Daí que hoje o projeto Rafael o policial mais lindo de Belo Horizonte entrou em uma nova fase: a preparação física total. Até o momento eu estava me dedicando razoavelmente a essa parte, caminhando todos os dias e correndo de vez em quando. Encontrava uma barra e opa, vamos lá! Fazia três e me sentia o verdadeiro campeão da ginástica olímpica. Sobre os abdominais, nem falo, já que é a única coisa que eu realmente consigo fazer sem me sentir o pior ser humano do mundo, graças ao bom e velho jiu-jitsu.
Encontrei com um preparador físico para fazer todo o trabalho com foco (força e fé) e já no primeiro encontro ele me desanimou completamente ao me pedir pra realizar as barras da forma em que são pedidas no edital. Voltei a estaca zero, com o mesmo sentimento de derrota de alguns anos atrás.
O diagnóstico do preparador físico foi:
– Acho que você precisa fazer um reforço muscular.
– Tipo academia?
– É. Tipo academia.
– Ok =(
Se você me conhece bem, deve saber que eu odeio academia. Não me sinto confortável em um ambiente onde todas as pessoas são mais magras, mais fortes, mais bonitas e provavelmente mais sexualmente ativas do que eu. Não é recalque. É só ódio mesmo.
Não nasci para malhar. Meus músculos se atrofiaram no momento em que eu ganhei o meu primeiro vídeo-game e decidi que daquele dia em diante eu só teria pontos de força na ficha do meu paladino ou nos meus personagens de vídeo-game. E assim foi até essa fatídica segunda-feira de março.
Para começo de conversa, a avaliação física foi marcada às 7h50 da manhã. Nada como começar o dia sabendo que você tem a condição física de um zumbi apodrecido. Mas enfrentei esse momento como um verdadeiro lorde.
Se você nunca fez uma avaliação física para começar a ~malhar~, vou te contar como é: É HORRÍVEL!
Em primeiro lugar eles te pesam. Se bem que esse momento foi um dos melhores, já que voltei a ser um cidadão com peso abaixo dos 90kg. Ou seja, estou realmente deixando de ser gordo e recomendo a todos. É uma sensação muito agradável.
Depois disso, o avaliador ou a avaliadora tira absolutamente todas as suas medidas (exceto o tamanho do pênis, que no meu caso fica bem evidente pelo avantajado volume). Eles utilizam um equipamento desenvolvido na época da inquisição espanhola que consiste em uma espécie de alicate que aperta (e mede) todas as banhas do seu corpo.
Um beliscão no braço, um beliscão na perna, um beliscão na barriga (opa, a picanha já tá pronta pra corte) e em todos os lugares em que você tenha tecido adiposo. Depois, o avaliador vem com uma fita métrica e mede desde a circunferência do seu pescoço até a órbita abdominal.
É um tanto quanto constrangedor, já que em alguns momentos as mãos do profissional ficam bem próximas do órgão sexual. Eu não estou acostumado com toda essa proximidade de estranhos.
Por fim, a pior parte: avaliar o seu condicionamento físico e batimentos cardíacos/pressão arterial durante uma atividade.
Me colocaram para pedalar em uma bicicleta ergométrica saída de um desses filmes de ficção steampunk. Juro. Uma parada meio de metal com uns marcadores parecendo aqueles de válvulas e tudo o mais. Foi bem estranho.
Por 6 minutos tive que pedalar com uma determinada carga e manter uma velocidade constante determinada pelo avaliador. Lá vai o Rafael pedalar.
Confesso que foi bem tranquilo. Aparentemente não senti nada. Nem cansaço, nem dores nas pernas e muito menos fiquei com a respiração ofegante. Mas, tudo não passou de uma falsa impressão. Segundo o avaliador, meu condicionamento físico é horrível.
HORRÍVEL.
Meus batimentos cardíacos foram de 75 para 130 em menos de 1 minuto. Depois para 140. Eu não senti, mas pelo que ele explicou eu estive bem próximo de ter um alien saindo do meu peito. Não seria nada agradável.
Mas “passei” no teste. Estou apto a iniciar a academia, o que quer dizer que não irei morrer de repente ao tentar levantar 2,5kg no supino reto. O que já é um grande começo.
Agora, é ter que enfrentar todo o ambiente de uma academia de musculação, que convenhamos, é um dos mais constrangedores do mundo para quem não tem muito domínio das técnicas de convívio social.
Manterei os senhores informados do meu progresso. Mas só daqui uns dias, porque agora #partiu #academia #treino #wayprotein #maromba.
E ai, João! Cara, eu tive que malhar porque passei em um concurso público que exige teste físico hahahaha. A preparação do jiu-jitsu ajudou a perder peso, mas a musculação reforçou o resto! Mas é aquela coisa: quando você começa a ver os resultados, toma gosto pela coisa! hahahah Agora não consigo ficar sem!
Me diverti com seu texto (não sei como cheguei nele, mas li até o final). So tem uma coisa que eu não entendo, se não gosta de malhar, porque vai? Cara, arruma algo que você goste de fazer, tentar empurrar academia goela abaixo só vai te fazer perder tempo e cada vez odiar mais o ambiente, posso te garantir que existem N atividades que produzem “reforço muscular” por exemplo o jiu que você mencionou acima. Alem do mais poupa a galera da maromba, porque não existe nada pior do que dividir equipamento com gordo e frango. Aliáis, não se escreve wayprotein e sim wheyprotein.
Acabei encontrando algo pra substituir: Squash e boxe. Meu ódio por academia se resume a retardados bitolados, como esse camarada do comentário acima. Mas não exijo muito, muita bomba na cabeça, não pensa em mulheres e a testosterona cria asas!
Está sabendo demais sobre o meu pênis, hein?
No seu caso não se mede o pênis porque além da grande dificuldade em encontrá-lo entre as diversas camadas e sub-camadas de tecido adiposo provenientes do pancebs avantajado, não se tem ainda instrumentos capazes de realizar medidas inferiores a nanometros. Por isso fique tranquilo quando for fazer outro exame, pois o profissional não irá lhe constranger, afinal ninguém é perfeito!!!
Shithead