Um pouco sobre Blink 182
Blink 182 é uma banda que me acompanha, sei lá, desde os meus 12 anos de idade. Foi um raro caso de “amor à primeira ‘audição’”.
Lembro como se fosse hoje: o primo de um amigo chegou dos Estados Unidos com um bocado de CDs e “k7’s” de bandas que estavam rolando nos festivais da Califórnia. Logo de cara um desses CDs chamou a minha atenção. Na capa tinha um touro com o “lombo” carimbado com o nome da banda em questão: Blink 182.
Não hesitei em escolher esse cd para escutar em casa, com calma, e repassar para uma fita virgem. Subi as escadas correndo e já abrindo a bandeja do cd player. Assim que o display acusou a faixa número um, fui arrebatado pelos primeiros acordes de Pathetic e desse dia em diante, eu tinha a minha banda favorita.
Pouco tempo depois os caras estouraram de vez com o disco Enema of the State e ficou muito mais fácil ter acesso ao material do Blink 182. E a cada novo CD dos caras, é como se eu estivesse escutando a banda pela primeira vez. A mesma emoção, empolgação e todos esses sentimentos que você com certeza já nutriu por alguma banda/cantor/cantora/artista durante a sua vida.
Alguns anos mais tarde, logo após o lançamento do cd Blink 182, rolou um boato forte de que a banda viria ao Brasil. Tudo indicava que seria no final do ano, no longínquo 2003. Juntei dinheiro o ano todo, esperando por um anúncio que nunca viria. Pelo contrário. Dois anos depois, em 2005, os caras anunciaram um “hiato por tempo indefinido”. Mas os fãs sabiam que esse era o fim do Blink 182.
Confesso que nunca me abati tanto com o fim de uma banda. Quase 10 anos escutando os caras nos piores e nos melhores momentos da minha vida e, para piorar, nunca tive a chance de ver um show ao vivo dos caras. Foi realmente triste.
Em meio a trabalhos paralelos e declarações polêmicas, o tempo foi passando. Escutava agora Angels and Airwaves e Plus 44, mas não era a mesma coisa. Apesar da pegada e das vozes, eram duas bandas diferentes e não tinha a química do Blink 182.
Com a certeza de que a banda jamais retornaria, tudo ficou ainda pior com o acidente de avião envolvendo o melhor baterista da atualidade: Travis Barker. O cara ficou entre a vida e a morte, e para os fãs, foram dias de apreensão.
De uma forma bizarra e inesperada, o acidente foi o fio condutor para a reaproximação dos integrantes do Blink 182. Mark e Tom que não se falavam há alguns anos resolveram fazer as pazes e, surpreendentemente, uma ponta de esperança começou a surgir a partir daí.
Em 2009 a noticia que os fãs esperavam há mais de 3 anos: o Blink 182 estava de volta e preparando cd novo e turnê mundial. Confesso que foi uma das melhores notícias que já tive na minha vida.
Pouco tempo depois, os caras fizeram uma apresentação ao vivo em um festival e, ao assistir o vídeo, pude perceber o motivo do Blink ainda ser minha banda favorita: a química, o carisma, a empolgação dos já agora pais de família e quase senhores de idade naquele palco foi um retorno honesto à minha adolescência.
Em 2011 o momento que todos estavam aguardando: o lançamento do novo álbum. Há 8 anos sem produzir nada novo, o Blink 182 lança o disco Neighborhoods.
Como eu esperava, era o caminho natural da banda: crescimento. Sai de cena os dilemas adolescentes (que já haviam sido deixado de lado no último álbum de inéditas) e somos apresentados a músicas com temáticas mais adultas, algumas até mesmo sombrias.
Eu não sou mais um adolescente, não poderia esperar que os caras – mais velhos do que eu – continuassem agindo e escrevendo como tal. E foi um retorno muito bem vindo. Um álbum que matou a saudade desses 3 caras que embalaram muitas sessões de skate e jogatina de vídeo-game.
Agora, nesse momento, estou ouvindo o novo EP do Blink 182: Dogs Eating Dogs. Cinco músicas inéditas, totalmente produzidas pelos caras e distribuídas digitalmente pelo preço camarada de U$ 3,99.
