Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Rafael – o matemático

grande sucesso dos anos 2000

Eu nunca fui bom em matemática. Sempre odiei a matéria. Não sou um cara dos números. Me dou melhor com Português e suas milhares de regras. Também sou um grande amigo da História, que me apresentou Hitler, Getúlio Vargas, JK, os motivos das duas Guerras Mundiais e me mostrou tudo o que rolou no Brasil para que pudéssemos ter toda essa liberdade hoje em dia. Também gosto muito de redação, como você já deve ter percebido. Mas quando o assunto eram os números… Era birra mesmo.

Porém, estou me dando conta de uma coisa. Acho que nunca gostei de matemática porque simplesmente não via motivo para tanto. Fui aquele tipo de aluno que levava a matéria o ano inteiro com a barriga (que na época não existia – eu era magro). Só aprendia o que era extremamente necessário nos últimos meses pra passar de ano. E a estratégia deu certo, já que só tomei uma recuperação em matemática em toda a minha vida.

Mas aí chegamos em 2013 e na minha preparação para fazer a prova da Polícia Militar. No edital consta que serão 7 questões de matemática. E sendo completamente sincero com vocês, eu não estudo matemática desde o dia em que me formei no ensino médio, ou seja, no já distante ano de 2004. São 9 anos sem abrir um livro sequer com equações, inequações, frações e geometria analítica. É tempo demais.

Resolvi me matricular em um cursinho, já que se deixasse para estudar em casa, me conhecendo como ninguém, eu sabia que não venceria o cansaço e a preguiça, por mais que eu esteja completamente determinado a passar nessa prova.

Para a minha surpresa, não é que dessa vez eu estou aprendendo a matéria? Pode até ser que o motivo seja que eu já esteja mais velho, mais experiente, mais maduro e com um objetivo claro e definido, mas a questão é que eu posso afirmar com todas as letras:

EU AGORA SEI MATEMÁTICA BÁSICA DO ENSINO MÉDIO! CHUPA AQUI SUA OTÁRIA!

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Barbie e Ken da vida real: duas pessoas de personalidade

Eu deveria estar escrevendo sobre “50 tons de cinza”, já que terminei de ler o livro e tenho uma ou duas observações que merecem estar nesse blog. Porém, enquanto estava aqui me informando a respeito dos acontecimentos do mundo, me deparei com a seguinte notícia:

Clique para ler a notícia

Não sei nem por onde começar nessa deliciosa mistura de seres humanos bizarros, mas vamos analisar o quadro geral.

Uma moça que gasta em torno de R$ 1,6 milhão para ficar parecida com a Barbie;

Um rapaz que gasta mais de R$ 200 mil em 90 procedimentos cirúrgicos para ficar parecido com o Ken (namorado da Barbie) – que vale citar – não tem um órgão genital;

O “Ken” menospreza a Barbie do mundo real por acha-la “falsa”, já que a aparência envolve maquiagem, cabelos falsos e corseletes, artifícios utilizados por drag-queens;

– O Ken e a Barbie do mundo real finalmente se encontram;

O Ken diz que falta personalidade à Barbie…

HAHAHAHAHAHAHAHUHUAHUAUHAUHKLKADSLKDLAK
HHAHUAUHUAUHAHAKALDKDSKLJKJDFKJDKJAKJDFKDJ
FHUDFUHDUHDUHDFHUFDUHFUDHUHFDUHFDUH

Essa foi realmente a minha reação ao ler que o nosso boneco eunuco pensa que a Barbie do mundo real não tem personalidade.

Leia novamente: o cara que gastou uma fortuna pra ficar parecido com um boneco mal articulado, metrossexual e com fortes tendências femininas afirma que a moça que gastou uma fortuna pra ficar parecida com uma boneca sem genitália e mamilos não tem personalidade.

É o tipo de comentário que me leva a questionar o que essas pessoas tem na cabeça. Dinheiro eu sei que elas possuem, porque ninguém gasta uma fortuna pra ficar parecido com um boneco se estiver passando algum tipo de necessidade. Mas levar isso como sendo uma coisa extraordinária? E criticar alguém que está fazendo exatamente o mesmo?

