Antes de tratar sobre o assunto desse texto, gostaria de deixar claro que eu não vivi nesse universo dos “cursinhos pré-vestibulares”. Minha experiência se resume a esperar na porta por amigos e namorada ao longo dos anos. Claro, sendo esse exímio e empolgado observador do comportamento humano, posso me considerar qualificado e apto a discorrer sobre esse objeto de estudo. Dito isso, pegue lápis e caneta e me acompanhe nessa deliciosa jornada através do universo dos cursinhos preparatórios.
Os cursinhos pré-vestibulares são, comprovadamente, o segundo lugar com a maior concentração de babacas por metro quadrado (o primeiro deles é o Twitter). Podemos considerar esses espaços de aprendizado intensivo como um limbo entre a adolescência e a vida adulta (representadas pelo colégio e a faculdade respectivamente).
Nesse meio termo, o jovem não se sente mais tão criança, mas também não é e não quer ser tratado como um adulto. Essa indecisão leva o sujeito ao estágio de evolução mental que eu gosto de chamar de “simiocrasia”.
Do dicionário Rafa Barbosa de língua portuguesa:
Simiocrasia
sm – Ato ou efeito de agir como um chimpanzé com perda de massa encefálica. O mesmo que babaca.
Não que eu seja mais foda, inteligente e bonito que a maioria dos estudantes de cursinhos pré-vestibulares (eu sou), mas é que me irrita profundamente o comportamento padrão dessas pessoas.
Aqui, abro um parêntese, e digo que a minha pesquisa de campo compreende apenas o pré-vestibular Soma.
Já reparou que se você passar na porta do Soma, em qualquer que seja o horário, vai encontrar todos os estereótipos de jovens consagrados pelo cinema? Claro, adaptados para a realidade brasileira, mas ainda sim, estereótipos ambulantes.
Tem o “playboy” que fica encostado no carro emprestado pelo pai, com óculos escuros acomodado no couro cabeludo e escutando algum funk idiota da moda enquanto demonstra a sua superioridade financeira e automotora.
Podemos encontrar também as garotas que estão naquela fase em que o instinto de biscate e piriguete começa a aflorar, mas ainda não é tão latente. Então, ao invés de dar para o cara do carro, ela fica apenas rondando como uma mosca chata no seu parto de churrasco.
Não podemos esquecer também dos roqueiros. Geralmente são encontrados em bandos vestidos de preto (ou não) com um violão no meio da roda entoando canções e hinos que marcaram época no Brasil. Alguns ressuscitam movimentos já há muito esquecidos como o grunge, com suas camisas de flanela e All-Star’s pintados com caneta BIC.
É comum encontrar também aquela galera avulsa que não se encaixa em nenhum estereótipo, já que nem competência para isso tiveram, e ficam ali como se fossem aqueles figurantes que ninguém nunca se lembra.
Nas “tribos” citadas acima, apesar de distintas entre si, alguns comportamentos padrão são observados: sempre tem um que se destaca mais, seja por ser o mais rico, a mais gostosa, o único que tem banda conhecida na cena underground (do underground) de BH e etc.
Geralmente, esse macho ou fêmea alfa já pegou todos os demais representantes do sexo oposto no grupo.
Sinceramente, eu não daria a mínima pra essas pessoas se elas não fizessem questão de aparecer. Uma coisa que me irrita profundamente é quem fala alto com o único intuito de mostrar aos demais sobre o que está falando. E na porta de pré-vestibulares, quem tá ali vagabundeando faz isso com a maestria de um mestre cervejeiro da Baviéria.
Além disso, a porcaria do cigarro. Ali temos uma probabilidade de câncer de pulmão em pelo menos 60% das pessoas. Não basta fumar, você tem que fumar 6 cigarros por minuto e assoprar a fumaça na cara de quem quer que esteja por ali.
Infelizmente, nada disso supera o principal motivo da simiocrasia dessas pessoas: se o filho da puta tá ali – teoricamente – para estudar e passar no vestibular (geralmente em Federais), por que diabos ele não estuda?
Não vejo sentido em freqüentar algo que seja pelo menos parecido com escola (lugar que eu odiava do fundo do meu coração) apenas pra ficar na porta fumando, tocando violão e escutando música de qualidade duvidosa. Se bem que, na verdade, não são eles que estão pagando pra estar ali, então tá tudo bem. Deixa a galera curtir mesmo.