Mais uma vez eles conseguiram. Me mostraram que daqui a uns 30 anos, com certeza estarei com os meus filhos/netos conversando sobre música e em algum momento direi “deixa o pai mostrar um CD pra vocês. É coisa boa. Confia em mim” enquanto dou o play em qualquer um dos discos da banda.
Agora só falta uma coisa: ter a oportunidade e o prazer de ver um show dos caras no Brasil. Não importa onde, não importa o valor. É um show que não perderei por nada nesse mundo.
Fica a dica para os organizadores do Rock in Rio e Lollapalooza da vida.
Reality Show – O Mosteiro
Os Reality shows fazem muito sucesso no Brasil. Todo mundo quer ver estranhos confinados numa casa a ponto de se matarem ou então quem será a nova estrela da música nacional. É uma receita pronta de sucesso.
Estava aqui pensando esses dias e que tal deixar a coisa ainda mais gostosa e divertida? Tive uma ideia maravilhosa de reality show e gostaria de compartilhar com vocês. Vai que alguma rede de televisão acessa esse post e resolve investir no formato? Não ganharei nada com isso, mas ficarei feliz. De verdade.
Seria mais ou menos assim: A equipe do programa selecionaria 12 pessoas com desejo sexual hiperativo (6 mulheres ninfomaníacas e 6 homens com satiríase) com o grau mais alto da patologia.
Os participantes escolhidos seriam confinados em um mosteiro construído especialmente para o programa por 3 meses. Durante todo esse tempo, eles estarão submetidos ao regime de internato da igreja católica.
Ou seja: sem sexo.
A ideia principal do reality show é ver quem tem mais força de vontade para conseguir o prêmio de 2 milhões de reais e aprender um pouco de teologia. E filosofia também.
Toda semana os participantes serão submetidos às provas boladas pela produção como, por exemplo, servir sopão em um albergue repleto de strippers e go-go boys fantasiados de sem teto. Em determinado momento, essa turma começaria a fazer o que já está acostumada. Sem roupa.
Os participantes também estarão sendo avaliados pelos seminaristas e freiras presentes na atração.
Seria montado um mosteiro em algum lugar da cidade com uma piscina, academia de musculação, cozinha e sala de estudos. Os quartos seriam como os tradicionais desses ambientes: pequenas “celas” individuais. Para aguçar um pouco mais os nossos “guerreiros da nave sexual”, dentro dos livros de estudos estarão escondidas edições da Hustler, Sexy, Playboy, G-Magazine e Men’s Health.
As regras seriam bastante rígidas. É expressamente proibida a relação sexual entre os participantes e os seminaristas/freiras. Apesar de divertido e até excitante, ainda temos um padrão a manter e se você quer ganhar R$ 2 milhões, tem que fazer por onde.
O grande vencedor será escolhido pelo público em uma votação na reta final do programa. Contará pontos o nível de sanidade mantida ao final da atração.
Não sei vocês, mas eu já estou ansioso para ver O MOSTEIRO!
Fica a dica, Record!
O fim
Acordou como em todos os outros dias. Se levantou, deu aquela mijada, escovou os dentes, tomou um banho e saiu para trabalhar.
As ruas estavam mais estranhas do que o normal. Algumas pessoas corriam peladas, seguravam cartazes com frases que ele não se importa e outras brigavam sem o menor motivo. Algumas até estavam segurando armas e invadindo casas e lojas, mas ele havia deixado de se importar ou perceber essas coisas há muito tempo. Estava em um total e completo estado de inércia.
Chegou ao trabalho no horário normal, como fazia de segunda a sexta. A única coisa que chamou a sua atenção foi o fato de que, estranhamente, o estacionamento estava vazio. Não teve que parar o carro longe. Estacionou em sua vaga preferida, pegou a sua maçã, enrolou os fones de ouvido, dobrou a jaqueta e a jogou no ombro e se dirigiu ao prédio.
Havia pouca gente por lá. Até o Seu Antônio, porteiro há mais de 35 anos e que se orgulhava de nunca ter faltado um dia sequer, não estava por ali. Essa era uma novidade. Isso era algo fora do padrão. Mas até mesmo os grandes heróis precisam de um dia de folga, não é mesmo?
