Operação padrinho de casamento
Amanhã um dos meus melhores amigos irá se casar e eu serei o padrinho. Pessoas se casam todos os dias (preferencialmente nos finais de semana, acredito eu), mas essa é a primeira vez que um amigo realmente próximo dá um passo desses. Tenho outros amigos que já moram juntos, mas que já conheci mais velhos. Esse é um daqueles que você praticamente cresce junto e a sensação é um pouco estranha.
Não estranha por ele estar se casando. Claro que não. To feliz pra caramba pelos dois. Lembro como se fosse hoje do dia em que ele me disse que estava começando a ficar com a garota. Em 2005. Ele ainda nem tinha se formado no ensino médio. O tempo passa rápido pra caramba.
Não sei se é pelo fato de ser mais velho que ele, mas fiquei pensando nesse assunto. Já escrevi sobre isso há alguns meses, quando reparei que a grande maioria dos meus colegas de colégio já estavam casados e com filhos, mas nada tão próximo de mim. Não são amigos que eu tenho contato quase que semanalmente.
Mais uma vez é aquele papo de pensar se não estou ficando pra trás, já que parece que todos os meus amigos encontraram as suas respectivas almas gêmeas e eu ainda to tentando encontrar as esferas do dragão. É algo complicado de se pensar, ainda mais quando você já está batendo na porta dos 30 anos e a vida começa a fazer um pouco mais de sentido. É realmente estranho.
Só sei que amanhã estarei lá, apoiando dois dos meus melhores amigos nesse passo gigante que estão dando. E fico feliz por ter acompanhado essa história desde o começo. O primeiro encontro, quando virou namoro, quando se separaram, quando ela foi morar em outra ponta do país e ele ficou por aqui, quando eles voltaram a se aproximar, quando voltaram a namorar, quando ela se mudou pra cá novamente, quando a coisa ficou séria e decidiram morar juntos. E agora só oficializando o que já estava feito desde 2010.
2013 parece ser um ano promissor para os meus amigos. E fico feliz em saber que está tudo dando certo para eles. É impossível não me sentir como Ted Mosby nesse momento. Ainda mais quando metade dos meus amigos que acompanham a série diz que tem muita semelhança (não fisicamente).
Alguns já estão planejando filhos, outros estão se casando e eu continuo acompanhando tudo de perto, esperando o momento em que essas coisas acontecerão comigo. Ou não. Vai saber. Às vezes eu nasci pra ser uma espécie de Charlie Harper sem a parte da bebedeira e a quantidade de mulheres.
Man of Steel trailer 3
Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer ao Zack Snyder por esses 3 minutos e 3 segundos. Sei que um trailer não diz muito sobre um filme, mas parece que o “visionário diretor de 300” conseguiu mais uma vez. E não foi uma vitória comum. O cara parece que acertou a mão em cheio com o maior super-heroi de todos os tempos: Superman.
Depois de um pequeno viral durante a semana, com uma mensagem do General Zod pedindo que Kal-El se entregasse, eis que hoje somos presenteados com o terceiro trailer do filme Man of Steel – O Homem de Aço. Por favor, para tudo o que estiver fazendo e deixe as lágrimas escorrerem, se assim como eu você é fã do azulão.
httpvh://www.youtube.com/watch?v=T6DJcgm3wNY
Eles cresceram e estão com uma vida sexual melhor que a nossa…
Em 2008, Marcelo Camelo surpreendeu o mundo do entretenimento ao assumir seu namoro com a jovem Mallu Magalhães. Ele, com 30 anos e ela com 16 desprenderam-se das amarras sociais que ditam as regras da sociedade e resolveram dar uma chance ao amor. A surpresa foi grande, mas já tinha gente fazendo o mesmo um ano antes (risos).
Muitos criticaram a atitude do vocalista da banda Los Hermanos. Afinal, o que um homem formado e barbudo estaria querendo com uma inocente cantora de apenas 16 anos? Safadeza? Promiscuidade? Uma parceira para as horas e horas de jogatina de Xbox? Não. Era apenas amor em sua forma mais pura e simples.
Há quem diga que Marcelo Camelo é um dos maiores visionários que já pisou em terras brasileiras. Abraçou a “causa” Mallu Magalhães e lapidou a mocinha em um dos diamantes mais bonitos da música brasileira. E, acredite, eu a achava a pessoa mais estranha do mundo e se estou dizendo nesse momento que ela é linda, é porque foi capaz de mudar até mesmo a minha opinião.
