Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Histórias que o povo conta

Esse vulto tá mais pra vagina...

O texto a seguir estava no rascunho desse blog há quase 3 anos. Como a falta de criatividade mandou lembranças, resolvi editá-lo, corrigindo os vários erros de português e publicá-lo mesmo assim. Não que seja algo interessante, mas fica aí o registro de um grande e… bem, de um momento da minha vida.

Era início de 2006 e em poucos dias eu viajaria pra Guarapari, uma cidadezinha litorânea de Minas Gerais (rsrs). Sem mais nem menos comecei a sonhar bastante com acidente de carro. Depois de um tempo eu realmente comecei a ficar preocupado, pois sonhava todos dias. Acidente, morte, carros destruídos. Sinistro mesmo.

Era sábado e eu viajaria na terça da semana seguinte, e como de costume, saí com os amigos. Barzinho, “zuera” e, finalmente, hora de ir embora. Naquela época, eu não tinha carteira de motorista e nenhum dos meus amigos. Então, obviamente, frequentávamos a região do bairro mesmo. Voltamos a pé mesmo, como era de costume.

Cheguei em casa, abri a porta normalmente e fui em direção ao meu quarto. Mas sabe quando você passa por uma porta e, institivamente resolve dar uma olhada? Olhei de relance na porta da cozinha e vi um vulto de um homem alto. Sabe quando você olha, vê alguma coisa e quando olha de novo já sumiu? Então. Foi isso.

Não liguei muito pra isso e fui dormir. De novo sonhei com acidente de carro. Alguma coisa me dizia pra não ir nessa viagem. Papo de me cagar de medo. Odeio viajar de carro, ônibus, qualquer coisa. Se pudesse seria tudo na base do teletransporte*.

O dia amanheceu como outro domingo qualquer. Meu pai foi jogar bola e eu e minha mãe ficamos em casa. Por volta de 13h da tarde meu pai liga e fala:

– Avisa pra sua mãe que eu bati o carro aqui em frente a pizzaria.

Pronto, me borrei. Sonho com a parada o mês inteiro, vejo a porra de um vulto e meu pai bate o carro. Em uma linguagem mais popular, fodeu! A primeira coisa que veio a minha mente foi “Premonição 1 e 2”.

Enquanto pensava sobre o assunto, fui até a cozinha conversar com a minha mãe sobre a batida. Durante o bate-papo ela me solta:

– Nossa, eu sabia que alguma coisa ruim ia acontecer. Ontem eu vi um vulto de um homem aqui na cozinha.

Novamente, fodeu! Minha mãe viu o vulto, eu vi o vulto, meu pai bateu o carro. Vai todo mundo morrer, só pode!

O carro ficou destruído. Tá, exagerei um pouco. Não foi perda total, mas ficaria no mínimo uns dias na oficina. O capô foi todo  amassado. Entrou embaixo de uma caminhonete. Não aconteceu nada com meu pai, mas foi um sinal: Não vai pra Guarapari!

Acho que um sinal mais claro que esse, só se o “vulto” escrevesse nas paredes do meu apartamento. O que, convenhamos, me faria não ir para Guarapari nem para nenhum outro lugar do mundo que eu não pudesse ir a pé sem ter contato com qualquer tipo de veículo. Ou seja, só poderia ir na cozinha e banheiro.

Mas, mineiro quando quer ir a praia, não há quem segure.

Um amigo do meu pai lhe emprestou o carro, e na terça feira, zarpamos pra Guarapari, não que eu quisesse, mas eu era voto vencido nessa batalha. No meio do caminho, eu curtindo aquele sono gostoso, porém tenso, que só as estradas podem oferecer quando minha mãe me cutuca e fala:

– A lá Rafael, olha o acidente. O carro caiu no barranco, não deve ter sobrado ninguém.

Isso é tudo o que um cara extremamente paranóico com acidentes de carro precisa ouvir enquanto viaja dentro de um veículo a mais de 130 Km/h. Eu, tenso com a viagem, me cagando de medo, travado até o talo e a minha mãe vem me mostrar um acidente?

Isso é que é família!

Mas enfim, chegamos vivos. Estou aqui hoje postando essa história, que com certeza na época me fez ficar muito bolado! (hauhuahuahuahuahuuhahua “muito bolado”. Esse Rafa Barbosa de uns anos atrás não era fácil).

*(deixei essa parte do texto original só pra dizer que hoje eu adoro viajar de carro)

Fui!