Pegou o elevador do meio, como sempre. Nos fones de ouvido tocava o novo CD da sua banda preferida. Na rádio do elevador, alguém narrava os acontecimentos bizarros daquele dia, mas ele estava tão entretido em seu próprio mundo que ao chegar no 12º andar não havia escutado nada. Exceto metade da sua música favorita daquele álbum.
Saiu do elevador e passou na máquina de café. Pegou o seu cappuccino com chocolate e esperou que o Almeida chegasse de surpresa, como sempre fazia. O Almeida sempre aparecia na máquina de café nesse horário reclamando do emprego, da esposa, dos filhos, do time e até de si mesmo. Às vezes ele estava no banheiro, deveria aparecer na máquina daqui a pouco. Seguiu para a sua sala.
Apenas o seu chefe estava por lá. Isso não era nenhuma novidade, ele era sempre o primeiro a chegar e o último a sair.
– Achei que você ficaria em casa hoje, como todo mundo.
– Alguém tem que trabalhar aqui, né, chefe?
– Verdade. Mas se quiser ir embora, tá liberado.
– Ah, valeu. Mas não tem nada pra fazer em casa não.
– Nem a sua família?
– Eles estão bem.
– Ok, então.
Ligou o computador e pela primeira vez se deu conta de que, curiosamente, era o dia 12/12/2012. Mas logo em seguida abriu o Excel e foi terminar suas planilhas com o balanço anual da empresa.
Inércia. Essa era a palavra do dia, da semana, do mês e dos últimos anos.
Digita uma fórmula, formata uma célula, aperta enter e parte para a próxima.
Estava tão desligado do mundo que não percebeu quando o dia ficou tão claro quanto o sol visto de perto. Estava tão desligado que nem ao menos se deu conta de que havia acabado de morrer.
Pelo menos conseguiu terminar a planilha.
Trailer – Man of Steel
O mundo não pode acabar dia 21. Na verdade, se tiver de acabar, que seja após o dia 14 de junho de 2013, quando Man of Steel, o novo filme do Superman dirigido por Zack Snyder estreia por aqui.
Não é nenhum segredo que o Supinho é o meu heroi favorito. Inclusive, até abordei o tema em um texto recente. Portanto, gostaria de pedir a companhia dos senhores para assistir a 2 minutos e 33 segundos do melhor e maior kryptoniano que o universo já teve o prazer de conhecer:
httpvh://www.youtube.com/watch?v=KVu3gS7iJu4
Confesso que algumas lágrimas completamente másculas escorreram ao final desse vídeo.
Falta muito para a estreia? Eu ainda acredito =)
A morte do rock and roll juvenil
O rock inocente morreu. Aquele rock com uma pegada mais adolescente, juvenil mesmo, com letras leves e divertidas saiu de cena e deu lugar às decepções amorosas, sentimentos suicidas e problemas que não deveriam ser prioridades para pessoas com menos de 18 anos.
Nasci no meio dos anos 80, então cheguei a pegar um pouco de bandas (que na verdade eram grupos) como Polegar, Dominó (uma cópia fajuta da primeira), Balão Mágico e Trem da Alegria. Apesar de não ser aquele “rock” propriamente dito, eram bandas que tinham letras que tanto crianças quanto adolescentes poderiam cantar e se divertir sem a menor preocupação com maus entendidos e acusações de atentado violento ao pudor.
Canções como Dá pra mim (o seu amor), Ela não Liga, Ela não Gosta de Mim (esse vídeo comprova cientificamente que Polegar é e sempre será superior a Dominó), Companheiro e Nosso Lindo Balão Azul alegravam as tardes de sábado e domingo de toda uma geração de crianças. Coreografias ensaiadas, air guitars e até mesmo air keytars eram encenados com uma alegria e uma devoção que hoje em dia não se vê mais nas salas de estar da família brasileira tradicional.
Esse “estilo” musical foi perdendo a força no início/meio dos anos 90. Apesar do enorme e meteórico (apenas pra manter o clichê de todo texto que fale sobre a banda) sucesso dos Mamonas Assassinas com o público infanto-juvenil, as letras dos caras não eram “inocentes”. Eu só fui descobrir o que era uma suruba alguns anos depois, quando assisti Calígula pela primeira vez. E com meus 9 anos de idade, estava bem longe de passar a mão na bunda e comer alguém.
