Autor: rafabarbosa

Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Zina – O maior comediante brasileiro

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Kiko adora suas piadas.

Kiko adora suas piadas.

O conceito de comediante hoje em dia anda muito vago. O elenco do CQC é composto por comediantes. O quadro de artistas do Zorra Total é em sua maioria de comediantes. O Pânico na TV é um programa humorístico. Até o Ronald Rios é um comediante, mas o Felipe Neto, não.

Enfim.

Essa semana o tal do Zina foi preso portando cocaína. Você provavelmente conhece o cara pelo seu famoso bordão “Ronaldo”, que eu odiei desde o primeiro momento.

A TV brasileira é especialista em pegar coitados na rua e transformá-los em artistas. Tá aí a turma do BBB que não me deixa mentir. Mas, os programas popularescos são os maiores disseminadores dessa cultura do bizarro.

Churupita!

Churupita!

Zina tem o perfil perfeito para gerar pena e risos involuntários. Provavelmente com 80% do cérebro danificado pelo uso de entorpecentes (só isso explica o quanto o cara é lesado), o “comediante” do Pânico na TV não faz mais do que se expor ao ridículo para o delírio da família brasileira.

– Pow, vamo colocar aquele indigente lá na entrada do Pacaembú. Ele fala Ronaldo, fuma um cigarro, dá um tequinho de pó e pronto, temos um quadro de 20 minutos para o próximo domingo.

Alan, ooooooo produtor.

Eu realmente não me sinto confortável com esse tipo de “humor”. Aliás, eu tenho um gosto muito peculiar para humor, o que, obviamente, faz com que o meu feed não tenha nem 1% de blogs brasileiros de humor.

Eu curto muito ir além do óbvio. Não curto coisas idiotas como as piadas chamando a Preta Gil de gorda ou chamando o Richarlyson de gay. É como um disco dos Ramones. As mesmas cifras desde 1970. Nesse caso, as mesmas piadas.

Com a televisão não é diferente. Não pago pau pra séries americanas. Não fico citando frases do Sheldon ou de Seinfeld. Isso não me faz parecer mais descolado, pelo contrário, só mostra que eu não tenho criatividade o bastante pra dizer uma tiradinha própria que faça as pessoas rirem, mas, nesse caso, qualquer série enlatada americana consegue superar de longe essa mania imbecil das emissoras brasileiras de empregarem qualquer Mané que encontram na rua.

Lá fora, quando algum mané fica famoso, pelo menos é por ter algum talento, né Suzan Boyle?

Eu só quero desejar aqui, do fundo do meu coração, que o Zina apodreça na cadeia ou então seja sodomizado por um traficante colombiano de férias em São Paulo. Não fará diferença nenhuma na minha vida e muito menos na sua, eu tenho certeza.

Um grande abraço para toda a equipe do Pânico na TV.

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Google lança o novo Orkut

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Hoje, dia 29/10, está sendo apresentado para alguns blogueiros o “Novo Orkut“.

Com a interface gráfica renovada, a nova versão do Orkut chega, de acordo com o blog oficial da rede social, com menos páginas e navegação mais rápida, concentrando as principais ações da ferramenta na página inicial do usuário.

Esse é um ponto importante na usabilidade do site que atualmente não é das melhores. Principalmente no que diz respeito à scraps e depoimentos.

Vale lembrar que isso está sendo usado com sucesso no Facebook que recentemente ganhou uma boa fatia dos usuários de redes sociais no Brasil. Se o Orkut não se atualiza, acaba ficando pra trás.

Além das mudanças na usabilidade, a nova versão apresenta uma interface mais limpa e simples. O novo Orkut também permitirá que seus usuários customizem sua página com novas cores e a utilização de aplicativos e vídeos na descrição de seu perfil.

Novo Orkut

Novo Orkut - Clique para ampliar

Indo de encontro à filosofia de liberar as suas novas ferramentas para usuários convidados, o novo Orkut só poderá ser acessado por usuários que recebem convites (2003 feelings).

Se você quer convites para o novo Orkut, fique de olho no blog de Danilo Miedi, ou nos perfis de seus amigos. Quem estiver utilizando a nova versão, terá convites disponíveis. Para saber quem tem convites para o novo Orkut, é só observar se o usuário tem o ícone abaixo  ao lado do nome.

