Autor: rafabarbosa

Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Teoria da conspiração: A derrota de Anderson Silva para Chris Weidman

Escrito por Arquivo

O mito foi derrotado. Na madrugada de sábado, após mais de 6 anos como detentor do cinturão dos pesos-médios, Anderson Silva perdeu para Chris Weidman.

Debochando como sempre faz durante as lutas, dessa vez o Spider encontrou um cara que não vacilou no momento certo e encaixou um cruzado de esquerda que apagou o ex-campeão.

Não há desculpa: Anderson Silva brincou e perdeu.

Porém…

Nos últimos anos, o UFC vem fazendo um forte lobby para a legalização do MMA em Nova York, o único estado americano em que a modalidade ainda não é legalizada.

Um dos planos de Dana White era realizar a super-luta entre Anderson Silva e Jon Jones durante a comemoração dos 20 anos de UFC, em Nova York, no Madison Square Garden. Pelo quarto ano consecutivo, os políticos nova-iorquinos reprovaram o projeto para a legalização do esporte na Grande Maçã.

Ou seja, nada de UFC em Nova York.

spider

A Oportunidade

Desde a última luta contra Chael Sonnen, Anderson Silva vinha negando um confronto a Chris Weidman. Foram várias situações em que o jovem lutador nova-iorquino pediu a luta e foi menosprezado tanto pelo Spider quanto por seus empresários.

A desculpa recorrente era que o lutador de apenas 29 anos não tinha expressão suficiente para enfrentar o campeão. Enquanto Anderson já havia realizado mais de 10 defesas de cinturão, Chris Weidman tinha apenas 9 lutas em sua carreira. E estava invicto.

O discurso começou a mudar no final do ano passado, quando o lutador americano passou por uma cirurgia. De repente, a cada vez mais distante chance de disputar o cinturão começa a surgir no horizonte.

Anderson Silva enfrentaria Chris Weidman.

O símbolo perfeito

Nos últimos meses o UFC trabalhou incansavelmente na criação da imagem de Chris Weidman. O lutador nascido em Mineola, uma pequena cidade do interior de Nova York ganhou o status de “possível herói”, o cara certo a bater a lenda viva do MMA.

Além de ser nova-iorquino, o lutador ainda teve a sua casa destruída durante o furacão Sandy. Some a isso a boa carreira de 9 vitórias em 9 lutas, o seu histórico perfeito como wrestler e todo o menosprezo que recebeu de Anderson Silva nos últimos meses e temos um símbolo perfeito do herói americano. Especificamente o herói nova-iorquino.

A construção da imagem de Chris Weidman foi tão intensa que pela primeira vez desde que ganhou o cinturão, Anderson Silva não liderou com folga as bolsas de apostas. Vários dos próprios lutadores do UFC acreditavam que o americano era o favorito, o eleito, o cara que derrotaria Anderson “The Spider” Silva.

Dana White,  chefão do UFC disse que se caso Anderson Silva perdesse, teria uma revanche imediata contra o Weidman.

Na noite do dia 6 de julho de 2013 ele fez o impossível. Derrotou o maior lutador de MMA da história.

Conveniência da vitória

Sem tirar o mérito de Chris Weidman, que foi esperto o bastante para atacar na hora certa em que Anderson Silva utilizava as suas armas clássicas para desestabilizar o adversário, é bem conveniente que um lutador nova-iorquino derrote o maior nome do MMA da história poucos dias após a votação que manteve o esporte ilegal em Nova York.

Como disse acima, Dana White deixou claro que em caso de derrota, Anderson Silva teria direito a uma revanche imediata contra o oponente.

Com a vitória de Chris Weidman, lutador nova-iorquino e novo detentor do cinturão, o UFC agora tem um forte motivo para conseguir a legalização do MMA em Nova York.

O estado agora tem um herói, o cara que derrotou a lenda. Um forte motivo para que os políticos nova-iorquinos votem a favor da legalização do esporte e consequentemente movimentem o turismo e os investimentos que o UFC realiza com projetos e eventos.

weidman

Os beneficiados da história

Anderson Silva anunciou após a derrota que não queria a revanche. Falou até em uma possível aposentadoria, mesmo com um contrato de 10 lutas assinado pelo UFC. Anderson Silva é, hoje, o lutador mais rentável da empresa.

O cara que recebe a maior bolsa, além de ter os maiores patrocínios, ganha uma porcentagem do valor das vendas de pay-per-view e, acima de tudo, construiu uma imagem de lutador perfeito, invencível e “mítico”.

