Hoje em dia eu sou um vencedor. Sim, posso dizer que sou um cara bem sucedido em vários aspectos da minha vida. Porém, algo que sempre me assombrou desde o final da adolescência e início da vida adulta foi o maldito excesso de peso.
Veja bem, no período dos meus 17 aos 20 anos, eu era gordo e com espinhas. Após testemunhar que mulheres odeiam caras com esse perfil, tomei medidas drásticas na minha vida e me tornei um cara com a pele digna de bumbum de neném da Puppets e com incríveis 2 quilos abaixo do meu peso ideal.
Lindo, magro e sem espinhas, obviamente, o melhor prato do a La carte que é esse restaurante que chamamos de vida.
Mas aí o tempo passou, comecei a namorar e relaxei na questão do peso, pois vi outras áreas prosperando, como o departamento pessoal e o financeiro. Sim, eu estava fornicando e ganhando dinheiro. Porém, relaxei e engordei absurdamente nos últimos dois anos.
Não que eu ligue – muito – pra isso, mas ninguém curte ser gordinho, e posso citar o Peter Jackson e o Seth Rogen como exemplos. Enfim, deu pra entender o ponto.
A questão é que poucas vezes experimentei um sentimento tão puro de derrota quanto nessa minha breve estadia no Espírito Santo na última semana.
Após uma tarde de praia e sol quente com a família, aquela descansada na areia depois de pegar algumas ondas (sem prancha, porque eu sou tr00), estávamos nos dirigindo à pousada onde nos hospedamos.
No meio do caminho havia um desses espaços públicos de exercícios físicos. Mais especificamente duas barras, uma esteira de abdominal e barras paralelas. Com a marra típica de um mineiro em terras capixabas resolvi me exercitar ali.
Fiquei embaixo da barra maior, estiquei os braços e dei o impulso para a conclusão desse exercício físico.
O que se seguiu foi um dos momentos mais constrangedores, humilhante e de extrema derrota na minha vida: eu não consegui realizar nem uma barra.
Eu não consegui suspender o meu corpo utilizando a minha própria força por não mais do que 10cm acima do chão.
Tentei mais de uma vez, e a cada nova investida, eu me levantava menos. O resultado dessa desastrosa aventura foi uma dor terrível no braço e, pior ainda, um buraco do tamanho de Passárgada no meu ego.
Para a minha sorte, a cidade estava tão vazia que nenhuma cocota viu esse trágico episódio da minha vida. Isso seria prejudicial ao meu mojo, com certeza.
Abaixei a cabeça e voltei para a pousada. Me tranquei no quarto pelo resto do dia, lendo e assistindo séries, pois, cheguei a conclusão de que eu não era digno de dividir o mesmo espaço no planeta Terra com pessoas saudáveis e que conseguem realizar pelo menos uma barra.
Agora, minha meta é conseguir fazer pelo menos duas barras até Julho. Duas porque sou humilde. Espero conseguir. Nem que para isso eu tenha que cortar 15cm de cada perna.
boto fé cara,farei o mesmo,boa sorte ai =D