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Adeus 2012. Seja bem vindo 2013!

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O mundo não acabou em 2012, mas a julgar pelos comentários que vi na reta final de dezembro, esse não foi o melhor ano na vida de muitas pessoas. E vou me incluir nessa. Não foi fácil.

No último dia de 2012, a gente para pra pensar no ano que passou (e como foi rápido) e percebe que apesar de todas as coisas ruins, as pequenas coisas boas sempre irão se sobrepor. E melhor ainda é poder contar com os amigos ao lado sempre que algo parece não dar certo.

Mas o que importa é que em 2012 eu fortaleci ainda mais os laços com os meus amigos e família. Afinal, nos piores momentos são eles quem vão te dar uma palavra amiga, um abraço, um conselho, um puxão de orelha ou simplesmente escutar os seus lamentos e choros.

Em 2012 conheci muita gente legal, que espero levar comigo e fortalecer a amizade ainda mais em 2013. Pessoas do trabalho, da rua de trás, do Twitter e também aquelas que foram atropeladas na minha frente, mas só esse ano que fomos realmente desenvolver uma “amizade”.

Dentre essas novas amizades, vale destacar a santíssima trindade composta por Marcos Oliver, Latino e Felipe Dylon. Amigos “de longa data” que interagiram comigo nas redes sociais, proporcionando um dos melhores momentos da minha vida.

Também voltei a ter mais contato com aqueles amigos que por um motivo ou outro, você se afasta sem perceber, mas que não se esquece um minuto sequer.

Infelizmente deixei de ter contato com outras pessoas, mas espero que essas também tenham um bom 2013. Não é legal desejar o mal pra ninguém, já que normalmente isso só atrai o mesmo pra você.

Viajei, fiquei bêbado, chorei, ri pra cacete, fiquei triste, fiquei feliz, fiquei decepcionado, fiquei orgulhoso, fiquei com raiva e tudo passou, como sempre passa.

Acredito que todos esses sentimentos misturados, às vezes numa proporção diferente da que eu gostaria, ajudaram a ter ainda mais certeza sobre o meu caráter e o tipo de pessoa que sou/quero ser. E é sempre muito bom saber que você está no caminho certo, por mais que as circunstâncias de façam pensar em fazer o contrário.

Tive o prazer de finalmente tocar o maior e melhor instrumento já criado pelo ser humano: o Keytar (ou teclarra, como gosto de chamar) fazendo com que eu me sentisse um verdadeiro integrante do maior grupo brasileiro dos anos 80/90: Polegar.

Finalmente deixei de lado o sedentarismo e comecei a praticar uma atividade física (e que está me fazendo cogitar uma possível carreira no UFC em alguns anos. Fique ligado). Ou seja, pelo menos algumas das minhas “resoluções de ano novo” de 2012 foram adiante.

Mas o principal é que aprendi que você não deve ficar desanimado com um ano ruim até que ele realmente acabe. Você pode se surpreender nos últimos meses e descobrir que uma fase ruim é somente isso: uma fase ruim. As coisas sempre se ajeitam no final.

Um coração partido se cura (e acredite, tem pessoas que farão de tudo para que isso aconteça), uma decepção se torna apenas uma lembrança que vai sumindo aos poucos, uma derrota é algo que vai te servir de aprendizado para melhorar da próxima vez e perdoar é algo essencial, mesmo que não signifique esquecer o que passou.

É isso. Desejo a todos um ótimo 2013. Cheio de realizações e apenas sucesso. Se tiver algum fracasso, que sirva para incentivá-los e torná-los pessoas melhores. Espero ter todos vocês por perto nesse próximo ano.

Também prometo escrever muito mais por aqui. Mesmo que ninguém leia.

Quanto a resoluções para o ano que vem? Eu só tenho um objetivo e vou alcançá-lo.

Abraço a todos os envolvidos.

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Alfredinho

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alfredinho

Ele era o motivo de chacota na escola. Gordinho e cheio de espinhas, Alfredinho passava os dias lendo quadrinhos, jogando RPG e discutindo qual era a melhor trilogia: Senhor dos Anéis ou Star Wars. Era o que se chamava de Nerd. No sentido mais puro da palavra. Durante a noite, nos chats, fóruns, twitters e MMORpg’s da vida, ele era Alundil, o Elfo.

Alfredinho sempre foi o motivo das piadas de Edinho, o popstar da galera. Forte, loiro e rico, Edinho era o centro das atenções. Os meninos o invejavam. As garotas o desejavam e ele sabia aproveitar essa fama. Beijos depois da aula e alguns amassos no muro da escola não eram raros. Mas ele não podia topar com o gordinho. Sempre com uma piadinha na ponta da língua. A mais clássica era levantar quando Alfredinho sentava. Aquele movimento de “ser jogado pra cima”. Quem nunca fez isso?

Mas o futuro tinha planos para os dois. Alfredinho, entre um festival de Cosplay e uma partida de D&D, estudava e lia bastante. Tinha um futuro promissor, como era de se esperar. Já Edinho, no tempo livre, ficava na internet buscando “mulheres com seios enormes” no Google e tentando ver suas amiguinhas peladas pela webcam.

Os anos foram passando e Alfredinho emagreceu. Sabe aquela fase em que os homens crescem de uma vez? Alfredinho cresceu e a gordura acumulada foi melhor distribuída. Não era o que podia se chamar de magro, mas também não era mais o gordinho nerd da turma. Bom, ele ainda era nerd, mas não tão gordinho assim.