Na mesma época também tivemos a explosão do Axé e como seu maior representante, podemos citar o grupo baiano É o Tchan. Crianças de várias idades ralavam o tchan, viam o resultado depois de nove meses e faziam a dança da bundinha em toda e qualquer festa infantil pelo bairro. Ainda éramos muito novos para entender as entrelinhas do É o Tchan, mas já começávamos a caminhar para o fundo do poço no quesito “músicas para crianças e adolescentes”.
No início dos anos 2000, mais especificamente em 2003, tivemos um justo e correto resgate dessa pegada rock and roll inocente com Felipe Dylon, a grande revelação da música brasileira naquele início de década.
Uma mistura certeira de carisma e talento fez com que os jovens voltassem a cantar coisas saudáveis como:
Eu fico o dia inteiro
Só pensando em você
Na minha cama, no chuveiro
Conto as horas pra te verEspero que um dia
Você possa me notar
Eu sou um cara maneiro
Vê se para de esnobar
Por alguns meses, Felipe Dylon manteve um legado honesto como representante de toda uma geração no rock and roll.
No embalo do nosso surfista favorito, a Banda B5 também contribuiu bastante para o cenário rock and roll inocente, com o inesquecível hit “Matemática”. Quem não se lembra de uma jovem Stephanie Britto desfilando pelos corredores daquele colégio? Eu me lembro. Bastante. Principalmente da cena do pirulito.
Ao mesmo tempo, caras da velha escola como Dinho Ouro Preto até que tentavam – apelando para um visual adolescente extremamente forçado – abocanhar uma boa parte desse público. Para a nossa sorte, não teve sucesso.
Em meados de 2004 um novo estilo musical passou a ganhar força no cenário nacional: o emocore. Etimologicamente falando, a palavra emocore utilizada para designar essa vertente do rock aqui no Brasil foi empregada de forma incorreta, mas isso é papo para outro post.
Saía de cena o rock animado que nos remetia a saudável e carismática juventude de Ipanema e éramos apresentados às ruas e o clima cinzento de São Paulo. NX Zero começava a estourar nas rádios de todo o país e entre razões e emoções, a juventude brasileira que antes surfava e se divertia nas festinhas do play, agora chorava por corações partidos, relacionamentos que não deram certo e nutriam pensamentos sombrios para quem ainda estava aprendendo a resolver equações de primeiro grau.
Foi um momento sombrio. Pra falar a verdade, a juventude brasileira já caminhava para uma era das trevas no quesito musical. Funk, emocore e lambada erótica eram alguns dos estilos musicais que embalavam as matinês e sub-17 por todo o país.
Nesse meio tempo, o jovem Rafa Barbosa que acompanhava e fazia parte desse universo se tornou adulto. Pois é. Comecei a ver com outros olhos esse tipo de música e percebi, com certo saudosismo, que as temáticas musicais voltadas para os jovens de hoje em dia são bem pesadas.
Com 16 anos você não deve entrar em depressão por um pé na bunda, ou achar que é o fim do mundo levar um fora. É normal. Você vai ficar triste, mas escrever mensagens suicidas já é um pouco demais. E por se tornar algo tão pesado, penso que os anos 80/90 foram o último respiro de “inocência” que a música voltada para esse público teve. Estamos cada vez mais distantes do Mundo da Lua.
Mais recentemente bandas como Restart e Cine até que tentaram. Mas por trás de um visual colorido e guitarras sem peso, as letras ainda tratavam dos mesmos assuntos: decepção, decepção e mais decepção amorosa.
Com essa perspectiva “otimista”, não me surpreende que a juventude brasileira esteja caminhando para um sombrio e profundo abismo.
Lucas – A Fazenda de Verão – o grande babaca escroto de 2012
Eu não assisto A Fazenda. Se eu vi alguns poucos episódios da primeira edição, foi muito. Vi por essa coisa inusitada de sub-celebridades confinadas em uma fazenda tendo que cuidar de animais e tudo o mais. Como a fórmula estava ficando batida, resolveram adotar o estilo BBB e colocaram completos desconhecidos no programa.
