem tem, pode sim, ter sido ofensivo. E como o marido dela não é humorista pra fazer o mesmo tipo de comentário em rede nacional, apelou para a forma que mais lhe conveio (tá certo isso?).

Não adianta reclamar. Na pratica, quem tem dinheiro e influência não leva desaforo pra casa. Pode espernear, escrever um texto mal criado no blog, twittar como se não houvesse amanhã e todas essas coisas. Isso não mudará.

Não quero tomar partido nesse texto. O Rafinha Bastos fez um comentário infeliz. Eu diria até desnecessário e babaca por se tratar de um programa na TV aberta. Se fosse no show dele, acredito, não teria tanta repercussão. O marido da Uánessa não gostou. Foi lá, usou a sua influência e amigos e conseguiu com que o humorista fosse suspenso. É assim que as coisas rolam. E não vejo uma mudança nesse padrão tão cedo.

Não quer dizer que o Rafinha Bastos afundou a sua carreira. Mas, fica aquela lição básica de que “você pode falar o que quiser, mas depois tem que agüentar o tamanho da rôla”.