E lá foi Alfredinho cursar a sua faculdade de Ciências da Computação enquanto Edinho passava em 100º lugar excedente no curso de Educação Física de uma tradicional faculdade particular.

Mais forte do que nunca, Edinho logo se tornou o centro das atenções na sua nova sala. Ele era bonito, tenho que confessar. Se fosse mulher, eu daria pra ele.

Alfredinho não chamava a atenção. Ninguém reparava nele. Em uma sala repleta de nerds, era difícil algum deles chamar a atenção.

Mas como é o costume das faculdades, era chegada a hora do trote. Edinho como era descolado e pra frente, foi poupado no seu trote. Só teve a cabeça raspada e o rosto pintado. Nesse dia, Edinho conheceu Silmara. Uma veterana gostosa da sua faculdade. Gostosa é pouco. Eu só não descrevo a Silmara nesse conto porque não pretendo ter uma ereção.

A química foi imediata. Ela já tinha a ficha completa de Edinho. Sabia que o pai era deputado e que ele morava em um dos mais tradicionais bairros da cidade. Ela não era interesseira, longe disso, mas queria um futuro garantido. Ali começou um romance que prometia. Vinte minutos depois Silmara já estava sem a calça de ginástica que deixava sua bunda ainda mais definida e Edinho sem a sua bermuda Adidas no vestiário da faculdade. Saíram de lá namorando. Apaixonados.

Já o nosso nerd favorito, Alfredinho, estava sendo exposto às mais tenebrosas formas de tortura que um calouro pode passar. Os alunos de Ciências da Computação eram o alvo preferido dos veteranos. Coitados, sempre eram humilhados das piores maneiras.

Durante o trote, um grupo de alunos arrastou o mais tímido dos calouros – Alfredinho – para um canto mais afastado e tiraram a roupa do pobre rapaz. Ele queria chorar, mas estava na faculdade. Aguentou bem. Não entendeu a cara de espanto dos outros alunos ao verem pelado. Era uma mistura de terror, admiração e curiosidade. Ficaram surpresos ao ver que Alfredinho tinha um enorme diferencial.

No meio desses alunos estava Pablo. Para vocês ele não é ninguém, mas para quem curte uma putaria virtual, ele era simplesmente o dono do maior portal de pornografia brasileiro. Uma mente brilhante. E dono de um negócios em franca expansão, afinal, os seus vídeos faziam sucesso e o número de assinaturas do site crescia assustadoramente. Edinho assinava. Se não me falha a memória, foi um dos primeiros a garantir o acesso ao vasto material de Pablo.

Pablo viu em Alfredinho uma mina de ouro. Iria aproveitar aquele nerd. Pensava em transformá-lo em um homem. O garoto tinha potencial.

– Ai, gordinho. Tu conhece o buraco69.net?
– Conheço sim. Disse Alfredinho acanhado.
– Prazer, Mr. Cock, administrador. Disse Pablo estendendo a mão. Tenho planos para você.

Pablo estava investindo pesado em vídeos amadores. Pagava uma mixaria para algumas garotas e as filmava fazendo sua mágica. Ele era um mago do cinema. Era o Hitchcock do cinema pornográfico amador brasileiro.

Às oito horas da manhã do dia combinado lá estava Alfredinho. Acanhado, mas estava lá. Pablo, ou Mr. Cock como gostava de ser chamado, chegara com a garota que filmaria a cena. Um mulherão.

Para Alfredinho, que de mulher pelada só tinha visto sua mãe e as garotas do buraco69.net, aquela era uma oportunidade de ouro. Ganhou uma grana para fazer algo que nunca havia feito até aquele dia.

Aquela mulher era sensacional. Ela comandou o show. Alfredinho não teve que fazer muito esforço. Apenas deixou o seu astro trabalhar. E ele trabalhou como nunca havia trabalhado antes. É aquele ditado, pra quem come ovo frito, comer caviar é sonho. Bom, pra quem só conhecia a própria mão, aquela garota era uma espécie de Sylvia Saint brasileira.

O nerd fez como o combinado. Mr. Cock gravou a cena e ao final, pagou a garota.

Vídeo editado e dois dias depois estava no ar.

Foi um sucesso. Nas primeiras horas mais de 500 downloads e 50 assinaturas novas por hora. Todo mundo queria prestigiar aquele fenômeno sexual. Alfredinho começava a ficar conhecido como o Messias do pornô. O Rocco brasileiro. O cara que substituiria Kid Bengala.

Edinho, por sua vez, chegou em casa e acessou o buraco69.net. Tinha acabado de chegar da casa de Silmara. Foi conhecer a família da namorada e saborear um delicioso strogonoff de frango que a sogrinha fez questão de cozinhar. Que garota! Não podia ter escolhido uma namorada melhor.

Logo de cara já viu o banner que ocupava metade da tela exibindo aquela cena sensacional. Foi logo baixando. Vinte e cinco minutos depois o download estava concluído. E lá vai Edinho dar o Play no seu MediaPlayer com as calças arriadas, o rolo de papel higiênico do lado e uma ereção instantânea.

O filme começou e de cara ele reconheceu Alfredinho. Mas que porra esse gordo nerd tá fazendo ai? Pensou.