OK. Já sabemos que a fórmula funciona. E nessa edição “de verão” d’A Fazenda tivemos um participante chamado Lucas.
Tomei conhecimento desse cara ao ler uma matéria, em algum lugar, que ele foi “expulso” do programa por ter, nas palavras da direção do programa “atitudes exageradas para os padrões da atração”.
Em um primeiro momento, a atitude exagerada foi tomar banho completamente pelado no programa. Por ser um canal ligado à Igreja Universal, espera-se que a direção tenha esse tipo de postura. Mas lendo a matéria e procurando saber mais sobre o que rolou…
O cara é completamente desequilibrado. Não desequilibrado estilo Théo Becker. O caso dele era apenas um personagem e isso era visível. Agora esse maluco não.
O cara conseguiu representar o estereótipo mais odiado de carioca: o marrento, caçador de confusão, “pit-boy” (se é que alguém ainda usa esse termo). E olha que eu tenho muitos amigos cariocas que anulam completamente essa imagem.
O cara tem a típica atitude de “bully”, que tenta impor seu ponto de vista e vontade da forma mais escrota possível: ameaçando, humilhando, estufando o peito e falando com palavrões. O problema é que o cara é tão patético que não tem capacidade mental pra formular uma frase completa.
O que me deixa mais irritado com esse tipo de cara, é que geralmente se aproveitam das pessoas mais fracas de um grupo. No caso, ele resolveu mostrar toda a sua marra contra o participante chamado Haysam. Posso estar equivocado e colocando o meu na reta, mas é visível que a vítima foi escolhida por ser gay e, teoricamente, uma pessoa inferior e que se sentiria ameaçada com toda essa massa de músculos no lugar da encefálica.
O maluco chegou ao ponto de ameaçar o cara dizendo que vai acabar com a vida dele fora da fazenda segurando um machado. A PORCARIA DE UM MACHADO. QUE PROGRAMA DE TELEVISÃO NO MUNDO, SABENDO QUE EXISTEM PESSOAS COM ESSE TIPO DE DESEQUILÍBRIO DEIXA A PORCARIA DE UM MACHADO À DISPOSIÇÃO DOS PARTICIPANTES?
Eu não sou de ficar “chocado” com esse tipo de coisa, mas esse tal de Lucas conseguiu despertar o meu ódio gratuito. Espero que tenha saído do programa completamente queimado aqui fora e que seja alvo de processos tanto por ameaça quanto por homofobia.
Se você tem estômago e tolerância para idiotice gratuita, confira os vídeos das brigas protagonizadas pelo cara:
httpv://www.youtube.com/watch?v=NDerbaoFyjo
httpv://www.youtube.com/watch?v=haByEnkwGv4
httpv://www.youtube.com/watch?v=z-Uc1BUzl34
httpv://www.youtube.com/watch?v=uEYFSCQjMVY
httpv://www.youtube.com/watch?v=DBwqwCpRPsY
Meu blog, minha vida
Daqui a alguns meses meu blog completa 7 anos de vida. Pelo menos esse blog (não levo em conta o meu primeiro blog, já que tem certas passagens da nossa vida que é melhor deixar pra lá, né?).
Uma coisa que notei nos últimos anos (2 ou 3 pra ser mais específico) é o quanto a minha vida estagnou em determinados pontos. Não acontece mais nada de “incrível” pra contar aqui. Não presencio mais situações engraçadas. E o pior: não protagonizo situações que valham a pena comentar aqui.
Não é que eu tenha me tornado um grande vencedor de uma hora pra outra. Afinal, a maioria das minhas histórias pessoais aqui no blog é da mais pura, inocente e verdadeira derrota. Não que isso seja ruim, afinal, vocês se acostumaram a gostar de mim dessa forma, né?
Claro, tem muitas histórias de vitória e derrota nesse meio tempo, mas nenhuma com potencial pra se tornar um post no melhor estilo rafabarbosa.com – e veja bem, eu não sou nenhuma referência em estilo.
