E o prêmio de melhor ateu desse ano no VMB vai para…
A última moda em comportamento atualmente é ser ateu. Uma turminha descolada, metida a alunos de Platão que adora mostrar que “saíram” da caverna (mesmo que ainda não tenham coragem de sair do armário) e enxerga o universo, a criação e tudo o mais como uma mera obra do acaso que a física, química, biologia e literatura portuguesa explicam.
Eu não sei até hoje o que sou no sentido religioso da palavra. Posso me dizer ateu sendo que vez ou outra solto um “Ai meu Deus” ou “Nossa Senhora” entre uma fatura de cartão de creditou ou uma conta de telefone? Acho que não.
Posso ser meio ateu e meio cristão? Saca, misturar o melhor dos dois mundos. A possibilidade de receber um milagre e, ao mesmo tempo, acreditar que tudo isso não passa de conversa para crente dormir.
A questão é que a galere descobriu um nicho interessante para se explorar na blogosfera e na tuitosfera: A velha disputa entre ateus x religiosos.
É basicamente uma disputa entre cruzeirenses e atleticanos, tirando o fato de que temos duas libertadores, o que equivale a ressurreição e a andar na água, por exemplo, enquanto os atleticanos tem mais vitórias no clássico, o que equivale a física explicar a origem do universo e vários outros mistérios tidos como milagre.
Concluindo o raciocínio, temos dois grupos que não conseguem viver em harmonia, um conceito pregado de forma belíssima por palestinos e israelenses, que, pasmem, são muçulmanos e judeus.
Enfim, a boa é ser judeu, rico e cultivar uma linda costeleta em forma de trancinhas.
Abs.
Belo Horizonte cai na rede!
Belo Horizonte, mesmo.
Tá rolando aí uma ação envolvendo blogs que visa levar uma turma da pesada (sim, a grande maioria é bem pesada mesmo) para passar 4 maravilhosos dias em Porto de Galinhas. Poxa, quem não gostaria de ir? Até eu que sou bobo.
Segundo os organizadores da ação, a idéia é mostrar ao público brasileiro em geral que Porto de Galinhas é um paraíso a ser descoberto. Um dos últimos recantos mágicos onde o homem pode se aventurar por praias e dunas sem se preocupar com a criminalidade do Rio de Janeiro ou a farofada mineira das praias capixabas.
Mas, se quer falar de turismo mesmo, não tem pra nenhuma outra cidade. Belo Horizonte é a pedida certa.
Fato que a capital mineira tem as mulheres mais lindas do Brasil, várias e várias opções de lazer para compensar a falta de um naco de oceano, além de ter um excelente custo benefício.
Belo Horizonte é a única cidade aonde com R$ 10 você vai ao puteiro, sai de lá e passa na Pastelândia pra comer dois pastéis de carne e queijo e tomar um caldo de cana e ainda sobra dinheiro pra passagem de volta pra casa.
Diversão é a palavra certa nessa grande cidade às margens da Serra do Curral Del Rey.
Eu amo BH Radicalmente, bróder.
Xuxa Meneghel contrata Tessália Serighelli como consultora de presença on-line
Após a repercussão de sua passagem relâmpago pela rede social Twitter, a apresentadora Xuxa Meneghel resolveu investir de vez na sua presença no mundo digital.
A ex-rainha dos baixinhos acaba de contratar os serviços de Tessália Serighelli, a famosa Twittess, para mudar a imagem adquirida após os eventos envolvendo mensagens de usuários criticando um erro de português da sua filha Sasha Meneghel.
A repercussão das mensagens de Xuxa foi tamanha que vários artigos falsos envolvendo um suposto processo da apresentadora contra a rede social foram publicados na Internet, sendo repassados como verdadeiros.
A contratação de Tessália, publicitária e analista de mídias socias, vem para dar uma cara mais jovem e uma linguagem mais descolada para o Twitter de Xuxa. A idéia é tentar “consertar” o estrago causado nas últimas semanas e ensinar a rainha dos baixinhos a lidar o público das novas mídias digitais.
A iniciativa tem como inspiração grandes celebridades americanas que tem conta no Twitter, como a apresentadora Ellen DeGeneres, que possui uma equipe de redatores encarregados de suas atualizações na rede social.
Segundo a apresentadora, Tessália representa bem a juventude atual, se enquadra perfeitamente na sua proposta e acredita que a parceria tem tudo para dar certo.