Conquistou praticamente tudo no UFC. Tem um cartel perfeito na organização. Definiu números que dificilmente serão batidos, ajudou a popularizar ainda mais o esporte no Brasil e no mundo e, acima de tudo, ganhou muito dinheiro.

Ao anunciar que abre mão da revanche e citar a palavra aposentadoria, Anderson Silva abre um precedente gigante para que o UFC promova, futuramente, uma nova luta contra Weidman. Imagine o que renderia “a revanche que tirou Anderson Silva da aposentadoria”? Sim, é muito dinheiro.

Chris Weidman ganhou o cinturão e mais: será conhecido para sempre como o cara que derrotou o mito Anderson Silva. O lutador que agora tem o status de herói irá receber novos e proveitosos patrocínios, bônus, aumento de “bolsa” no UFC, contratos publicitários e uma imagem forte.

O UFC ganha uma arma a mais para promover a legalização do MMA em Nova York e, consequentemente, entrar em uma cidade que é considerada a capital do mundo, onde poderá movimentar milhões de dólares com eventos especiais.

Com o argumento de “uma revanche entre Chris Weidman e Anderson Silva em Nova York, terra do novo herói americano do MMA”, a organização agora tem uma ferramenta poderosa a seu favor.

Americanos adoram histórias de superação, de heroísmo e, acima de tudo, patriotismo. Dificilmente o esporte continuará sendo ilegal por lá.

Nova York, por sua vez, receberá investimentos do UFC e todos os demais aportes financeiros que os eventos da organização levam consigo.

É uma situação em que absolutamente todos os envolvidos ganham alguma coisa. Inclusive os fãs de luta, que se não sacaram todo esse jogo, estão nesse momento esperando ansiosamente pelo anúncio de uma revanche entre Anderson Silva e Chris Weidman.

Ou seja: tudo não passou de um acordo para ajudar o projeto de legalização do MMA em Nova York!

Claro que tudo que você leu nesse texto pode ser coisa da minha mente criativa, mas não se pode negar que faz um enorme sentido.

Particularmente, espero estar profundamente enganado. Afinal, como fã de MMA, odiaria ver que esse tipo de situação foi armada. Não acredito que Anderson Silva entregou a luta propositalmente, mas que ele não fez nem de longe 10% do que é capaz isso não fez.

Mais uma vez, parabéns a Chris Weidman, novo campeão dos pesos-médios e que o Spider volte firme e forte para as suas próximas lutas.

Update: Entrevista em que Anderson Silva afirma, antes da luta, que Chris Weidman seria o novo campeão do UFC e que ele não faria a revanche.

httpv://www.youtube.com/watch?v=KDWJEWVhANg

Abaixo você confere uma lista de matérias relacionadas às informações contidas nesse texto:

Chris Weidman: UFC pediu para não aceitar lutas com Belfort e Bisping

Weidman diz não ter mais esperança de enfrentar Anderson Silva

Empresário de Spider: St-Pierre 90%, Weidman 35%, e ‘??’ para Jon Jones

Chris Weidman perde a casa nos EUA em meio à tempestade Sandy

Anderson Silva menospreza luta com Weidman: “É um garoto, uma criança”

“Estou predestinado a vencer”, diz Weidman, sobre luta contra Spider

Dana dispara contra políticos de Nova York e desiste da legalização do MMA no estado

Update: Polícia americana investiga aposta de U$ 1 milhão na derrota de Anderson Silva

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A “arte” de chegar em garotas

Escrito por Arquivo

Já to até citando Friends.

Já to até citando Friends.

Se tem uma coisa que eu nunca aprendi na escola da vida foi como chegar em garotas. Hoje em dia eu até consigo (falho na maioria das vezes), mas durante a minha adolescência essa foi uma das minhas grandes dificuldades.

Não sei bem explicar o motivo. Eu era um cara extremamente tímido até uns 19/20 anos. Tímido a ponto de ter vergonha de verdade de conversar com pessoas que eu não conhecia ou que não faziam parte do meu círculo social.

Ir a festinhas ou “baladinhas” com os amigos era um tormento, pois eles, manjões das técnicas avançadas de sedução juvenil, se arrumavam em questão de minutos enquanto eu ficava em um canto tomando Coca-Cola e olhando o movimento como quem não quer nada. Bom, na verdade eu queria as gatas, mas não tinha coragem/sagacidade o suficiente pra fazer isso.

E quando você está em plena adolescência, com os hormônios gritando por qualquer atividade sexual, por menor que seja, é uma droga. Até hoje é um verdadeiro mistério o fato de eu ter conseguido arrumar uma namorada com 16 anos (que muitos suspeitam até hoje não ter existido).