Apesar da estranheza do público em geral, homens com mais de 25 anos assumindo relacionamentos com garotas de 16 anos é algo extremamente comum. Em alguns países, por exemplo, meninas com menos de 15 anos já estão celebrando casamentos e carregando os jovens herdeiros de algum fazendeiro paquistanês.
Vivíamos uma época em que a palavra de ordem era “quê isso, novinha! Que isso”!
Porém, o inverso não era algo tão comum. Mulheres mais velhas dificilmente se interessam por rapazes ainda na adolescência, salvo algumas exceções como a sua mãe… brincadeira. Uma mulher com os seus 25 a 30 anos não quer um moleque que ainda tenha aulas de estudos sociais no colégio. Quer um homem bem sucedido, próspero e que tenha capacidade de realizar seus desejos sexuais, financeiros e matrimoniais (que por uma incrível coincidência bate com a minha descrição).
Mas isso mudou em 2013. Um novo precedente foi aberto com o anúncio do namoro entre a panicat Babi Rossi e o herdeiro do império OLX, Ollin Batista, filho de Eike Batista, popularmente conhecido como o homem mais rico do Brasil, e um dos mais ricos do mundo.
Ollin Batista tem apenas 17 anos e Babi Rossi já completou 23 primaveras. Tecnicamente, não é uma diferença assim tão grande (e estou chocado por ela ter nascido em 1990).
O bilionário pipi de Ollin Batista passou a frequentar as fartas carnes de uma das mulheres mais atraentes da televisão brasileira (na minha humilde opinião). A opinião pública massacrou a moça, creditando a sua súbita paixão pelo herdeiro única e exclusivamente ao interesse nas finanças do rapaz. Mas a questão é que Babi Rossi e Ollin Batista puseram fim na “Ditadura das Novinhas” (triste) e deram início à “Supremacia dos Novinhos”.
Não demorou muito para sermos surpreendidos com mais uma notícia de mulher mais velha pegando rapazinho adolescente. Nicole Bahls, a nossa carismática ex-panicat e ex-peoa d’A Fazenda (quanto ex’s em apenas uma descrição) anunciou em seu Twitter que estava namorando. O nome do sortudo não foi citado, mas instantes depois publicou uma foto ao lado de Enzo Celulari, filho de Cláudia Raia e Edson Celulari… De apenas 15 anos. Cara, eu me lembro de quando saiu na Caras ou na Contigo, sei lá, sobre o nascimento do Enzo. E o rapazinho já está nesse nível de possível fornicação?
A moça não confirmou o “affair”, mas a mídia já havia cogitado a possibilidade ainda no carnaval, quando os dois saíram juntos em fotos na quadra de uma das escolas de samba.
Estamos vivendo uma época muito estranha, amigos. Uma época em que esses jovens rapazes estão tendo a oportunidade de realizar as fantasias que nós, homens acima de 25 anos, tínhamos com mulheres parecidas durante a nossa adolescência.
Ainda mais com uma cabeça de 17 anos. Não consigo nem escrever aqui as coisas que se passavam na minha cabeça nessa idade. Eu era praticamente um pervertido em formação.
Agora, nos resta esperar para confirmar se realmente estamos vivendo numa época prospera para os nossos adolescentes que sempre sonharam ter um momento a sós com a “gostosa da vez” brasileira. Aproveitem o momento e honrem isso, rapazes. Os sonhos, as fantasias e a experiência de milhares de ex-adolescentes estão com vocês.
P.S.: Será que Ronald, o primogênito do nosso Ronaldo Fenômeno também vai garantir a sua “coroa”? Façam as suas apostas.
A semelhança entre escovas de dente e relacionamentos
Eu não sei como é a vida de casado (mal sei o que é sexo), mas se tem algo que acredito chegar bem próximo disso é a relação entre o ser humano e a sua escova de dente.
Quando você acorda, o primeiro contato é sempre com a escova de dente (no meu caso, primeiro eu dou uma olhada no Ipad e depois me levanto para fazer as demais necessidades, mas essa informação não deveria estar aqui para não atrapalhar a fluência do texto). E não pode ser qualquer escova de dente. Tem que ser uma que se encaixe perfeitamente na sua arcada dentária e que possua uma pegada anatomicamente confortável. Afinal, você começa e termina o seu dia com a escova de dente.
