Blink 182 é uma banda que me acompanha, sei lá, desde os meus 12 anos de idade. Foi um raro caso de “amor à primeira ‘audição’”.
Lembro como se fosse hoje: o primo de um amigo chegou dos Estados Unidos com um bocado de CDs e “k7’s” de bandas que estavam rolando nos festivais da Califórnia. Logo de cara um desses CDs chamou a minha atenção. Na capa tinha um touro com o “lombo” carimbado com o nome da banda em questão: Blink 182.
Não hesitei em escolher esse cd para escutar em casa, com calma, e repassar para uma fita virgem. Subi as escadas correndo e já abrindo a bandeja do cd player. Assim que o display acusou a faixa número um, fui arrebatado pelos primeiros acordes de Pathetic e desse dia em diante, eu tinha a minha banda favorita.
Pouco tempo depois os caras estouraram de vez com o disco Enema of the State e ficou muito mais fácil ter acesso ao material do Blink 182. E a cada novo CD dos caras, é como se eu estivesse escutando a banda pela primeira vez. A mesma emoção, empolgação e todos esses sentimentos que você com certeza já nutriu por alguma banda/cantor/cantora/artista durante a sua vida.
Alguns anos mais tarde, logo após o lançamento do cd Blink 182, rolou um boato forte de que a banda viria ao Brasil. Tudo indicava que seria no final do ano, no longínquo 2003. Juntei dinheiro o ano todo, esperando por um anúncio que nunca viria. Pelo contrário. Dois anos depois, em 2005, os caras anunciaram um “hiato por tempo indefinido”. Mas os fãs sabiam que esse era o fim do Blink 182.
Confesso que nunca me abati tanto com o fim de uma banda. Quase 10 anos escutando os caras nos piores e nos melhores momentos da minha vida e, para piorar, nunca tive a chance de ver um show ao vivo dos caras. Foi realmente triste.
Em meio a trabalhos paralelos e declarações polêmicas, o tempo foi passando. Escutava agora Angels and Airwaves e Plus 44, mas não era a mesma coisa. Apesar da pegada e das vozes, eram duas bandas diferentes e não tinha a química do Blink 182.
Com a certeza de que a banda jamais retornaria, tudo ficou ainda pior com o acidente de avião envolvendo o melhor baterista da atualidade: Travis Barker. O cara ficou entre a vida e a morte, e para os fãs, foram dias de apreensão.
De uma forma bizarra e inesperada, o acidente foi o fio condutor para a reaproximação dos integrantes do Blink 182. Mark e Tom que não se falavam há alguns anos resolveram fazer as pazes e, surpreendentemente, uma ponta de esperança começou a surgir a partir daí.
Em 2009 a noticia que os fãs esperavam há mais de 3 anos: o Blink 182 estava de volta e preparando cd novo e turnê mundial. Confesso que foi uma das melhores notícias que já tive na minha vida.
Pouco tempo depois, os caras fizeram uma apresentação ao vivo em um festival e, ao assistir o vídeo, pude perceber o motivo do Blink ainda ser minha banda favorita: a química, o carisma, a empolgação dos já agora pais de família e quase senhores de idade naquele palco foi um retorno honesto à minha adolescência.
Em 2011 o momento que todos estavam aguardando: o lançamento do novo álbum. Há 8 anos sem produzir nada novo, o Blink 182 lança o disco Neighborhoods.
Como eu esperava, era o caminho natural da banda: crescimento. Sai de cena os dilemas adolescentes (que já haviam sido deixado de lado no último álbum de inéditas) e somos apresentados a músicas com temáticas mais adultas, algumas até mesmo sombrias.
Eu não sou mais um adolescente, não poderia esperar que os caras – mais velhos do que eu – continuassem agindo e escrevendo como tal. E foi um retorno muito bem vindo. Um álbum que matou a saudade desses 3 caras que embalaram muitas sessões de skate e jogatina de vídeo-game.
Agora, nesse momento, estou ouvindo o novo EP do Blink 182: Dogs Eating Dogs. Cinco músicas inéditas, totalmente produzidas pelos caras e distribuídas digitalmente pelo preço camarada de U$ 3,99.
Mais uma vez eles conseguiram. Me mostraram que daqui a uns 30 anos, com certeza estarei com os meus filhos/netos conversando sobre música e em algum momento direi “deixa o pai mostrar um CD pra vocês. É coisa boa. Confia em mim” enquanto dou o play em qualquer um dos discos da banda.
Agora só falta uma coisa: ter a oportunidade e o prazer de ver um show dos caras no Brasil. Não importa onde, não importa o valor. É um show que não perderei por nada nesse mundo.
Fica a dica para os organizadores do Rock in Rio e Lollapalooza da vida.
Blink-182 FOREVER AND EVER!!! Eles causam um sentimento único.E ao ouvir aquelas músicas,da um conforto,uma alegria maluca. <3 Blink-182 (ser fã do Blink é D+,ficamos loucos iguais a eles) :* . Adorei sua história 😀 .