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O rei do pedaço!

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Há uns anos eu conhecia todos os meus vizinhos. Sabia quem morava em cada apartamento e o nome de cada um dos seus familiares. Era um prédio muito unido esse meu. Mas de uns anos pra cá eu vejo tantas caras novas e não faço a menor idéia de quem sejam. Só sei que moram aqui porque vejo estacionando o carro e com as chaves da portaria.

Isso me causa uma sensação de incôda, que não deveria existir. Eu me sinto o estranho do prédio por não fazer a mínima idéia de quem são os meus vizinhos. Eu sinto isso morando aqui há 18 anos.

Minha família foi uma das primeiras a se mudar pra cá. Isso deve valer alguma coisa. Eu devia comandar algum tipo de iniciação pra esses novos moradores, ser agraciado com oferendas ou algo do tipo. Eu estava aqui bem antes deles, poxa. É injusto esse pessoal mudar pra cá e não dar nenhuma satisfação pra mim.

Se eu precisar de alguma coisa vou bater na casa de alguém e dizer o que? -“Ei, sou seu vizinho do lado, pode me emprestar uma vasilha de açúcar?” – sendo que o cara também não deve fazer a mínima idéia de quem sou eu?

Por isso digo que a partir de hoje todos os novos moradores deverão vir a minha casa portando no mínimo duas garrafas de 2,5 Litros de Coca-Cola para receber a minha benção e autorização pra morar por aqui.

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Ídolo!

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luke

O cara não tem PageRank 10, não figura em rankings de melhores isso ou maiores aquilo, não gera polêmicas sobre posts pagos e muito menos é um rato de BlogCamps. Mas eu devo admitir: O Luke é o blogueiro mais imã de xoxota que eu conheço.

O cara coloca qualquer pro-blogger que vive em um mundo de luxo e glamour no chinelo. Admiro o cara principalmente pela humildade. Enquanto alguns blogueiros ostentam os seus Iphones, festas em iates e encontros com outros blogueiros tão virgens quanto, o nosso famigerado Luque não ostenta em nenhum momento a quantidade de pussys disponíveis em seu acervo pessoal de “leitoras” e “amigas do Orkut”.

Dando uma rápida olhada no profile desse menino prodígio, somos bombardeados por depoimentos e scraps de meninas da mais tenra idade e inocência proclamando incontáveis declarações de amor. Não sei dizer o segredo desse cara, mas provavelmente ele deve ter alguma parte do corpo adocicada.

Pra quem vê de fora, o Orkut do Luke parece mais um cardápio. Um prato mais delicioso que o outro, digamos assim. E as categorias são várias e vão desde Otakus a emos, passando por gostosonas e meninas nerds. Sério, eu nunca vi um cara com tamanha variedade de pussys a sua escolha. Por esse simples fato o Luquetinho merece o meu respeito.

Conversando com o cara agora a pouco, apresentei a teoria de que se as leitoras do KD e as amigas de Orkut dele convertessem todos os “te amos” declarados nos depoimentos pra ele em sexo, o Luque estaria transando muito mais do que Renato Gaúcho e Latino. Fato.

Não sei qual é o segredo do Luke. Se é o fato de contar o dia a dia de um adolescente ou se ele tem alguma estratégia secreta para atrair ninfetas da melhor qualidade, só sei que em uma terra onde todo mundo ostenta quanto ganha com AdSense e tals, o cara que tem um exército de xoxotas à sua disposição pode tirar muito mais onda do que um blogueiro gordinho qualquer.

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O tempo tá voando!

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Sabe aquela frase clichê das revistas sobre garotinhas que se tornaram mulherões que diz mais ou menos “a fulana cresceu”? Pois então, não é que essa frase às vezes se aplica de verdade?

Esse fim de semana foi o meu baile de formatura e convidei uma prima e o  namorado. Tudo bem, você deve estar pensando. Mas ela só tem 14 anos. Não sou ciumento com as minhas primas e muito menos o “primo chato da namorada” de alguém, logo, sou idolatrado por esses jovens. Mas voltando ao assunto, essa minha prima eu vi nascer, carreguei no colo, ajudei a trocar fralda e tal. Não posso dizer que não foi um choque vê-la dando beijos na boca de língua. De língua cara!

