Se tem uma coisa que eu nunca aprendi na escola da vida foi como chegar em garotas. Hoje em dia eu até consigo (falho na maioria das vezes), mas durante a minha adolescência essa foi uma das minhas grandes dificuldades.
Não sei bem explicar o motivo. Eu era um cara extremamente tímido até uns 19/20 anos. Tímido a ponto de ter vergonha de verdade de conversar com pessoas que eu não conhecia ou que não faziam parte do meu círculo social.
Ir a festinhas ou “baladinhas” com os amigos era um tormento, pois eles, manjões das técnicas avançadas de sedução juvenil, se arrumavam em questão de minutos enquanto eu ficava em um canto tomando Coca-Cola e olhando o movimento como quem não quer nada. Bom, na verdade eu queria as gatas, mas não tinha coragem/sagacidade o suficiente pra fazer isso.
E quando você está em plena adolescência, com os hormônios gritando por qualquer atividade sexual, por menor que seja, é uma droga. Até hoje é um verdadeiro mistério o fato de eu ter conseguido arrumar uma namorada com 16 anos (que muitos suspeitam até hoje não ter existido).
Sério. Teve uma situação em que eu me segurei na grade da quadra do colégio com medo de uma garota que os meus amigos queriam me apresentar. Eu era uma vergonha para toda a classe masculina.
A verdade é que eu não precisei – necessariamente – chegar na maioria das garotas com quem fiquei. Meio que simplesmente aconteceu. Talvez seja o meu excepcional carisma ou o meu dom natural pra fazer as pessoas rirem (quase sempre de mim). Simplesmente estávamos lá e de repente eu tinha uma boca colada na minha fazendo movimentos com a língua (essa parte foi completamente desnecessária, mas eu queria dar um pouco de volume ao texto).
O meu problema em “chegar” na garota, principalmente as desconhecidas, é que eu não sei o que falar. Não sei se existe um manual ou um acordo social pra isso. Nos filmes e séries parece muito fácil: basta apenas fazer algum comentário aleatório ou alguma piadinha. Mas eu simplesmente não consigo. Eu não sou nenhum Barney Stinson e seu magnífico Playbook. Esse cara sim, faz o ato de chegar em garota parecer tão fácil que até me anima um pouco a tentar as cantadas dele em How I Met Your Mother.
Para exemplificar o meu traquejo na hora de me “apresentar” a uma garota, vou deixar dois vídeos que retratam muito bem como eu “atuo” nas baladas/festinhas da vida:
httpv://www.youtube.com/watch?v=MzOVe6NAGX0
httpv://www.youtube.com/watch?v=XEJyUpDQ9nc
Eu sou tão falho nesse aspecto da vida que nem no Axé Brasil eu consegui pegar garotas. E olha que lá você não precisa falar nada, basta apenas puxar alguma aleatória que passa por você e tacar um beijo. Porém, o meu apurado senso de cavalheirismo e romantismo à moda antiga não me permite realizar tais atrocidades com o sexo oposto.
Sim, acho muito escroto puxar uma menina e tentar beijá-la a força.
Mas ao longo dos anos, após muito estudo acompanhando o mestre Oliver no Teste de Fidelidade, fui conseguindo me sentir mais à vontade com o sexo oposto. Pensava em garotas como algum tipo de tesouro inalcançável e isso me deixava muito desconfortável na hora de tentar uma aproximação.
Hoje eu simplesmente começo a conversar. Pergunto alguma coisa que tenha a ver com o momento e inicio uma conversa. Se eu vou ficar é outra história, porque eu aprendi a puxar papo, mas até o momento eu não aprendi a identificar “o momento” em que a conversa deve deixar de ser uma conversa e se tornar um beijo.
E vocês? Tem alguma dificuldade nesse tipo de situação ou são todos muito bons na arte da ~paquera?
Tamo junto, Rafa.
Era um fracasso, em “micareta” (ou festas do gênero em Viçosa) também não praticava aquelas “pegadas”. As que eu ficava eu também ia conhecendo.
E também melhorei com o tempo! 😀
Nada que um pouco de autoestima não ajude!