Sério. Teve uma situação em que eu me segurei na grade da quadra do colégio com medo de uma garota que os meus amigos queriam me apresentar. Eu era uma vergonha para toda a classe masculina.

A verdade é que eu não precisei – necessariamente – chegar na maioria das garotas com quem fiquei. Meio que simplesmente aconteceu. Talvez seja o meu excepcional carisma ou o meu dom natural pra fazer as pessoas rirem (quase sempre de mim). Simplesmente estávamos lá e de repente eu tinha uma boca colada na minha fazendo movimentos com a língua (essa parte foi completamente desnecessária, mas eu queria dar um pouco de volume ao texto).

O meu problema em “chegar” na garota, principalmente as desconhecidas, é que eu não sei o que falar. Não sei se existe um manual ou um acordo social pra isso. Nos filmes e séries parece muito fácil: basta apenas fazer algum comentário aleatório ou alguma piadinha. Mas eu simplesmente não consigo. Eu não sou nenhum Barney Stinson e seu magnífico Playbook. Esse cara sim, faz o ato de chegar em garota parecer tão fácil que até me anima um pouco a tentar as cantadas dele em How I Met Your Mother.

playbook

Para exemplificar o meu traquejo na hora de me “apresentar” a uma garota, vou deixar dois vídeos que retratam muito bem como eu “atuo” nas baladas/festinhas da vida:

httpv://www.youtube.com/watch?v=MzOVe6NAGX0

httpv://www.youtube.com/watch?v=XEJyUpDQ9nc

Eu sou tão falho nesse aspecto da vida que nem no Axé Brasil eu consegui pegar garotas. E olha que lá você não precisa falar nada, basta apenas puxar alguma aleatória que passa por você e tacar um beijo. Porém, o meu apurado senso de cavalheirismo e romantismo à moda antiga não me permite realizar tais atrocidades com o sexo oposto.

Sim, acho muito escroto puxar uma menina e tentar beijá-la a força.

Mas ao longo dos anos, após muito estudo acompanhando o mestre Oliver no Teste de Fidelidade, fui conseguindo me sentir mais à vontade com o sexo oposto. Pensava em garotas como algum tipo de tesouro inalcançável e isso me deixava muito desconfortável na hora de tentar uma aproximação.

Hoje eu simplesmente começo a conversar. Pergunto alguma coisa que tenha a ver com o momento e inicio uma conversa. Se eu vou ficar é outra história, porque eu aprendi a puxar papo, mas até o momento eu não aprendi a identificar “o momento” em que a conversa deve deixar de ser uma conversa e se tornar um beijo.

E vocês? Tem alguma dificuldade nesse tipo de situação ou são todos muito bons na arte da ~paquera?

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Coxinha em Belo Horizonte – em busca do salgado perfeito

Escrito por Arquivo

coxinha em belo horizonte

Coxinha em Belo Horizonte

Uma vez gordo, sempre gordo. Não sei se é um ditado, mas é um lema de vida. No texto anterior narrei a minha incrível saga (ou jornada do herói, como preferir) de gordinho malandro a rapaz saudável.

Hoje eu venho contar sobre a minha busca desesperada pela perfeita coxinha em belo horizonte e como o universo vem me frustrando nessa desastrosa aventura.

Não, não estou falando daquela garota que fica o dia todo postando que o gigante acordou e que é contra a bolsa puta, bolsa crack e todas essas coisas de cidadã preocupada com o Brasil. Não é esse tipo de coxinha que estou a fim de comer (até poderia).

sara-winter-coxinha

Tudo começou há mais ou menos umas duas semanas, quando percebi que havia certo tempo que não comia o melhor salgado do mundo. Isso não podia estar certo. Mesmo com a dieta, vez ou outra posso me dar ao luxo de comer algo um pouco mais gorduroso (incluindo sua mãe). E era isso o que eu precisava: uma coxinha.

Porém, não poderia ser uma coxinha qualquer. Tinha que ser a melhor coxinha em Belo Horizonte.

Como todo bom gordo, eu conheço os melhores pontos da cidade no que diz respeito à comida. Se você deseja comer algo específico, pode me perguntar e te direi onde encontrar. Portanto, eu sabia que a melhor coxinha da cidade é encontrada na rede lojas Tia Eliana.

Existem três lojas da Tia Eliana em Belo Horizonte: uma na Savassi, uma no Santa Efigênia e uma no Ouro Preto (que é praticamente ao lado do meu bairro). Nessas duas semanas, eu não tinha absolutamente nada para fazer na Savassi ou no Santa Efigênia. E pra falar a verdade, nem passo próximo ao Ouro Preto com tanta frequência.