Hoje foi um dia triste, pois tive que trocar de escova. Estava acostumado com a minha antiga Oral-B azul e branca, com um cabo confortável e cerdas macias e especialmente desenvolvidas para propiciar a limpeza ideal para o meu tipo de arcada dentária.
Foi um relacionamento duradouro. Mais de um ano. O que é muito se você der uma olhada no meu histórico nesse ramo da vida. Foram muitas histórias com essa escova. Me acompanhou nas minhas últimas viagens e teve bastante trabalho, já que comendo de 3 em 3 horas, você acaba dando uma escovada pra não ficar com hálito de biscoito ou de barrinha de cereal.
Mas como toda história de amor, chega um momento em que o relacionamento fica desgastado. Ela já não estava me proporcionando uma limpeza de qualidade. Estava ficando um pouco desgrenhada. As cerdas já não estavam tão alinhadas e asseadas como antigamente. Caiu na rotina. Não se preocupava mais em ficar bonita pra mim. Notei que tanto a escova quanto eu havíamos perdido aquela química, aquela cumplicidade que só os grandes casais compreendem.
Sem o menor desejo de adiar o inevitável, fui ao armário de higiene (que pode ser considerado como a boate do mundo das escovas de dente) e cortejei uma nova parceira de higienização bucal.
Foi amor à primeira vista: ela era mais magra que a anterior, com cerdas menores e mais bem cuidadas. Um cabo anatomicamente correto que se encaixou perfeitamente ao meu toque. Além disso, possui um corpo mais curvado do que a anterior, que em minha opinião sincera era uma verdadeira tábua: completamente reta. Não sei, mas nessa fase da vida, estou dando mais valor às curvinhas. Um gosto apurado desenvolvido com o tempo. Um verdadeiro sinal de que estou amadurecendo.
Mas um relacionamento não se baseia somente em aparência e atrativos visuais. Era preciso testar a novidade. E posso dizer que valeu a pena. Como disse anteriormente, a nova escova se adaptou perfeitamente ao formato da minha mão. As cerdas, como imaginei, são completamente macias e proporcionam um escovar suave e objetivo, alcançando os pontos mais profundos da minha arcada dentária.
Envolvido pelo momento, me deixei levar. Escovei fazendo círculos, depois passei para o famoso esfrega-esfrega e por fim apliquei a técnica da “vassoura”, que consiste em movimentos ritmados de baixo para cima nos dentes do fundo.
Em questão de minutos já havia me esquecido completamente da antiga escova de dente, que nesse momento deve estar em algum lixão usando calças de moletom, devorando um pote de sorvete e assistindo o Diário de Bridget Jones enquanto lamenta por ter perdido esse grande partido chamado Rafael Barbosa.
Como eu estou? Muito bem, obrigado. Por falar nisso, vou ali escovar os dentes.
Eu odeio academia
Daí que hoje o projeto Rafael o policial mais lindo de Belo Horizonte entrou em uma nova fase: a preparação física total. Até o momento eu estava me dedicando razoavelmente a essa parte, caminhando todos os dias e correndo de vez em quando. Encontrava uma barra e opa, vamos lá! Fazia três e me sentia o verdadeiro campeão da ginástica olímpica. Sobre os abdominais, nem falo, já que é a única coisa que eu realmente consigo fazer sem me sentir o pior ser humano do mundo, graças ao bom e velho jiu-jitsu.
Encontrei com um preparador físico para fazer todo o trabalho com foco (força e fé) e já no primeiro encontro ele me desanimou completamente ao me pedir pra realizar as barras da forma em que são pedidas no edital. Voltei a estaca zero, com o mesmo sentimento de derrota de alguns anos atrás.
O diagnóstico do preparador físico foi:
– Acho que você precisa fazer um reforço muscular.
– Tipo academia?
– É. Tipo academia.
– Ok =(
Se você me conhece bem, deve saber que eu odeio academia. Não me sinto confortável em um ambiente onde todas as pessoas são mais magras, mais fortes, mais bonitas e provavelmente mais sexualmente ativas do que eu. Não é recalque. É só ódio mesmo.
