Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Diga não ao rebolation! Protesto de um tranceiro

odeio rebolation sou contra

 

odeio rebolation sou contra

Diga não ao Rebolation Axé!

Estou chateado. Além de chateado, estou muito decepcionado e com um pouco de raiva no meu coração. Quero aproveitar o espaço aqui disponível para fazer um manifesto. Quero que todos saibam o motivo da minha indignação e, acima de tudo, quero contar com a ajuda de você, que está pensando da mesma forma que eu.

Eu adoro carnaval, adoro folia e adoro música eletrônica. Eu, assim como os meus amigos da PUC, da FUMEC, da UNI e da Newton Paiva, toda essa moçada bonita e endinheirada de Belo Horizonte, adoramos quando são anunciadas a Creamfields, a XXXperienc, a Tribe e toda e qualquer PVT que role nas redondezas desse bom e velho Curral Del Rey.

Essas festas são um momento único onde podemos reunir, em um só lugar, a nata da sociedade mineira. Tudo muito organizado em um ambiente regado à muita música eletrônica, RedBull, água mineral, balas e doces a vontade.

Além de todas essas maravilhas que citei acima, nada me deixa mais animado em uma trance do que o doce e hipnótico gingado do rebolation. Sinto como se a mão de Deus tocasse as minhas pernas e me presenteasse com o dom divino de me movimentar de forma rápida, sensual e muito sagaz. Quando pratico o rebolation, tenho pena de garotas como a Luciana de Viver a Vida, que não pode sentir na pele (na verdade, da cintura pra baixo) a sensação e o poder de rebolar ao som dos mais renomados DJ’s. É como se eu estivesse no País das Maravilhas mesmo não me chamando Alice.

Mas aí veio o carnaval. Essa manifestação popular que toma conta do Brasil durante grande parte do mês de fevereiro. Eu gosto de manifestações populares. Quero dizer, gostava até esse ano.

Eu sempre soube que a Bahia, mais especificamente o Axé Baiano, era uma espécie de Kibe Loco da cultura musical brasileira. Ao contrário do site humorístico que se apropria da piada alheia, a Bahia transforma tudo em Axé. E eu não gostei quando se apropriaram da nossa – e só nossa – técnica do rebolation transformando-a em uma “letra” de axé.

 

rebolation fotos

O verdadeiro rebolation

Entenda: quem participa e promove as raves, faz parte de uma pequena elite brasileira. Em termos mais claros, estamos no topo da pirâmide social. . Essa característica permite que os nossos eventos tenham um preço um pouco maior e prezem pela qualidade. Nós não realizamos raves nas ruas. Nós não tocamos raves em trio-elétricos. Somos os filhos do molho especial do McDonalds e não curtimos dendê. Então, por que diabos vocês resolveram cantar “rebolation” nessa porcaria de carnaval de rua?

Como um dos mais proeminentes membros da comunidade tranceira do Brasil, quero deixar aqui o meu manifesto e repúdio à banda Parangole e a todos aqueles que contribuíram para que o hit desse carnaval fosse uma ofensa à nossa cultura. Uma ode à cultura do “roube a nossa identidade musical e a transforme em um acarajé com percussão”.

Gostaria também de informar a todos que nós, verdadeiros representantes da cultura trance/eletrônica brasileira, estamos criando uma petição no Petition On-line para que a música “Rebolation” não seja mais tocada nas rádios e em programas de televisão no Brasil.

Acreditamos em nossos ideais e em nossos princípios. Acreditamos que esse tipo de música contribui para a imagem negativa das nossas festas rave tanto no Brasil quanto no mundo. As pessoas afirmam que são regadas à muitas drogas, mas a pior droga de todas é quando uma banda baiana pega um ritmo aqui do sudeste e o transforma em Axé.

Contribuímos para a criação de um movimento coeso e unido, que exportou para o mundo o swing e a magia brasileira no rebolation, mas, assumidamente, repudiamos a adaptação dessa vertente pelos integrantes da banda Parangole.

Aproveito este espaço democrático e interativo para convocar todos vocês, que vão a trances, pvts e baladinhas eletrônicas, a boicotar toda e qualquer forma de veiculação e difusão da música Rebolation. Rebolation é bom, rebolaton é muito bom, mas não foi feito para você que curte micareta.

Estaremos nos reunindo no próximo final de semana no meu sítio em Macacos das 21h de sábado às 14h de domingo, com a presença de alguns DJ’s e amigos, pela bagatela de R$ 80 para protestarmos contra essa afronta. O local tem piscina, estacionamento e segurança.