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Eu estou doido para dar uma olhada, já que nunca saí da rede, apesar não usá-la tanto quanto antigamente. Enquanto não ganho um convite, fico aqui só assistindo a “facebookização” do Orkut.

Grande abraço.

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Promoção relâmpago: Kit do filme O Besouro!

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Essa é relâmpago mesmo! Como todo mundo sabe, o filme Besouro tem despertado o interesse do público por se tratar de uma produção nacional que aborda a capoeira naquela vibe wire-fu, estilo O Tigre e o Dragão. Há alguns dias eu fiz outro post sorteando um par de ingressos para a pré-estréia do filme. Dessa vez o prêmio é um kit do filme contendo:

1 camiseta
1 par de ingressos
1 livro “Feijoada no Paraíso” (que deu origem ao filme)
1  card game do filme Besouro

Para ganhar o kit é bem simples. Basta você comentar no blog com um endereço de e-mail válido até AMANHÃ, DIA 28/10 às 15h. Se eu gostar do seu comentário, você ganha. Se não gostar, bem, você vai ficar chupando dedo. Mas eu sou legal e fácil de agradar, portanto, seja bem puxa-saco.

Por falar nisso, o filme conta com um jogo chamado Capoeira Legends, totalmente nacional e produzido pela Dunsoft. Se você acha complicado fazer aquelas piruetas e todos os malabarismos da capoeira no mundo real, essa é a chance de você acertar uns mortais pra trás e alguns auês!

Paranauêeee!

Paranauêeee!

Você pode baixar o jogo entrando no site do filme clicando aqui ou na imagem. Dá pra se divertir um bocado até a estréia do filme, nessa sexta feira.

Então já sabe. É só caprichar no comentário e deixar seu e-mail!

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Sobre a importância do papel higiênico

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Tenha sempre por perto

Tenha sempre por perto

Uma negada aí diz que o mundo entrará em guerra no futuro pela água ou pelo petróleo, eu digo que se a terceira guerra mundial acontecer será por causa do papel higiênico. Não existe atualmente no mundo um utensílio de maior importância do que este rolo multicolorido.

A situação mais frustrante que pode existir é você adentrar um banheiro e se deparar com o rolo no papelão. Isso quando você observa antes de tirar a calça e sentar. Se você faz isso depois de realizar o serviço, amigo torça para que o local tenha um bidê ou prepare-se para dar adeus a uma meia ou a cueca. Mas, por favor, não vá limpar no azulejo. É feio.

Quando isso acontece na sua casa, sem problemas. Dá o grito na mãe, no pai ou irmã, sei lá, que eles levam o rolo na maior boa vontade. Isso quando já não tem um reserva em algum lugar do armário. Mas se o aperto rola em um lugar público, não curto nem imaginar o que pode acontecer.

Hoje aconteceu isso comigo e com mais algumas pessoas. Após uma excelente orgia alimentar em comemoração ao casório do meu querido “Marlim Moeda”, eis que o ciclo de digestão da comida chega ao fim e, com a mesma vontade com que devorei uma excelente picanha e filet de frango catupiry, o meu organismo insistia em retornar o que não era mais necessário.

Obviamente, eu sou o tipo de cara que observa antes de tudo o local onde se encontra o papel higiênico e quando vejo que não tem nada por lá, adio a conversa com a Celite.

Sorrateiramente voltei ao meu lugar e esperei que uma boa alma, com a mesma vontade de defecar que eu se propusesse a ir até o armário pegar esse sagrado rolo de papel. Porém, todos os que estavam com essa vontade ficaram inibidos pelo mesmo motivo que eu.

O armário onde o papel higiênico é guardado fica de frente para duas garotas que trabalham na agência. A iminência de uma zoação feminina do tipo “lá vai o cagão” deixa qualquer cara com medo de chegar ali na região e buscar o santo Graal sanitário.

Sério. Todo cara fica constrangido com essa situação ao envolver garotas. A minha infância foi traumatizante, pois, no colégio em que estudava, o papel higiênico ficava no armário da professora e se a vontade batesse você tinha que engolir o orgulho e pedir o pacote pra professora. E desfilar com aquilo em mãos até a saída da sala. E depois o corredor até o banheiro. E voltar. Humilhante, pra dizer o mínimo.

Pois bem, voltando ao assunto, eis que a vontade de “trollar” (sim, pra mim o termo trollar é sinônimo de largar um barrão, ou afogar um troll, como queira) se tornou tamanha que tivemos de apelar para o salvador do dia, novamente ele, Marlin.