Quando Alfredinho tirou a calça, Edinho tomou um susto. Não conseguia parar de olhar para aquela imagem. Algo na tela chamava a sua atenção. Olhou para sua cintura e para a tela. Para a cintura e para a tela novamente. O gordo nerd fora subestimado a sua vida toda. Edinho agradeceu por não ter comprado um monitor 3D.

De repente entra aquele mulherão em cena. A câmera pegava as suas pernas e ia subindo devagar. Estava apenas de biquini. Edinho pensou “pelo menos essa garota vai dar uma canseira no gordinho”.

Ela já chegou ajoelhando em frente a Alfredinho no vídeo. A câmera se movimentou, subiu pela suas costas e deu a volta, focalizando o seu rosto.

– Puta que o pariu!!! Gritou Edinho.

Na sua frente, na tela do monitor, Silmara estava iniciando o que seria considerado por todos os Nerds a maior foda de todos os tempos.

A essa altura surgiam milhares de janelas no MSN de Edinho e seus scraps aumentaram consideravelmente.

Pois é. Nunca subestime aquele gordinho da sua escola. Ele pode ter um talento bem maior que o seu.

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O tempo é cruel, mas a atendente do Detran é mais

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Carteira de motorista ideal

2012 foi um ano de renovação. Pelo menos da minha carteira de motorista, já que o resto do ano não teve nada de diferente que eu possa afirmar “wow, como a minha vida mudou, se renovou e agora está perfeita como um comercial de margarina”. Não, não rolou.

Falando sobre carteira de motorista, rolou um fato deveras constrangedor na época de renovar a minha habilitação.

Tirei minha primeira habilitação em 2008. Não tem tanto tempo assim. Claro que de lá pra cá eu ganhei alguns quilos, os cabelos ficaram mais brancos e deixei de lado o cabelo estilo colírio. Além disso, cultivei uma barba de respeito. Mas qualquer pessoa ainda conseguiria me identificar na foto de quatro anos atrás.

Então estou lá na clínica do Detran pra fazer os exames de renovação. Cheguei em um horário bom. Não tinha fila nem nada. Era só apresentar os documentos, o comprovante de pagamento, entrar em uma sala e realizar o exame. Simples e sem burocracia, mas as coisas nunca são tão simples quando se trata de mim.

Quando entreguei a carteira de motorista para a moça do guichê, ela olhou repetidamente da carteira para o meu rosto. Pensou um pouco e por fim disse:

– Você tem uma foto 3×4 recente?
– Não. Não sabia que precisava tirar outra.
– Mas você era muito novo nessa foto. Uma criança.
– Ah, obrigado! Eu sei que to conservado. Mas ela só tem 4 anos. Serve, não?
Só tem 4 anos? Nossa, mas o tempo foi cruel demais com você de lá pra cá, hein?

É, amigo. Eu admiro muito a presença de espírito das pessoas que trabalham nos órgãos públicos brasileiros. Acredito que bom humor deve ser essencial quando você precisa lidar com pessoas que estão estressadas e odeiam toda a burocracia com as quais se veem envolvidas nesse tipo de situação. Confesso que fiquei sem palavras. De verdade.

– …
– Você pode tirar uma foto nova enquanto eu marco aqui o seu exame. Tem uma drogaria aqui pertinho que tira foto instantânea.
– …
– Posso te esperar depois do almoço?
– P-p-p-pode.

Raramente fico assim. Mas a moça foi tão ousada e tão espontânea que eu simplesmente não tinha nenhuma resposta pronta. Toda a minha sagacidade foi por água abaixo com esse comentário acerca da minha atual aparência.

Pois fique sabendo, dona mocinha do Detran, que até hoje tem gente que ainda acredita que eu tenho na faixa dos 21 anos. Acho que você estava apenas com inveja da minha aparência jovial e um leve toque de maturidade com os cabelos brancos.

De qualquer forma, fica aqui o registro do atrevimento dessa moça. Se eu me preocupasse com esse tipo de comentário, provavelmente faria um post muito mal criado em algum blog ou rede social para relatar o fato. Como estou bem comigo mesmo, deixarei isso pra lá.

Vocês podem conferir o quanto eu ainda estou lindo na foto abaixo:

Muito conservado

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Rodrigo Lombardi não é um galã

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Rodrigo Lombardi não é um galã

Muitas pessoas (ou apenas o Elmer (em negrito), como sempre) vão interpretar esse post com o argumento “noffa, o Rafa tá analisando os galãs da rede Globo. Acho que ele curte um piru”. Não, eu não curto piru, ao contrário da senhora sua mãe. Mas gosto de assistir televisão e faço isso desde que me entendo por gente. Portanto, posso dizer que tenho autoridade pra criticar o elenco atual de galãs da Globo.

Na verdade, vou falar de um “galã” em específico: Rodrigo Lombardi.

Nada contra a pessoa de Rodrigo Lombardi. Ele parece ser um cara maneiro, bom de conversa e eu até pediria pra tirar uma foto e dar um oi no telefone pra minha mãe se encontrasse com o cara na rua. Mas como galã ele não me convence.

Não sei se é por ter cara de bonzinho ou por nunca ter interpretado um vilão ou algo do tipo, mas a única imagem que eu tenho dele é como irmão do Marcos Pasquim em uma dessas novelas das sete horas, escrita pelo Carlos Lombardi (o nome é apenas coincidência de acordo com a Wikipédia).