Mas a vontade de comer coxinha permanecia. Foi crescendo e acabou se tornando um caso de vida ou morte. Eu precisava comer uma coxinha ou meu filho nasceria com cara desse salgado (eventualmente ele nasceria com cara de coxinha, porque pra ter um filho você precisa transar e a última coisa que um cara que está desesperado por coxinhas – e tem um blog- faz é transar).

Tive uma consulta no dentista que fica praticamente em frente à loja da Tia Eliana do Ouro Preto. Era a oportunidade perfeita de sanar essa vontade e comer a melhor coxinha em Belo Horizonte, ou até mesmo do mundo.

Eu teria uma janela de pelo menos 1 hora entre a minha consulta e o procedimento que a minha mãe faria no mesmo dentista. Nada melhor que passar o tempo comendo a melhor coxinha da cidade. Eu estava radiante e preparado, já que não havia comido absolutamente nada durante todo o dia. E havia malhado como um espartano na parte da manhã, logo a fome era realmente assustadora.

Saí do consultório odontológico e caminhei rumo à Tia Eliana em busca de um momento de pura glória e deleite. Entrei na lanchonete com a mesma sensação de Frodo e a comitiva do Anel chegando a Gondor após a aventura por Mordor.

Porém, a decepção: não havia coxinha na estufa.

🙁

Perguntei educadamente para a atendente se não tinha coxinha e ela disse que “desceria” mais tarde, entre 15 e 20 minutos. Como eu estava por ali perto, resolvi esperar no dentista e passar novamente após essa espera que tinha tudo para durar uma eternidade.

E assim foi. Por quase 50 minutos fiquei sentado na sala de espera do dentista lendo revistas de 2008 e contando mentalmente os minutos para abocanhar aquela mistura deliciosa de massa, frango, catupiry e amor.

Quando minha mãe saiu do consultório, eu só tinha uma coisa em mente: coxinha.

Parei novamente na loja e ao contrário da ótima fase de sucesso que venho ostentando em 2013, a minha grande decepção:

Não havia coxinha. Não desceram com as coxinhas. Não desceriam com as coxinhas tão cedo nessa fatídica terça-feira.

Eu disse o mesmo que a coxinha cima

Eu disse o mesmo que a coxinha acima

Frustrado. Decepcionado. Triste. Derrotado.

Faltam adjetivos negativos para descrever o meu estado de espírito após a falha monumental da jornada em busca da coxinha perfeita.

Mas faz parte da vida dos grandes heróis nem sempre conseguir o quer. A coxinha ainda está lá, esperando por mim. Tenho certeza que o encontro será emocionante para ambos, mesmo que apenas eu saia satisfeito.

Eu amo coxinha.

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1 ano de Projeto Balboa

Escrito por Arquivo

Há mais ou menos um ano eu era gordo pácaralho.

Vivia uma vida de rei comendo pizza, sanduiches, (mulheres) e porcarias quase todos os dias. Eu era feliz, não vou negar. Mas notei que alguma estava errada quando me peguei ofegante subindo os 2 lances de escada que separam a porta do meu apartamento da garagem do prédio. Não são nem 20 degraus, mas eu estava chegando ao último com a sensação de quem havia acabado de escalar Everest. Isso não estava normal.

Procurei um médico pra ver se tava tudo bem e ele disse que sim, tirando o fato que eu estava pesando inacreditáveis 106kg. Cara, eu realmente não pensei que havia chegado a esse ponto. Eu estava muito, muito gordo e era hora de começar a rever algumas coisas.

O primeiro passo foi começar uma atividade física. E eu já cansei de falar por aqui que odeio malhar. Ou melhor, odiava na época. Agora eu gosto, mas na época eu não queria nem saber de correr, levantar peso ou qualquer outra coisa do tipo. Resolvi que faria jiu-jitsu.

Afinal, nada melhor que se agarrar com outros caras suados, não é mesmo? Mentira, eu escolhi jiu-jitsu porque metade da aula se passa fazendo posições deitado (e isso não tornou esse parágrafo mais hétero). Mentira de novo. Eu sempre quis fazer jiu-jitsu, mas faltava uma desculpa. Estar gordo demais é uma ótima desculpa pra tudo.

Entre maio e dezembro de 2012 aconteceu muita coisa. A principal delas foi o anúncio do concurso para a Polícia Militar daqui. Quem me conhece, sabe que eu estava esperando esse concurso desde 2010. E se eu não tinha um motivo sólido para emagrecer (além do risco de morrer antes de chegar aos 30 anos), agora era a hora de me tornar um verdadeiro Rocky Balboa, afinal, o concurso tem um teste físico rígido e eu não tinha a menor condição de passar pesando o equivalente a um filhote de hipopótamo.