Com toda a desenvoltura de um cara sem a menor vergonha, o nosso messias sanitário se dirigiu até o armário e pegou não um, mas dois rolos de papel higiênico para a alegria da turma e alivio de nossos intestinos.

Claro, todo mundo deu um tempinho para desviar a atenção. Mas, finalmente, quando o dia terminou, todo mundo cumpriu com as suas obrigações intestinais, mantendo mais uma vez o organismo limpo e organizado.

Enfim, lendo as linhas acima só consigo fazer um comentário: que post de merda.

Zuei.

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Questão de atitude.

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Tem que ter atitude, Yo?

Tem que ter atitude, Yo?

As mulheres são complicadas, mas você pode saber somente o básico pra se dar bem em algumas situações. Além da comodidade financeira e auto-locomotiva, as mulheres também admiram (sexualmente) caras que tem a famosa atitude.

Se você é do tipo que fica esquentando, esquentando e preparando, saiba que o primeiro malandro que chegar com uma mordidinha na orelha enquanto lança uma cantada mais sagaz vai levar a sua mina. E você vai ficar chupando dedo enquanto chora com seus amigos no MSN.

Os problemas de atitude masculina ocorrem, em grande parte, durante a adolescência. Você ainda não tem a intimidade necessária com o sexo oposto e acaba dando aqueles vacilos que só a puberdade consegue proporcionar.

Certa vez, eu devia ter os meus 16 anos, por aí, mudou-se uma nova garota para o prédio. Veja bem: estamos falando de um prédio onde a maioria das pessoas da minha idade eram do sexo masculino, aliás, todos eram homens. De todas as garotas que moravam ou moraram lá, todo mundo pegou pelo menos uma vez (menos os irmãos Tampa). Quando mudava uma novata, a turma ficava agitada e doida pra inaugurar a moça. Não necessariamente no sentido sexual.

O nome dela era Giselle. Três anos mais nova do que eu, ou seja, estava com os seus 13 anos de idade, mas bem desenvolvida (aquela doce fase onde as garotas começam a se interessar pelos garotos). Ou seja, seios, e isso, aos 16 anos de idade é um ótimo atrativo. Obviamente cada garoto começou a se mostrar para a novata. Cada um exibindo o que tinha de melhor. Porém, o que ninguém imaginava era que a moça daria mole para o maior bocó do prédio, o Tiago, mais conhecido como o Tampa mais velho.

Teoricamente, o cara não tinha atrativo nenhum. Era magrelo (na época eu era fortinho, tinha até abdome parcialmente definido e era skatista malandro), completamente bobo e provavelmente virgem.

As vezes a Giselle curtia esse tipo de coisa, não sei. Mas o fato é que a menina cansou de oferecer oportunidades para o rapaz pegá-la de jeito.

Em uma das situações, a moça provou toda a crueldade peculiar ao sexo feminino e se fechou na portaria pelo lado de dentro e com o Tiago do lado de fora disse:

Você só entra aqui se me der um beijo.

Caras, o Tiago era só um ano mais novo do que eu. Porém o rapaz agiu como um recém nascido e inacreditavelmente beijou a Giselle. Com a boca na porcaria do vidro da portaria. Tipo, que merda foi aquela? A menina continuou provocando e o idiota resolveu dar as costas e sair.

A Giselle, claro, não perdeu a oportunidade e deu aquela zoada chamando o cara de frouxo. Frouxo, cara. Qualquer homem em uma situação como essa pegaria a garota pelo cabelo, daria um beijo bruto e dois tapinhas na bunda como quem diz “Who’s your daddy, bitch”? Mas ele não fez nada.

Como nesse meio tempo eu havia me tornado mais próximo dela (era vizinha de porta), acabei por começar a ir pra cima da garota. Mas nem cheguei a ficar com ela. Depois de um tempo comecei a achá-la um pouco infantil. Pois é, eu estava me tornando um jovem adulto.

Por muito tempo continuou nessa mesma história. A garota visivelmente afim de experimentar os dotes eróticos do Tiago e ele sempre inventando uma desculpa esfarrapada.

Era deprimente a falta de “atitude” do cara.

Se possuísse um mínimo de atitude, não perderia tempo e na primeira oportunidade investiria todo o seu “charme” com a garota. Ou as vezes isso também não daria certo. Vai que a Giselle só queria curtir com a cara do babacão. Conheço muitas assim.