Às vezes me sinto como o Jean Claude Van-Damme. Teve o seu auge nos anos 90, alguns sucessos no início dos anos 2000 e de repente entrou em uma espiral rumo ao fundo do poço, produzindo apenas filmes para lançamento direto em home-video. Felizmente, até o Van-Damme pode ressurgir em uma grande história como Os Mercenários 2.
Outro ponto interessante também e digno de comentário é que me cansei de comentar sobre qualquer assunto polêmico que surja na internet. Na minha época de maior produção cultural nesse blog (2007 a 2009), eu não perdia uma chance sequer de dar um pitaco sobre brigas entre webcelebridades, acontecimentos no mundinho da social media ou até mesmo sobre coisas do “mundo real”, tipo um grande julgamento, tragédia ou alguma outra merda dessas.
Não sei se é preguiça, se é crescimento pessoal ou algo do tipo. A questão é que esses assuntos não me motivam mais a escrever no blog. Tudo se tornou, sei lá, muito chato. Desinteressante. Igual a minha vida.
Mas sou egoísta demais pra abandonar esse blog. Não tenho coragem de excluir, fechar, vender ou qualquer outra ação. É meio que uma relação amorosa. A diferença é que esse blog tem durado mais do que qualquer outro relacionamento meu. E nunca me decepcionou. Nem quando era hospedado no Blogspot.com.
Mentira. Decepcionou sim, quando fui punido pelo Google e parei de faturar meus U$ 25,00 diários no Adsense.
Felizmente superamos isso e hoje estamos aqui. Podemos não estar tão entrosados quanto a alguns anos, mas sei que sempre que eu acessar a página de login, esse blog estará com um sorriso no rosto esperando por algum texto medíocre desse blogueiro tão medíocre quanto.
Se o mundo não acabar dia 21, espero que eu possa contar histórias melhores nesse 2013 que vem vindo por aí.
Volta, Polegar!
Estamos vivendo um momento mágico e repleto de “revivals” na música brasileira.
Recentemente Papai Noel resolveu nos presentear com o aguardado retorno do É o Tchan e a sua formação original. Além disso, estamos acompanhando de perto a turnê da boa e velha ex-quadrilha da fumaça – Planet Hemp e uma possível reunião das nossas eternas “popstar’s” do Rouge.
Porém, nenhum desses retornos se compara ao que seria uma reunião/turnê do maior grupo musical que o Brasil teve o prazer de conhecer no final dos anos 80 e início dos 90: Polegar.
Os grooves contagiantes de Alex (baixo), os acordes e o carisma inigualável de Rafael Ilha (guitarra), a sagacidade e estilo do “keytarrista” Alan (teclado) e as viradas e batidas vertiginosas de Ricardo (bateria) marcaram toda uma geração.
A família brasileira tradicional tinha um compromisso todo final de semana: se reunir em frente à TV nas tardes de sábado e domingo para acompanhar as apresentações desses quatro garotos fantásticos, o “fabFour” brasileiro.
Hits como “Dá pra Mim” eram cantados por pessoas de todas as idades, rendendo ao quarteto “simplesmente” um disco de ouro e um de platina (feitos que até hoje muitos artistas ainda sonham em alcançar).
Na cronologia oficial da banda, foram 3 cd’s gravados e mais de 1 milhão de cópias vendidas.
Mas o sonho teve um fim. A partir de 1994, os integrantes da banda passaram a seguir os seus próprios caminhos.
Rafael foi o primeiro deles. Apesar de não ser o vocalista, era a cara da banda, o carisma em pessoa. Deixou o grupo em 1990, dando lugar a André.
Nessa mesma época, a banda adota um quinto integrante, sendo Marcelo o responsável pela guitarra solo da banda, inovando e contribuindo para a ruína dessa instituição musical brasileira.
Em 1993 foi a vez de Alex se despedir dos vocais e do contrabaixo do grupo, dando lugar a um até então desconhecido Denis, que não tinha o mesmo brilho do vocalista anterior.
Ricardo e Alan foram os únicos da formação original que permaneceram firmes até o fatídico ano de 1997, quando o grupo encerrou as suas atividades.
Para a felicidade de alguns, um breve ensaio de um retorno foi realizado nos anos de 2004 e 2005, com Alan, Alex e Ricardo se reunindo para apresentações pontuais em programas como Pânico na TV e Superpop. Porém, faltava algo mais. Faltava a quarta parte que fazia o Polegar funcionar como o maior grupo do Brasil: Rafael Ilha.