Sem contar que a minha prima, apesar de ter apenas 14 anos já se parece com uma mocinha de uns 17 anos. O pior de tudo é a sensação de “estou ficando velho” quando a vejo começando a fazer as coisas que eu fazia há uns 10 anos. Da mesma forma que eu achava a mãe dela a minha prima mais velha fodona, hoje sou o primo mais velho fodão dela.

A minha priminha de ontem, hoje já é uma adolescente que namora e dá beijo de língua. Cara, cadê a minha infância? Eu quero voltar, essas coisas estão me fazendo sentir velho, muito velho. O que falta agora? Uma prima minha dessas casar? Ter filhos? Droga de tempo que não perdoa.

Bem que me disseram certa vez que depois dos 18 anos o tempo passa voando. Parece que foi ontem que me falaram isso, quando eu tinha apenas 17 anos.

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Coerência não é o ponto forte de uma galerinha do barulho

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Alguém se lembra da reação da blogosfera e da “twittosfera” quando os blogs foram capa da revista Época? Foi basicamente a reação de um jovem garoto ao ver pela primeira vez uma mulher nua. A empolgação, o olhar de cobiça e desejo e a paudurescência típica de quem antes só havia tido essa experiência em revistas e na tela do computador.

Foram posts e twittadas de todos os tipos e tamanhos. Em alguns casos tivemos até faixas em fachadas de prédios com a famigerada mensagem “Agradecemos pela graça alcançada”. A blogosfera estava em êxtase. Era o apogeu da cultura blogger no Brasil.

Pra fechar com chave de ouro temos um blogueiro na TV. Em pleno horário nobre e com certa freqüência dando dicas sobre blogs na novela das oito. Televisão, novela, capa de revista. Os blogs estavam na cabeça do povo e a massa agora sabia do que se tratava essa ferramenta.

Pouco tempo depois o Twitter começou a despontar na grande mídia brasileira. A ferramenta que já era bastante difundida entre os blogueiros e intelectuais das mídias sociais foi descoberta pela imprensa. Começaram as reportagens, as entrevistas e, mais uma vez, a capa de uma grande revista, novamente a Época.

Mas espera aí? Por que diabos dessa vez as pessoas acharam ruim? O que diferencia os blogs do Twitter em relação à quantidade de pessoas que os lêem e participam? O fato de que os blogs possuem AdSense e te dão lucro?

Isso é de uma hipocrisia sem tamanho, as pessoas acharem que tem o direito de ter uma ferramenta só para elas, ainda mais em uma época onde o “social” é abordado em tudo, desde o jornalismo social às mídias sociais.

Falei recentemente sobre o Twitter na capa da Revista Época, mas depois me lembrei desse pequeno fato ocorrido meses atrás. Foi o bastante para me questionar como as pessoas tem opiniões divergentes em relação à mídias semelhantes.

Não importa se é um semi-analfabeto que acesse seu blog, mas importa bastante que ele não crie uma conta no Twitter. Onde está o “social” nesse raciocínio? Onde está a tão falada inclusão digital promovida por quem produz conteúdo e publicidade para a Web?

Enfim. Acredito que as pessoas ainda não sabem o que querem da vida, a não ser alguns cliques a mais no AdSense. Mesmo que incoscientemente.

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O Macartismo e a blogosfera. Um caso de inveja.

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Eu como pro-bloggers no café da manhã. rsrs

Eu como pro-bloggers no café da manhã. rsrs

Se você já cursou o ensino médio, provavelmente já ouviu um termo chamado “Macartismo“. O Macartismo foi um período na história americana onde um senador – Joseph McCarthy – comandou uma verdadeira caça as bruxas contra os comunistas entre os anos 40 e 50.

Durante esse período, várias pessoas acusadas de serem comunistas foram demitidas de seus empregos, investigadas e em alguns casos até presas. Um dos setores mais vigiados foi do entretenimento, onde atores, diretores e roteiristas eram a favor da diplomacia e apoio a paz.  (Mais aqui)

Cê viu o twitt pago do Tas?

Cê viu o twitt pago do Tas?

Veja bem: pessoas que eram a favor de uma outra ideologia foram perseguidas de modo a preservar o bom e velho American Way of Life. Em muitos casos, as pessoas não eram nem a favor da ideologia comunista, eram apenas pacifistas. Mas isso não era justificativa.