Sem contar que né? Vamos ser sinceros. A moça pelo menos ficou realmente parecida com uma Barbie, enquanto cara mirou no Ken e acertou o Clodovil misturado com um pouco de Angela Bismarchi e Donatella Versace.

A pergunta que fica é: será que eles também fizeram essa cirurgia?

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Rafael – O Farinha

Ser invisível em uma sala de aula não é algo fácil. Pratiquei essa milenar arte por 15 anos para atingir o nível de excelência que possuo hoje em dia.

No colégio e na faculdade eu era o aluno sem rosto, aquele que estava sempre com a cabeça baixa fazendo minhas coisas ou dormindo (no horário vago, que fique claro). As gatas não sabiam o meu nome e os meus professores se referiam a mim como “ah, aquele ali de trás, como é que chama mesmo”? Eu gostava. Evitava constrangimentos como ser chamado para ir ao quadro resolver exercícios ou ser chamado a atenção.

Depois que me formei na faculdade pensei que não entraria em uma sala de aula tão cedo. Porém, cá estou eu, frequentando as aulas de um cursinho preparatório a fim de me tornar um bonito, sensual e respeitável policial militar. Acho que esse “tempo” fora do ambiente estudantil afetou a minha incrível habilidade de ser invisível, pois hoje fui vítima de uma excelente trollagem do meu professor de Língua Portuguesa.

Eu sendo incrível na sala de aula

Já na primeira aula desse professor deu pra notar que ele é do tipo que gosta de fazer piadas com os alunos. Observei atentamente e felizmente consegui me manter invisível na maior parte do tempo. Documentei quem eram os alunos que ele mais interagia e me acomodei em um lugar completamente neutro na sala, misturando-me ao ambiente. De fora diriam que eu era parte da parede. Mas isso não passou batido pelo professor.

Hoje, enquanto percorria a sala entregando as folhas com propostas de redação, nosso adorado mestre chegou próximo a minha cadeira e fez a seguinte observação:

– Uai, você trabalha com farinha?

Como estava destreinado na arte de ser invisível, cometi o erro de olhar de volta e responder o que qualquer pessoa não iniciada na técnica diria:

– Eu não, por quê? – com uma risada meio abafada meio constrangida.

– Porque seu cabelo tá todo sujo de farinha.

Sem entender a piada de primeira, fiquei com aquela típica cara de paisagem, quando ele completou a “punch line” da anedota:

– Cabelo todo branco.

Aqueles 3 segundos que parecem 10 minutos antes de metade da sala explodir em risadas e comentários sobre o “Farinha”. De aluno invisível ao “aluno farinha” em questão de uma noite. Anos e anos de prática para ser invisível na sala de aula e falho logo em um momento como esses.

Nem entrei na PM e já sou conhecido como o Soldado Farinha.

Eu sendo zoado na sala de aula…

Acho que o universo está me dando sinais claros de que já não sou mais tão moleque quanto acredito. Primeiro foi a atendente do Detran dizendo que o tempo foi cruel comigo e agora o professor me chamando de Farinha.

Devo começar a me vestir e a me portar como o senhor de respeito que estou me tornando. Mas não abrirei mão dos cabelos brancos. Não sou do tipo que compraria Grecin 2000. Sou um cara que está à vontade com esse charmoso cabelo grisalho.

As mães das minas piram!

 

risos risos

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Minha namorada invisível

No longínquo ano de 2003 iniciei meu primeiro namorinho. Bom, pelo menos o primeiro pra valer, já que os de andar de mãozinha dada no primário não entram na minha conta. Mas esse não é o ponto.

A questão é que eu estava tão desacreditado no colégio, já que não pegava ninguém, que os meus amigos simplesmente duvidavam da veracidade do meu relacionamento.

