Ontem, bem, na verdade foi na quarta-feira, aconteceu um episódio curioso comigo. Se você acompanha o blog, já deve ter percebido que eu não sou o tipo de cara que dá esmolas pra pedinte. Na maioria das vezes eu to tão quebrado quanto.
Então estava eu, no meu horário de lanche após uma exaustiva tarde de trabalho, procurando a melhor combinação entre carboidratos e gordura trans pra sustentar o resto do dia. Encontrei o que procurava no “podrão” lá perto da agência. Vale a dica: com R$ 4,00, você se alimenta de acordo naquele lugar.
Enquanto comia o meu sanduiche (natural) de carne cozida e linguiça (sem trocadilhos), e tomava minha Pepsi, uma senhora se aproximou de mim com aquele papo característico de quem está prestes a pedir alguma coisa:
“Blah blah blah blah blah blah blah blah blah você pode me dar dinheiro”?
Eu não ando com muito dinheiro na carteira. Sou adepto dos cartões de débito, essa grande maravilha proporcionada pela tecnologia. Mas, vez ou outra, tenho algumas moedas que geralmente costumo investir comprando aquele chiclete de caixinha Adam’s do preto. É o melhor e recomendo a todos. Nesse dia, a pedinte deu sorte e eu tinha uns 50 centavos em moedas.
Disse pra ela que só tinha aquilo e entreguei o cobre.
Com a maior cara de desprezo do mundo, a senhora vira pra mim e fala:
“Nossa, que miséria, hein”?
É, amigos. Tá cada dia mais difícil.
Dei o resto de um marmitex pra um cachorro mendigo e ele não gostou… só cheirou e foi embora… será que estava tão ruim assim?!
Eu dei o resto de meu sanduíche de frango com passas pra um cachorro mendigo. Ele não reclamou…