Em breve poderemos observar a mudança na postura da loura no ambiente virtual.
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31/08 – Blog Day! Os 5 blogs que eu indico são…

It's blog day, bitch!
Ora ora como as coisas mudam, não é mesmo? Antes da febre do Twitter, todo blogueiro que se considerava blogueiro de verdade fazia todo aquele alarde sobre o Blog Day, no dia 31/08. Hoje, infelizmente, foram pouquíssimos aqueles que seguiram a tradição.
Mas eu sou um cara old-school, adoro essas tradições e não deixaria esse dia tão importante passar.
O Blog Day é, basicamente, uma celebração mundial em que blogueiros realizam um post indicando cinco outros blogs para o conhecimento de seu público, dando a chance de mais e mais pessoas prestigiarem o trabalho desses caras.
Uma das coisas que eu disse no Blog Day do ano passado ainda vale para esse ano: Não vou ficar indicando blogs que todo mundo já conhece. É chover no molhado e, de certa forma, mostrar para todos os seus leitores as suas habilidades labiais durante o ato de sucção escrotal, o famoso chupa-ovo.
Vamos aos blogs que eu indico nesse Blog Day:
SuperWallace.net – O Wall é, atualmente, o blogueiro com quem eu mais troco idéia a respeito de tudo nessa blogosfera. Seja AdSense, formas de ficar milionário ou falando mal dos outros.
É um blog para-quedista, mas o que o diferencia dos demais é o fato de produzir seus textos, ao invés de ficar somente pegando notícias da internet e replicando como se fosse um papagaio.
Desaforo – Jottapê, é, possivelmente, um dos caras com a maior capacidade criativa dessa chamada blogosfera tupiniquim. Claro, é um humor refinado e nem todo mundo é capaz de compreender, mas se você tem um intelecto avançado como o nosso, provavelmente irá se identificar com os posts dele.
O Crepúsculo – Redator, atleticano, gay e gordinho como eu. Esses já são fatores suficientes para que eu odiasse o autor do Crepúsculo, mas não tem como não gostar do Sr. Turambar e dos seus textos.
O cara é de Belo Horizonte, assim como eu, e por coincidência até hoje nunca nos vimos pessoalmente. Mais um sinal do homossexualismo do rapaz. O blog dispensa comentários. Conta com uma equipe foda e vale o acesso.
Que Diabos – Ah, o Luquetinho. Esse sim é o verdadeiro prodígio da blogosfera brasileira. Não existe “mundo tosco” que se compare com as aventuras de Luke, seja roubando um cone para a namorada ou discorrendo sobre as desvantagens de se cruzar a Friend Zone.
Sem contar o material que a gente compartilha via MSN. De primeira qualidade.
Ato ou Efeito – Essa é uma menção honrosa, pois não estamos falando de um blog, mas sim do site Mais Quente da Galáxia!
Atualmente é, na minha opinião, o blog que agrega a maior diversidade de conteúdo e que possui aquilo que muitos poucos blogueiros conseguem demonstrar: qualidade.
Mentira. O site é uma merda e o Théo é o maior tanga da interwebs. Mas vale a pena acessar.
É isso. No meu Blog Day indico esses caras aí. Eu sei que tem outros blogueiros por aí que merecem – e com razão – estar nessa lista. Mas não dá pra agradar todo mundo e estes são os blogs que mais acompanho.
Se você não está aqui, sinto muito. Tente me bajular mais vezes no MSN. Quem sabe um buquê de flores? Seja criativo, ok?
Uma noite alucinante!
Vocês se lembram da garota que copia os depoimentos e scraps que envio para a minha namorada para mandar para o namorado dela? (Clique aqui e aqui se não conhece a história)
O que eu citei apenas superficialmente é que eu estava ficando com ela basicamente um pouco antes de conhecer a minha namorada e, quando conheci a primeira dama, simplesmente parei de falar com a garota. Mas não é sobre isso que vou falar. É sobre a aventura medonha que foi encontrar com essa garota pela primeira vez.
Tudo começou quando ela respondeu que “me pegava” em um daqueles tópicos de comunidades do Orkut. (Leia a frase anterior de novo. Sacou o nível da parada? Continuemos). Bonitinho, sensual e bem sucedido, sou um prato feito pra qualquer garota, mas já sou comprometido, felizmente.
