Rafael, um lutador.
Apesar de dominar com absoluta perfeição as artes marciais do Kung-Fu, Karatê, Tae-Kwon-Do, Capoeira e Krav-Magá, sempre fui um cara de diálogo. Minhas brigas eram resolvidas sempre com um bom bate-papo e uma partida de Jokempô, que modéstia a parte eu também domino muito bem.
Mas chega uma hora na vida de um cara que se faz necessário utilizar seus dotes marciais a fim de se auto-preservar. Sr. Miyagi sempre disse que não devemos lutar fora do tatami. Até certo ponto isso faz sentido, mas a partir do momento em que a sua honra e a sua integridade física estão em jogo o papo muda.
Tudo estava tranqüilo na quadra do condomínio. Todos jogando futebol civilizadamente. Eu estava na “de fora” esperando com mais alguns garotos. Para passar o tempo, batíamos bola do lado de fora de quadra. Não havia motivo pra alguém levar aquilo a sério, era só passatempo. Mas sempre tem aquele puto estressadinho que não aceita perder e resolve apelar.
Esse era o William. Eu tinha os meus 12 ou 13 anos e ele tinha uns 7 ou 8, não me lembro. Apesar da tenra idade, esse aprendiz de cão de guarda era uma máquina de nervos. Não aceitava nada sem encrencar. Naquele dia não podia ser diferente, mas ele não contava que eu estaria em um dia único de fúria. Pior pra ele.
Após uma discussão eu virei às costas e o bastardinho me acertou com a bola. Eu virei tranquilamente já com os punhos fechados e perguntei que merda era aquela. Ele não se preocupou em responder e veio pra cima de mim como um Pincher vai pra cima de qualquer pessoa.
Ele deu dois passos e caiu pra trás. O soco que eu dei na cara dele foi tão bem dado, tão perfeito e tão bem encaixado que se eu fosse italiano e ele negro, eu seria chamado de Rocky Balboa e ele de Clubber Lang. O garoto ficou deitado por um bom tempo.
Do lado de dentro da quadra, o irmão mais velho do William, o Tiago, que era um ano mais novo do que eu resolveu tomar as dores e veio pra cima de mim. Nesse momento o meu cérebro só conseguia pensar em uma coisa: auto-preservação. Trocando em miúdos, o certo seria correr o mais rápido possível. Afinal, lutador que é lutador resolve as diferenças no ringue. Mas a honra falou mais alto. A quadra estava lotada e a massa queria espetáculo.
Esperei o Tiago vir correndo e quando ele chegou perto, não sei como, consegui pegá-lo pela blusa e aplicar aquela famosa rasteira do judô. Fato que derrubei o valentão em questão de segundos e logo após o quase ippon já estava desferindo vários e vários socos em sua nuca e cabeça.
A massa ensandecida começou a gritar “Rafinha! Rafinha!” e a adrenalina subiu pelas minhas veias de tal forma que nem senti o soco nas costas que o William – ainda meio zonzo – me acertou. Como um verdadeiro Jack Chan apliquei um chute bem no estômago enquanto imobilizava o seu irmão no chão. Por fim, depois de quase sufocar o garoto tamanha era a minha raiva, a massa acabou separando a briga.
Dava pra escutar ao longe Gonna Fly Now e se eu tivesse uma namorada naquela época, provavelmente estaria gritando o nome dela com os braços erguidos. Como é doce o sabor da vitória, não é minha gente? Adoro o cheiro de irmãos derrotados no café da manhã. Nham Nham Nham!
Como ali todo mundo era amigo, de tarde já estávamos no hall do prédio jogando War e conversando sobre Cavaleiros do Zodíaco.
Sabe pra onde vai o Pedigree que o Dudu come? Eu sei…
Domingo é o dia da família brasileira tradicional se reunir na hora do almoço e degustar saborosamente aquela macarronada ou aquele frango assado típico dessas ocasiões. Como a minha família não é tão grande assim, estávamos somente eu e a minha namorada sentados hoje durante o almoço quando um comercial chamou a minha atenção.
Começa com uma frase assim: Sabe pra onde vai o Pedigree que o Dudu come? Pelo que eu aprendi nas aulas de biologia, o caminho certo pra qualquer alimento nós comemos é o intestino, reto e por fim ânus e privada. Mas a propaganda me deu uma nova visão sobre isso.
Uma menininha bonitinha diz durante o comercial que o Pedigree que o Dudu come vai para as patas, para os pelos e para os dentes. O cachorro fica assim, felizão. Pensei comigo mesmo: “Okay, pelo menos não mostrou pra onde vai literalmente o que o Dudu come” e continuei a degustar o meu filé mignon, meu arroz e minha maionese de frango com castanha de caju.
