Estou viciado em livros e não tenho a menor vergonha em assumir.
É quase uma compulsão freqüentar a biblioteca da faculdade ou as prateleiras de uma livraria. Meu dinheiro já não é mais suficiente para bancar todas essas minhas vontades básicas.
No sábado passado comprei o Guia do Mochileiro das Galáxias. Ele estava lá na livraria, como quem não quer nada, só esperando que alguém como eu, viciado em ler, passasse por ele e resolvesse abrir a mão. Eu sou fraco, admito, e por pura fraqueza de espírito acabei levando o danado pra casa.
No ano passado, durante a Bienal do Livro em Belo Horizonte, fiz a mesma coisa. Não foi um livro apenas, foram vários. Com aquelas ofertas, resistir era inútil. Terrivelmente inútil.
Teve a vez também em que estava no shopping passeando com a namorada e de repente eu o vi, brilhando e chamativo como toda droga, na frente dos demais. Era uma nova edição d’O Hobbit, especialmente planejada, editada e encadernada para seduzir jovens viciados como eu. Não contente em gastar comprando o livro, convenci a namorada a me dar o segundo volume d’A Torre Negra – A Escolha dos Três. O vício começava a se tornar insustentável.
Ainda no ano passado fiquei ocupado com a tão falada monografia. E não é que mais uma vez o vício falou mais alto? Sete livros de uma vez só. Todos relacionados à Internet, blogs e mídias sociais. Estava começando a ficar bizarro. Assustador, eu diria.
Fato é que agora me vejo na seguinte situação: hoje estava por curiosidade acessando o Estante Virtual, procurando pelos melhores preços para a saga do Mochileiro das Galáxias e lá estava ele, baratinho, baratinho, no final da lista de resultados.
Era o quarto volume – Até mais, e obrigado pelos peixes. Por mais que seja o último volume e eu só tenha o primeiro, seria um grande pecado não comprá-lo. Afinal, R$ 12,00 em um livro vale muito mais a pena do que uma promoção do Big Mac no McDonald’s.
Dito e feito. Depois do almoço com a namorada parti pro sebo e comprei o bendito. A sensação de estar com o livro em mãos era extasiante. Provavelmente a mesma sensação que um viciado tem ao se drogar. Saí do sebo satisfeito e com a certeza de que por alguns dias, eu não precisaria de mais uma dose.
R$ 12,00???????????
Droga, eu comprei todos da série por 20,00. E sou viciado neles! Outro vício meu que você citou no seu texto é o da Torre negra. Parei no quarto e estou doido para comprar o quinto…
O pior é que eu paro de fazer qualquer coisa para ler um livro. Inclusive largar os textos da facu de lado. Ultimamente tô lendo “Carrie”, do King. E os textos de Comunicação e política acumulando =P
Uhhh taa… hahaha
tava só brincando com você.. =D
Nao entendi…
err… thiago, somos até viciados em livros… mas A Divina Comédia em inglês, português e francês é meio demais não?
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RAFA SEU PUTO. não sei como, mas você roubou meu post de amanhã. viado. você é guei cara, super guei.
BTW, o post ficou perfeito.
Confesso que quando vi em um sebo aqui, uma ediçao de 1922 de “A Divina Comedia” por 30€, quase tive um derrame.
Conhece Der Steppenwolf (Lobo da Estepe) do tio Hesse?
Recomendo ao menos a versao em ingles ou mesmo em portugues. A versao francesa é meio diferente…nao curti.
Cara, que vício emocionante!!! *.*
Pena que livros são tão caros nas lojas e pena que não tenho mais dinheiro pra gastar… saí do estágio, agora é só ficar babando hahahaha..
Rafa, sinto que até que enfim encontrei alguém como eu. Chego a ler 5 livros por mês. Montei até uma mini-biblioteca particular no meu quarto, dos livros que vou comprando. Minha namorada quase terminou comigo semana passada e me fez prometer que não leria mais livros em botecos e restaurantes quando estivesse com ela. =