Não nasci para malhar. Meus músculos se atrofiaram no momento em que eu ganhei o meu primeiro vídeo-game e decidi que daquele dia em diante eu só teria pontos de força na ficha do meu paladino ou nos meus personagens de vídeo-game. E assim foi até essa fatídica segunda-feira de março.
Para começo de conversa, a avaliação física foi marcada às 7h50 da manhã. Nada como começar o dia sabendo que você tem a condição física de um zumbi apodrecido. Mas enfrentei esse momento como um verdadeiro lorde.
Se você nunca fez uma avaliação física para começar a ~malhar~, vou te contar como é: É HORRÍVEL!
Em primeiro lugar eles te pesam. Se bem que esse momento foi um dos melhores, já que voltei a ser um cidadão com peso abaixo dos 90kg. Ou seja, estou realmente deixando de ser gordo e recomendo a todos. É uma sensação muito agradável.
Depois disso, o avaliador ou a avaliadora tira absolutamente todas as suas medidas (exceto o tamanho do pênis, que no meu caso fica bem evidente pelo avantajado volume). Eles utilizam um equipamento desenvolvido na época da inquisição espanhola que consiste em uma espécie de alicate que aperta (e mede) todas as banhas do seu corpo.
Um beliscão no braço, um beliscão na perna, um beliscão na barriga (opa, a picanha já tá pronta pra corte) e em todos os lugares em que você tenha tecido adiposo. Depois, o avaliador vem com uma fita métrica e mede desde a circunferência do seu pescoço até a órbita abdominal.
É um tanto quanto constrangedor, já que em alguns momentos as mãos do profissional ficam bem próximas do órgão sexual. Eu não estou acostumado com toda essa proximidade de estranhos.
Por fim, a pior parte: avaliar o seu condicionamento físico e batimentos cardíacos/pressão arterial durante uma atividade.
Me colocaram para pedalar em uma bicicleta ergométrica saída de um desses filmes de ficção steampunk. Juro. Uma parada meio de metal com uns marcadores parecendo aqueles de válvulas e tudo o mais. Foi bem estranho.
Por 6 minutos tive que pedalar com uma determinada carga e manter uma velocidade constante determinada pelo avaliador. Lá vai o Rafael pedalar.
Confesso que foi bem tranquilo. Aparentemente não senti nada. Nem cansaço, nem dores nas pernas e muito menos fiquei com a respiração ofegante. Mas, tudo não passou de uma falsa impressão. Segundo o avaliador, meu condicionamento físico é horrível.
HORRÍVEL.
Meus batimentos cardíacos foram de 75 para 130 em menos de 1 minuto. Depois para 140. Eu não senti, mas pelo que ele explicou eu estive bem próximo de ter um alien saindo do meu peito. Não seria nada agradável.
Mas “passei” no teste. Estou apto a iniciar a academia, o que quer dizer que não irei morrer de repente ao tentar levantar 2,5kg no supino reto. O que já é um grande começo.
Agora, é ter que enfrentar todo o ambiente de uma academia de musculação, que convenhamos, é um dos mais constrangedores do mundo para quem não tem muito domínio das técnicas de convívio social.
Manterei os senhores informados do meu progresso. Mas só daqui uns dias, porque agora #partiu #academia #treino #wayprotein #maromba.
Dossiê Rafa Barbosa: UOLKut
O início de uma nova era na internet
2004 foi um ano incrível para a internet brasileira. Estávamos acostumados com o bom e velho Fotolog.net, a rede social (que até então nem era chamada assim pela maioria das pessoas) mais famosa entre os brasileiros, diria até mundialmente. Compartilhar fotos, comentar nas fotos de amigos e “favoritar” perfis interessantes ou de gente bonita eram coisas corriqueiras no universo internético daquela época.
Para outras pessoas, a válvula de escape eram os fóruns virtuais. Principalmente aqueles de games e filmes “DivX” e os de putaria. Eu, particularmente, gostava dos dois. Na época era bastante ativo em alguns deles (dado o meu vasto acervo de pornografia).
Também tínhamos os blogs que estavam começando a ganhar força no Brasil. Eu mesmo tinha um “diarinho virtual” no Blig, enquanto aqueles mais descolados já estavam com suas contas no Blogspot ou “Blogger” da vida. Era uma época promissora.
Então, como um messias que é enviado a Terra para nos redimir de todos os pecados cometidos até então, fomos apresentados a mais nova coqueluche americana: o Orkut.