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Sexo oral e asinhas de frango

Existem duas palavras que definem todo o rumo de um relacionamento amoroso: sexo oral. Claro, se você tem 12 anos, esse, definitivamente, não é o caso.

Muitos relacionamentos não deram certo pelo simples fato de que uma das partes (geralmente a mulher, eu acho) não se amarrava em curtir um picolé. Gosto de pensar que o sexo oral em uma transa é indispensável. Se não rola (heh), fica aquela sensação de que algo está faltando. É como fazer um churrasco e não comprar asinhas. Nesse caso, acredito que está mais para a ausência de lingüiça. Continuemos.

aí sim, hein. que fome

Não que eu seja um expert nesse assunto, já que a minha experiência sexual é menor ou igual à de um monge tibetano. Mas o que seria de nós sem os amigos e as conversas casuais em mesas de bar? Ok, no meu caso as conversas geralmente acontecem no MSN, mas isso não interessa.

Homem naturalmente se amarra nessas coisas. Ainda mais se o cara for novo e estiver começando a ter uma vida sexual agora. Na nossa cabeça de adolescente (não sou lá o melhor exemplo de adulto que você vai encontrar), quando conseguimos obter sexo freqüente e gratuito, a graça é justamente fazer aquelas paradas que só tínhamos acesso graças a uma conexão de internet e a boa alma do mercado de entretenimento adulto.

Uma delas, definitivamente, é o sexo oral. Não tem como isso ser ruim. Passamos metade de nossa vida assistindo a filmes cujo interesse da mulher em manusear um pênis com as amígdalas é algo fora do comum. Eu, pelo menos, sou facilmente enganado pela mídia, seja ela a tradicional ou a voltada para o mercado de sexo. Então, cresci imaginando que uma garota te chupar pode ser uma das coisas mais sensacionais do mundo.

Aí chega aquela fase da vida em que tudo o que você sempre acreditou começa a ruir. Dependendo do nível de experiência sexual da sua parceira, ela não vai querer te aplicar uma respiração boca-a-pênis. Por mais que você tenha um ótimo papo e um bônus de +2 em persuasão, algumas garotas simplesmente não curtem botar a boca no trombone.

Se você é um cara maduro, vai entender esse receio e o passo lógico é dar um pé na bunda dela e conseguir uma que faça, e faça bem. Ok, mentira. Você vai entender da primeira e da segunda vez. Na terceira você começa a insistir. Uma hora você vence pelo cansaço (eu acho).

Porém, aí entra uma questão interessante: a garota não curte fazer, mas receber é com ela mesma.

Nesse ponto (volto aqui a citar o mercado de entretenimento adulto), algumas produções servem como um verdadeiro tutorial de como tratar uma vagina na hora do sexo oral. É claro que você vai ter mais chances de aprender a teoria do que praticar, mas um dia essa hora chega.

Se você aprendeu direito, fará do jeito que ela merece. Ou seja, o senhor usará as pernas da garota como uma verdadeira coroa em volta da sua cabeça, além de aplicar todos os movimentos consagrados do cinema erótico (inclusive a famosa técnica da língua tornado, apresentada com êxito no primeiro American Pie).

É um pouco injusta essa diferença entre a garota curtir receber, mas ter nojinho de fazer. Ambos merecem ter esse tipo de prazer. A situação piora quando você percebe que todos os seus amigos possuem esse magnífico achiviement e você não (ou pelo menos eles dizem que tem). É como estar de volta aos seus 14 anos, onde todo mundo já havia transado e você ainda estava na segunda base.

Acredito que o sexo oral em uma relação é tão saudável quanto brócolis na hora do almoço. Pena que da mesma forma que acontece com o vegetal, algumas pessoas curtem e outras não, mesmo com pesquisas científicas comprovando os seus benefícios.

saudável e natural como um boquete

Portanto, faço aqui um apelo a quem tem uma relação estável onde uma das partes gosta de sexo oral e a outra não: por favor, amigos, façam sexo oral uns aos outros e contribuam para um mundo melhor (e sem crianças, já que isso não engravida).

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Coletivo de babacas: cursinho pré-vestibular

Antes de tratar sobre o assunto desse texto, gostaria de deixar claro que eu não vivi nesse universo dos “cursinhos pré-vestibulares”. Minha experiência se resume a esperar na porta por amigos e namorada ao longo dos anos. Claro, sendo esse exímio e empolgado observador do comportamento humano, posso me considerar qualificado e apto a discorrer sobre esse objeto de estudo. Dito isso, pegue lápis e caneta e me acompanhe nessa deliciosa jornada através do universo dos cursinhos preparatórios.