Posso estar viajando, mas farei um paralelo com o que vejo atualmente na blogosfera e divagarei um pouco sobre o assunto. A chance de eu falar uma merda nesse post é grande, portanto esteja à vontade para me corrigir ou contribuir caso sinta a necessidade.

Nessa foto do Flickr temos dois pro-bloggers saindo de um NOB.

Nessa foto do Flickr temos dois pro-bloggers saindo de um NOB.

Há uma clara divisão atualmente entre quem ganha dinheiro com blogs e quem não ganha. Com base nessa afirmativa, também confirmo que existem aqueles que são favoráveis a essa prática, aqueles que são contra e aqueles que são apenas críticos da forma como isso acontece atualmente.

Isso é normal em toda e qualquer cultura e não quer dizer que, pelo fato de eu criticar a forma como a publicidade em blogs é realizada, eu seja um comunistinha estudante que pensa em um mundo cheio de igualdade e felicidade para todos. Longe disso.

Eu sou publicitário, blogueiro, twitteiro e demais adjetivos que envolvam redes sociais. Eu adoro as mídias sociais e a forma como elas são utilizadas. Porém, com a liberdade que essas mesmas mídias me permitem, faço críticas ao que eu acho errado ou certo. Essa é a maravilha de poder ter voz no mundo virtual.

Acontece que existe certa comodidade e uma corrente filosófica entre blogueiros que diz: “Eu ganho dinheiro, por isso sou invejado pela ralé”. Esse é o típico pensamento do príncipe do gueto. O cara que “supostamente” saiu da miséria e hoje é alguém muito importante… para meia dúzia de pessoas.

Cada pessoa escolhe a melhor maneira de ganhar dinheiro na vida. Alguns ganham blogando, outras chupando, algumas até ganham dinheiro trabalhando. Eu sou do tipo que trabalha e em alguns casos ganho uma grana com o blog. Nada muito alto, apenas a comissão de algumas vendas. O suficiente para sair com a namorada durante um mês.

Eu não tenho inveja de quem ganha dinheiro com blog, apesar de 99% das pessoas que conseguiram essa proeza acreditarem o contrário. Digo mais: acredito que a grande maioria das pessoas que criticam a forma como a publicidade é feita em blogs, também não tem inveja, já que cada um ganha dinheiro da sua maneira.

Pelo lado de quem ganha dinheiro, há uma impressão de que são vítimas de uma nova forma de Macartismo. Só que ao invés de perseguir comunistas, persegue-se… pro-bloggers!

Não há uma perseguição. Não tem ninguém instalando um grampo telefônico na sua casa e muito menos interceptando os seus e-mails. Esse sentimento de vítima vai completamente contra aquele discursinho que algumas pessoas sempre fazem de “saber lidar com críticas”. Quando você acusa o mundo de ter inveja de você por criticá-lo, me faço a pergunta: Cadê aquela pessoa que sabe lidar com críticas?

Como tudo no mundo existe aqueles que são contra ou a favor. Na internet não poderia ser diferente, já que o ambiente virtual é um reflexo da nossa vida off-line. Eu não sou obrigado a gostar de uma coisa e tenho a total liberdade de criticá-la da forma que eu achar mais conveniente. E não faço uma crítica por fazer, tento sempre acrescentar uma base sólida e maneiras de como o objeto criticado pode ser melhorado.

Mas não adianta. A parcela que se sente invejada sempre utiliza o mesmo argumento: “É feio ganhar dinheiro com blogs, é feio falar o que eu penso, é feio ganhar dinheiro com o twitter”. Não, não é feio. Mas não faça disso uma verdade absoluta como se fosse o único caminho, meio e verdade.

Da mesma forma que você tem a sua “liberdade de expressão” (entre aspas mesmo) de veicular qualquer tipo de anúncio em seu blog, eu tenho a minha de criticar a forma como isso é realizado. Essa é a base de um debate. Argumentos de ambos os lados, cada um mostrando o seu ponto de vista.

Concluindo, não existe um Macartismo atualmente. Não tem ninguém perseguindo pro-bloggers, não tem ninguém perseguindo quem Twitta sobre uma marca sendo pago para isso. Existe quem é contra e quem é a favor, quem concorda e quem não concorda. Ninguém é obrigado a aceitar a sua idéia, da mesma forma como você não é obrigado a aceitar a de ninguém. Mas existe o bom senso que leva ao consenso.