Sofrendo com problemas de natureza química, o nosso eterno moleque loirinho estava impossibilitado de participar dessa inusitada reunião.
Hoje, 22 anos depois do auge do Polegar, cada integrante seguiu o seu rumo na vida. Alex atualmente é produtor musical (o único da banda que ainda trabalha com música), Alan se formou em medicina, Ricardo é advogado e Rafael Ilha, completamente recuperado e reerguido como uma fênix é pastor em alguma igreja de São Paulo.
Acredito que 2013 seja um ano cabalístico e propício ao retorno do Polegar com sua formação original.
Me chame de saudosista, ou até mesmo de sonhador, mas seria lindo ver esses quatro garotos (hoje homens formados) tocando Dá pra Mim e Ela não Liga na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã…
Volta Polegar!
Serginho Orgastic Anuncia sua entrada no mundo do MMA
São Paulo, 28 de outubro.
Conhecido pelos seus trejeitos e personalidade debochada e irônica, o ex-BBB Sérgio Barros, mais conhecido como Serginho Orgastic (@orgastic_desire) anunciou nesse domingo que estará entrando no mundo do MMA (Artes Marciais Mistas).
“É uma vontade antiga minha. Sempre gostei muito do universo das lutas. Apesar de não demonstrar e não falar muito sobre isso, pratico jiu-jitsu e muay thai desde os 11 anos. Com o crescimento do esporte no país, sinto que é uma ótima oportunidade de mostrar tudo o que aprendi durante esses anos e, quem sabe, me tornar o novo grande nome do esporte”.
Perguntado se a sua aparência poderia atrapalhar o seu desenvolvimento na modalidade, Serginho foi enfático:
“Como qualquer um na porrada”.
O ex-BBB prepara-se para iniciar um treinamento mais aprimorado na academia montada nas dependências do Corinthians, que tem como um dos seus principais lutadores o brasileiro Anderson Silva.
A expectativa é realizar sua primeira luta até a metade de 2013 em pequenos eventos nacionais. Mas, claro, como todo lutador de MMA, o grande sonho é chegar ao maior evento da modalidade, o UFC.
“Ainda é cedo pra falar sobre UFC. Já troquei alguns tweets com o Dana White e estou preparando um material com os meus melhores momentos no octagon. Ele foi bem receptivo e disse que está ansioso para me ver lutando”.
Procurado pela nossa equipe, Dana White não foi encontrado para confirmar a veracidade das informações.
Leia mais notícias sobre MMA.
Eu e a inesquecível chuva de calcinhas
Um homem pode viver 100 anos e não ter nenhuma história ou experiência incrível para contar aos seus filhos. Felizmente, eu não serei esse cara, já que presenciei um fenômeno único em uma era onde estamos repletos de El Niños, La Niñas, Katrinas e outras manifestações climáticas no planeta Terra.
O ano era 2011 e eu estava curtindo uma deliciosa fase de home-office. Como possuía dinheiro e tempo livre, resolvi fazer uma visita ao meu grande amigo Super Wallace. Era um empreendimento que já estava planejando há algum tempo. Afinal, conheço o cara desde 2007 e em uma oportunidade anterior passei algumas poucas horas na casa dele. Dessa vez era pra valer.
Vale deixar claro aqui que eu acho o Rio de Janeiro o lugar mais foda do mundo. Tive, com certeza, alguns dos melhores dias naquela cidade. Não me pergunte motivos. É apenas algo que sinto. Penso que um dia irei morar nessa cidade e espero que não demore.
Continuando a história.
Após conhecer os encantos do bairro Cavalcanti, o amigo Wallace falou que me levaria para conhecer uma balada na região. Era o tão falado Via Olimpo. Já havia escutado histórias sobre o local e na minha cabeça era uma espécie de templo da putaria. Um lugar onde um mineiro acanhado como eu seria apresentado ao verdadeiro Rio de Janeiro, a cidade proibida.
O que estava pra vir era muito, muito maior do que isso.