Você, tranceiro, está convocado. Não vamos deixar que o nosso símbolo máximo seja roubado por uma banda que usa abadá e toca berimbau. Junte-se a nós nessa cruzada contra a apropriação do rebolation pelas bandas de axé.

Contamos com a sua presença!

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A vida pós-faculdade.

Carteirinha internacional hehe

Tenho sentido na pele os efeitos da vida pós-faculdade. Os efeitos positivos, claro, surgem de forma maravilhosa: emprego, dinheiro, carro, mulheres, sexo e etc. Agora, os efeitos negativos estão aí, a solta, esperando só o momento certo para foder com a minha vida.

O principal ponto negativo da vida pós-faculdade é o fim da tão admirada e respeitada “meia-entrada”, seja ela no cinema, no estádio, no teatro ou até mesmo em casas de massagem vladvostoca. Você não tem mais um boleto para comprovar que está estudando. Dos R$ 7,50 semanais do cinema, você passa a pagar R$ 15 para ver, na maioria das vezes, um filme que seria melhor aproveitado se fosse baixado ou assistido na sua estréia no TeleCine Premium. Nessas situações, a vida me ensinou a lidar com as adversidades como todo bom brasileiro: já estou providenciando uma carteirinha de estudante “alternativa”. Não me culpe, a sociedade prepara o crime, o criminoso o comete, já dizia a Sorte do Dia do Orkut.

Outra coisa que tem me causado pesadelos todas as noites é o fato de estar perdendo todos os meus benefícios de “dependente”. Essa é uma palavra que me dá conforto, tranqüilidade e me faz sentir aquele garotinho inocente e despreocupado de 16 anos atrás. Se eu tivesse um problema de saúde, ou simplesmente quisesse um atestado pra matar aula, bastava apenas apresentar a minha carteirinha de “dependente” do meu pai e todas as portas se abriam, sejam as portas da pediatria, da ortopedia ou até mesmo a clínica geral. Não dependia do nosso tão estimado Sistema Único de Saúde, que nos mostra, de forma engraçada e empolgante, que passar mal no Brasil pode ser uma grande aventura.

Obviamente, eu tenho os meus esquemas. Em uma jogada de mestre, o meu pai conseguiu prorrogar a validade da minha dependência até o dia 31 de março, coincidentemente o último dia desse mês. (Cabe aqui um parêntese: não foi nada ilegal. Eu concluí a faculdade seis meses depois do previsto e me deram mais um tempo após a conclusão do curso). Depois essa data, até as minhas unhas encravadas deverão ser tratadas em um posto de saúde com, no mínimo, 5 dias de espera. Nada mal para um bon vivant como eu.

Analisando de forma contundente esse panorama da minha vida, penso se já não é hora de reunir uma galera cabeça da internet, como o Felipe Neto e Lucas Celebridade, e mostrar toda a nossa rebeldia nas ruas do Brasil, clamando por um melhor sistema de saude e preços mais atrativos nos cinemas, estádios e demais locais de entretenimento. Tudo, claro, regado a muito Linkin Park e System of a Down.

Enquanto isso não acontece, estou procurando um bom plano de saúde e alguma forma para burlar as bilheterias mundo afora.

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A minha desagradável experiência com o Chat Roulette

Durante as minhas horas e horas de navegação pela internet, acabei lendo vários tweets e vendo algumas screen shots de amigos em um tal site chamado Chat Roulette. Mas o que é o Chat Roulette? A curiosidade foi sendo despertada aos poucos. O que eu sabia, basicamente, era que tinha webcam no meio. E nesse assuntou eu sou especialista.

Passadas algumas semanas, decidi que era hora de testar esse novo site.

Tela do Chat Roulette

Uma coisa a respeito de sites que envolvem chats com webcam: pervertidos. Esse é o tipo de público dominante em redes como o Sitckam ou qualquer outra de broadcasting. Pessoas sem vida social que encontram uma oportunidade única de ver alguns seios ou quem sabe algo mais em troca de exibir (sem a permissão de quem assiste) pênis flácidos, banhas e pêlos em demasia. Uma ótima pedida para garotinhas de 14 anos que acabaram de conhecer o site.