E o cara não deveria ter passado disso: side-kick simpático, levemente abobalhado e carismático do Marcos Pasquim. Esse sim, um verdadeiro galã de novelas da Globo. Viril, peito cabeludo, forte, rústico e que já passou o rodo em metade das atrizes da casa, de acordo com o dossiê “As Pasquim Girls”, escrito por Chico Barney, o Cidadão Kane da blogosfera.

No ar atualmente em Salve Jorge como Theo (um oficial da gloriosa e famosa cavalaria do exército brasileiro, risos), esse é o terceiro papel de Rodrigo Lombardi como protagonista. As outras duas aparições foram como o indiano Raj em Caminho das Índias e Herculano Quintanilla – O Astro -, em uma refilmagem da novela homônima.

A prova cabal de que Rodrigo Lombardi não é um galã pôde ser vista em Caminho das Índias. Na trama, Raj acabou ficando com Maya, mulher que estava destinada a Bahuan, interpretado com maestria por um verdadeiro galã da casa: Márcio Garcia.

Taí um cara que merece respeito e deveria ser escalado mais vezes como galã. Mesmo interpretando um dalit indiano, nosso eterno apresentador do Melhor Do Brasil e Gente Inocente não deixou de lado toda a marra e malemolência do típico malandro carioca, sendo vítima de um claro boicote da produção do folhetim.

galã detected

Falta isso a Rodrigo Lombardi: marra, malemolência, maldade, pegada e um vilão no estilo de Marcos, o “michê” par de Claudia Abreu em Celebridade, um clássico moderno do horário nobre.

Para piorar a situação, a música “Esse Cara Sou Eu” do rei Roberto Carlos é a trilha sonora do personagem em Salve Jorge. E ligar a canção a Rodrigo Lombardi está causando uma espécie de lavagem cerebral na cabeça das mulheres que acompanham a trama. É como uma mensagem subliminar forçando as pessoas a aceitaram Lombardão como um galã, algo que ele não é.

Será que Rodrigo Lombardi não aprendeu nada com a velha escola da emissora (Antonio Fagundes, Zé Mayer, Francisco Cuoco, Ricardo Machi, Victor Fasano, Humberto Martins, Fábio Assunção apenas pra citar alguns)?

Fica aqui a minha indignação para com a emissora da esfera platinada. Não coloquem Rodrigo Lombardi na geladeira, mas ofereçam um workshop para o rapaz com os caras que realmente entendem o que é ser um galã do horário nobre.

Ele não me inspira. Ele não me proporciona admiração. No máximo, um leve sorriso de canto de boca durante as cenas em que ele conversa com seu Manga-larga Marchador.

Queremos galãs melhores no horário nobre! Queremos um cara que te faça querer ser ele, e no momento eu não quero ser o Rodrigo Lombardi.

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Especial de natal: decepções natalinas

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Um sonho de natal

Diferentemente de Roberto Carlos, não tenho o costume de preparar um especial de natal para os meus fãs. Até porque eu não tenho fãs. Porém, para não deixá-los sozinhos nessa noite de natal, vou relembrar um breve momento de derrota natalina do jovem e pueril Rafa Barbosa.

Era o natal de 1998 e naquele ano eu queria muito, muito mesmo, um “Futebol Gulliver”. Sempre fui adepto do futebol de botão, mas queria inovar e adquiri habilidade em outra categoria do esporte bretão. Portanto, passei o ano todo implorando para os meus pais, tios e padrinhos por esse brinquedo.

Eu estava passando por uma fase um pouco conturbada. No ano anterior, eu deixei de ser o pequeno príncipe da família, já que a minha prima (filha da minha madrinha e neta da minha tia mais legal e generosa) havia nascido. De repente, todas as atenções, mimos e presentes da família Barbosa estavam voltados para outra pessoa. Até eu, vez ou outra, me flagrava fazendo carinho e brincando com a garota que usurpou a minha condição de favorito do império Barbosa.

Mas eu tinha esperança de que o natal traria o meu tão esperado Futebol Gulliver.

Na grande noite, a família toda estava reunida na casa da minha tia. Quando cheguei, dei aquela sondada básica na árvore de natal e constatei que havia um pacote embrulhado com tema “infanto-juvenil” e no formato exato do balde que continha o kit de dois times Gulliver.

Senti que havia ganhado a noite naquele momento. Não precisava de mais nada. O Bom Velhinho seria generoso e na manhã do dia 25 eu estaria jogando e detonando os meus amiguinhos em mais uma categoria futebolística (já fazia isso no futebol da vida real, no vídeo-game, no futebol de botão e até no futebol de pregos e moeda).

Contei cada segundo entre a hora que cheguei e a hora da abertura dos presentes. Finalmente, depois de muita comida e papo furado fomos para a árvore de natal.

Sem nenhuma surpresa, os 10 ou 20 primeiros presentes foram todos para a minha priminha. Bonecas, bonecas, roupinhas, bonecas, bonecas, roupinhas, bonecas, tecladinhos com som de animais, roupinhas, bonecas e mais bonecas. Depois de uma breve pausa, um par de meias para o Rafael. Mais brinquedos para a minha prima. Uma cueca para o Rafael. Mais brinquedinhos para a minha prima e uma blusa para o Rafael.

O pacote que parecia o balde Gulliver ainda estava ali e era questão de tempo até alguém pegar e falar o meu nome. Um momento clássico de vitória e uma daquelas histórias de milagre natalino.