Eis que de repente a menina resolve mostrar pra onde realmente vai a comida que o Dudu pimpão come. Em meio ao sabor de carne e cereais que essa nova ração proporciona, nos é apresentado o fato de que o cocô do Dudu sai durinho. E nada melhor do que, na hora do almoço, mostrar em close-up as fezes do filho da puta do Dudu.
Cara, eu não tenho problema algum em escutar sobre coisas nojentas como vômito, merda, esgoto e etc enquanto estou comendo. Muito menos ver na televisão. Mas convenhamos, seria de bom senso que pelo menos as fezes fossem somente citadas, né? Não precisava mostrar aquele bolo fecal com tamanha riqueza de detalhes. Se a minha televisão fosse FullHD, eu sentiria o cheiro da merda inundando toda a minha sala de estar.

Howdy Ho!
Mas como o Dudu é um Labrador Pimpão e a dona dele é uma gracinha, eu engoli em seco e continuei almoçando, mas pensando sempre no “plano de mídia que envolve um VT com fezes em close-up na hora do almoço em pleno domingo”. Provavelmente o mídia era um estagiário.
Como eu sou legal, vou compartilhar o vídeo com vocês. Assista durante uma refeição, por favor.
httpv://www.youtube.com/watch?v=XCTPQ1qu_JY
A Arte de explorar Hypes para conquistar gatinhas na Internet
A arte de usar hypes em benefício próprio existe bem antes dos famosos blogueiros a utilizarem para aumentar os lucros com programas de afiliados. Uns a utilizam para conseguir alguns trocados, outros para atrair leitores e os mais espertos para atrair mulheres.
Tentarei ensiná-los, em poucos passos, a explorar o maravilhoso mundo dos hypes para conquistar gatinhas desavisadas. Afinal, você é um garanhão, cheio de charme e malemolência. Todas te querem. Vamos lá então:
O caminho mais fácil – e só vou ensiná-lo uma vez – é bem simples e qualquer cara com um pouquinho mais de maldade na arte da conquista pode utilizar a seu favor.
Bate-papo.
Sim, algo tão simples e tão inocente que você provavelmente nem pensou não é mesmo? Mas eu te explico agora porque utilizar o bate-papo para explorar hypes e conseguir mulheres.
Fato que adolescentes em estado de amadurecimento se tornam aficionadas por bandas e fenômenos da cultura pop como atores, personagens de livros e filmes e, por que não, ex-bbb’s? Essa patota de pessoas faz parte do imaginário coletivo de garotas que precisam de algo semelhante a essa fantasia de mundo perfeito. E quem melhor para dar isso a elas do que você?
Experimente entrar em um chat (da UOL) com o nick de Edward Cullen. O retorno é quase imediato. Estatisticamente falando, 85% das garotas conhecem a série de livros Crepúsculo e são apaixonadas com esse vampiro. Se você entra com o nick desses, visto que a grande maioria dos garotos não faz a mínima idéia de quem seja o tal, você já está com uma vantagem natural ao abordá-las para o bate papo.
Seja gentil e utilize um vocabulário rebuscado, da mesma forma que o Edward Cullen de verdade, ou da ficção (já que é um livro) faz. Procure algumas falas dele na Internet e cole para as garotas. Impressione. Com poucos minutos de conversa você terá o MSN em mãos. Desembole mais um pouco e quem sabe a gatinha não liga a webcam?
Outro grande hype a ser explorado por você, sedutor on-line de plantão, é o dos onipresentes Jonas Brothers. Toda garota sonha em ser paquerada pelo trio virgem mais famoso do mundo. Quem melhor do que você para proporcionar, mesmo que de mentirinha, essa sensação a elas?
Dessa vez as opções de nick são ainda mais amplas: Joe Jonas, Kevin Jonas e Nick Jonas. Escolha qualquer um dos três e comece a sua empreitada rumo a um possível encontro no fim de semana.
Nesse caso cabe uma ressalva: não fale sobre sexo em hipótese alguma. Mantenha a magia viva e lembre-se, acima de qualquer coisa, que você está representando um cara virgem que só vai transar depois de casado. Provavelmente o mais próximo de sexo que ele já chegou foi uma chamada na revista Capricho ao lado de uma foto dele.
Aproveite que estamos falando de uma banda e abuse das letras traduzidas de suas músicas. Toda garota quer se sentir amada, nem que seja virtualmente, por um Jonas Brother. Use as ferramentas á sua disposição. Não hesite em dizer que usa um anel de castidade caso uma delas seja um pouco mais assanhada.
