Continuo sem Internet em casa. Espero que resolvam o problema hoje ainda, enquanto isso aproveito o horário de almoço pra manter o blog atualizado.
Pois bem, hoje e amanhã rola aqui em Belo Horizonte o famoso (?) Axé Brasil. A maior reunião de micareteiros por cm² na cidade. É difícil admitir, mas eu já vendi um Playstation 2 pra ir em um show desses com meus amigos. Quem tem amigos que te influenciam a fazer isso, definitivamente não precisa de inimigos.
Fato que esse show é o ápice da vida de um pré-adolescente e até mesmo um adolescente, já que ele passa o ano inteiro juntando dinheiro e malhando para fazer bonito nos dois dias de folia baiana em Belo Horizonte. Os comentários em pontos de ônibus, comunidades do Orkut, Nicks de MSN é um só: Axé Brasil eu voooooou!
Eu não gosto de Axé e não tenho nada contra quem gosta. Como já disse, eu até fui a um. Mas é inegável que aquele não é um ambiente para um cara como eu. Muita gente, muita droga, muita mulher feia, muito boy metido a lutador de vale tudo e muita, mas muita música que não faz bem aos meus ouvidos (sim, eu moro em uma bolha).
Lembro quando fui naquela edição. O ano foi 2006. Por tudo o que eu tinha ouvido falar desse “grande acontecimento”, não poderia ser ruim. Todo mundo gostava. Todo mundo falava bem. Todo mundo esperava o ano inteiro por isso. Mas o que poderia fazer um nerd roqueiro e gorinho no meio de uma micareta? Exato! Achar tudo aquilo monótono e chato, e sair de lá sem pegar ninguém. Típico da minha pessoa.
Para promover o evento esse ano, instalaram uma casa de vidro em um shopping aqui de BH. A idéia era simples: casais se beijavam por quanto tempo agüentassem para mendigar um par de ingressos. O shopping é justamente o que eu tenho que passar por dentro pra ir almoçar. Logo, me deparava com hordas e mais hordas de adolescentes em pleno desenvolvimento sócio-sexual a procura de um passaporte que lhes permitisse participar da grande festa do Axé.
Fato inegável que eu odiei tudo aquilo e passava com cara de desdém. Afinal, eu ando 25 minutos do trampo até o restaurante e esse povo fica ali, beijando pra ganhar um ingresso, enquanto eu tento fazer o PIB do país aumentar um pouco. Eu devo ser muito conservador mesmo. Aliás, eu deveria ter nascido na era Vitoriana.
Enfim, acho que tudo isso é culpa da falta de Internet em casa. O meu doce mundinho virtual que me mantém longe desse tipo de evento. O mundinho onde eu encontro conforto nos porns, blogs e Twitter da vida. Tudo o que um jovem saudável precisa para sobreviver. (Claro que minha namorada é mais importante do que qualquer uma dessas delícias virtuais!)
Não sei quando volto a postar. Tenho um post quentinho de uma palestra sobre novas mídias na MTV Minas, mas o material está todo no notebook. Assim que der um jeito, vai para o ar.
Axé Brasil eu voooooou!
Axé Brasil eu voooooou!
Axé Brasil eu voooooou!
Axé Brasil eu voooooou!
Axé Brasil eu voooooou!
Eu? VOCÊ! EU VOOOU!
Axé já passou,né!
Ainda bem! Também sou de BH e estudo em frente o Shopping Cidade. Todo dia era aquela muvuca por conta dessa beijação. Graaande putaria, é o que eu acho.
Eu ainda curto micareta, já fui em uns quatro axés da vida, mas esse ano, não sei o que me deu, senti nojo daquele lugar.
E assim como você, sou uma das poucas pessoas que sairam de lá sem ter beijado ninguém.
Adorei o blog!
Abraço