Minha tia pegou o embrulho, olhou pra mim com uma cara de “esse é o seu grande momento, Rafael. Venha brilhar com o seu mais novo e completo kit de futebol Gulliver, contendo o pano gramado e 22 jogadores de Cruzeiro e Atlético. Vem ser feliz nesse natal”.

Infelizmente, as palavras não foram bem essas, mas sim:

– Ih, gente! Mais um presente para a Ana Luiza! Essa neném tá demais!

Decepção. Tristeza. Ambos os sentimentos na sua forma mais profunda. Não entendi o que havia feito de errado naquele natal. O que até alguns minutos atrás era o meu presente mais esperado, de repente havia se tornado um balde com uma espécie de LEGO gigante, já que uma criança de 1 ano e alguns meses não poderia brincar com os pequenos cubinhos de montar.

Daquele dia em diante me tornei uma pessoa amarga, que não acreditava mais no natal e nesse espírito que acompanha a data. Passei a ser mais rabugento e jurei não mais comparecer às festas de fim de ano da minha família.

Felizmente eu tinha apenas 12 anos e no natal seguinte já estava lá esperando pelo meu presente.

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Rafael – o campeão mundial de pique esconde

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shiu!

Não me lembro muito bem quando essa história aconteceu. Eu não devia ter mais de 12 anos, então provavelmente foi entre 1996 e 1998. Era o auge da minha infância, aquele momento de transição entre as brincadeiras infantis e o início da adolescência. Naquela época, a brincadeira mais popular entre a turma era o pique esconde.

O motivo era um só: se esconder com as gatinhas do prédio e descolar uns beijos. Quem sabe até algo mais, como uma mão na cintura. Sonhávamos com outras coisas, mas, pelo menos no meu caso, faltava iniciativa (só tinha 12 anos, dá um desconto).

Certo dia, praticamente todos os garotos e garotas do prédio e mais alguns do condomínio (era um conjunto de oito prédios), estavam participando da brincadeira. Restringíamos a área de esconderijo aos arredores do nosso prédio pra evitar problemas com os pais (a rua ainda era um lugar perigoso, já que se tratava de crianças criadas em apartamento).

A brincadeira começou de tarde, por volta de umas 15h. Alguém perdeu na adedanha, então teria que começar contando e procurando pelo resto da galera. Confesso que aquele dia estava um pouco cansado, mas não dispensava esse tipo de brincadeira com o pessoal.

Quando o escolhido começou a contar, todas as crianças foram para os esconderijos mais famosos da área.

Pensei em me esconder debaixo da escada: ocupado Era o primeiro lugar que os possíveis casais da brincadeira procuravam para ter um pouco de privacidade. Corri para o quartinho de materiais de limpeza: ocupado (era o segundo lugar mais procurado pelos casais). Dei mais um pique e fui atrás do prédio: fácil demais e um péssimo esconderijo.

Pensei por alguns segundos e resolvi subir para o último andar e, colocando à prova as minhas capacidades de escalada e parkour, resolvi subir na caixa da mangueira de incêndio e levantar a tampa que dava acesso ao topo do prédio (área da caixa d’água). Era um lugar escuro e mal cabia uma pessoa. Na época eu ainda era baixinho, então foi perfeito.

Entrei, fechei a “escotilha” e esperei.

Como eu disse, naquele dia estava cansado. Aquele vão escuro, uma posição confortável e um silêncio completo. Em questão de minutos peguei no sono.

A propósito, eu tenho uma facilidade enorme para dormir em qualquer lugar. Ônibus, cadeira de escola/faculdade, sofá, colo das gatas, no banco do passageiro e no banco de trás de um carro e até mesmo no chão quando em avançado estado etílico. Se me sentir confortável, com certeza irei dormir.

Voltando ao esconde-esconde.

Dormi.

Acordei um pouco assustado. Não fazia ideia de quanto tempo havia passado desde que eu entrara naquele aconchegante esconderijo. Na minha cabeça, eu tinha apenas cochilado. Então, abri a portinha devagar e desci sem fazer o menor barulho. Desci os degraus pé por pé, calculando cada passo para não fazer nenhum ruído que despertasse a atenção da pessoa que estava procurando.

Cheguei ao primeiro andar tão sorrateiro quanto Solid Snake em uma missão de Metal Gear Solid. Quando sai pela portaria, corri como se não houvesse amanhã, bati na pilastra que era o “marco” e gritei a plenos pulmões:

– UM DOIS TRÊS TÔ SALVO!

A adrenalina de ter me salvado era tanta que só alguns segundos depois fui me dar conta. Já havia anoitecido. Eu dormi mais que imaginei e os meninos devem ter pensado que desisti da brincadeira. Todo mundo já tinha ido embora pra casa e estavam provavelmente jogando vídeo-game ou o pior, dormindo.

De repente me dei conta de que poderia ser bem mais tarde do que eu pensava e estaria encrencado se meus pais estivessem me procurando.

Da emoção de ter me salvado da brincadeira ao cagaço de levar uma surra e ser colocado de castigo, foi um pulo.

Subi cada degrau ensaiando as mais variadas desculpas e a minha melhor cara de “eu sou inocente de todas as acusações que vocês estão fazendo”. Mentalmente, já escutava o sermão do meu pai, da minha mãe e da minha avó.

Abri a porta de casa com os olhos fechados e para a minha sorte, escutei a vinheta da novela das sete.

Alívio. Estava a salvo pelo menos do esporro.