Os cursinhos pré-vestibulares são, comprovadamente, o segundo lugar com a maior concentração de babacas por metro quadrado (o primeiro deles é o Twitter). Podemos considerar esses espaços de aprendizado intensivo como um limbo entre a adolescência e a vida adulta (representadas pelo colégio e a faculdade respectivamente).

Nesse meio termo, o jovem não se sente mais tão criança, mas também não é e não quer ser tratado como um adulto. Essa indecisão leva o sujeito ao estágio de evolução mental que eu gosto de chamar de “simiocrasia”.

Do dicionário Rafa Barbosa de língua portuguesa:

Simiocrasia
sm – Ato ou efeito de agir como um chimpanzé com perda de massa encefálica. O mesmo que babaca.

Aulas de direção pra um aluno de pré-vestibular

Não que eu seja mais foda, inteligente e bonito que a maioria dos estudantes de cursinhos pré-vestibulares (eu sou), mas é que me irrita profundamente o comportamento padrão dessas pessoas.

Aqui, abro um parêntese, e digo que a minha pesquisa de campo compreende apenas o pré-vestibular Soma.

Já reparou que se você passar na porta do Soma, em qualquer que seja o horário, vai encontrar todos os estereótipos de jovens consagrados pelo cinema? Claro, adaptados para a realidade brasileira, mas ainda sim, estereótipos ambulantes.

Tem o “playboy” que fica encostado no carro emprestado pelo pai, com óculos escuros acomodado no couro cabeludo e escutando algum funk idiota da moda enquanto demonstra a sua superioridade financeira e automotora.

Podemos encontrar também as garotas que estão naquela fase em que o instinto de biscate e piriguete começa a aflorar, mas ainda não é tão latente. Então, ao invés de dar para o cara do carro, ela fica apenas rondando como uma mosca chata no seu parto de churrasco.

representação dos dois grupos acima

Não podemos esquecer também dos roqueiros. Geralmente são encontrados em bandos vestidos de preto (ou não) com um violão no meio da roda entoando canções e hinos que marcaram época no Brasil. Alguns ressuscitam movimentos já há muito esquecidos como o grunge, com suas camisas de flanela e All-Star’s pintados com caneta BIC.

\m/

É comum encontrar também aquela galera avulsa que não se encaixa em nenhum estereótipo, já que nem competência para isso tiveram, e ficam ali como se fossem aqueles figurantes que ninguém nunca se lembra.

Cara avulso que ngm se lembra, mas tem blog e é famoso na internet

Nas “tribos” citadas acima, apesar de distintas entre si, alguns comportamentos padrão são observados: sempre tem um que se destaca mais, seja por ser o mais rico, a mais gostosa, o único que tem banda conhecida na cena underground (do underground) de BH e etc.

Geralmente, esse macho ou fêmea alfa já pegou todos os demais representantes do sexo oposto no grupo.

Sinceramente, eu não daria a mínima pra essas pessoas se elas não fizessem questão de aparecer. Uma coisa que me irrita profundamente é quem fala alto com o único intuito de mostrar aos demais sobre o que está falando. E na porta de pré-vestibulares, quem tá ali vagabundeando faz isso com a maestria de um mestre cervejeiro da Baviéria.

Além disso, a porcaria do cigarro. Ali temos uma probabilidade de câncer de pulmão em pelo menos 60% das pessoas. Não basta fumar, você tem que fumar 6 cigarros por minuto e assoprar a fumaça na cara de quem quer que esteja por ali.

Infelizmente, nada disso supera o principal motivo da simiocrasia dessas pessoas: se o filho da puta tá ali – teoricamente – para estudar e passar no vestibular (geralmente em Federais), por que diabos ele não estuda?

Não vejo sentido em freqüentar algo que seja pelo menos parecido com escola (lugar que eu odiava do fundo do meu coração) apenas pra ficar na porta fumando, tocando violão e escutando música de qualidade duvidosa. Se bem que, na verdade, não são eles que estão pagando pra estar ali, então tá tudo bem. Deixa a galera curtir mesmo.

Provavelmente essa turma tá estudando pra cursar Educação Física, Design, Turismo ou Comunicação. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr

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Elenco da novela Rebelde Rede Record

Semana passada estava curtindo umas férias fora de época no litoral capixaba, como de costume para os mineiros. Quando não estava na praia pegando um sol, tomando coca-cola e curtindo umas bandas, estava na piscina da pousada ou no quarto assistindo televisão (já que infelizmente a cidade estava deserta). Como a televisão do quarto só pegava quatro canais, sendo que um deles era aqueles UHF que ninguém assiste, tinha que revezar o meu entretenimento entre Globo, Record e SBT. O feijão com arroz da tv aberta.