É tiro e queda. Em poucos dias você estará marcando um encontro no cinema com a gatinha que você conheceu no bate-papo. Siga esses passos e seja feliz. Eu também me sinto feliz em ajudá-lo.
Se eu já testei essas práticas? Não, pois tenho namorada. A estratégia mais certeira pra conquistar gatinhas é ser o Rafael Barbosa. Mas esse já sou eu e não revelo o segredo.
Testemunha Ocular
Se você estiver lendo esse post, eu provavelmente pereci, vítima de assassinos cruéis e impiedosos buscando vingança contra a minha pessoa. Tudo graças ao meu testemunho ocular de um roubo a uma loja de calçados. Quando o dia prometia ser tranqüilo…
Estava indo com a minha namorada em direção ao ponto de ônibus quando duas mulheres saíram de uma loja de calçados. Aparentemente uma delas estava “coçando” a periquita no meio da rua. Mas foi apenas impressão minha. Alguns segundos depois a malandra tirou um par de sandálias de dentro do vestido.
Demorei alguns segundos até processar tudo o que acabara de presenciar. A mulher da sandália percebeu que eu faria alguma coisa e começou a andar. Eu a encarei e ela retribuiu o olhar. Ela já sabia que eu faria alguma coisa e tentando ser amigável me disse:
– É nóis, fechou?
Emendei um “Fechou é o caralho” e corri pra loja avisando as vendedoras que elas haviam sido roubadas. Como eu não correria atrás das ladras (por motivos óbvios de obesi… digo, por estar quase no horário de trabalho), mostrei por onde elas haviam seguido e continuei a minha pacata vida de cidadão.
Alguns minutos depois, enquanto estava no ponto de ônibus com a minha namorada, vi a mulher que roubou os sapatos saindo pela rua da esquina. Voltei correndo pra loja e avisei. Para a minha surpresa as funcionárias conseguiram “capturar” a outra e uma viatura da policia já estava no local.
Disse que a outra mulher estava na avenida, mas nem o policial ou as vendedoras esboçaram a vontade de ir atrás dela. Não seria eu que faria o trabalho deles, certo? Deixei a loja e fui trabalhar.
Agora estou aqui, com o orifício anal na mão com medo da mulher ter marcado a minha cara e ficar à minha espreita na hora da saída. Afinal, ela me encarou por um bom tempo, pode ser que ela tenha guardado o rosto do X-9 aqui.
Portanto, se eu não aparecer mais por aqui, saibam que fui vítima de uma queima de arquivo. Um arquivo pesado, diga-se de passagem, mas ainda sim um arquivo. Fui o “herói” do dia, mas o cagaço continua enorme.
Balançadinha
Às vezes ser homem é uma droga. Temos dispositivos em nosso corpo que foram feitos única e exclusivamente com a função de nos entregar em determinadas situações. Tem necessidade de o pênis ficar ereto? Se é em uma situação que exige discrição, estamos fodidos. Mas não é sobre ereção que eu quero falar. É sobre a fatídica balançadinha que somos obrigados a dar logo após urinarmos.
Veja bem, somos programados para “mijar” em pé. Homem que mija sentado não é homem de verdade. Logo, após fazer o que temos de fazer em pé, a balançadinha vem em seguida com a função de enxugar as gotas restantes. É como um ritual de limpeza, digamos assim.
Semana passada eu estava prestes a sair para o almoço e resolvi dar uma aliviada. Concluído o ato urinário, dei a balançadinha, conferi se estava tudo certinho e guardei a ferramenta. Mas não sei por que diabos depois de guardado, o “Rafão” resolveu escorrer uma última lágrima. Mas foi uma lágrima caprichada. Tão caprichada que ultrapassou a tênue linha que separa a minha cueca da minha bermuda.
O que começou como uma pequena mancha azul mais escura que a cor da minha bermuda, se tornou uma mancha enorme. Não seria problema nenhum se não fosse o fato de eu ter que andar no centro da cidade. Estava bem chamativo e não tinha como esconder.
Eu levantava a bermuda e ela caía. Eu abaixava a blusa e ela subia. Passava a mão pra tentar secar e a mancha aumentava mais 2 centímetros. Não havia um secador por perto e o meu horário de almoço estava correndo. Tive que engolir o orgulho e caminhar em plena Afonso Pena com a bermuda molhada e sempre mantendo a pose.
A sorte foi que o sol estava de frente pra mim e acabou funcionando como um secador natural. Ainda bem.
Pênis. Ruim com ele, pior sem ele.
Tragam a minha infância de volta!