Também não existe uma comunidade organizada de invejosos. Mas parece que convencer as pessoas disso é difícil. A inveja é um sentimento que engrandece o objeto invejado. Afinal, qual a melhor forma de se sentir superior a uma pessoa do que afirmar que ela tem inveja de você? Isso parece papo de pastor de igreja presbiteriana.

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Foi dada a largada ao Twitter Pago.

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O assunto do momento é o contrato publicitário entre Marcelo Tas e a Telefônica para twittar sobre a marca 20 vezes ao mês. Não vou dizer que fiquei surpreso. Afinal, eu praticamente dei o caminho das pedras nesse post. Rá.

adsense

Vendo alguns comentários no twitter e algumas pessoas deixando de seguir o Marcelo Tas, pensei com os meus botões e cheguei a uma conclusão (pessoal) que me deixou um pouco assustado: trabalhar com publicidade para a web está cada vez mais difícil.

Aliás, trabalhar com publicidade está cada vez mais difícil. O público está mais ativo, principalmente em um meio como a Internet onde não podemos contar com a passividade da audiência. Se não gosta da propaganda, do post pago ou do Twitt pago, é fácil. Sai da página e pronto.

Esse é o poder das mídias sociais. Apesar da sua colaboratividade, a interação das pessoas depende muito do interesse em comum. Ser impactado por uma mensagem indesejada gera repercussão e movimentos que podem ser contra ou a favor de campanhas nessas mídias.

Eu não sou um dos maiores defensores do publieditorial. Acredito em formas mais interativas e dinâmicas de se fazer publicidade em blogs, mas não deixo de ler um blog por ele fazer esse tipo de publicidade. Pelo contrário, salto a parte do anúncio e continuo a leitura. Mas se a primeira página possuir só anúncios fica difícil.

Digo o mesmo em relação a essa forma de publicidade que está surgindo no Twitter. Você não precisa deixar de seguir uma pessoa só pelo fato dela estar anunciando um produto. Exceto em casos onde o usuário twitta apenas sobre um produto. O que são 20 mensagens por mês sobre determinado produto pra um cara que está sempre falando algo relevante?

Isso serve como um aviso para os publicitários. Devemos ficar mais espertos e criativos. Foi-se a época que o público era bobo e engolia tudo que a gente produzia. Com um canal abrangente como a internet e a urgência das mídias sociais, as possibilidades são infinitas e se o conteúdo não agrada, ele não vai hesitar em clicar no X e fechar a página. Ainda pra completar essa mistura, o consumidor agora tem voz e a possibilidade de propagá-la com uma rapidez tremenda.

Outro ponto em relação a esse assunto que se faz necessário citar é: o Tas vai falar de uma marca que é visivelmente massacrada pelos seus usuários no Twitter e em blogs. Não tenho conhecimento de causa, pois a empresa anunciante não oferece serviços em Minas Gerais, mas clique aqui e entenda o porquê desse comentário.

A Telefônica é vista como uma das piores prestadoras de serviços em São Paulo. Logo, é normal que as pessoas que seguem o Marcelo Tas e tem uma experiência com essa empresa, vão achar uma verdadeira falta de noção falar bem da marca, mesmo que seja um novo serviço.

Resta-me apenas observar o desenrolar dessa história e me preparar para no futuro ver um case de sucesso ou de um fracasso homérico de publicidade no Twitter. De qualquer forma, é um primeiro passo para a exploração da ferramenta como veículo publicitário.

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Matérias que eu não tive…

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Trocando e-mails com um dos professores da minha faculdade, fiquei sabendo que o primeiro período de Publicidade e Propaganda tem uma matéria chamada Tecnologias Avançadas em Comunicação. Segundo esse professor, atualmente os assuntos abordados em sala são os blogs e Twitter. Pensando nisso, sabe o que me deixa puto? No meu primeiro período eu tive na grade curricular Filosofia, Sociologia, Ciências Políticas, Lingua Portuguesa I e Teoria e Tecnica da Publicidade. Sabe em qual período eu tive matéria sobre novas tecnologias em comunicação? Em Nenhum.

A grosso modo, essa nova geração de futuros publicitários estará um pouco mais antenada do que a minha. Digamos que a minha turma precisou “se virar” e estudar por si mesma sobre essas novas tecnologias e tendências que vem revolucionando as formas como nos comunicamos e interagimos na rede. Claro que não foram todos que se ligaram nesse assunto, mas os que foram atrás, compreenderam e estão fazendo a diferença em seus trabalhos.