Veio a virada de ano 2012/2013 e com ela a minha única resolução de ano novo: deixar de ser gordo custe o que custar.

O primeiro passo foi abolir completamente o refrigerante da minha vida. Eu tomava mais de 2 litros de Coca-Cola por dia. Ninguém tem uma perspectiva de vida saudável fazendo isso. E se você faz e não engorda, saiba que eu te odeio com todas as minhas forças.

O segundo passo foi começar a caminhar/correr (trocadilho) para iniciar a preparação do concurso. Afinal, eu também tinha que estudar, mas essa é a parte fácil. Gordos são naturalmente inteligentes. Pelo menos eu sou.

O terceiro passo foi iniciar academia, já que o preparador físico que contratei me disse com todas as letras possíveis:

– Acho que você precisa fazer um reforço muscular.
– Tipo academia?
– É. Tipo academia.
– Ok =(

 

Uma das recomendações dele foi tirar uma foto no primeiro dia de academia, do alto dos meus 100kg. E é essa foto ai embaixo.

 

EU TINHA SEIOS :((((((((

EU TINHA SEIOS :((((((((

Censurado porque eu estava de cuequinha e vocês não estão preparados pra tanta sensualidade ainda.

Repare bem: eu tinha seios. Não eram peitinhos. Eram seios. E a partir do momento que você tem mais seios que as garotas do seu círculo de amizades, é hora de rever alguns conceitos.

Minha meta era sair dos 100kg e voltar ao meu peso ideal: 77kg.

Comecei a malhar de manhã antes de ir trabalhar, já que a noite também tinha aula (eu precisava relembrar as matérias do ensino médio, que eu completei há quase 10 anos).

Só que não tava dando resultado. Era tudo muito rápido, muito corrido. Mas  acabei saindo do trabalho e percebi que agora eu tinha todos os recursos disponíveis para emagrecer: tempo livre e tempo livre. Além da comida da minha mãe.

Ai o #projetoBalboa começou pra valer. Entrei em uma dieta absurda e comecei o primeiro mês fazendo spinning, musculação e corrida. Minha vida era basicamente malhar e estudar. O dia todo.

Chegou a prova da Polícia e passei na primeira etapa. Era hora de intensificar ainda mais o treino, já que o teste físico deve rolar no final de julho ou início de agosto.

Semana passada, após a avaliação de 6 meses com o instrutor, a notícia: eu havia atingido o meu peso ideal. Estava com 77kg de pura malícia, malemolência e lindeza.

O instrutor perguntou se eu havia tirado uma foto por dia para acompanhar a evolução, mas a verdade é que eu só tirei no primeiro dia. Ele disse pra tirar uma assim que chegasse em casa e comparasse.

É absurdo. Em 1 ano perdi exatos 29kg. É coisa pra caramba. É peso pra caramba. É banha pra caramba. Dava pra alimentar um pequeno país africano com o tanto de gordura que estava sobrando no meu corpo.

CHORA CAIO CASTRO

CHORA CAIO CASTRO

Em praticamente 1 ano, o projeto Balboa foi realizado com sucesso. Agora é trabalhar pra ficar cortado estilo Bruce Lee!

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Guia romântico: Dia dos Namorados em Belo Horizonte

Escrito por Arquivo

Dia dos Namorados em Belo Horizonte – um guia romântico

O dia dos namorados em Belo Horizonte está chegando e até agora você não sabe onde levar a sua gata para celebrar essa data tão maravilhosa?

Sorte a sua que eu existo, né?

Afinal, quem mais daria dicas espertas e interessantes para você se dar bem no próximo dia 12 se não o seu, o nosso, Rafa Barbosa?

Prepare-se para conhecer um roteiro romântico e inesquecível pelas ruas da nossa amada capital mineira (se você não sabe, é Belo Horizonte) elaborado com todo amor e carinho.

As dicas que darei a seguir são tão quentes que você provavelmente vai encerrar o dia fazendo um amorzinho gostoso com a sua amada.

E tudo isso de graça.

Peço apenas lembre-se de mim na hora do vai-e-vem.

Café da manhã para namorados em belo horizonte

Que tal surpreender a sua amada com um delicioso café da manhã?

Belo Horizonte oferece ótimas opções para quem deseja realizar o desjejum com muito amor e colesterol.

A dica para começar bem o dia dos namorados fica por conta da pastelaria mais tradicional da capital Mineira: A Pastelândia.

Café da manhã gourmet no centro de BH

Café da manhã gourmet no centro de BH

São mais de 11 opções espalhadas por toda a cidade, mas a mais romântica delas está situada na Rua Tupinambás, entre a Paraná e Curitiba.