A rede social ganhou uma força descomunal no Brasil. Era necessário convite para fazer parte daquele restrito clube de pessoas legais. Cada usuário tinha direito a dez convites, que poderiam ser distribuídos entre aqueles amigos mais confiáveis. Esses, por sua vez, compartilhavam seus convites com outros dez melhores amigos e dessa forma a rede funcionava de forma orgânica e organizada.
Até que em 2005 ela deixou de ser restrita e a população a adotou como o mais novo ponto de encontro virtual. O Orkut era como uma pracinha de cidade pequena. Reuníamos-nos ali para paquerar, escutar música, tirar fotos e marcar se uma pessoa era 100% sexy ou legal. Foi uma época incrível e que rendeu ótimos frutos (há quem diga que descolou até uma bimbada graças ao Orkut).
Porém, o sucesso da ferramenta americana não agradava aos atentos empresários brasileiros. Como não era possível estatizar aquela revolucionária rede de interação social, a turma resolveu fazer o que os “empreendedores” web brasileiros fazem de melhor: criar uma versão nacional.
Contexto histórico
Contextualizando historicamente, quando o Fotolog.net atingiu o seu ápice de sucesso e previu que os brasileiros acabariam estragando a sua preciosa ferramenta, o número de cadastros destinados ao Brasil foi estabelecido em “300 por dia”. Esses cadastros eram liberados no momento em que o relógio digital do Windows marcava 00:00.
Era basicamente uma corrida enlouquecida rumo a uma preciosa conta naquele site que marcou toda uma geração.
Vendo esse claro embargo a uma das mais poderosas nações com acesso à internet, os nossos sagazes empreendedores começaram a criar versões brasileiras e alternativas para isso: Flogão, UolFotoblog e Gigafoto.
Não tinham o charme e muito mesmo o carisma do Fotolog.net, mas para uma população carente de atenção e com uma extrema vontade de se exibir, essas eram as melhores alternativas possíveis.
Com o Orkut não poderia ser diferente. Fomos apresentados a uma nova forma de rede social. Uma verdadeira comunidade online de pessoas unidas pelos mesmos gostos e interesses. A ideia era genial demais para ficar apenas com os malvados americanos.
Dotado desse pensamento ufanista, uma das maiores empresas de internet do Universo, desenvolveu a sua versão brasileira da rede social do Google.
Em 2005 fomos apresentados ao UOLKut.
UOLKut – a resposta brasileira ao gigante Orkut
Na época, o principal argumento do UolKut para a adesão de novos membros era a estabilidade do sistema. Com o crescente número de usuários no Orkut, o sistema ficava fora do ar (Bad, bad Server. No donut for you) a maior parte do tempo, o que acabava incomodando profundamente os usuários da rede social.
Afinal, estávamos viciados naquilo. Não podíamos ficar mais de uma hora sem a nossa dose diária de scraps, depoimentos, fotos e discussões em comunidades como “Amo/Sou fã de brigadeiro”.
Foi cruel da parte dos donos do UolKut apelar para esse argumento. Dessa forma, muitos usuários acabaram criando suas contas concorrente.
De acordo com reportagens da época, o UolKut oferecia o que já existia nas redes sociais e mais ainda: tudo aquilo que os internautas desejavam. Privacidade, personalização do perfil, sistema de busca, integração com blog e fotolog e tudo o que hoje em dia é basicamente o padrão de qualquer nova rede social (mas no caso do UolKut, apenas com os serviços da mesma empresa).
Os responsáveis investiram pesado na divulgação da novidade. Rolou até comercial de televisão, mostrando com todas os artifícios visuais possíveis que o UolKut era a resposta brasileira imediata e eficiente ao “instável” serviço prestado pelo Orkut.
httpv://www.youtube.com/watch?v=03TczsNFFqs
Pobres tolos. Não sabiam como a internet funcionava.
Pouco tempo depois, não sei se motivado por processo ou ameaça mesmo, o UolKut mudou seu nome para UolK. Infelizmente, nem assim a ferramenta caiu no gosto popular. Estávamos sedentos pelo Orkut e não deixaríamos esse vício tão facilmente.
A ascensão e queda do UolK
Um dos grandes trunfos do gigante portal UOL sempre foi o seu bate-papo. Até hoje é uma das “redes sociais” mais acessadas pelos brasileiros. É um ponto de encontro para muita gente com gostos em comum, como por exemplo: sexo homossexual em São Paulo, predileção por meninas ou meninos de 15 a 20 anos ou imagens de sexo bizarras.
