Devo dizer que já tá ficando até chato escrever sobre isso, mas não tem como fugir. Sempre que surgir uma certa síndrome de underground por parte das pessoas que utilizam redes sociais (ênfase no sociais), eu vou acabar fazendo um post sobre o assunto. Dessa vez não poderia ser diferente. Novamente o Twitter apareceu na grande mídia.
Na noite desse domingo o Fantástico exibiu uma reportagem sobre as redes sociais dando ênfase no Twitter e a galerinha que utiliza a ferramenta. Nada mais sensato do que enviar o Zeca Camargo para um #nob e bater um papo descontraído com aquela turminha alto astral.
A reação da “twittosfera” foi imediata. Todos começaram a culpar o Fantástico por ser o “futuro” (futuro mesmo) responsável pela orkutização e favelização do Twitter. Mas não foi isso que me chamou a atenção. Foi uma mensagem do Edney que despertou a minha curiosidade.
Assista ao tal “making of” logo abaixo:
httpv://www.youtube.com/watch?v=TZSgytrcXXs
Perceba como a galera do Twitter é espontânea quando se trata de aparecer na TV. Tudo bem ensaiado e forçadamente espontâneo. Dá gosto de perceber como é subversiva a personalidade dessas pessoas.
No Twitter, pelo que deu pra ver aqui e aqui, quase não teve repercussão no dia da gravação da matéria. Será por força de contrato? Será que as pessoas que são a base da nova mídia (aquela feita por usuários descolados e subversivos) estão se rendendo às convenções impostas por essa tal malvada grande mídia?
Outro ponto que me incomoda bastante é saber que criticam a galera nova que vai entrar no Orkut, mas todo mundo abre o sorriso de orelha a orelha ao escutar as palavras “aparecer na tv”. Sem contar que nem todo mundo foi pioneiro nessas terras. Um dia essa turma já foi o “bando de novatos” acessando novas redes sociais. Mas é difícil assumir essa postura quando a sua relevância na meritocracia informal da internet está em jogo.
Enfim, eu não canso de afirmar que coerência definitivamente não é ponto forte dessa turma.
Acho que o medo da maioria ñ é que o Twitter seja invadido pelos Orkuteiros (pelo menos ñ é o meu), o medo é que o Twitter se torne o Orkut, cheio de foto de gente feia pelada, redes de pedofilia, brigas de torcida “desorganizadas! marcadas, isso iria acabr com a graça, eu sinceramente, preferiria que o Twitter ficasse do jeito que tá, sem mais nem menos, mas acho que isso é inevitavel, mas com isso (a “invasão”) virão coisas boas, e coisas ruim, dependerá de nós tentarmos minimizar os problemas, e ñ permitir que o Twitter se torne o novo Orkut…
Parece que o que é mais comum é o jogo de aparência e teatralização. Como arte que hoje se explica com um texto enorme do conceito. Tudo e idéia, conceito, marca, e é muito impotantedefender isso. Não importa o que se é, poi nem se sabe o ue se é, mas o que dão pela gente. E a exclusividade é um grande agregador de valor. Como ser espcial se todo mundo faz a mesma coisa? Não posso assistir novela, que é coisa de limitado; prefiro as séries americanas, mas putz, agora ela cairam na do povo. Agora elas são ruins? O que define o que é bom? Como disse o sábio Billy Flynn, ‘razzle daze’
Minha nossa…
Engraçado que essas ferramentas antigamente nao surtiam tanto efeito, a ponto de aparecer na midia global.
Nao lembro de ter visto ninguem comentar do mIRC ou do ICQ 98 quando aquilo estava bombando…
Agora, do fotolog.net era a mesma coisa. Eeles mostraram uma reportagem em 2004 no fantastico falando de uma menina que tinha mais de 100 mil acessos semanais em seu perfil fotologuiano. Engraçado que a escolherem por que ela era bonita, pois eu chegava a bater 200 mil semanais, sem falar o grande /pixelman que batia quase meio milhao.
Ta vendo Rafa, se vc fosse bonitinho e ficasse escrevendo “axim” talvez vc estaria no meio das materias globais (E que Deus o livre disso) 😉
[…] Rafa já falou sobre o assunto e muito bem (O Show da Vida Virtual) mas eu quero aproveitar o gancho e ‘aprofundar’ um pouco mais no assunto. Faço isso com o […]