Com deliciosos combos de 5 pastéis e um caldo de cana, esse nutritivo café da manhã gourmet vai deixar a sua gata bem disposta e alimentada para um dia repleto de aventuras e romance pela cidade mais charmosa da região central de Minas Gerais.

Circuito Cultural

Após um café da manhã repleto de carboidratos e gordura, o casal estará apto a percorrer o famoso circuito cultural de Belo Horizonte.

Já que estamos na região central podemos começar com o que há de melhor na cidade: artesanato.

O circuito começa na Praça Sete de Setembro, marco da capital mineira.

Ali existe uma grande concentração de artistas plásticos (os hippies, na verdade) que não hesitam um minuto sequer em abordar jovens para mostrar os seus trabalhos mais caprichados: pulseiras de pano, anéis e brincos de fio de cobre e colares de miçangas das mais variadas cores.

Artesanato nas ruas de BH.

Se você não comprou nada para a gata, esse é o momento. Os preços são excelentes.

Ainda na região central, que tal levar a sua namorada para um verdadeiro concerto de música instrumental?

A dica é seguir até a Praça Rio Branco, ou como é mais conhecida: Praça da Rodoviária, onde existe uma enorme concentração de músicos bolivianos e suas saborosas flautas de pã.

É um espetáculo inesquecível, comparado às grandes apresentações de filarmônicas como a de Berlin e a de Bagdá.

Almoço de dia dos namorados

Após curtir um dos maiores espetáculos que a ruas de Belo Horizonte podem proporcionar, que tal curtir um almoço romântico com a sua alma gêmea?

E você nem vai precisar se deslocar muito.

Da Praça Rio Branco, é só descer mais um pouco e já estará em um dos restaurantes mais famosos da capital mineira: O Restaurante Popular.

Com vista panorâmica para o novo Boulevard Arrudas, o Restaurante Popular é o local ideal para estreitar os laços amorosos com a sua parceira.

O cardápio remete aos principais conceitos da culinária francesa. A impressão que se tem é de estar degustando um saboroso fois gras em um dia ensolarado na inesquecível Champs-Élysées em Paris.

Um pedacinho de Paris em Belo Horizonte.

Um pedacinho de Paris em Belo Horizonte.

Por apenas R$ 2,00 você aproveita o que há de melhor na região central. Sem contar que é um dos locais mais bem frequentados da capital mineira.

Garanto que após esse almoço inesquecível, sua namorada estará no clima para o próximo ponto do roteiro romântico para o dia dos namorados em Belo Horizonte.

Cinema

Depois de azeitar o relacionamento com um jantar romântico num dos maiores pontos turísticos da capital mineira, a boa é pegar uma sessão de cinema e começar a esquentar as coisas para logo mais a noite.

Belo Horizonte já teve cinemas clássicos em suas ruas, como o Cine Pathé, Odeon, Metrópole e Cine Brasil.

Infelizmente, todos eles hoje em dia são filiais da Igreja Universal do Reino de Deus.

Mas alguns puristas e amantes da sétima arte ainda mantêm unidades mais discretas em pontos centrais da capital mineira.

Cine Regina

Cine Regina

Para criar aquele clima para o encerramento triunfal da noite, leve a sua namorada ao Cine Regina, que fica na Rua da Bahia, 484.

O local, antigo cinema de rua, hoje é um dos poucos e seletos cinemas pornô de Belo Horizonte.

Com visual dos anos 60, o local é excelente para levar a sua amada de volta aos anos dourados da capital mineira.

Com a exibição de filmes héteros, a tarde pode ser apenas um aperitivo para a grande noite do casal.

Fim de noite

Após pegar um cineminha erótico e tirar um sarro no escurinho do cinema, que tal encerrar o dia dos namorados fazendo aquele amorzinho gostoso com a sua parceira?

Como é dia dos namorados, os motéis mainstream estarão completamente lotados.

Que tal proporcionar uma experiência diferente pra moça?

Afinal, durante o dia você mostrou um lado de Belo Horizonte que até então pouca gente conhecia, não é mesmo?

Continue nessa vibe vintage e leve a pequena donzela para o Motel Sunflower, na Avenida Paraná.

Com visual totalmente retrô, que remete aos bons tempos da efervescência cultural belo-horizontina, o Sunflower é um respiro de romantismo em meio a uma cidade dominada pelos relacionamentos de apenas uma noite.