Fico feliz de saber que agora a faculdade se importa com essa evolução tecnologica e, principalmente, vem apresentado aos alunos conceitos e idéias que estão se tornando cada vez mais comuns na publicidade. Isso é bom por vários fatores, dentre os quais cito os principais:

– os alunos não ficam presos aos modelos tradiconais de publicidade.

– novas tecnologias permitem idéias mais criativas na elaboração de trabalhos.

– a possibilidade de os alunos desenvolverem estudos acadêmicos que introduzam essas idéias na própria instituição de ensino.

– mais usuários de blogs, twitter e demais redes sociais e com um conhecimento maior e direcionado à publicidade.

– no primeiro contato com o mundo acadêmico, no curso de publicidade, os alunos já se deparam com os conceitos e a dinâmica das mídias sociais.

Espero que essa matéria tenha uma semelhante que dê continuidade ao assunto. Principalmente nas matérias de Mídia e Planejamento, onde deveriam abordar novas mídias e como implementá-las em um planejamento e um plano de mídia. Além de apresentar aos alunos conceitos mais atuais e apresentação de cases dentro dessas mídias.

Vejo alguns professores fazendo parte do Twitter, criando blogs e levando esses conceitos para a sala de aula e promovendo a discussão. Fico extremamente feliz por isso e ao mesmo tempo triste por saber que não peguei essa fase de aprofundamento de temas que tanto admiro. Mas como todo mundo sabe, nem tudo é perfeito. Daqui a 4 anos teremos novas tecnologias e que a turma que está entrando hoje na faculdade, não terá nenhuma matéria abordando.

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Twitter + popularização = Novo Orkut? Isso é bom ou ruim?

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twitter

Uma das maiores virtudes que a idade te proporciona é a tolerância. Você passa a tolerar certas coisas que, quando mais novo, não suportava ou fazia uma idéia infantil e superficial do assunto. Posso aplicar isso a várias coisas relacionadas à internet como blogs, Orkut e mais recentemente o twitter.

Quando eu era mais novo, no alto dos meus 18 anos, criei uma conta em uma “rede social” que estava fazendo sucesso lá nos Estados Unidos. Como vocês devem estar pensando, essa rede é o Orkut. Criei a minha conta em Agosto de 2004 e na época a ferramenta ainda era em inglês, cheia de bugs e com um limite de convites. Sim, você só podia fazer parte se fosse convidado. Foi uma amiga minha que mora nos EUA que me convidou.

Na época, era legal porque pela primeira vez, em um único lugar, eu encontrava comunidades sobre temas que gostava e poderia discutir com outras pessoas que também gostavam. Isso sem ter que mudar de site, como eram os fóruns. No princípio não havia muitos amigos meus fazendo parte da rede, mas, com o tempo, foram aparecendo.

De uma hora pra outra essa ferramenta estourou de tal forma aqui no Brasil que todo mundo já possuía uma conta. Ela começou a ficar sem graça e isso é fato. Não porque todo mundo fazia parte, mas porque desvirtuaram grande parte das funcionalidades que fizeram do Orkut uma das ferramentas mais úteis e populares há alguns anos.

Eu achava isso ruim. Péssimo, pra dizer a verdade. Mas com o tempo e estudando e entendendo como funciona a dinâmica da Internet e a interação entre pessoas, avaliei que é algo extremamente positivo a inclusão de pessoas em redes como essa. Por mais que tenhamos semi-analfabetos ou pessoas com mínimo contato com informática fazendo parte da rede, do ponto de vista que eu estudo e trabalho, a publicidade, o Orkut é uma rede fantástica para se descobrir gostos e públicos-alvo específicos. Além de proporcionar a integração de pessoas em várias camadas, seja em comunidades ou em perfis.

Dito isso, gostaria de falar um pouco sobre essa febre do Twitter. De repente, todos começaram a falar sobre esse tal de micro-blogging. Jornais, sites especializados, blogs e por fim, revistas como a Época.

Sabe-se que atualmente várias famílias estão atingindo a “classe-média” e consumindo mais informações através de internet, jornais e revistas. Os que essas pessoas acompanham nesses meios, as deixam curiosas e com vontade de experimentar ou saber um pouco mais sobre o assunto. Essa é uma das causas da popularização de algumas ferramentas.

