Desenhista nato… ou quase isso.

Escrito por Arquivo

Toda criança em idade escolar, sabe a delícia que é ganhar uma caixa de lápis do cor novinha em folha. Principalmente se for aquelas da Faber Castell com milhões de cores para se divertir. Porém, grande parte dessas crianças, e eu me incluo no meio, têm uma grande decepção assim que abrem a caixa de lápis.

Os seus desenhos simplesmente não ficam bons igual aos da propaganda.

O moleque tá lá, felizão com a sua nova caixa de lápis de cor, abre e vai na vontade, fazer aquela pintura, aquela obra de arte, ser o novo Michelângelo, mas aí, o desenho fica uma merda. Horrível.

Geralmente essas coisas acontecem assim. Vemos uma coisa linda e maravilhosa na televisão e quando ganhamos, não tem nada daquilo. Os Comandos em Ação não se moviam, as pecinhas de Lego não se encaixavam sozinhas e formavam aquelas obras primas da arquitetura. Simplesmente não funcionava.

Eu tinha certeza absoluta de que seria o mais novo fodão dos desenhos na escola. Claro né? Na propaganda aqueles lápis praticamente flutuam sozinhos em cima da folha. É a brincadeira da caneta, so que feita com lápis, e com o espírito de um artista. Lindo!

Mas não deu. Eu ganhei a caixa e fui fazer a estréia em grande estilo. Fazer um lindo desenho do Seya dos Cavaleiros do Zodíaco. O resultado foi desastroso, para dizer o mínimo. Se o criador dos Cavaleiros tivesse visto a minha cagada, com certeza me processaria por má utilização do personagem. =(

O meu sonho de ser um novo Andy Warhol foi para o brejo. Uma desilusão sem igual. Só restou utilizar as 132154 cores da  caixa de lápis fazendo margem na folha de caderno.