Malandro adepto da escola Oliver de sedução que sou, logo me engravei com a garota,respondendo que também a pegava e já partindo pra troca de MSN’s e toda essa burocracia digital pós-Orkut.
Conversa vai, conversa vem, masco ela pra cá, masco ela pra lá e a garota me chama pra festa junina da escola dela, que por coincidência era outra unidade do colégio que eu havia me formado.
Em meio ao convite, a copiadora de scraps resolve bater uma aposta comigo. Ela apostou que eu não iria a festa. Obviamente, a brecha foi aberta e já lancei a clássica “o que eu ganho se eu for?” A resposta era uma só.
Aposta selada, casada no chão, parti para a aventura.
Pra começar, estamos falando do bairro Minas Caixa, que fica após o bairro Venda Nova, que para quem não conhece é, digamos, um distrito dentro de Belo Horizonte. Além daquele pedaço, todo o restante é considerado “barra pesada” pelos demais moradores de bom senso da capital mineira.
Uma pequena pausa narrativa:
Homem nessas horas é uma merda, pois acaba pensando com as bolas ao invés do cérebro e acaba se metendo em “altas confusões”. Ignorando completamente o meu sentido aranha que insistia em me dizer “é furada, amigo”, resolvi comparecer ao local.
Voltamos.
Não fazia a menor idéia de onde era a escola da garota e tive que apelar pra uma das coisas que mais odeio: pedir para o trocador do ônibus me avisar quando deveria descer.
Geralmente o trocador ignora a sua presença e só te avisa que o ponto passou uns 5km depois do local desejado. Mas, por sorte, esse trocador era legal e me mostrou o lugar certo.
Infelizmente aquele era o lugar certo.
Apesar de o colégio ser militar, era um lugar, no mínimo, nefasto. Estava rodeado pela famosa raça dos “abas retas”, que são nada menos do que aqueles garotos da periferia que utilizam os seus bonés com as abas devidamente retas e, por si só, já infligem um alto grau de medo em rapazes da área nobre como eu.
Passado o cagaço, vamos em frente. O show de horrores tinha que continuar.
O colégio não poderia ser diferente. A turma que estava na rua, migrou em peso para o ambiente da festa e minhas esperanças de sair vivo daquele local diminuíam a cada minuto.
Veja bem, eu sou o tipo de cara tem estampado na cara “burguesinho de merda”. Não é pelas roupas ou por algo que eu esbanje, mas é o modo como eu me comporto. Não me visto com quase nada de marca. O problema é que na época eu estava numa fase meio, astro do rock juvenil. E astro do rock juvenil não combina com o bonde do baile funk.
Sabe aquela cena do baile funk em tropa de elite, antes dos aspiras sentarem o dedo em todo mundo? Então, o local estava basicamente daquele jeito. E era uma festa junina, hein?
Resumindo a estadia na festa, sobrevivi e chegou a hora de ir embora.
Eu não tinha mais do que R$ 10 no bolso, afinal, isso dava e sobrava pra pagar a minha passagem de ônibus. O que ninguém me avisou era que o ônibus que ia direto de lá e passava pelo meu bairro, parava de circular após as 22h. Isso já era quase 23h.
Estava o Rafael em um local deserto, cheio de perigos e completamente sozinho esperando o primeiro ônibus random que passasse por ali. Todos convergiam para o mesmo lugar e eu poderia pegar outro de lá pra minha casa.
Acontece que os ônibus simplesmente não passavam por ali. Acho que era toque de recolher ou algo do tipo. A quantidade de ônibus era inversamente proporcional à quantidade de caras suspeitos que passavam me encarando e me olhando de cima a baixo.
Uma certa compressão anal começou a se fazer presente.
Após mais de meia hora esperando um ônibus e nada. O primeiro Taxi que passou – era um táxi mesmo, cara! – chamei. Para a minha sorte, o motorista era legal e não pensou que eu iria assaltá-lo. Provavelmente porque eu era único cara vestido “como gente” naquele lugar.
Entrei no táxi e desembolei o seguinte diálogo:
– Cara, eu tenho R$ 10. Até onde você pode me levar com isso?
– Você precisa ir pra onde, chefe?
– Eu tenho que ir para o bairro X.
– Vishe colega, por dez barão nem rola.
– E na estação Venda Nova, dá pra me deixar?
– Aí sim. Bora.
Abençoado seja aquele motorista cujo nome, infelizmente, não me lembro. Salvou uma pobre alma aquele dia.