É como se fosse aquele boteco que já não é mais tão popular assim, mas que ainda tem o seu charme e é considerado um patrimônio por aqueles que relutam em seguir em frente.
Aproveitando toda a integração com as ferramentas do UOL, a empresa integrou o UolK ao seu bate-papo, oferecendo uma chance das pessoas se mostrarem como verdadeiramente eram. Ou seja, você entrava na sala logado em sua conta no UOLK, permitindo que qualquer um visitasse o seu perfil.
Saía de cena a “AninhaLoirinha15RJ” e entrava em cena a Marilda Gomes, professora de escola pública, infeliz, mas que adorava poodles e sair com os amigos. Informações obtidas graças a sua descrição no perfil do UolK.
Bem, era o trunfo e ao mesmo tempo a kriptonita da rede social. As pessoas não queriam se identificar. Não queriam expor a sua vida verdadeira ali, logo, o que pensaram ser a grande vantagem da rede se tornou o combustível para a sua queda.
Dessa forma, o UolK logo se tornou uma cidade fantasma (destino cruel que também encontrou o Orkut alguns bons anos depois). Os usuários abandonaram as suas contas, removeram as suas fotos e as suas publicações.
O êxodo foi tamanho que nunca mais se ouvira falar do UolK, mesmo que tenha funcionado até o fatídico ano de 2011, quando teve as suas atividades encerradas definitivamente.
Pelo menos, uma coisa não se pode negar: sem usuários, dificilmente o UolK sairia do ar, né?
Confira o primeiro Dossiê Rafa Barbosa – A pornografia através do tempo.
50 Tons de Cinza e Zumbis
Anastasia Steele estava debruçada sobre a cama, com as nádegas completamente vermelhas e doloridas. Ao seu lado, um satisfeito Christian Grey descansava displicentemente com o chicote ainda em sua mão direita.
– Muito bom, senhorita Steele. Sempre me surpreendendo.
– Obrigada, senhor. Servir bem para servir sempre. – Disse Anastasia mordendo o lábio inferior.
– Você sabe o quanto isso me provoca, senhorita Steele. Você não quer me provocar nesse momento, não é verdade?
– Claro que não, senhor Grey. Eu jamais faria isso.
Com um movimento rápido e preciso, Christian Grey girou Anastasia na cama, deixando-a de bruços. Preparava-se para penetrá-la novamente quando Taylor, seu motorista e braço direito entrou apressadamente no quarto vermelho da dor.
– O que é isso, Taylor? Você ficou maluco de entrar aqui?
Anastasia estava encabulada. Só conseguia cobrir a sua nudez. Seu subconsciente ficou envergonhado pelo pensamento que teve. Seria esse o seu primeiro ménage a trois? Sua deusa interior dava pulinhos de alegria com a expectativa. Porém, seus devaneios foram interrompidos pelo barulho de uma arma sendo engatilhada.
– Perdão, senhor Grey. Mas acho melhor o senhor e a senhorita Steele se vestirem. Precisamos sair imedi…
Antes de terminar a frase, Taylor foi empurrado para dentro do quarto, caindo de costas contra o armário repleto de pênis de borracha e vibradores. Por cima dele, o que antes era a empregada de Christian Grey, agora era um ser repugnante, com metade da jugular aberta e um olho pendurado. E sedenta por sangue.
– Anastasia, vá para o canto do quarto! – Berrou Christian Grey.
Sem entender nada e completamente assustada, a jovem Anastasia Steele correu para próximo do crucifixo onde tivera uma de suas primeiras experiências de submissão com Christian. Ficou atrás do móvel observando aquela cena que mais parecia um pesadelo.
Taylor estava com um zumbi em cima dele e precisava agir rápido. A arma caiu de sua mão com o impacto da queda e só tinha ao seu dispor os mais variados tipos de membros. Pegou um com aproximadamente 50cm e o enfiou no olho direito – o que ainda permanecia no lugar – daquele zumbi.
Christian veio por trás e aplicou um golpe meio de judô e meio de defesa pessoal naquele ser faminto por sangue e cérebro. Não calculou a força e acabou arrancando o membro superior da criatura. Porém, ela ainda seguia implacável tentando garantir um bom pedaço de Taylor.