Só nesse momento que me dei conta de que dormi pelo menos umas 4 horas naquele esconderijo. Na época eu não saberia essa expressão, mas arrisco dizer que hoje em dia, relembrando dessa história, eu tive um breve momento de narcolepsia.

Felizmente, posso dizer que saí vitorioso do pique esconde daquele dia. Não me encontraram por pelo menos umas dez rodadas. Oficialmente, não me deram o título de campeão do esconde-esconde, mas eu sei que esse recorde permanece intacto até hoje no condomínio Heliópolis. Tentaram me apelidar de Annie Frank, mas não rolou.

Ela foi encontrada. Eu não. Risos.

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Sobre a vida adulta

Escrito por Arquivo

Eventualmente, todo mundo encontra.

Tenho tentado escrever uma retrospectiva sobre o meu ano de 2012. Embora tenha sido repleto de bons acontecimentos, não dá pra ignorar aqueles que me desanimaram ou me deixaram pra baixo. Não preciso me lembrar das coisas ruins. Vivê-las já foi péssimo o suficiente. Portanto, não vou falar especificamente sobre isso nesse post.

O que quero comentar aqui é sobre como anda a vida dos meus amigos de colégio e faculdade. Pelo menos a grande maioria deles e traçar um breve paralelo com a minha vida.

Nesse ano de 2012 adicionei muita gente da época de escola no Facebook. Afinal, essa é a função das redes sociais, né? Reencontrar amigos e conhecidos que não se tem contato há anos. E para a minha surpresa, muitos deles já estavam, de fato, na vida adulta.

Não sei se sou eu que estou ficando pra trás ou se temos prioridades diferentes, mas a grande maioria deles já está casada e com família constituída. Inclua aí filhos (às vezes mais de um).

É engraçado, pois conheço a turma do colégio há pelo menos 18 anos (estudei na mesma escola da primeira série ao terceiro ano) e crescemos juntos. Na verdade, posso dizer que passamos todas essas fases da adolescência ao mesmo tempo e depois de formados os caminhos meio que se separaram. É sempre um choque ver pessoas que você conheceu ainda criança tendo as suas próprias crianças.

É normal, acredite, mas não deixa de ser marcante.

Não me vejo “construindo” uma família agora. Não me vejo casado ou com filhos até, pelo menos, os meus 30 ou 35 anos.  Alguns dirão que estarei velho demais pra isso. É claro que quero ter filhos, e como sou totalmente influenciável pela cultura pop, vejo a minha vida como a de Ted Mosby, de How I Met Your MOther. Ao meu redor, todos encontram as mulheres de sua vida e começam a ter outras prioridades além de se embebedar em uma mesa de bar ou realizar maratonas de Star Wars e Senhor dos Anéis.

Eu digo que quero estar completamente estabilizado para dar esse passo. Um grande passo, aliás. Infelizmente, não controlamos essas coisas e vai que ano que vem eu encontro o amor da minha vida, caso em pouco tempo e começo 2014 com um bonequinho encomendado pela cegonha?

A questão é que ainda bate aquela dúvida se eu estou atrasado. Como vocês podem ler por aqui, a maior parte do tempo eu ainda ajo e penso como um moleque de 17 anos que tá começando a curtir a vida agora. Mas sempre que vejo os meus amigos e suas respectivas famílias, me pergunto se já não é hora de começar a pensar nessas coisas.

Até os meus melhores amigos, aqueles que eu tenho contato frequentemente já estão pensando em juntar os pares de meias de vez com suas namoradas, enquanto ainda penso em qual será o próximo lançamento da Ubisoft ou em como passar de uma fase de Assassin’s Creed. É complicado.

Estou ficando velho e ao contrário do que gosto de pensar, a cada dia que passa, a “vida adulta” se mostra ainda mais presente do que eu gostaria de admitir. Acho que tenho essa tal de síndrome de Peter Pan que todo adulto metido a adolescente se diz vítima. Não quero ficar para trás e ser apenas o “tio Rafa” e escutar perguntas como “por que você nunca se casou, tio”? É apenas triste isso.

No fundo, no fundo, acho que apenas ainda não encontrei a pessoa certa pra me fazer mudar esse quadro. E eu não espero que ela esteja usando um guarda-chuva amarelo.

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Carta aberta a Nostradamus, aos Maias e demais profetas e oráculos

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Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2012.

Aos cuidados do senhor Nostradamus, comunidade Maia e demais profetas.

Primeiramente, um ótimo dia. Como podem ver, hoje é sexta-feira, 21 de dezembro de 2012 e estou escrevendo esta carta aberta para dizer que mais uma vez vocês falharam em suas previsões sobre o fim do mundo.

Antes que comecem com as justificativas, deixe-me apresentar. Meu nome é Rafael e desde que me entendo por gente pelo menos uma vez por ano houve uma previsão de fim do mundo. Tenho 26 anos, então vocês devem ter percebido que falharam bastante nos últimos anos.

Graças às suas previsões, Hollywood nos fez o favor de produzir dezenas de filmes legais sobre o fim do mundo. Confesso que sou um cara completamente influenciável por essas coisas.

Por 26 anos fiquei esperando invasões alienígenas, meteoros do tamanho de pequenos estados brasileiros, o surgimento do novo anti-cristo, a criação de uma doença que faria os mortos se levantarem, o arrebatamento e a cavalaria apocalíptica. Mais recentemente, uma catástrofe inexplicável agendada para 21/12/2012.

