Sobre a vida adulta

Por Arquivo

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Eventualmente, todo mundo encontra.

Tenho tentado escrever uma retrospectiva sobre o meu ano de 2012. Embora tenha sido repleto de bons acontecimentos, não dá pra ignorar aqueles que me desanimaram ou me deixaram pra baixo. Não preciso me lembrar das coisas ruins. Vivê-las já foi péssimo o suficiente. Portanto, não vou falar especificamente sobre isso nesse post.

O que quero comentar aqui é sobre como anda a vida dos meus amigos de colégio e faculdade. Pelo menos a grande maioria deles e traçar um breve paralelo com a minha vida.

Nesse ano de 2012 adicionei muita gente da época de escola no Facebook. Afinal, essa é a função das redes sociais, né? Reencontrar amigos e conhecidos que não se tem contato há anos. E para a minha surpresa, muitos deles já estavam, de fato, na vida adulta.

Não sei se sou eu que estou ficando pra trás ou se temos prioridades diferentes, mas a grande maioria deles já está casada e com família constituída. Inclua aí filhos (às vezes mais de um).

É engraçado, pois conheço a turma do colégio há pelo menos 18 anos (estudei na mesma escola da primeira série ao terceiro ano) e crescemos juntos. Na verdade, posso dizer que passamos todas essas fases da adolescência ao mesmo tempo e depois de formados os caminhos meio que se separaram. É sempre um choque ver pessoas que você conheceu ainda criança tendo as suas próprias crianças.

É normal, acredite, mas não deixa de ser marcante.

Não me vejo “construindo” uma família agora. Não me vejo casado ou com filhos até, pelo menos, os meus 30 ou 35 anos.  Alguns dirão que estarei velho demais pra isso. É claro que quero ter filhos, e como sou totalmente influenciável pela cultura pop, vejo a minha vida como a de Ted Mosby, de How I Met Your MOther. Ao meu redor, todos encontram as mulheres de sua vida e começam a ter outras prioridades além de se embebedar em uma mesa de bar ou realizar maratonas de Star Wars e Senhor dos Anéis.

Eu digo que quero estar completamente estabilizado para dar esse passo. Um grande passo, aliás. Infelizmente, não controlamos essas coisas e vai que ano que vem eu encontro o amor da minha vida, caso em pouco tempo e começo 2014 com um bonequinho encomendado pela cegonha?

A questão é que ainda bate aquela dúvida se eu estou atrasado. Como vocês podem ler por aqui, a maior parte do tempo eu ainda ajo e penso como um moleque de 17 anos que tá começando a curtir a vida agora. Mas sempre que vejo os meus amigos e suas respectivas famílias, me pergunto se já não é hora de começar a pensar nessas coisas.

Até os meus melhores amigos, aqueles que eu tenho contato frequentemente já estão pensando em juntar os pares de meias de vez com suas namoradas, enquanto ainda penso em qual será o próximo lançamento da Ubisoft ou em como passar de uma fase de Assassin’s Creed. É complicado.

Estou ficando velho e ao contrário do que gosto de pensar, a cada dia que passa, a “vida adulta” se mostra ainda mais presente do que eu gostaria de admitir. Acho que tenho essa tal de síndrome de Peter Pan que todo adulto metido a adolescente se diz vítima. Não quero ficar para trás e ser apenas o “tio Rafa” e escutar perguntas como “por que você nunca se casou, tio”? É apenas triste isso.

No fundo, no fundo, acho que apenas ainda não encontrei a pessoa certa pra me fazer mudar esse quadro. E eu não espero que ela esteja usando um guarda-chuva amarelo.

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4 Responses to " Sobre a vida adulta "

  1. rafabarbosa disse:

    Espero não perder mesmo essa coisa de fazer as maratonas e ainda tomar uma com os amigos hahahaha. Eu tbm acho que deve ser assim. Não podemos apressar essas coisas ou viver em função de esperar que elas aconteçam a qualquer minuto. É só deixar rolar =)

    Obg pelo comentário =)

  2. Victoria disse:

    Eu entendo você. Hoje, com 25 anos, penso em ter minha família, minha casa. Mas pra isso preciso me estabilizar financeiramente e isso é uma coisa que me preocupa, porque eu realmente não sei quando vai acontecer e temo que seja tarde. rs
    Mas vai ver pra mulher esses pensamentos chegam mais cedo mesmo, então não se preocupe em ainda gostar de video games e tomar cerveja com os amigos no bar. Inclusive, é uma coisa que você não deve perder nunca. É só adicionar prioridades na sua vida, não substituí-las.
    Tento ser otimista e pensar que o que for pra ser, vai ser, independente de qualquer coisa e o nosso destino pode mudar completamente em uma tarde quente de uma terça-feira e nos pegar completamente desprevenidos. Vai ver essa é a beleza da vida.
    O último episódio de HIMYM me fez pensar que eu sou o Ted Mosby da vida real, de tanto que me identifiquei. Mas a gente já sabe que no final ele encontrou a mãe dos filhos dele e vai ficar tudo bem.
    Vai ficar tudo bem pra gente também.
    Enquanto isso eu vou vivendo minha vida e andando com meu guarda-chuva amarelo nos dias de chuva(sim, eu tenho um…rs) e quem sabe o destino me dá uma ajudinha.
    O comentário virou um texto, mas tudo bem.
    Gosto do seu blog!
    Beijos!

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  1. […] sei se é pelo fato de ser mais velho que ele, mas fiquei pensando nesse assunto. Já escrevi sobre isso há alguns meses, quando reparei que a grande maioria dos meus colegas de colégio já estavam casados e com filhos, […]

  2. Baconlinks #027 | baconfrito disse:

    […] Título Ainda – Sobre a vida adulta Piadas temáticas com o Tem Graça ou Não: Melhores que as piadinhas do […]

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