Em uma dessas minhas tardes assistindo televisão, em específico o canal Redecord, tive a minha atenção subitamente aprisionada por um comercial de uma futura novela do canal. A premissa não me era estranha: jovens da classe alta estudando em um colégio de elite e aprontando altas confusões. Pois é, amigos, é a versão brasileira da novela Rebelde.

Porém, o que me chamou a atenção mesmo foi a surpresa ao constatar que todo o elenco principal, que tecnicamente está no ensino médio, já aparenta sinais de velhice e, até mesmo idade, se é que posso dizer assim. Ninguém ali tem cara de que está no ensino médio, da mesma forma que ninguém da versão mexicana tinha cara de estar no ensino médio.

Isso me incomoda bastante. Não sei explicar bem o por quê, apenas me incomoda. Mas, pra quem é, tá bom.

Abaixo você vê o elenco da versão brasileira de Rebelde.

elenco rebelde brasil

Os atores Mel Fronckowiak, Chay Suede, Sophia Abrahão, Micael Borges, Lua Blanco, Arthur Aguiar

Sabe o que o Justin Bieber achou disso?

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Rafa Barbosa: um cara barra pesada

Hoje em dia eu sou um vencedor. Sim, posso dizer que sou um cara bem sucedido em vários aspectos da minha vida. Porém, algo que sempre me assombrou desde o final da adolescência e início da vida adulta foi o maldito excesso de peso.

Veja bem, no período dos meus 17 aos 20 anos, eu era gordo e com espinhas. Após testemunhar que mulheres odeiam caras com esse perfil, tomei medidas drásticas na minha vida e me tornei um cara com a pele digna de bumbum de neném da Puppets e com incríveis 2 quilos abaixo do meu peso ideal.

Lindo, magro e sem espinhas, obviamente, o melhor prato do a La carte que é esse restaurante que chamamos de vida.

Mas aí o tempo passou, comecei a namorar e relaxei na questão do peso, pois vi outras áreas prosperando, como o departamento pessoal e o financeiro. Sim, eu estava fornicando e ganhando dinheiro. Porém, relaxei e engordei absurdamente nos últimos dois anos.

Não que eu ligue – muito – pra isso, mas ninguém curte ser gordinho, e posso citar o Peter Jackson e o Seth Rogen como exemplos. Enfim, deu pra entender o ponto.

A questão é que poucas vezes experimentei um sentimento tão puro de derrota quanto nessa minha breve estadia no Espírito Santo na última semana.

Após uma tarde de praia e sol quente com a família, aquela descansada na areia depois de pegar algumas ondas (sem prancha, porque eu sou tr00), estávamos nos dirigindo à pousada onde nos hospedamos.

No meio do caminho havia um desses espaços públicos de exercícios físicos. Mais especificamente duas barras, uma esteira de abdominal e barras paralelas. Com a marra típica de um mineiro em terras capixabas resolvi me exercitar ali.

Fiquei embaixo da barra maior, estiquei os braços e dei o impulso para a conclusão desse exercício físico.

Na teoria é fácil

O que se seguiu foi um dos momentos mais constrangedores, humilhante e de extrema derrota na minha vida: eu não consegui realizar nem uma barra.

Eu não consegui suspender o meu corpo utilizando a minha própria força por não mais do que 10cm acima do chão.

Tentei mais de uma vez, e a cada nova investida, eu me levantava menos. O resultado dessa desastrosa aventura foi uma dor terrível no braço e, pior ainda, um buraco do tamanho de Passárgada no meu ego.

Para a minha sorte, a cidade estava tão vazia que nenhuma cocota viu esse trágico episódio da minha vida. Isso seria prejudicial ao meu mojo, com certeza.

Abaixei a cabeça e voltei para a pousada. Me tranquei no quarto pelo resto do dia, lendo e assistindo séries, pois, cheguei a conclusão de que eu não era digno de dividir o mesmo espaço no planeta Terra com pessoas saudáveis e que conseguem realizar pelo menos uma barra.

Agora, minha meta é conseguir fazer pelo menos duas barras até Julho. Duas porque sou humilde. Espero conseguir. Nem que para isso eu tenha que cortar 15cm de cada perna.

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