Dizem que tudo que sai na grande mídia, se torna obsoleto em pouco tempo. Engraçado ter esse pensamento mesquinho aqui no Brasil quando vemos análises em outros países mostrando os benefícios que se tem com o crescimento dessas redes.

O Twitter é uma ferramenta que para alguns não possui utilidade nenhuma. Eu mesmo pensava até a alguns meses que essa rede só servia para ler em 140 caracteres coisas inúteis como “comendo churros” ou “peidei”, já que a premissa básica é a pergunta “O que você está fazendo agora?”. Vi muito disso no começo, mas depois, quando você pega a dinâmica da coisa e passa a seguir pessoas com interesses em comum, a ferramenta passa a fazer mais sentido e até a auxiliar, sendo uma ferramenta de forte interação social e uma rede de contatos imensa.

A ferramenta não vai te oferecer opções como montar um álbum de fotografias ou participar de uma comunidade específica de algum assunto. Você também não terá widgets como Buddy Poke ou letras de música. O seu perfil será descrito em poucas palavras e o principal de tudo: o Twitter é basicamente uma ferramenta de textos. Textos curtos em até 140 caracteres. Suas ações na rede serão basicamente ler o que os outros tem a dizer e escrever o que você tem a dizer.

Outra questão que deve ser abordada é a reciprocidade dos contatos. Você vai seguir pessoas. Geralmente você segue quem aborda assuntos de seu interesse. Por mais que eu alguns momentos o Twitter seja repleto de egotrips, você tem a total liberdade de parar de seguir a pessoa. Mas, como eu disse, a reciprocidade não é fator primordial na rede. Ao contrário do Orkut em que você adiciona uma pessoa e ela automaticamente te aceita e você passa a fazer parte da rede de contatos dela, no Twitter, se você segue uma pessoa, ela não passa a te seguir automaticamente. Ela deve ir ao seu perfil e clicar em “Follow” para te seguir. Mas uma coisa deve ficar bem clara: geralmente as pessoas só vão te seguir se você acrescentar algo a elas. Exceto os amigos, claro.

Acredito que a popularização de uma ferramenta é algo que faz parte do seu ciclo natural. Ela nasce, formadores de opinião começam a utilizar, leitores desses formadores também utilizam e por fim a grande mídia divulga graças ao crescimento. Logo a grande massa também fará parte da rede.

Mas não veja isso como algo ruim. Veja como possibilidades. Possibilidades de conhecer pessoas com interesses em comum, assuntos em comum e que possa te acrescentar algo de alguma forma. Nem que seja apenas mais uma visita para o seu blog quando você twitta algum link.

Claro que teremos de alguma forma o lado ruim de tudo que se baseia em relações na internet: teremos vírus propagados através da compressão de links, teremos muito spam, teremos pessoas que te seguirão e não acrescentarão em nada em grande parte das ocasiões. Mas isso é natural de toda rede on-line.

Do lado publicitário (meu caso), é mais uma oportunidade de descobrir públicos-alvo específicos e monitorar como anda a imagem de marcas perante os consumidores, da mesma forma como acontece com os blogs e Orkut.

O que eu acho estranho nisso tudo é a galera que prega as mídias sociais como salvação da publicidade e do mundo, ver essa popularização do Twitter como uma coisa ruim. Acredito que “social” envolva todas as pessoas e não uma patotinha seleta de seres providos de uma capacidade um pouco mais desenvolvida.

Ninguém será obrigado a seguir alguém que não seja do seu interesse. A ferramenta funciona muito bem assim atualmente e vai funcionar com certeza se houver um boom de novos usuários.

É mais um caminho no desenvolvimento do país e da população que utiliza a Internet. Resta a quem utiliza da forma mais adequada, educar esses novos integrantes e explorar todo o potencial que ferramentas assim proporcionam.

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Como identificar e explorar um hype na Internet

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hype

Fato que hoje em dia grande parte dos blogueiros não escrevem mais para o público e sim para os motores de busca. O famoso SEO – Search Engine Optimization veio para revolucionar a forma como os blogs se posicionam no Google, Yahoo e afins. Busca-se sempre utilizar os termos mais procurados, garantir visitas dos “paraquedistas” e consequentemente, cliques no Adsense.