Eu, no alto da minha vassoura (Oi Rafinha Bastos, gênio do humor), com anos de conhecimento desse universo acumulado em meu HD mental, acabei ignorando completamente a premissa básica do parágrafo acima. Era de se esperar que em um site como o Chat Roulette, o número de “pervs” fosse acima da média.

Digitei o endereço e aguardei a conexão. O que me esperava na tela de “Partner”? Uma bela sueca de olhos verdes, seios fartos e de baby-doll? Ou então uma linda universitária de Ohio descobrindo a delicia de se exibir pela internet para estranhos? Divagações a parte, a realidade veio sutil como um paquiderme.

Do outro lado, uma criatura visivelmente acima do peso, pele branca parcialmente iluminada por uma daquelas lamparinas de mesa sentada em uma cadeira acariciando o seu PÊNIS de forma ritmada e empolgante.

Evandro não gosta de pênis! Ele se assustou!

Sim, amigos, o meu “seja bem-vindo ao Chat Roulette” foi um pervertido e sua piroca em pleno ato masturbatório. Entre milhões de usuários do mundo todo, eu fui recebido justamente por aquele que pensou ser uma boa idéia “descabelar o careca” em frente a webcam para desconhecidos.

Imagem meramente ilustrativa, mas foi assim mesmo!

Essa é uma das maravilhas que só a internet pode proporcionar. Não poderia entrar de forma melhor nessa rede que promete ser a grande vedete da pornografia virtual no ano de 2010.

Chat Roulette. Acompanhem essa aventura.

O Fiuk gosta de penises. riariariarisos

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Greve dos ônibus em Belo Horizonte

Belo Horizonte está parada graças a uma greve dos rodoviários. Essa não é a primeira vez que isso acontece e nem será a última, mas desde a greve anterior já se passou um bom tempinho. Tem tanto tempo desde a última greve que eu nem me lembro quando ela aconteceu. Pode ter sido ano passado, mas a minha memória não confirma isso, logo, se eu não me lembro, não aconteceu.

Esse tipo de situação é bem chata quando se depende do transporte público. Você perde aula, perde o dia de trabalho ou chega muito atrasado. A sorte é que você não é o único. Rá, mas você se engana se acha que eu passei por isso hoje. Ao contrário da grande maioria da população, eu saí do status de “usuário do transporte público” e fui promovido a “dono de veículo automotor”. Ou seja, eu não pego ônibus lotado e nem sou atrapalhado pela greve (exceto pelo trânsito ruim, risos).

Enfim, só queria dizer que eu sei que é chato greve dos ônibus e que estou aqui torcendo pra que você chegue ainda hoje no trabalho e em casa.

Um grande abraço.

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Música We Are The World – Nova versão pelo Haiti

O que eu to fazendo aqui?

A intenção pode ser a melhor possível, os artistas filantrópicos de primeira, mas a iniciativa, em minha opinião, não passa de uma mera desculpa para alavancar algumas carreiras e tentar embarcar no sucesso mórbido pós-morte de Michael Jackson.

É essa a minha visão a respeito da versão “25 anos pelo Haiti” da música We Are The World. Me chame de saudosista, ou velho, mas ninguém presente nessa versão tem o carisma ou o talento daquela turma que participou da canção original. Taí, original.

Originalidade é uma coisa que falta à música pop atual. Até no quesito ações sociais, a negada não tem a menor capacidade de criar algo novo e acaba re-aproveitando velhos sucessos colocando uma roupagem nova com produção do Timbaland. Isso é música pop de qualidade, amigo leitor.

É o mundo da música entrando de cabeça em uma prática bastante conhecida na internet: exploração de hypes. Nos anos 80 isso era legal porque era inédito. Mas agora não faz tanto sentido.

Fico assustado só de pensar que ao invés de Bruce Springsteen, Ray Charles, o próprio Michael Jackson e o saudoso Ray Charles, estamos prestes a escutar o famoso verso “We are the world” nas vozes de Justin Bieber, Usher, Will.I.Am e provavelmente alguma outra estrela pop da atualidade fã de Auto-tune e totalmente engajada em causas sociais como essa.

Enfim, como eu sei que a classe média adora esse tipo de atitude, provavelmente será um sucesso e a grana com as vendas do “single” será suficiente para reconstruir todo o Haiti, tornar o país o terceiro maior produtor de hip-hop do mundo e um dos países mais desenvolvidos da América Central. Sinto o gosto de vitória no ar. Vitória financeira e pessoal dos envolvidos.

Parabéns a todos eles.

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