Provavelmente essa turma tá estudando pra cursar Educação Física, Design, Turismo ou Comunicação. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr
Cara que tem fazer Ed. Física? Tal curso não é fácil não, e não e de tal superficialidade conjecturada por você. Não conheço muito sobre os outros cursos mas me causa indignação você julgar como triviais esses curso, e como se você julgasse alguém que é Gari porque não precisou passar do Ensino médio. Não quero fazer Ed. Física mas conheço pessoas que fazem o curso, e sei que é muito instigante. E eu discordo da sua afirmação de pré-vestibulares serem “o segundo lugar com a maior concentração de babacas”, a minha turma já reduziu pela metade e tais figuras de estereótipos sociais estão presentes sim, mas a quantidade de “cabeças pensantes” principalmente nos turnos da tarde e noite são grandes. Admiro você ter passado num vestibular sem precisar de cursinho, coisa que sera difícil se quisesse medicina, mas não e por isso que você é o cara, não e porque não passou por um pré-vestibular que você é um cara isento de influencias dos padrões comportamentais da sociedade. Você faz parte de um: o cara que se julga superior por ser um crítico dos “marombinhas”, “piriguetes”, “metaleiros” e demais grupos que você acha que são obrigados a seguirem o seu padrão comportamental, estudar, ser um nerd, passar numa universidade e trabalhar(o que também é trivial).
Não saquei qual o problema com os cursos ali citados. Faço Design e ralei muito pra passar numa federal.
E sem cursinho.
Minimizar qualquer tipo de curso é babaquice ad infinitum.
Olá, Mandinha! Tudo bem com você? Espero que sim, minha querida! Só pra esclarecer qualquer dúvida, eu já sou formado – infelizmente – em Publicidade e Propaganda, e passei de primeira, em mais de uma faculdade (olha que legal) sem fazer cursinho. Mas, eu realmente te invejo. Caso tenha algum disturbio, posso procurar por você? Reparei que você parece bem equilibrada mentalmente.
Um abraço cheio de carinho do seu Rafa Barbosa.
VC É UM BOBO E INVEJOSO. GARANTO QUE NEM DINHEIRO PARA ESTUDAR VC TENHA, MAS FAZER O QUE NÉ PQ METADE DA POPULAÇÃO DO BRASIL OU É ANALFABETA OU AINDA QUEREM, CONTINUAR ANALFABETA. VC DEVERIA SER JORNALISTA COMO NÃO TEM NOTICIA PARA FALAR E FICA OBSERVANDO A VIDA ALHEIA E ESCREVENDO INFORMAÇÃO QUE NÃO CONDIZ COM A REALIDADE. PREOCUPO COM GENTE COMO VC QUE NÃO SABE O QUE É VIVER MAS SIM INVEJAR O QUE AS OUTRAS PESSOAS POSSUEM. EU POR EXEMPLO NÃO TENHO CULPA DE SUA VIDA SER RUIM E VC TER PASSADO EM SEGUNDA CHAMADA. SÓ ESPERO QUE ISSO NÃO VIRE UMA DOENÇA E ACABE POR ENCORAJAR OUTROS BOBOS COMO VC QUE POR AI QUEIRAM APOIAR TANTA BOBEIRA. SE VC FOSSE MEU FILHO TERIA VERGONHA DE VC. MUDE ESSE BLOG E ESCOLHA ASSUNTOS CONDIZENTES E VERDADEIROS. OK
SE CUIDA, ISSO PODE VIR A GERAR DISTIURBIOS PSICOLOGICOS.
post inútil, sua opinião, junto com a de outros idiotas.
pré-vestibular é para quem deseja continuar a estudar. Agora não podemos mais ter amigos. virou crime?!
Para mim, esse post só mostrou a inveja que você tem.
escroto.
Eu estudei no soma, achei que era alguma história pornográfica do terceiro milênio…
“Provavelmente essa turma tá estudando pra cursar Educação Física, Design, Turismo ou Comunicação.”
EIT@@@@@ Polêmicas foram plantadas com sucesso.
Entrei na faculdade sem estudar sequer um dia. Um tapa na cara dos cursinhos.
Fiz pré vestibular por 1 mês,acabei passando em segunda chamada e realmente,dos 48 individuos muito apertados na sala gelada,apenas 10 estavam la pra estudar e desses 10, 3 entendiam alguma coisa da matéria,o resto tava la porq papai tem grana e acha q o filho q nunca estudou vai se esforçar em 6 meses pra passar em algo(geralmente medicina,assim pode dizer q nao passou porq o resto estuda a mais tempo =D )
Não fazer parte de nenhum grupo é fazer parte do grupo dos sem grupo?
Oh wait…
Fiz alguns meses de cursinho no ano passado e posso dizer com propriedade: é exatamente desse jeito.
A única diferença é que no que eu fiz tinha o grupo dos nerds excluídos que estavam lá porque conseguiram bolsa por causa da instituição em que estudavam e consequente probabilidade aumentada de aprovação em federais, o que fazia com que se achassem extremamente superiores aos outros. Enfim, mais uma categoria de gente babaca – categoria essa que eu fazia parte.
Mas né, o que mais pode-se esperar de um lugar que só tem adolescentes de classe média?