– Sr. Grey, a minha arma! Está ali no canto!
Taylor agora afastava a cabeça do zumbi com aquele colossal pinto de borracha, repleto de sangue e pus.
– Você gosta de pistola, safada? Então toma!
Bang!
Com um único tiro, Christian Grey abrira a cabeça da sua falecida e apodrecida empregada, salvando seu motorista.
– O que diabos foi isso, Taylor?
– Sr. Grey, acho melhor sairmos daqui. Só se fala isso nos jornais. Parece que algum tipo de vírus atingiu a cidade. A Sra. Jones saiu para comprar algumas coisas e voltou nesse estado.
– Puta que pariu! Anastasia, você está bem?
Ana Steele estava encolhida atrás do crucifixo. Estava nua, pálida e com cada parte do seu corpo tremendo. Quando parecia que estava compreendendo o universo estranho daquele homem, mais uma bomba cai sobre si.
– Não sei. O que foi aquilo? Por favor, Christian, quero ir embora.
– Fique calma, meu bebê. Tirarei você daqui.
O mundo colorido e de conto de fadas que Anastasia Steele estava vivendo com Christian Grey estava prestes a mudar completamente. Ela só se perguntava se seria capaz de sobreviver a isso.
Continua.
Rafael – o matemático
Eu nunca fui bom em matemática. Sempre odiei a matéria. Não sou um cara dos números. Me dou melhor com Português e suas milhares de regras. Também sou um grande amigo da História, que me apresentou Hitler, Getúlio Vargas, JK, os motivos das duas Guerras Mundiais e me mostrou tudo o que rolou no Brasil para que pudéssemos ter toda essa liberdade hoje em dia. Também gosto muito de redação, como você já deve ter percebido. Mas quando o assunto eram os números… Era birra mesmo.
Porém, estou me dando conta de uma coisa. Acho que nunca gostei de matemática porque simplesmente não via motivo para tanto. Fui aquele tipo de aluno que levava a matéria o ano inteiro com a barriga (que na época não existia – eu era magro). Só aprendia o que era extremamente necessário nos últimos meses pra passar de ano. E a estratégia deu certo, já que só tomei uma recuperação em matemática em toda a minha vida.
Mas aí chegamos em 2013 e na minha preparação para fazer a prova da Polícia Militar. No edital consta que serão 7 questões de matemática. E sendo completamente sincero com vocês, eu não estudo matemática desde o dia em que me formei no ensino médio, ou seja, no já distante ano de 2004. São 9 anos sem abrir um livro sequer com equações, inequações, frações e geometria analítica. É tempo demais.
Resolvi me matricular em um cursinho, já que se deixasse para estudar em casa, me conhecendo como ninguém, eu sabia que não venceria o cansaço e a preguiça, por mais que eu esteja completamente determinado a passar nessa prova.
Para a minha surpresa, não é que dessa vez eu estou aprendendo a matéria? Pode até ser que o motivo seja que eu já esteja mais velho, mais experiente, mais maduro e com um objetivo claro e definido, mas a questão é que eu posso afirmar com todas as letras:
EU AGORA SEI MATEMÁTICA BÁSICA DO ENSINO MÉDIO! CHUPA AQUI SUA OTÁRIA!
Barbie e Ken da vida real: duas pessoas de personalidade
Eu deveria estar escrevendo sobre “50 tons de cinza”, já que terminei de ler o livro e tenho uma ou duas observações que merecem estar nesse blog. Porém, enquanto estava aqui me informando a respeito dos acontecimentos do mundo, me deparei com a seguinte notícia:

Clique para ler a notícia
Não sei nem por onde começar nessa deliciosa mistura de seres humanos bizarros, mas vamos analisar o quadro geral.
– Uma moça que gasta em torno de R$ 1,6 milhão para ficar parecida com a Barbie;
– Um rapaz que gasta mais de R$ 200 mil em 90 procedimentos cirúrgicos para ficar parecido com o Ken (namorado da Barbie) – que vale citar – não tem um órgão genital;
– O “Ken” menospreza a Barbie do mundo real por acha-la “falsa”, já que a aparência envolve maquiagem, cabelos falsos e corseletes, artifícios utilizados por drag-queens;
– O Ken e a Barbie do mundo real finalmente se encontram;
– O Ken diz que falta personalidade à Barbie…
HAHAHAHAHAHAHAHUHUAHUAUHAUHKLKADSLKDLAK
HHAHUAUHUAUHAHAKALDKDSKLJKJDFKJDKJAKJDFKDJ
FHUDFUHDUHDUHDFHUFDUHFUDHUHFDUHFDUH
Essa foi realmente a minha reação ao ler que o nosso boneco eunuco pensa que a Barbie do mundo real não tem personalidade.