Ao contrário do que se vê hoje em dia, não existiam redes sociais para você colocar “em um relacionamento sério com fulana”. Não existia o Instagram pra você postar fotos com a gata. Os celulares com câmera custavam quase o valor de um computador novo. Para piorar, era uma época em que as câmeras digitais estavam começando a ganhar força no Brasil, porém, os valores não eram nada acessíveis para um jovem garoto de 16 anos, desempregado e sem recursos próprios. E não estava nem perto do meu aniversário ou natal.

Ou seja: eu não tinha como “provar” para os meus amigos que eu estava namorando. Não que isso fosse uma obrigação, mas se você se acha um “troll” de internet, é porque não conheceu meus amigos de colégio: Cristiano, Rodrigo e Wallyson. Quando a trollagem era com outro, eu me incluía no grupo, mas nesse quesito “namorada”, eu era o mais trollado. Acho que até hoje sou, pelo visto.

Tornou-se uma tradição os caras entrarem na sala, me cumprimentar e simular um “oi, Bianca” (era o nome dela) e um beijinho em uma pessoa invisível. Meus amigos apelidaram minha namoradinha carinhosamente de “Gasparzinha”. Pois só eu conseguia enxergá-la.

Isso me deixou um tanto quanto irritado na época. Sem provas digitais para comprovar o meu recente relacionamento, me restava apenas aparecer em todas as fotos possíveis que a família dela tirava com uma câmera analógica qualquer.

O problema é que essas fotos nunca eram reveladas.

Isso me fez questionar se a minha namorada realmente existia. Passei a duvidar de mim mesmo. Quando nos encontrávamos, dava um jeito de passar perto dos meus amigos do prédio pra ver se eles a enxergavam também, até mesmo como uma questão de sanidade mental.

Tudo ficou um pouco mais tranquilo quando minha família a conheceu. Mas, é aquela coisa: quando um membro começa a ter problemas mentais, a família entra na onda para tentar ajudá-lo. Vai que os meus pais estavam entrando na minha fantasia só pra ver se eu superava aquilo?

Mas parece que ela realmente existiu. Dia desses procurei o nome dela no Facebook e descobri que já está noiva. E eu continuo aqui, escrevendo essas histórias no blog.

Não é de se espantar que as pessoas duvidem que eu tenha uma namorada.

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Donas de casa entram na justiça contra o Femen Brazil

femen brasil

femen brasil

 

Donas de casa entram na justiça contra o Femen Brazil

São Paulo, 11 de janeiro de 2013.

Um grupo de donas de casa entrou com uma ação coletiva na justiça de São Paulo na última terça-feira (08) contra o grupo Femen Brazil e suas integrantes. De acordo com o processo, as autoras da ação alegam “se sentirem completamente constrangidas e envergonhadas com as ações do grupo e não se consideram representadas de maneira alguma por mulheres que utilizam da própria nudez para chamar a atenção da mídia”.

O Femen Brazil, braço nacional do movimento nascido na Ucrânia em 2008 ganhou as manchetes nos últimos meses pelos seus protestos onde as manifestantes aparecem seminuas, geralmente de topless e com cartazes com mensagens contra a exploração da mulher como objeto.

Na última semana, o movimento realizou um protesto em um shopping paulista contra o reality show Big Brother Brasil, alegando que o programa aliena as pessoas.

Segundo uma das autoras do processo, que não quis se identificar, o “FEMEN desrespeita as mulheres de verdade, que trabalham e são donas de suas próprias vidas. Essas meninas não sabem o que é acordar cedo para ter tempo de uma rapidinha com o marido, preparar o café dos filhos, passar o dia tomando conta da casa ou em seus empregos e a noite poder descansar assistindo o que bem entender. Para elas é tudo uma questão de tinta guache nos seios, algumas câmeras e muita confusão para chamar a atenção. Eu não me sinto representada por elas e acredito que nenhuma mulher adulta e consciente também se sinta”.

Procurada pela redação, a líder do movimento Sara Winter não foi encontrada para comentar sobre o assunto.

Saiba mais sobre o processo clicando aqui.

 

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