Obviamente, nada disso aconteceu.

Isso é frustrante. Anos e anos de preparação e expectativa para esses eventos que nunca se concretizaram. Não sei qual o método que os senhores utilizaram para realizar essas previsões, mas aconselho a reverem os seus processos.

Acho que vocês foram pretensiosos demais ao prever o fim do mundo. Poderiam ter focado apenas em eventos mais simples e específicos, como os atentados às Torres Gêmeas do World Trade Center ou o início de alguma nova guerra.

Não quero tirar o mérito de muitos de vocês. Nostradamus acertou bastante coisa. Tivemos a revolução francesa, presenciamos a ascensão de Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler e Osama Bin Laden e também vimos todos esses “anticristos” sendo varridos da face da Terra. Mas o fim do mundo? Vocês queriam demais. Vocês sonharam alto demais para o padrão da época.

Escrevo essa carta (que deveria ser um pouco mais mal educada) apenas para deixar claro o meu descontentamento com o serviço prestado pelos senhores. Acredito que essa história toda sobre o dia 21 de dezembro tenha sido a “última grande profecia” sobre o fim do mundo. Espero do fundo do meu coração. De verdade.

Dito isso, gostaria de parabenizá-los pelos acertos e solicitar o reembolso meu e todos aqueles que perderam tempo estocando alimentos, construindo abrigos subterrâneos, cometendo suicídios coletivos e realizando todos os meus últimos desejos malucos, que infelizmente me trarão problemas, uma vez que o mundo não acabou (e a polícia trabalha normalmente hoje).

Caso algum novo oráculo ou aspirante a profeta esteja lendo essa carta, peço que reveja as suas fontes, refaça os cálculos e confira com outros oráculos/profetas a possibilidade de erros. Não quero que as futuras gerações passem pela mesma frustração que eu.

Com carinho,

Rafael Barbosa.

 

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Top 5 fins do mundo e por que você não irá sobreviver em nenhum deles

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O mundo especula já há alguns anos sobre a possível extinção da raça humana no próximo dia 21 de dezembro (amanhã, caso você tenha perdido o seu calendário), de acordo com uma profecia maia.

Os caras não disseram ao certo qual seria o evento que nos levaria ao fim derradeiro, deixando uma lacuna pronta para ser preenchida por nossas mentes criativas e influenciáveis pela tão amada cultura pop.

Infelizmente, odeio ser o portador de más notícias. Independente do que aconteça amanhã e leve ao fim do mundo (ou grande parte dele), você não irá sobreviver.

Confira abaixo cinco possíveis catástrofes/eventos que podem levar ao fim do planeta e os motivos pelos quais você não irá se salvar.

1 – “Apocalipse” Zumbi

Nos últimos anos os zumbis se tornaram extremamente populares entre os jovens. George Romero e seus mortos vivos famintos por cérebros começaram a popularizar essa moda, que tem o seu auge agora, com os quadrinhos e a série live-action de The Walking Dead.

Frequentemente vemos pessoas postando imagens e frases como “não vejo a hora de começar o apocalipse zumbi e estourar a cabeça desses desgraçados”.

Cara, você não vai estourar a cabeça de ninguém.

Você não tem preparo físico pra ir à padaria na rua de baixo e voltar sem reclamar de dores nas pernas e falta de ar. Você chora se leva um unfollow e de uma hora pra outra vai se sentir o machão/herói da rua quando tudo começa a ruir?

Se você botar o pezinho na sala e se deparar com os intestinos e o fígado da sua mãe no chão enquanto seu vizinho chato se delicia nas entranhas dela, tenho a mais absoluta certeza de que a sua primeira reação será ficar em posição fetal chorando e esperando por uma ajuda que possivelmente nunca virá.

Você vai se borrar antes mesmo da primeira mordida

Além disso, você só teve contato com uma arma de verdade jogando Call of Duty. Você não faz a menor ideia de como atirar (a não ser que seja membro das forças armadas, polícia, segurança terceirizada ou um maluco que tenha praticado tiro olímpico). Não se encontra uma arma em qualquer lugar como nos quadrinhos. Não estamos nos Estados Unidos onde até uma criança pode ter um rifle. Aqui é Brasil. Se quer ter alguma chance (por menor que ela seja) de matar algum zumbi, é melhor aprender a usar a sua peixeira de forma mais eficiente.

Veja bem: em todo filme/série de zumbis, há um polícial ou militar experiente no grupo de sobreviventes. Os demais viram ração de morto-vivo. Você é um dos demais, descartáveis e que será deixado para trás por estar atrasando o grupo.

Se por um acaso as forças armadas falharem completamente (o que seria de uma incompetência sem tamanho), você já terá virado merda de zumbi há um bom tempo. É melhor se conformar. Esse é o seu destino. Você irá morrer em um eventual apocalipse zumbi.

2 – Meteoro atingindo a Terra

Se nem os dinossauros que tinham necessidades básicas muito menores do que as nossas não sobreviveram, imagine você que hoje em dia não consegue ter uma vida sem internet, smartphones e cupcakes?

Um meteoro de proporções gigantescas certamente irá dizimar grande parte da população mundial com o impacto. Basicamente, a onda de choque fará com que centenas de quilos de destroços e poeira sejam lançados na “atmosfera” terrestre, e em seguida sairá devastando tudo em seu caminho. Para aqueles que curtem uma piscina, o impacto também gerará tsunamis que devastarão o que quer que não tenha sido destruído com o choque.