Isso não é nenhum pecado. É perfeitamente normal, eu utilizo as vezes por aqui. Mas, de certa forma, essa estratégia funciona melhor quando nos deparamos com os famosos hypes. Não sabe o que é um hype? Eu explico. Hype é basicamente aquele assunto que está em total evidência na mídia. Geralmente as pessoas buscam por esses assuntos assim que ficam sabendo. Quem souber explorar o hype somado às técnicas de SEO tem uma receita de sucesso para garantir acessos e cliques nos banners do AdSense.

Mas como reconhecer um hype? Estava discutindo isso há uns dias atrás com o magnífico Wall e surgiu essa pergunta. Pensando um pouco sobre o assunto e levando em conta o conhecimento que tenho sobre blogs e, principalmente, sobre o que aconteceu na blogosfera de 2005 pra cá, podemos definir alguns tipos de hypes que geram extrema repercussão na Interweb$ afora.

Vídeo ou fotos de famosos nus ou fazendo sexo.

Esse é basicamente o hype mais fácil de se explorar. O mundo virtual é movido basicamente por dois tipos de pessoas: aquelas que procuram pornografia e aquelas que divulgam pornografia. É uma coexistência perfeita entre esses dois universos.

Basta alguém estar em evidência e cair uma foto ou um vídeo em um momento mais íntimo e pronto. As pessoas vão imediatamente procurar no Google sobre esse assunto. Isso também serve para famosas que posam para a Playboy.

Esse é geralmente o tipo de hype mais explorado por blogueiros. Só que não espere ver as fotos ou o vídeo que você procura. Blogueiro tem medinho demais de ser punido pelo AdSense e deixar de ser pro-blogger. Ou até mesmo uma punição do Google. Isso é quase uma falência para quem é do ramo.

O exemplo mais recente desse tipo de hype é o vídeo da ex-BBB Maíra praticando sexo oral no seu ex-marido. Blogs exploraram sem dó esse vídeo e muitos tiveram os seus servidores sobrecarregados. Por falar em BBB…

BBB – Big Brother Brasil

Uma vez por ano, durante três meses, grande parte da população congela seu cérebro e se dedica a acompanhar o dia-a-dia de pessoas completamente desconhecidas que são “confinadas” em uma casa com piscina, festas toda e distribuição semanal de carros, dinheiro e outros aparelhos. Sem contar que só selecionam pessoas, digamos assim, dentro dos padrões de beleza convencionais, o que proporciona mulheres gostosas e rapazes sarados para todos os gostos.

Todo mundo quer saber o que acontece na casa mais vigiada do Brasil. Mas, acredito que não fazem idéia que exista o próprio site do programa e acabam caindo nos blogs que apenas citam, sem fazer comentário algum do programa.

Acidentes aéreos, mortes e outros casos hediondos.

Esse é sem dúvida o hype mais mórbido que tenho conhecimento. O ser humano é carniceiro por natureza, adora uma tragédia e com o surgimento da Internet, a documentação desses casos incluindo vídeos e fotos ficou muito mais fácil.

O primeiro caso de hype envolvendo acidente aéreo e fotos desse tipo foi em 1996. As vítimas? Os Mamonas Assassinas. Me lembro que a Internet estava engatinhando aqui no Brasil e meu primo, do interior, foi o primeiro a me mostrar essas fotos. Foi uma situação deveras traumatizante para mim, na época com 9 anos e fã incondicional da banda.

O tempo passou e recentemente tivemos dois casos de acidentes aéreos que renderam visitas e dinheiros para blogueiros: O acidente da GOL e o acidente da TAM. Em ambos os casos, bastava uma linha qualquer no meio do texto envolvendo as palavras “veja as fotos do acidente aéreo” e pronto, os acessos subiam num passe de mágica.

Os outros casos de hypes que foram explorados dessa maneira, na sequência, foram: João Hélio, sequestro de Eloá e estupro da menina de Joaçaba.

No caso do estupro, foi noticiado pela imprensa que havia um vídeo. . No caso de João Hélio e Eloá foi o feijão com arroz de sempre. Pessoas procurando fotos dos corpos das vítimas.

Conclusão

Esses são os tipos de hypes que mais geram acessos para um blog. Claro que existem outros menores como alguns virais que se popularizam entre os usuários de Internet, mas nada muito grande.