Chegando à estação ainda tive que esperar mais alguns minutos até o próximo ônibus sair. Eu já não agüentava mais ficar naquele bairro. Sinto calafrios só de pensar nos momentos em que passei ali.
Me chame de fresco. Prefiro dizer que é auto-preservação.
Naquele dia jurei que não voltaria mais lá e os próximos encontros que tive com a garota sempre foram em lugares públicos, como shoppings e etc. Afinal, ali pelo menos tinha segurança.
Depois ainda nego vem me perguntar por que parei de falar com ela quando conheci a minha namorada. Francamente.
Segurança em primeiro lugar. Sempre.
Casos de família
Você sabe que uma família é completamente disfuncional quando o filho de 15 anos é a pessoa mais escandalosa e pirracenta da casa. É esse tipo de situação com a qual tenho de conviver a alguns anos, desde que o moleque do apartamento de frente para o meu aprendeu a falar.
Os pais do garoto parecem duas múmias que não fazem nada para contrariar o pequeno Führer. Palavras de amor como “bando de filhos da puta” ou “vão tomar no olho do seus cus” são as mais pronunciadas pelo garoto aos seus pais. Um amor de família, diriam os mais tradicionais.
Certa vez, em mais um de seus acessos de loucura, o jovem começou a gritar sem parar “tudo nessa porra é a minha culpa”. Instintivamente, a minha reação foi pegar a .40 do meu pai acabar com o sofrimento dessa pobre alma com duas azeitonas bem colocadas recheando o crânio do jovem, mas, no momento e para o azar do enfant terrible, meu pai não estava em casa.
Sou de um tempo onde esse tipo de comportamento era remediado na base de tapas, surras de cinta e, em alguns casos, chineladas ou até mesmo a utilização de elementos mais rústicos, como a famosa vara verde. Hoje em dia com esse tal de Direitos Humanos não se pode mais educar esse tipo de meliante.
Aí, o que acontece? O moleque cresce e se torna um adulto completamente instável e frustrado. Ou se torna gay, ou vai passar a vida toda dependendo de analista e livros de auto-ajuda. E, muito provavelmente, se tornará um blogueiro. Um pró-blogger, de preferência.
SporTV – Sensível como nenhum outro canal!
Acredito que falar mal do brasileiro é o maior sinal de complexo de vira-latas que existe. Muitas pessoas se esquecem que, querendo ou não, são brasileiras e ponto final. Mas em algumas situações, falar mal dos nossos “conterrâneos” se torna necessário.
Durante a final da prova dos 1500 metros feminino, ao encontrar uma pequena brecha para ultrapassar a líder Gelete Burka, a espanhola Natália Rodriguez, percebendo que seria jogada para o lado de fora do circuito deu um pequeno “chega pra lá” na adversária.
Veja o vídeo abaixo.
httpv://www.youtube.com/watch?v=zVKM1h6MF-g
Logo após o término da prova, a espanhola foi declarada vencedora, mas, obviamente, era questão de tempo até os juízes avaliarem o vídeo e desclassificassem a mesma.
Durante esse tempo, era visível o incômodo de Natália ao comemorar a vitória, pois era uma situação delicada. A atleta estava dando entrevistas para algumas redes de televisão internacionais quando foi anunciada no telão a sua desclassificação. A moça não viu a informação e provavelmente nenhum dos repórteres que estavam a entrevistando.
Nesse momento, demonstrando toda a capacidade do brasileiro em ser filho da puta, a equipe do SporTV, percebendo que a corredora ainda não sabia da desclassificação enquanto distribuía sorrisos aos outros repórteres, foi lá e mandou o aviso:
“Filha, você foi desclassificada”. Ou algo nessa linha, pois não deu para escutar o que o repórter falou. Ele provavelmente deve ter perguntado como ela se sentia após a desclassificação pois consegui identificar o primeiro comentário da atleta:
“Sem medalha”?
Pois é.
Enquanto o repórter na pista dava a má notícia, a equipe de estúdio comemorava como se o Brasil tivesse acabado de conquistar uma medalha. Vangloriavam-se pelo fato de ser um brasileiro a informar que a corredora fora desclassificada.
Sinceramente, quer dar o furo, ok, mas não fique comemorando como se isso fosse um prêmio Pulitzer. Deixe esse tipo de notícia para o técnico ou algum familiar da pessoa.