Era chegado o grande momento. Como um bom turista, fui guiado pelos amigos rumo ao Olimpo. Para quem não manja de mitologia grega, o Monte Olimpo é conhecido por ser a morada dos deuses, e naquele dia, amigos, os Deuses estavam com o cu pegando fogo. A atração do dia era Mr. Catra e participação de Gaiola das Popozudas. A festa não poderia ter um nome mais apropriado: Guerra dos Sexos.
A dinâmica da festa era bem interessante: das 22h às 00h, era permitida apenas a entrada de mulheres com vodka liberada e apresentação de go-go boys. Uma mistura explosiva de álcool, feromônios e um estilo de música bastante convidativo.
Estava me sentindo em casa.
Quando a nossa entrada (verdadeiros machos-alfa) foi liberada, um mundo novo e cheio de oportunidades se abriu a minha frente. A estrutura da casa não era muito diferente de outros lugares aqui em Belo Horizonte: palco, pista, camarote e bar. A diferença é que o Via Olimpo é absurdamente maior que as boates daqui (não que eu conheça muitas). A chance de sucesso estava acima dos 80%. Algo até então jamais imaginado por mim.
A primeira e melhor impressão que tive foi: mulheres estavam literalmente saltando nos nossos respectivos colos. Acredito que foi o local em que peguei garotas de forma mais fácil em todos os meus 25 anos de existência.
Por uma triste e infeliz jogada do destino, o Wallace acabou abandonando a festa mais cedo, impedindo-o de compartilhar um dos grandes momentos da minha vida.
O pancadão comia solto e posso dizer que estava vivendo o sonho. Eu, que não manjo nada de funk e tenho o molejo de um poste de energia elétrica estava cantando e curtindo como se tivesse passado a vida toda nos bailes funks da Rocinha. Se bobear já até puxava um X ou outro nas palavras terminadas com S.
Tudo estava caminhando perfeitamente bem quando em determinado momento da “balada”, o DJ da casa solta a frase que daria início a um dos momentos mais inesquecíveis de toda a minha vida.
Luzes piscando, funk rolando, gatas (e não gatas) rebolando freneticamente até o chão. De repente, silêncio. O DJ avisa com seu microfone e uma amistosa empolgação na voz:
“Aí pessoal, só um minuto. Só um minuto da atenção de todos vocês. Agora no Olimpo está proibido usar calcinha”.
Essas palavras ecoaram por alguns segundos na minha cabeça. Eu ainda não tinha ideia do que estava prestes a presenciar.
Com a sincronia de um grupo bem treinado de golfinhos do Sea World, praticamente todas as mulheres que estavam no camarote, a uns 2 ou 3 metros acima, removeram as suas calcinhas e com todo o carinho e dedicação jogaram na pista.
Por um breve momento, eu, Rafael Barbosa, presenciei um evento único. Um evento de causas naturais (levemente influenciado pelo álcool e música safada). Vislumbrei uma CHUVA DE CALCINHAS.
Amigos, sério. Não há palavras para descrever a sensação daquele instante. Imagine um jovem e magricelo garotinho do norte da África presenciando o cair das primeiras gotas de chuva no outono. A alegria, a felicidade. Tudo. Era mais ou menos assim que eu estava:
Por alguns poucos segundos, eu tive o prazer de sentir o mesmo que o nosso eterno e saudoso Wando em todos os anos dedicados à essa indústria vital que é o entretenimento.
Muitas pessoas pensarão pelo lado anti-higiênico da coisa e eu quero avisar logo que não cheirei ou guardei nenhuma das calcinhas envolvidas nesse grande espetáculo. Não sou tão pervertido assim, né?
Mas, do fundo do meu coração, posso dizer que foi uma experiência transformadora no que diz respeito às boas coisas da vida. Até hoje não vi ou passei por nada parecido com isso. E acredito que não verei. Eventos assim acontecem apenas algumas vezes em cada 100 anos (ou todo final de semana no Olimpo, mas eu não moro no RJ ainda). Felizmente, tive o prazer de estar no lugar certo e na hora certa.
Desse dia em diante, posso dizer que surgiu um novo Rafael. Com um pouco mais de desenvoltura com as gatas e ainda mais incrível do que quando pisou no Rio de Janeiro naquele início de 2011.