Sobre a importância do papel higiênico

Escrito por Arquivo

Tenha sempre por perto

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Uma negada aí diz que o mundo entrará em guerra no futuro pela água ou pelo petróleo, eu digo que se a terceira guerra mundial acontecer será por causa do papel higiênico. Não existe atualmente no mundo um utensílio de maior importância do que este rolo multicolorido.

A situação mais frustrante que pode existir é você adentrar um banheiro e se deparar com o rolo no papelão. Isso quando você observa antes de tirar a calça e sentar. Se você faz isso depois de realizar o serviço, amigo torça para que o local tenha um bidê ou prepare-se para dar adeus a uma meia ou a cueca. Mas, por favor, não vá limpar no azulejo. É feio.

Quando isso acontece na sua casa, sem problemas. Dá o grito na mãe, no pai ou irmã, sei lá, que eles levam o rolo na maior boa vontade. Isso quando já não tem um reserva em algum lugar do armário. Mas se o aperto rola em um lugar público, não curto nem imaginar o que pode acontecer.

Hoje aconteceu isso comigo e com mais algumas pessoas. Após uma excelente orgia alimentar em comemoração ao casório do meu querido “Marlim Moeda”, eis que o ciclo de digestão da comida chega ao fim e, com a mesma vontade com que devorei uma excelente picanha e filet de frango catupiry, o meu organismo insistia em retornar o que não era mais necessário.

Obviamente, eu sou o tipo de cara que observa antes de tudo o local onde se encontra o papel higiênico e quando vejo que não tem nada por lá, adio a conversa com a Celite.

Sorrateiramente voltei ao meu lugar e esperei que uma boa alma, com a mesma vontade de defecar que eu se propusesse a ir até o armário pegar esse sagrado rolo de papel. Porém, todos os que estavam com essa vontade ficaram inibidos pelo mesmo motivo que eu.

O armário onde o papel higiênico é guardado fica de frente para duas garotas que trabalham na agência. A iminência de uma zoação feminina do tipo “lá vai o cagão” deixa qualquer cara com medo de chegar ali na região e buscar o santo Graal sanitário.

Sério. Todo cara fica constrangido com essa situação ao envolver garotas. A minha infância foi traumatizante, pois, no colégio em que estudava, o papel higiênico ficava no armário da professora e se a vontade batesse você tinha que engolir o orgulho e pedir o pacote pra professora. E desfilar com aquilo em mãos até a saída da sala. E depois o corredor até o banheiro. E voltar. Humilhante, pra dizer o mínimo.

Pois bem, voltando ao assunto, eis que a vontade de “trollar” (sim, pra mim o termo trollar é sinônimo de largar um barrão, ou afogar um troll, como queira) se tornou tamanha que tivemos de apelar para o salvador do dia, novamente ele, Marlin.

Com toda a desenvoltura de um cara sem a menor vergonha, o nosso messias sanitário se dirigiu até o armário e pegou não um, mas dois rolos de papel higiênico para a alegria da turma e alivio de nossos intestinos.

Claro, todo mundo deu um tempinho para desviar a atenção. Mas, finalmente, quando o dia terminou, todo mundo cumpriu com as suas obrigações intestinais, mantendo mais uma vez o organismo limpo e organizado.

Enfim, lendo as linhas acima só consigo fazer um comentário: que post de merda.

Zuei.