Natália Rodriguez saiu visivelmente abalada da área de imprensa. Enquanto isso a equipe do SporTV provavelmente estourava uma champagne.
Pouco tempo depois, entrevistando a saltadora brasileira Maurren Maggi, que havia desistido da prova devido a dores no joelho e completamente decepcionada, o repórter do SporTV nos premia com mais um poço de sensibilidade:
“Não fica assim não, Maurren. A sua filha deve estar te esperando em casa com uma medalhinha”.
Tem que ser muito filho da puta mesmo.
Quero registrar aqui os meus parabéns para a equipe do SporTV que cobriu o mundial. Vocês são um bando de filhos da puta.
Um drink no inferno – Rafael e o show do Fresno
Não sou o tipo de cara que fica no tuíter “trollando” fãs de Fresno e emocore em geral e me sentindo realizado por isso, mas ao mesmo tempo, minha resistência aos “fãs” da banda é um pouco abaixo do normal. Acho que é por isso que nem tenho ido mais a alguns shows de rock. Porém, na sexta-feira, graças a um par de ingressos “na faixa”, tive que deixar o preconceito de lado e partir pro show da banda Fresno.
Como não poderia deixar de ser, o ambiente estava recheado de pré-adolescentes histéricas com as suas blusinhas de banda, calças skinny e Converse/Nike/Vans, com os cabelos devidamente pranchados na franja e aquele ar blasé de quem está fumando somente para mostrar que é cool, mesmo que tenha que passar o dia todo no balão de oxigênio após o show. Bronquite, sabe como é.
Sabe quando você tem um pesadelo onde você precisa correr o mais rápido possível e simplesmente não consegue sair do lugar? Era mais ou menos essa a sensação que eu tive no show do Fresno.
Após as bandas de abertura, era a hora do “melhor grupo musical” do Brasil subir ao palco. Mais de 40 minutos com os roadies arrumando equipamentos e luzes até que os músicos de verdade subiram.
Como todo bom espetáculo, as luzes foram apagadas e o gelo seco tomou conta do lugar. Me senti numa vibe meio Girls Just Wanna Have Fun, só me faltou a Cindy Lauper aparecer ali pulando e gritando. Mas não foi bem assim.
A gritaria foi insuportável. Gritinhos de “Fres-nô” tomavam conta do lugar. Para muitas garotas, aquele foi o primeiro orgasmo, mesmo que não façam a menor idéia do que isso seja, afinal, metade do público era de garotinhas de 15 anos, mesmo sendo censura 16.
Com o visual e a atitude descolada que só os grandes nomes do rock conseguem demonstrar, a banda já chegou quebrando tudo. O Tavares, baixista, mostrando toda a sua consciência política, entrou com uma camiseta escrito “Tchau Sarney” e alguma outra palavra de ordem que não me lembro.
Poxa, maneirão! Para o pessoal que ta ali no show e não faz a menor idéia de quem é Sarney, provavelmente acharam que se tratava de um amigo do cara que foi embora.
Curiosamente, no Prêmio MultiShow não vi tamanha consciência política. Mas tenho um certo déficit de atenção. Isso deve ter me escapado.
Mas voltando ao público, que é o personagem principal desse post, essa juventude aí regada a Nx Zero e revista Capricho ainda insiste em prestigiar mais a beleza física dos artistas do que a própria música.
Gritinhos de lindo, perfeito e gostoso ecoavam por todo o recinto, o que me dava uma certa ânsia de vômito.
Bem do meu lado tinha um cara, aparentemente hétero, mas que durante o show se transformou. Ficava gritando o nome dos integrantes da banda e não perdia uma oportunidade de passar a mão nos caras quando eles chegavam próximos do público.
Sem contar a garotinha da frente que não sabe a diferença entre um contra-baixo e uma guitarra. Lamentável.
Saí do show antes do final, o que melhorou o meu humor naquele dia em 110% e me fez ter ainda mais certeza de que esse universo não é mais pra mim.
Estou oficialmente aposentado do universo “rock and roll colegial”.
Dois filmes que valem a pena assistir
Alguns filmes são tão simples e com histórias tão cativantes que é impossível não se tornar fã logo após os créditos subirem.
Recentemente me tornei fã de dois filmes que recomendo a todos. O primeiro deles, que já deveria ter falado dele há mais tempo, foi uma dica que vi no blog Grande Abóbora. Chama-se Uma Noite de Amor e Música (Nick and Norah’s Infinite Playlist).