O fato é que homem precisa ter atitude. Mulheres que preferem os tímidos e que vão pra cima são minoria. Se ela vai pra cima, espera pelo menos alguma reação do cara para o que ato se complete. Se você não tem isso, colega, sinto muito, mas você é um fracassado.

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Como voltar no tempo?

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O mundo é realmente um lugar organizado. Não me admira o fato de até hoje ninguém ter construído uma máquina do tempo. Ignore todos aqueles fatores de revistas em quadrinhos e filmes de ficção onde, ao alterar eventos do passado, cria-se uma nova linha temporal modificada.

Pense em como seria maneiro, ao invés de voltar ao passado, apenas retroceder a sua vida, tipo um rewind, mas conservando a sua memória atual. Não faço a menor idéia do que isso pode acarretar. Alguém que estude física quântica pode explicar isso melhor? Eu fiz publicidade. Sei fazer tudo, menos questões de física, química e matemática, que não eram específicas.

Se eu pudesse voltar ao passado com o “know-how” que eu tenho atualmente, é fácil imaginar algumas coisas que seriam diferentes na minha vida:

1º – Teria ficado e transado com muito mais garotas na minha adolescência, já que, aos 23 anos, posso dizer que sei muito bem o que as garotas de 15, 16 e 17 anos gostam de ouvir e esperam de um cara.

2º – Seria um maldito magnata da Internet. Saberia muito bem como ganhar grana com blog. Aplicar SEO em uma época onde o dólar era, tipo, R$ 3,02 e quase ninguém se ligava nas possibilidades oferecidas pela ferramenta.

Rico, jovem e comedor. A imagem que todo cara no alto de seus 16 anos de idade adoraria ostentar.

O foda é que se existisse uma tecnologia que permitisse isso, retroceder o tempo conservando apenas a memória – e não como nos filmes, quando o “eu” do presente volta ao passado e vive na mesma linha de tempo que o “eu” do passado – todo mundo teria os mesmos planos que eu.

Isso seria legal se fosse um poder. Ou um dom, sei lá. Já curti muito aquele poder de um dos carinhas do Dragon Ball Z (eu falava Dragon Balls). Um gordinho baixinho que parava o tempo quando segurava a respiração. Se não me engano era das Forças Especiais GYNIU.

Forças Especiais GYNIU!

Forças Especiais GYNIU!

Me amarrava na idéia de parar o tempo prendendo a respiração. Morreria sufocado, mas saberia exatamente como era a textura dos seios de metade das garotas da minha turma.

Outro grande problema desses dons é o fato do poder subir a cabeça. O melhor exemplo recente disso é o nosso querido Kevin Bacon em O Homem sem Sombra.

Se você é invisível e pode fazer o que quiser, por que não comer a vizinha gostosa, assustar criancinhas no trânsito ou bulinar a assistente gostosa?

Um sábio ditado é aquele que diz:

Deus não dá asa à cobra.

Taí. Deve ser maneiro ser Deus também. Vou mudar radicalmente o assunto do texto, mas acho que merece um pouco da minha atenção.

Vamos lá.

Deus deve ser um cara que se sente muito foda em alguns momentos do dia. Diariamente, milhões de pessoas rezam para ele pedindo algum milagre ou ajuda. Obviamente, ele é muito ocupado e não tem tempo. É tipo aquele seu amigo do MSN que você sempre tenta puxar papo e o cara responde com um “To no trampo, marca aê”.

Mas, ao contrário das pessoas que rezam, tem aquelas que não acreditam em Deus. É nessa parte que ele deve se sentir mais foda ainda. Sabe por quê? Porque tem nego que espalha para o mundo inteiro que não acredita nele e no momento de maior dificuldade lança a clássica “Ai meu Deus. Me ajuda”. Isso é inegável. Todo mundo já soltou ou sempre vai soltar um “Meu Deus” em algum momento de dificuldade.

Nessa hora, malandro, Deus deve rir imensamente da sua cara. E te achar patético, claro. Se eu te acho patético, por que Deus não poderia? Misericórdia nunca ajudou ninguém.

A questão é que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. A principal delas é ser responsável pelo aumento considerável da sua fortuna e do número de garotas no curriculo.

Um grande abraço.

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E se a água do mundo acabasse?