Vida adulta é um saco e por mais que você tenha aproveitado a sua infância, sempre terá a sensação de que poderia ter aproveitado muito mais. Definitivamente eu não estou preparado pra ser esse adulto que estou me tornando.
Estou deveras chato, rabugento e completamente mesquinho. Tenho uma saudade imensa da época em que as minhas únicas obrigações eram ir pra escola de manhã, dormir a tarde, assistir Cavaleiros do Zodíaco e jogar bola. Era praticamente uma vida cheia de obrigações, mas que eu cumpria com o maior prazer do mundo.
Hoje em dia eu tenho que acordar cedo, pegar um ônibus lotado, ficar em pé daqui até o meu trabalho… TRABALHO! Você definitivamente se torna um adulto quando as palavras trabalho e emprego fazem parte do seu vocabulário (exceto lá naqueles acampamentos em que as crianças fazem carvão e na China, onde produzem tênis o dia inteiro).
Fora isso, outras obrigações começam a fazer parte do seu dia a dia. Cartão de Crédito já não é mais um ingresso que seus pais passavam na loja e magicamente fazia surgir um presente na sua frente. Quando adulto, cartão de crédito significa que você vai dever os cabelos do ânus sempre que desbloqueá-lo e fizer alguma comprinha.
Consequentemente, outra palavrinha básica que demonstra que você agora é um adulto é palavra “contas”. De todos os tipos. Agora não tem mais papai e mamãe (a não ser que você seja órfão desde novinho) pra te dar as coisas. Você trabalha e tem dinheiro (nem sempre) pra comprar. Pra pagar? Se vira.
Mas o espírito infantil ainda se faz presente em mim. Eu sei que vou ficar devendo cada centímetro do meu corpo, mas estou disposto a pegar um vídeo-game no meio do ano. E não falo de um vídeo-game barato. Maldita cobiça! Mas poxa, vídeo-game cara! Quem não gosta de games?
Tá vendo o que eu quero dizer com “poderia ter aproveitado mais”? Eu tive vários vídeo-games durante a minha infância e ainda hoje sinto a necessidade de possuir mais um. Eu sei que tive uma infância agradável e produtiva, mas passou tão rápido que a impressão que fica é a de que isso foi há muito, muito tempo atrás.
Certa vez alguém me disse que depois dos dezoito a vida passa num piscar de olhos. Eu não dei muita importância, afinal, faltava muito para os dezoito. E hoje estou aqui, com 22 anos escrevendo um texto nostálgico sobre como sinto saudades da minha infância.
Ser adulto é definitivamente a pior coisa que pode acontecer com alguém. Dirigir é legal, transar é legal, beber é legal (às vezes) e etc, mas todas essas coisas demandam responsabilidade, maturidade e eu sinto falta de não ter nada dessas “ades” na minha vida. Eu só quero acordar tarde, jogar vídeo-game, jogar futebol na rua e assistir desenhos. Maldito tempo que passou voando e eu nem vi!
Confissões de um viciado.
Estou viciado em livros e não tenho a menor vergonha em assumir.
É quase uma compulsão freqüentar a biblioteca da faculdade ou as prateleiras de uma livraria. Meu dinheiro já não é mais suficiente para bancar todas essas minhas vontades básicas.
No sábado passado comprei o Guia do Mochileiro das Galáxias. Ele estava lá na livraria, como quem não quer nada, só esperando que alguém como eu, viciado em ler, passasse por ele e resolvesse abrir a mão. Eu sou fraco, admito, e por pura fraqueza de espírito acabei levando o danado pra casa.
No ano passado, durante a Bienal do Livro em Belo Horizonte, fiz a mesma coisa. Não foi um livro apenas, foram vários. Com aquelas ofertas, resistir era inútil. Terrivelmente inútil.
Teve a vez também em que estava no shopping passeando com a namorada e de repente eu o vi, brilhando e chamativo como toda droga, na frente dos demais. Era uma nova edição d’O Hobbit, especialmente planejada, editada e encadernada para seduzir jovens viciados como eu. Não contente em gastar comprando o livro, convenci a namorada a me dar o segundo volume d’A Torre Negra – A Escolha dos Três. O vício começava a se tornar insustentável.
Ainda no ano passado fiquei ocupado com a tão falada monografia. E não é que mais uma vez o vício falou mais alto? Sete livros de uma vez só. Todos relacionados à Internet, blogs e mídias sociais. Estava começando a ficar bizarro. Assustador, eu diria.
Fato é que agora me vejo na seguinte situação: hoje estava por curiosidade acessando o Estante Virtual, procurando pelos melhores preços para a saga do Mochileiro das Galáxias e lá estava ele, baratinho, baratinho, no final da lista de resultados.