O filme é baseado em um livro de mesmo nome (que você pode comprar clicando aqui) e conta a história de Nick (Michael Cera) e Norah (Kat Dannings), dois adolescentes que se encontram em um show de rock. Norah pede para Nick ser seu “namorado” por 5 minutos, o que leva a uma noite em plena Nova Iorque mostrando com um toque simples e direto uma história de amor em meio ao universo da música Indie.
O filme é simples, simpático e extremamente cativante. Você se identifica perfeitamente com os protagonistas ou com os amigos deles, além da história que poderia acontecer com qualquer um de nós.
O outro filme que entrou no meu “ranking de melhores filmes” não tem a menor previsão de estréia no Brasil (segundo o Omelete seria agora em agosto, mas pelo visto…) e sim, foi na base do Torrent, e chama-se Adventureland.
Sabe quando você planeja muito uma coisa e de uma hora pra outra vê tudo dando errado e você seguindo o pior caminho possível? Então.
James Brennan (Jesse Eisenberg) tinha tudo planejado: faria uma viagem pela Europa para comemorar a sua formatura na faculdade, porém, seu pai teve um corte no salário e não pode pagar a viagem. Mais problemas ainda quando ele descobre que talvez não consiga fazer a sua pós em Nova Iorque. A solução? Voltar para sua terra-natal e trabalhar no pior lugar possível: O parque de diversões Adventureland.
Em meio a esse emprego, Brennan conhece os mais variados tipos de pessoas e situações: o cara nerd, o amigo retardado, o cara maneiro, os chefes carismáticos e a garota perfeita.
Gostei de Adventureland de cara por um único motivo: foi dirigido por Greg Mottola, o cara que nos presenteou com a obra-prima das comédias adolescentes modernas (na minha opinião) – Superbad.
É aquela mesma estética de filme anos 80, inclusive Adventureland se passa em 1987, mais ou menos a época em que Superbad foi escrito, se levarmos em conta que se trata da adolescência de Seth Rogen.
Curiosamente, nos dois filmes o personagem principal começa o filme tomando um fora e, a partir daí, a vida deles muda de alguma forma, e sempre com uma garota no meio. Garotas, sempre elas!
Outra dica é a trilha sonora dos dois filmes. Excepcional. No caso de Adventureland é uma ótima coletânea de músicas dos anos 80 e em Uma Noite de Amor e Música temos bandas que não são representantes do “indie rock mainstream” (por mais bizarro que isso possa parecer).
Enfim.
São dois filmes que recomendo fortemente. Se você gosta de comédias adolescentes que não apelam para sátiras de outros filmes ou nudez desnecessária, Adventureland vai te fazer rir sem soar forçado.
Agora se você curte rock, histórias de amor modernas e o Michael Cera, Uma Noite de Amor e Música é ideal. Principalmente se for assistir acompanhado. 😉
Cool Hunter sou eu, rapá!
A minha carreira de Cool Hunter começou em 1987. Bem antes dessa moda tosquinha aí que vocês adotaram de 2004 pra cá. Na minha época as coisas eram um pouco mais difíceis. Era correria, tinha que mostrar serviço, senão a grana não aparecia.
O começo foi difícil. Eu estava naquela coisa de mostrar logo o quão bom eu era como Cool Hunter. Mas o mercado ainda não estava preparado pra isso. Iniciantes sofrem certo preconceito nessa parte de cool. Mas eu ainda continuava na caçada, se é que me entendem.
O tempo foi passando e o pessoal começou a gostar de mim. Me chamavam cada vez mais para produções cujo cool Hunter era parte essencial da trama. Fui me especializando. Já conseguia trabalhar com três, quatro cools ao mesmo tempo, me mantendo firme. Muito firme.
Na época não tinha essa facilidade da internet, né cara? Era a época das Zines, do Do it Yourself. Tinha que suar. Ô se tinha.
Consegui me dar bem na área de cool Hunter. Conheci o cool de mais de 100 garotas diferentes e fui premiado por isso. Se você não sabe, fui eleito o terceiro maior “Pau no cool Hunter” da história pela AVN.
É mole? Não rapá, é duro. Muito duro aqui.
E essa tal de Twittess vem falar que é cool Hunter? Cool Hunter sou eu na foto aí em baixo. Pau no Cool Hunter.