Sobre o estilo de vida dos putões

Escrito por Arquivo

Gostaria de falar um pouco sobre o famoso estilo de vida do putão. Aquele cara que não está nem aí para garotas, desde que as mesmas tenham seios, vagina e, provavelmente, disposição para realizar o “lindo ato da procriação segura e sem fins lucrativos”. O que me leva a concluir que esse estilo de vida é essencialmente o mais correto a se cultivar.

Pense bem: se apegar a uma pessoa é uma porcaria. Você vai se dedicar, se apaixonar, amar e, quando tudo acaba, você fica mal, sem saber o que fazer e se sentindo completamente abandonado no mundo.

O putão não passa por isso, porque o mundo é um imenso self-service, no qual ele se esbalda da mesma forma que um gordinho em uma loja de doces. Ele não se estressa se a garota não o procurar no outro dia. Não precisa mandar flores ou mensagem no celular e, acima de tudo, não se preocupa em amar alguém.

Vamos pegar um exemplo bem simples. Você provavelmente já assistiu aquele filme “Hitch – Conselheiro amoroso”, não é? Caso tenha assistido, veja bem o comportamento do personagem principal no início do filme, naquele flashback do Hitch na faculdade.

Um cara aparentemente nerd, dedicado e apaixonado, conhece uma garota. Eles ficam e, no outro dia o cara já está dizendo te amo. Esse, meus amigos, é um grande erro. Não se diz te amo para uma pessoa no segundo encontro. Primeiro que isso demonstra total despreparo no trato “casual” de garotas e, segundo, isso a assusta.

Segundo o manual do putão moderno:

Em um relacionamento, nem sempre as duas pessoas desejam compromisso. Quando uma das partes fala te amo e a outra quer apenas curtir, já sabemos que não vai dar certo.

Voltando ao filme, quando Hitch encontra a sua “namoradinha” aos amassos com outro cara dentro do carro (veja bem essa palavra: carro), ele toma aquele tapa na cara da realidade e solta um “mas eu te amava”. O rapaz que estava dando um trato na sua senhora simplesmente diz “você tá fazendo errado, cara”.

Como um combustível certo na hora certa, o nosso personagem acaba se tornando aquele “putão” que conhecemos. No final ele se apaixona e essas coisas que tornam as pessoas perdedoras novamente. Mas, deu pra entender basicamente o que eu quis dizer?

Quando o cara não é um putão nato, um dos principais fatores que o levam a agir dessa forma são as decepções amorosas. Ninguém curte ser pisado e chutado com tanta freqüência. Como na realidade alternativa de Lost, uma hora você acaba despertando e se lembrando daquela outra vida (que você conhece apenas em sonhos) onde você pega geral e não sente nada. Apenas curte a vida.

Eu tenho vários amigos adeptos do “putão lifestyle” e todos eles me dizem a mesma coisa. Os mesmos conselhos e dicas. Mas, acredite. Não é fácil colocar isso em prática sendo… eu.

Conforme citado em outras ocasiões aqui no blog, eu devo ter nascido sem esse gene. Uma cadeia de DNA incompleta, eu acredito, que me impede de agir somente com o pênis, ao invés do cérebro e do coração.

Não adianta nem citar o argumento de que nerd está na moda, que as garotas agora querem os nerds. A história nunca muda. No final, o malandro, o putão, o cara que sabe esnobar e ignorar completamente sempre se dá melhor. O nerd? Bom, o nerd continua sendo o amigo virgem que arruma o computador e ensina a fazer o dever de casa.