Era o quarto volume – Até mais, e obrigado pelos peixes. Por mais que seja o último volume e eu só tenha o primeiro, seria um grande pecado não comprá-lo. Afinal, R$ 12,00 em um livro vale muito mais a pena do que uma promoção do Big Mac no McDonald’s.
Dito e feito. Depois do almoço com a namorada parti pro sebo e comprei o bendito. A sensação de estar com o livro em mãos era extasiante. Provavelmente a mesma sensação que um viciado tem ao se drogar. Saí do sebo satisfeito e com a certeza de que por alguns dias, eu não precisaria de mais uma dose.
Ronaldo é o cacete!
Pode até ser que o meu senso de humor tenha sido afetado de uns anos pra cá e eu não mais compreenda ou veja graça em algumas piadas, mas vamos combinar: essa de Ronaldo é a coisa mais sem graça que já surgiu em toda a história da TV e da Internet brasileira.
Uma estupidez do cacete você estar quieto no seu canto e nego do nada virar e falar “Ronaldo”. Eu gostaria muito de não ser preso a certas convenções sociais e poder mandar um “vá se foder, seu chato do caralho!” pra quem fala isso perto de mim. Mas a educação não me permite, infelizmente.
Eu vi a parada no Pânico na TV e não achei a menor graça. Mas por incrível que pareça, o fato de eu não ter achado graça ampliou e viralizou essa “brincadeirinha” de tal forma que sou obrigado a escutar e ler pelo menos umas cinquenta vezes durante o meu dia.
Se você me conhece, conversa comigo e lê o meu blog, por favor, se não quiser ser mandado cordialmente para a puta que pariu, evite falar “Ronaldo” perto de mim.
Grato.
O show da vida (virtual)
Devo dizer que já tá ficando até chato escrever sobre isso, mas não tem como fugir. Sempre que surgir uma certa síndrome de underground por parte das pessoas que utilizam redes sociais (ênfase no sociais), eu vou acabar fazendo um post sobre o assunto. Dessa vez não poderia ser diferente. Novamente o Twitter apareceu na grande mídia.
Na noite desse domingo o Fantástico exibiu uma reportagem sobre as redes sociais dando ênfase no Twitter e a galerinha que utiliza a ferramenta. Nada mais sensato do que enviar o Zeca Camargo para um #nob e bater um papo descontraído com aquela turminha alto astral.
A reação da “twittosfera” foi imediata. Todos começaram a culpar o Fantástico por ser o “futuro” (futuro mesmo) responsável pela orkutização e favelização do Twitter. Mas não foi isso que me chamou a atenção. Foi uma mensagem do Edney que despertou a minha curiosidade.
Assista ao tal “making of” logo abaixo:
httpv://www.youtube.com/watch?v=TZSgytrcXXs
Perceba como a galera do Twitter é espontânea quando se trata de aparecer na TV. Tudo bem ensaiado e forçadamente espontâneo. Dá gosto de perceber como é subversiva a personalidade dessas pessoas.
No Twitter, pelo que deu pra ver aqui e aqui, quase não teve repercussão no dia da gravação da matéria. Será por força de contrato? Será que as pessoas que são a base da nova mídia (aquela feita por usuários descolados e subversivos) estão se rendendo às convenções impostas por essa tal malvada grande mídia?
Outro ponto que me incomoda bastante é saber que criticam a galera nova que vai entrar no Orkut, mas todo mundo abre o sorriso de orelha a orelha ao escutar as palavras “aparecer na tv”. Sem contar que nem todo mundo foi pioneiro nessas terras. Um dia essa turma já foi o “bando de novatos” acessando novas redes sociais. Mas é difícil assumir essa postura quando a sua relevância na meritocracia informal da internet está em jogo.
Enfim, eu não canso de afirmar que coerência definitivamente não é ponto forte dessa turma.
Casemod Wall-E
É inegável que a animação da Disney/Pixar Wall-E se tornou uma febre no mundo. O robozinho mais sentimental do cinema ganhou várias versões no mundo real. Pelúcia, lego e agora até um casemod. Devo admitir que o cara que criou esse casemod tem muito a manha. Ele criou peça por peça e isso não deve ser fácil. Já vi no TeleCurso 2000 que criar peças de alumínio e metal requer muito cálculo e etc.
A galeria a seguir mostra detalhadamente o passo a passo do criador, desde a criação das peças até a montagem do casemod. A criação é de um russo e levou 18 dias para ser criada. O resultado final ficou extremamente fiel ao personagem e deixa qualquer nerd bem estiloso com um pc desses em casa.