Leia novamente: o cara que gastou uma fortuna pra ficar parecido com um boneco mal articulado, metrossexual e com fortes tendências femininas afirma que a moça que gastou uma fortuna pra ficar parecida com uma boneca sem genitália e mamilos não tem personalidade.
É o tipo de comentário que me leva a questionar o que essas pessoas tem na cabeça. Dinheiro eu sei que elas possuem, porque ninguém gasta uma fortuna pra ficar parecido com um boneco se estiver passando algum tipo de necessidade. Mas levar isso como sendo uma coisa extraordinária? E criticar alguém que está fazendo exatamente o mesmo?
Sem contar que né? Vamos ser sinceros. A moça pelo menos ficou realmente parecida com uma Barbie, enquanto cara mirou no Ken e acertou o Clodovil misturado com um pouco de Angela Bismarchi e Donatella Versace.
A pergunta que fica é: será que eles também fizeram essa cirurgia?
Rafael – O Farinha
Ser invisível em uma sala de aula não é algo fácil. Pratiquei essa milenar arte por 15 anos para atingir o nível de excelência que possuo hoje em dia.
No colégio e na faculdade eu era o aluno sem rosto, aquele que estava sempre com a cabeça baixa fazendo minhas coisas ou dormindo (no horário vago, que fique claro). As gatas não sabiam o meu nome e os meus professores se referiam a mim como “ah, aquele ali de trás, como é que chama mesmo”? Eu gostava. Evitava constrangimentos como ser chamado para ir ao quadro resolver exercícios ou ser chamado a atenção.
Depois que me formei na faculdade pensei que não entraria em uma sala de aula tão cedo. Porém, cá estou eu, frequentando as aulas de um cursinho preparatório a fim de me tornar um bonito, sensual e respeitável policial militar. Acho que esse “tempo” fora do ambiente estudantil afetou a minha incrível habilidade de ser invisível, pois hoje fui vítima de uma excelente trollagem do meu professor de Língua Portuguesa.
Já na primeira aula desse professor deu pra notar que ele é do tipo que gosta de fazer piadas com os alunos. Observei atentamente e felizmente consegui me manter invisível na maior parte do tempo. Documentei quem eram os alunos que ele mais interagia e me acomodei em um lugar completamente neutro na sala, misturando-me ao ambiente. De fora diriam que eu era parte da parede. Mas isso não passou batido pelo professor.
Hoje, enquanto percorria a sala entregando as folhas com propostas de redação, nosso adorado mestre chegou próximo a minha cadeira e fez a seguinte observação:
– Uai, você trabalha com farinha?
Como estava destreinado na arte de ser invisível, cometi o erro de olhar de volta e responder o que qualquer pessoa não iniciada na técnica diria:
– Eu não, por quê? – com uma risada meio abafada meio constrangida.
– Porque seu cabelo tá todo sujo de farinha.
Sem entender a piada de primeira, fiquei com aquela típica cara de paisagem, quando ele completou a “punch line” da anedota:
– Cabelo todo branco.
Aqueles 3 segundos que parecem 10 minutos antes de metade da sala explodir em risadas e comentários sobre o “Farinha”. De aluno invisível ao “aluno farinha” em questão de uma noite. Anos e anos de prática para ser invisível na sala de aula e falho logo em um momento como esses.
Nem entrei na PM e já sou conhecido como o Soldado Farinha.
Acho que o universo está me dando sinais claros de que já não sou mais tão moleque quanto acredito. Primeiro foi a atendente do Detran dizendo que o tempo foi cruel comigo e agora o professor me chamando de Farinha.
Devo começar a me vestir e a me portar como o senhor de respeito que estou me tornando. Mas não abrirei mão dos cabelos brancos. Não sou do tipo que compraria Grecin 2000. Sou um cara que está à vontade com esse charmoso cabelo grisalho.
As mães das minas piram!