E.L.A – Evento que Leva à Extinção

Com a quantidade de entulho lançada na atmosfera, a luz solar não chegará até o solo e os poucos sobreviventes morrerão em breve por falta de água potável e comida.

É inevitável. Você irá morrer.

P.S.: Caso os governos dos países tenham planos de contingência, tipo aquelas naves espaciais que levarão pessoas importantes da comunidade para a segurança do espaço, pode ir tirando esse sorrisinho do rosto. Você não coopera nem com a sua mãe em casa, o que dirá em uma comunidade.

Você será deixado para trás e vai definhar até se tornar uma massa indistinta de pele e ossos.

3 – O fim do mundo bíblico

Deixados para trás

Cara, sério? Você espera mesmo que eu diga por que você não irá sobreviver ao fim do mundo bíblico, aos cavaleiros do apocalipse, às trombetas e ao arrebatamento? Estamos falando aqui de coisas que podem acontecer. Não de fantasia. Esse é um blog sério.

4 – Guerra nuclear

Particularmente, é um dos “finais” que mais gosto de imaginar para o planeta Terra. Cresci assistindo filmes como O Exterminador do Futuro e The Day After e a sombra dos últimos anos da Guerra Fria. Um holocausto nuclear era questão de tempo naquela época, apesar de os líderes mundiais serem um pouco bundões pra apertar o botão.

Mas hoje em dia, com tanto nego sem noção no mundo, acredito que isso possa rolar mais cedo do que imaginamos. Por que não amanhã?

Nas melhores perspectivas de um holocausto nuclear, o ataque começa de forma inesperada. Não estamos mais na Guerra Fria. Não tem um telefone vermelho no salão oval da Casa Branca ligado diretamente a outro telefone vermelho no Kremlin.

O que temos pra hoje são árabes extremistas que querem ver o fim da sociedade ocidental e certo grau de fanfarronice dos amigos da Coreia do Norte. Sobra até um pouquinho ali para o Irã, mas não sei como anda a situação por lá.

O holocausto não começaria com um míssil intercontinental atravessando o mediterrâneo e o Atlântico/Pacífico. Está mais para uma maleta carregada de plutônio, explosivos e uma rudimentar tecnologia de detonação.

Mas a resposta, amigos, seria em escala mundial.

Misseis cruzando o globo para matar você e todos que você ama

No caso do Brasil, estamos em uma posição geograficamente privilegiada e dependendo de qual lado defendermos nessa guerra (que seria obviamente o americano), é claro que teríamos a nossa carga de mísseis lançados em nossa direção.

Por que você irá morrer? Em primeiro lugar: o Brasil não tem nenhum sistema de defesa antimísseis nessa escala. Não temos sequer uma bombinha atômica pra ameaçar a Argentina.

No caso de uma guerra nuclear, não pense que será como Hiroshima e Nagasaki. Tenha certeza de que você verá bem mais do que dois mísseis cruzando os céus da sua cidade.

Se você não morrer na detonação, com seus corpos desintegrados, morrerá em questão de meses com os efeitos da detonação. Seja por causa do inverno nuclear, do câncer e da falta de provisões básicas.

É fato: você não irá sobreviver.

5 – Epidemia em escala global

Com essa saúde de atleta de quem come bacon o dia todo, qualquer gripe ou diarreia mais forte te derruba. Uma pandemia então faria com que seu corpo se tornasse uma massa fétida antes mesmo de você pensar duas vezes.

Ao longo da história da humanidade já tivemos algumas pequenas amostras da capacidade destrutiva de algumas doenças. Peste negra, gripe espanhola e mais recentemente a “ameaça” do H1N1 nos mostrou que os vírus ainda podem ser um grande problema para a raça humana.

Sendo sincero, nunca parei para pensar em como seria uma epidemia nessa escala. O mais provável é que seja algum vírus novo, algo totalmente fora do padrão com o qual estamos acostumados.

Vai entrar nessa lista só pra completar o top 5. De qualquer forma, você não irá sobreviver. Em uma expectativa bem otimista, você demoraria a morrer, enquanto seu corpo é dissolvido lentamente por essa nova bactéria/vírus.

É isso, amigos. Sendo um cara bem positivo, em qualquer um dos cenários de fim de mundo no dia 21 de dezembro, você irá morrer, não importa o que aconteça.

Fique a vontade para comentar sobre possíveis cenários e em como seus amigos morreriam.

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Conheça o Derrota Cast

Escrito por Arquivo

Derrota Cast é jóia!

Nada mais motivador (e engraçado) do que aprender com as derrotas dos outros. É com esse pensamento que gostaria de dar início a um novo empreendimento internético (que provavelmente falhará como todos os outros).

Trata-se do Derrota Cast, um podcast que tem como principal objetivo celebrar a derrota em todas as suas formas, desde um namoro que não deu certo até aquele seu investimento equivocado que acabou gerando um prejuízo de bilhões de dólares para a empresa.

Como um dos mais relevantes e promissores representantes do cenário de derrotados no Brasil, o host do podcast será ninguém menos do que eu, Rafael Barbosa.

Estou em negociações com outros grandes players que foram derrotados nos mais variados campos da vida para se unir nesse que promete ser o grande destaque da internet brasileira em 2013.

Se não der certo, pelo menos será uma derrota a mais para acrescentar ao meu já invejável portfólio.

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