Existe amor em Belo Horizonte

Existe amor em Belo Horizonte

A fachada já mostra que o local foi feito para casais que desejam explorar a cumplicidade conquistada ao longo do relacionamento e fazer amor como se fossem figurantes de um dos grandes sucessos da Rede Globo: a minissérie Hilda Furacão.

Um fim de noite com chave de ouro para esse roteiro romântico elaborado com a melhor das intenções: fortalecer ainda mais o amor entre os casais de namorados que estão em dúvida sobre o que fazer na data mais romântica do ano.

Espero que aproveitem.

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Mais um trailer de Man of Steel

Escrito por Arquivo

Eu já não to mais aguentando esperar para assistir o retorno do maior super heroi de todos os tempos: Supeman. O filme estreia na próxima sexta nos Estados Unidos e só mês que vem aqui no Brasil. É provavelmente a maior tortura pela qual já passei.

E a cada semana, um novo vídeo ou uma nova imagem surge para deixar os fãs do azulão ainda mais empolgados com a já considerada obra-prima de Zack Snyder. Dessa vez é um trailer exclusivo da Nokia, que mostra bastante dos últimos dias de Krypton e um pouco da batalha entre o General Zod e Kal-El pelos ares de Metropolis.

Não sei vocês, mas eu acho que o que estou sentindo nesse momento é um orgasmo.

Confira comigo:

httpvh://www.youtube.com/watch?v=dwYatpwrs8s

 

Dica do Bobolhando no Twitter.

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De cara nova

Escrito por Arquivo

Daqui a exatamente uma semana o meu blog completa 7 anos de vida. É muito tempo se você parar pra pensar. To nessa blogosfera há mais tempo que muita gente por aí. E pode acreditar quando digo que não é fácil manter um blog por todo esse tempo, ainda mais um blog autoral.

E você não leu errado lá em cima. O nome dele é esse mesmo “Sem título ainda…”, com as reticências. Não vejo o menor motivo para dar um nome melhor que esse. Afinal, em sete anos eu mudei pra caramba e o blog também.

Começou com posts mal humorados sobre assuntos totalmente aleatórios, depois passou para algo na linha “olha o que eu achei pela internet”, por um longo e lucrativo tempo foi caça paraquedista até o momento em que percebi que ele deveria ser, assim como os primeiros blogs da história da internet, uma espécie de “diarinho”, ou simplesmente um lugar para escrever sobre a minha vida pacata.

E assim tem sido há pelo menos uns 3 ou 4 anos. E não pretendo mudar.

Esse ano percebi que precisava dar uma atualizada no layout dele. Não tava curtindo aquele visual de pré-primário (mesmo que eu ainda tenha a idade mental de 12 anos). A procura foi frustrante. Não conseguia encontrar nenhum tema que me agradasse. WordPress ficou moderno e lucrativo demais para os desenvolvedores criarem blogs para quem só quer contar as enrascadas em que se mete.

Mas nessa madrugada a procura acabou. Encontrei esse tema que você está apreciando agora e não pretendo me desfazer dele tão cedo.

Agora deixa eu voltar para o meu filme aqui pois nem deveria estar escrevendo esse post, já que não devo satisfação a nenhum de vocês, seus intrometidos.

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Um pente e rala

Escrito por Arquivo

Em algum lugar…

– Ei, tem pente?

*risinhos tímidos*

– Tenho sim. Você tá afim?
– To. Tá um problema isso aqui.
– Na sua casa ou na minha?
– Oi?
– O pente. Na sua casa ou na minha?
– Como assim? Se eu to te pedindo aqui, é porque eu não tenho um aqui agora. Lá em casa eu tenho.
– Ah, é esse pente que você tá falando?
– E qual outro pente seria?

Ah, o funk carioca.

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Os ritos de passagem do colégio

Escrito por Arquivo

Nessa imagem você consegue identificar tudo: da fila da merenda aos grupinhos

Nessa imagem você consegue identificar tudo: da fila da merenda aos grupinhos

Estou próximo do aniversário de 10 anos de formatura do ensino médio. Pois é. Eu sou mais velho do que aparento ser fisicamente e mentalmente, já que tenho a pisque de um pré-adolescente. Isso me faz refletir sobre alguns ritos de passagem que somos submetidos durante a época de escola.

Existe um momento claro, marcado entre o final da oitava série e o início do primeiro ano (na minha época a contagem ainda era assim, mas parece que mudou, né?) em que deixamos de ser meras crianças que jogam futebol com latinha de refrigerante amassada a passamos a ser jovens entrando na adolescência e buscando algo mais do que apenas interações intra-classe com as garotas do colégio.

