Axé Brasil, Axé Minas Gerais!

Escrito por Arquivo

Axézão é nois!

Axézão é nois!

Continuo sem Internet em casa. Espero que resolvam o problema hoje ainda, enquanto isso aproveito o horário de almoço pra manter o blog atualizado.

Pois bem, hoje e amanhã rola aqui em Belo Horizonte o famoso (?) Axé Brasil. A maior reunião de micareteiros por cm² na cidade. É difícil admitir, mas eu já vendi um Playstation 2 pra ir em um show desses com meus amigos. Quem tem amigos que te influenciam a fazer isso, definitivamente não precisa de inimigos.

Fato que esse show é o ápice da vida de um pré-adolescente e até mesmo um adolescente, já que ele passa o ano inteiro juntando dinheiro e malhando para fazer bonito nos dois dias de folia baiana em Belo Horizonte. Os comentários em pontos de ônibus, comunidades do Orkut, Nicks de MSN é um só: Axé Brasil eu voooooou!

Eu? VOCÊ! EU VOOOU!

Eu? VOCÊ! EU VOOOU!

Eu não gosto de Axé e não tenho nada contra quem gosta. Como já disse, eu até fui a um. Mas é inegável que aquele não é um ambiente para um cara como eu. Muita gente, muita droga, muita mulher feia, muito boy metido a lutador de vale tudo e muita, mas muita música que não faz bem aos meus ouvidos (sim, eu moro em uma bolha).

Lembro quando fui naquela edição. O ano foi 2006. Por tudo o que eu tinha ouvido falar desse “grande acontecimento”, não poderia ser ruim. Todo mundo gostava. Todo mundo falava bem. Todo mundo esperava o ano inteiro por isso. Mas o que poderia fazer um nerd roqueiro e gorinho no meio de uma micareta? Exato! Achar tudo aquilo monótono e chato, e sair de lá sem pegar ninguém. Típico da minha pessoa.

Imagina um protesto com esse tanto de gente?

Imagina um protesto com esse tanto de gente?

Para promover o evento esse ano, instalaram uma casa de vidro em um shopping aqui de BH. A idéia era simples: casais se beijavam por quanto tempo agüentassem para mendigar um par de ingressos. O shopping é justamente o que eu tenho que passar por dentro pra ir almoçar. Logo, me deparava com hordas e mais hordas de adolescentes em pleno desenvolvimento sócio-sexual a procura de um passaporte que lhes permitisse participar da grande festa do Axé.

Fato inegável que eu odiei tudo aquilo e passava com cara de desdém. Afinal, eu ando 25 minutos do trampo até o restaurante e esse povo fica ali, beijando pra ganhar um ingresso, enquanto eu tento fazer o PIB do país aumentar um pouco. Eu devo ser muito conservador mesmo. Aliás, eu deveria ter nascido na era Vitoriana.

Enfim, acho que tudo isso é culpa da falta de Internet em casa. O meu doce mundinho virtual que me mantém longe desse tipo de evento. O mundinho onde eu encontro conforto nos porns, blogs e Twitter da vida. Tudo o que um jovem saudável precisa para sobreviver. (Claro que minha namorada é mais importante do que qualquer uma dessas delícias virtuais!)

Não sei quando volto a postar. Tenho um post quentinho de uma palestra sobre novas mídias na MTV Minas, mas o material está todo no notebook. Assim que der um jeito, vai para o ar.