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Uma das maiores preocupações da humanidade (além do aquecimento global) é a possibilidade da escassez de água potável no mundo. Apesar de o planeta ser composto de mais de 71% de água, nem 5% chega a ser potável. Ou seja, a possibilidade de um dia isso acontecer é real e deve ser tratada com seriedade.

O Cirque du Soleil e a fundação One Drop se juntaram para que hoje, dia 09 de outubro, seja marcado com a realização de um mega-evento com a participação de 14 países e escolhendo alguns blogs para divulgarem oficialmente o “Moving Stars and Earth for Water Event“.

No Brasil, um dos escolhidos foi o blog da TJ Net. Clique aqui e saiba mais sobre o evento no mundo e no Brasil.

Obs.: Fiquei com invejinha da câmera que eles ganharam da organização.=(

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Marketing de emboscada (ambush marketing) no Porto Cai na Rede. Ousadia pra uns, bola fora pra outros.

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Caiu na rede já era!

Caiu na rede já era!

Ano passado falei tanto sobre mídias sociais que o assunto se desgastou um pouco na minha cabeça. Sentava em frente ao notebook e começava a digitar alguma coisa sobre o tema e logo me batia aquele desânimo que só a segunda-feira, às 6h da manhã consegue proporcionar.

Pois bem, é praticamente impossível não fazer nenhum comentário a respeito da grande ação que foi o “Porto Cai na Rede“.

Não vou julgar se ação foi boa ou ruim, se o modelo utilizado (blogueiros + mimos + férias na faixa = opinião favorável) é válido ou não. Como profissional que trabalha com mídias sociais eu tenho uma visão e como blogueiro, outra um tanto quanto diferente (meio contraditório, mas são coisas que levo comigo). A ação em si merece um post a parte e vou esperar algum tipo de dado mais consistente sobre a eficácia da mesma.(alguém duvida que foi um sucesso?). O ponto principal que eu quero abordar aqui é outro.

Segundo esse post do Eden (o cara que bolou o Porto Cai na Rede), em um dos dias do evento, durante o almoço da turma de blogueiros, um emissário da agência Boca abordou 10 blogueiros (obviamente, aqueles com o maior número de visitas, maior relevância e maior pagerank) e os presenteou com um kit da Olympikus promovendo a vitória do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Na caixa a mensagem “Eu já sabia” e um agasalho.

Créditos: Carlos Merigo - B#9

Créditos: Carlos Merigo – B#9

Cabe aqui copiar o conceito de uma técnica do marketing de guerrilha (retirado da Guerrilhapedia) comumente utilizada em grandes eventos chamada de “ambush marketing”, ou Marketing de Emboscada.

“Desta forma, a emboscada pode-se definir como um esforço planejado, para se associar indiretamente a um evento. O objetivo é ganhar ao menos algum reconhecimento, com um investimento muito menor, em contra partida aos esforços de um patrocinador oficial. Ou seja, basicamente dois fatores podem levar uma empresa a optar pela emboscada: os altos custos das cotas de patrocínios dos eventos e a eventual impossibilidade de participar como patrocinadora de um evento.

Grosso modo, a emboscada (ou ambush) é uma festa onde alguém convida muitas pessoas e faz um esforço tremendo para lhes fornecer boa comida e bebida. Mas, de repente, enquanto os convidados conversam tranquilamente, alguém que não tem nada a ver com a organização faz algo que chama muito a atenção das pessoas, virando assunto e levando os créditos pela organização da festa. Na teoria, a emboscada consiste na criação de ações no entorno ou dentro de eventos que chamem a atenção para outra marca. Isso, obviamente, sem pagar cotas de patrocínio e dentro da lei“.

Destaquei a parte em negrito por ser, basicamente, o que aconteceu durante o Porto Cai na rede.

Em qualquer outra situação, como essa relatada no B#9, a ação seria genial. Mas não durante o Porto Cai na Rede. Lá era pecado fazer esse tipo de coisa.

Como publicitário, acredito que a ação da agência Boca foi realizada dentro da cartilha do bom marketing de guerrilha. Aproveitou a reunião dos maiores meritocratas da blogosfera brasileira, poupou dinheiro com comida e hospedagem e só gastou com o brinde, a caixa de presentes.

É lógico que a organização do evento ficou extremamente puta, mas como a ação era para promover a cidade, qual o problema em alguém bancar o penetra e fazer o seu? Muitos vão dizer “ética”. O cara não foi anti-ético. A agência foi oportunista. Diria até ousada e atrevida.