O hype, da forma como é explorado pelos blogs atualmente, tem a finalidade de somente gerar acessose cliques no AdSense e programas de afiliados. Ele nunca vem acompanhado de uma opinião ou crítica sobre o assunto. Sempre vem com um textinho furreca e que contenha o maior número possível de termos como: veja, ver, baixe, assista e download.

Se você quer ganhar dinheiro em cima de hypes, é só seguir essa cartilha. Claro, isso é interessante só pra quem segue uma linha de blog caça-paraquedista mesmo. Se você tem um público que curte mais os seus textos, não tente utilizar hypes para se promover. Com certeza espantará o seu público e só atrairá visitas que não acescentam em nada.

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Rafael – O velho

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Definitivamente, esse não sou eu.

Definitivamente, esse não sou eu.

 

Minha mãe e meu pai sempre disseram que eu tenho facilidade de lidar com aparelhos eletrônicos e de informática com facilidade graças à minha idade. Eu nunca acreditei nesse papo, até porque acho tudo tão simples que não teria outra explicação a não ser essa: simplicidade. Porém, ontem eu tive um revés na minha vida que serviu como lição e um tapa na cara: estou ficando velho.

Ontem foi comemoração do aniversário da minha prima em um salão de festas infantil aqui de Belo Horizonte. Para a minha surpresa, no local havia dois Playstation 2, um X-Box, um Game Cube e um Wii. Claro, em um primeiro momento fui correndo para o Play 2 e matar a saudade do Winning Eleven. Mas o Wii estava ali, chamando a minha atenção com aquele tanto de moleque de 11, 12 anos jogando. Resolvi deixar pra depois. Afinal, teria muito tempo ainda pra jogar tênis, boliche e boxe no Wii Sports.

Depois de algum tempo resolvi encarar a máquina. Peguei o controle e apontei pra tela. Estava em uma tela que mandava escolher o “Wii Sports”, Mee e algumas opções que não me lembro. Eu apontei o controle para cima, para baixo, para o lado, para o salão de festas, apertei o seta pra cima e nada. Apertei os botões 1 e 2 e nada. Quando apertei o botão “+” as opções avançaram, mas nada. Depois apertei o botão que é uma casinha e nada também. Fiquei nessa de apertar botões por uns 5 minutos até que desisti.

Mas eu não deixaria isso barato. O Wii não ia me vencer e foi só eu sair que dois moleque pegaram os controles e começaram a jogar. Não deu tempo de ver o que eles fizeram, apenas vi que eu deveria estar com a manete errada, ou algo do tipo.

Passado algum tempo, resolvi que era a hora da verdade. Eu e o Wii. Eu jogaria aquele video-game de qualquer forma e teria meu primeiro contato com a chamada “Next Gen” dos games. A tal da era dos 256 bits. Eu era um virgem, e como tal, tive dificuldades. Peguei o controle de novo e a tela de opções, a maligna tela de opções, continuava ali. Em um determinado momento tive a impressão de ter visto um cursor parecido com um de mouse tradicional, mas acredito que meus olhos me traíram.

O ritual de apontar pra um lado e apertar vários botões se repetiu por vários e vários minutos. A sensação de impotência só seria superada se eu realmente brochasse durante o ato sexual. Mas, naquele momento, eu havia brochado perante um Wii. Como uma verdadeira senhora experiente no sexo, aquele maldito video-game conseguiu me deixar ainda mais virgem do que já era em relação aos novos games. Como não poderia deixar de ser, abaixei a cabeça e me recolhi a minha insignificância. Logo em seguida um moleque de uns 9 anos foi lá e jogou. Depois duas meninas foram lá e jogaram. SHIT!

Cansado, derrotado e com o orgulho ferido, só me restou refletir sobre o ocorrido e chegar a uma conclusão mais que desanimadora: Eu estou ficando velho. Já não sou mais aquele moleque que pegava um video game que nunca vira na vida e debulhava jogos em questão de dias. Se com um Wii eu não consegui nem sair da tela de seleção de jogo, imagina se eu pego um Playstation 3 ou um X-Box 360 da vida?

Nessa noite eu percebi que sou uma geração ultrapassada. Os novos estão aí e pra eles eu sou aquele cara velho que não sabe jogar video-game. E o pior: eu só tenho 22 anos!

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