Como estamos nessa fase de transição, queremos sempre passar a impressão de que não somos mais aquelas crianças bobinhas do primário. O primeiro passo é adotar novos termos para velhos conhecidos:

O recreio deixa de ser recreio e passa a ser chamado de “intervalo”. Recreio é coisa de criança que precisa desses preciosos 20 minutos no meio do dia para brincar e se distrair durante as aulas.

A merenda passa a ser chamada apenas de “lanche”. Já que merenda lembra merendeira e como um bom pré-adolescente, você não usa mais essa maletinha com personagens da Turma da Mônica (que você adora) pra levar os lanchinhos do intervalo.

O recreio, digo, o intervalo, que antes era repleto de crianças correndo brincando de pega-pega ou jogando futebol de latinha dá lugar a pequenos e grandes grupos de pré-adolescentes que se juntam para conversar sobre bandas, artistas e revistas da moda. Em alguns casos (era o meu), uma turma se junta pra jogar RPG em algum canto obscuro do colégio, longe da vista dos curiosos e dos ignorantes sobre o assunto.

E nesses grupinhos, o pega-pega de brincadeira dá lugar ao “pegar” de verdade. Se você corre no intervalo, você passa a ter menos chances de conquistar as garotas que nesse momento deixam de usar roupas largas e passam a desfilar com calças mais coladas e blusas mais apertadas, destacando os atributos que conquistaram nos últimos meses.

Muitos pré-adolescentes perdem o “B.V” nessa fase da vida. Alguns demoram um pouco mais.

A aula de Educação Física deixa de lado os jogos de queimada e atividades mais bobinhas e passa a ser apenas futebol, handebol, vôlei e basquete. Qualquer outra atividade além dessas é coisa de criança e não vale a pena ser feita.

E assim você vai crescendo. Deixando de lado aquelas coisas que você contava os segundos para fazer e quando menos percebe, está dando adeus ao colégio e entrando na faculdade. Um mundo completamente diferente. Até que você se forma e percebe que se tornou um adulto e fica morrendo de saudade daquele tempo em que as preocupações se resumiam em estar com os amigos na hora do recreio e não ficar por fora de nenhum assunto.

Crescer é uma droga.

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Operação padrinho de casamento

Escrito por Arquivo

himym

 

Amanhã um dos meus melhores amigos irá se casar e eu serei o padrinho. Pessoas se casam todos os dias (preferencialmente nos finais de semana, acredito eu), mas essa é a primeira vez que um amigo realmente próximo dá um passo desses. Tenho outros amigos que já moram juntos, mas que já conheci mais velhos. Esse é um daqueles que você praticamente cresce junto e a sensação é um pouco estranha.

Não estranha por ele estar se casando. Claro que não. To feliz pra caramba pelos dois. Lembro como se fosse hoje do dia em que ele me disse que estava começando a ficar com a garota. Em 2005. Ele ainda nem tinha se formado no ensino médio. O tempo passa rápido pra caramba.

Não sei se é pelo fato de ser mais velho que ele, mas fiquei pensando nesse assunto. Já escrevi sobre isso há alguns meses, quando reparei que a grande maioria dos meus colegas de colégio já estavam casados e com filhos, mas nada tão próximo de mim. Não são amigos que eu tenho contato quase que semanalmente.

Mais uma vez é aquele papo de pensar se não estou ficando pra trás, já que parece que todos os meus amigos encontraram as suas respectivas almas gêmeas e eu ainda to tentando encontrar as esferas do dragão. É algo complicado de se pensar, ainda mais quando você já está batendo na porta dos 30 anos e a vida começa a fazer um pouco mais de sentido. É realmente estranho.

Só sei que amanhã estarei lá, apoiando dois dos meus melhores amigos nesse passo gigante que estão dando. E fico feliz por ter acompanhado essa história desde o começo. O primeiro encontro, quando virou namoro, quando se separaram, quando ela foi morar em outra ponta do país e ele ficou por aqui, quando eles voltaram a se aproximar, quando voltaram a namorar, quando ela se mudou pra cá novamente, quando a coisa ficou séria e decidiram morar juntos. E agora só oficializando o que já estava feito desde 2010.

2013 parece ser um ano promissor para os meus amigos. E fico feliz em saber que está tudo dando certo para eles. É impossível não me sentir como Ted Mosby nesse momento. Ainda mais quando metade dos meus amigos que acompanham a série diz que tem muita semelhança (não fisicamente).

Alguns já estão planejando filhos, outros estão se casando e eu continuo acompanhando tudo de perto, esperando o momento em que essas coisas acontecerão comigo. Ou não. Vai saber. Às vezes eu nasci pra ser uma espécie de Charlie Harper sem a parte da bebedeira e a quantidade de mulheres.

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