Outra reclamação que observei no post do Eden, foi o fato de todos os blogueiros serem tratados como iguais no Porto cai na Rede e a agência Boca só presentear alguns. Mas, convenhamos. Ninguém aqui é criança e sabe que no mundo real, onde eu e você vivemos, nenhuma agência dá presentinho pra todos os blogs. Geralmente os felizardos só aqueles com grande número de acessos e, em raros casos, blogs de um nicho específico. Publicidade não é caridade.

Ao invés de pegar os 40 maiores, como fez o Porto Cai na Rede, foram logo nos 10 maiores (acredito eu). Simples assim.

Claro que muita gente falou mal pela questão da boa vizinhança. Você não vai falar que a sua amiga está bem mais gata que a aniversariante em plena festa de 15 anos dela, concorda?

Admiro a coragem e sagacidade da agência Boca. Vi alguns poucos comentários negativos (a grande maioria de pessoas que estavam no Porto Cai na Rede), mas, de qualquer forma, conseguiu a sua repercussão.

Com a pouca meritocracia que possuo, só posso mandar um grande abraço a todos os envolvidos.

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Não adianta reclamar, não vai mudar.

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Blanka para Mascote!

Blanka para Mascote!

Não adianta nego chorar, fazer piadinha ácida no Twitter ou escrever um post destilando toda a sua sagacidade e capacidade crítica falando das conseqüências da escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.

Perdeu, preiboi. A parada já foi escolhida e não adianta ficar chorando. Devia estar agradecido pelo fato da sua cidade estar de portas abertas hospedando – por um mês inteiro – o que há de melhor no esporte. Ou seja, suecas, alemãs, japonesas, finlandesas, africanas e toda a sorte de mulheres de roupas curtas e coladas em esportes que nos proporcionam imagens épicas. Vai ser aí, cara, bem pertinho de você.

Eu, que moro em Belo Horizonte, uma das sedes da Copa do Mundo 2014, já estou pensando em uma forma eficiente de ganhar dinheiro com esse tipo de evento. Reclamar é inútil.

Mas não se preocupe. Todo mundo sabe como é a rebeldia na internet. Daqui duas semanas o pessoal esquece isso e passa a falar de outro assunto bem mais importante como a nova edição d’A Fazenda.

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Prova do ENEM 2009 cancelada. Brasil, um país de todos.

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Que vergonha...

Que vergonha…

Desde a criação do PROUNI o ENEM não é mais o mesmo. A prova do INEP tornou-se uma nova “máfia” do pré-vestibular. Não que o PROUNI seja ruim, eu tive uma bolsa de 50% de desconto graças ao programa. O problema é a exploração que houve em cima do ENEM.

Como já disse aqui e aqui, o que era pra ser um exame de avaliação do que você aprendeu no ensino médio, tornou-se, basicamente, uma corrida desvairada entre cursinhos preparatórios e faculdades de segunda linha que enxergam na prova a possibilidade de aumentar o número de alunos e garantir uma graninha extra do governo em sua conta.

Mas o ponto principal não é esse. O que eu quero comentar aqui é que a prova do ENEM 2009 foi cancelada por terem vazado as questões. Quer prova maior de que o exame se tornou uma forma de gerar dinheiro? O cara que teve acesso e, obviamente, tentou vender o conteúdo.

Um grandessíssimo filho da puta, em minha opinião.

Apesar de não concordar com essa exploração que se tornou comum em cima do exame, eu dou toda a razão para quem está puto com o acontecimento. De acordo com o MEC, a prova do ENEM será aplicada dentro de um prazo de até 45 dias, pois necessitam de um pré-teste, mas, querendo ou não, muita gente investiu tempo e dinheiro em estudos, além de abrir mão de muitas coisas como diversão, namoro e lazer. Se eu estivesse nessa situação sabe o que eu faria? Com certeza entraria com um processo contra o cara que a roubou e tentou vender.

Fica a lição de que no Brasil não se pode facilitar as coisas. Foi só mudar a prova para valer como vestibular para as universidades federais que um malandro tentou lucrar. É o tal do jeitinho brasileiro, a forma de ganhar dinheiro fácil explorando a “boa fé” das outras pessoas.

Saudade do meu tempo, quando em minha sala, dos 45 alunos, somente eu e mais duas meninas fizemos a prova. E nos demos bem, obviamente.

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