Tem coisas que eu vejo na internet e simplesmente não consigo ficar sem comentar. Principalmente no Facebook, que nos últimos meses tem nos presenteado com as mais geniais pérolas de sabedoria popular e com a típica empáfia das classes D e E, que após muito trabalhar, juntar algum dinheiro e comprar duas TVs de LCD, finalmente conseguiram atingir a tão sonhada classe C.
Entre uma citação motivadora de Will Smith e uma declaração de amor inventada por uma provável encalhada e divulgada como legenda de uma sequencia de screenshots de algum filme baseado nas obras de Nicholas Sparks, temos aquelas imagens que possuem apenas uma função em todo o universo: mostrar-nos que a humanidade há muito está perdida.
Nessa noite de domingo, após celebrar a Páscoa e combater minha tristeza por não ter ido ao Lollapalooza com muito chocolate, fui pego de surpresa enquanto navegava pelo Facebook. Vi que várias pessoas estavam compartilhando a imagem abaixo, que tinha como legenda uma das frases mais lidas ultimamente:
Após recuperar o fôlego (pois fui obrigado a rir um bocado), finalmente iniciei o processamento de dados referente a essa maravilhosa composição. Cheguei a uma conclusão um tanto quanto desanimadora para os últimos românticos, e bastante promissora para aqueles caras que estão à procura de uma garota:
O amor, meus amigos, custa apenas R$ 302.
É um investimento modesto, menor que um salário mínimo. Porém, mais caro que um celular com Android.
O amor costumava ser um bem durável, um pouco mais caro que três ou quatro salários mínimos. Mas vejo que muita coisa mudou. O amor já está entrando naquela categoria de supérfluos, que você pode abrir mão no final do mês se tiver que economizar uma graninha.
É uma pena. Realmente uma pena. Costumava ser um bom investimento em outra época.