Foi dada a largada ao Twitter Pago.

Escrito por Arquivo

O assunto do momento é o contrato publicitário entre Marcelo Tas e a Telefônica para twittar sobre a marca 20 vezes ao mês. Não vou dizer que fiquei surpreso. Afinal, eu praticamente dei o caminho das pedras nesse post. Rá.

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Vendo alguns comentários no twitter e algumas pessoas deixando de seguir o Marcelo Tas, pensei com os meus botões e cheguei a uma conclusão (pessoal) que me deixou um pouco assustado: trabalhar com publicidade para a web está cada vez mais difícil.

Aliás, trabalhar com publicidade está cada vez mais difícil. O público está mais ativo, principalmente em um meio como a Internet onde não podemos contar com a passividade da audiência. Se não gosta da propaganda, do post pago ou do Twitt pago, é fácil. Sai da página e pronto.

Esse é o poder das mídias sociais. Apesar da sua colaboratividade, a interação das pessoas depende muito do interesse em comum. Ser impactado por uma mensagem indesejada gera repercussão e movimentos que podem ser contra ou a favor de campanhas nessas mídias.

Eu não sou um dos maiores defensores do publieditorial. Acredito em formas mais interativas e dinâmicas de se fazer publicidade em blogs, mas não deixo de ler um blog por ele fazer esse tipo de publicidade. Pelo contrário, salto a parte do anúncio e continuo a leitura. Mas se a primeira página possuir só anúncios fica difícil.

Digo o mesmo em relação a essa forma de publicidade que está surgindo no Twitter. Você não precisa deixar de seguir uma pessoa só pelo fato dela estar anunciando um produto. Exceto em casos onde o usuário twitta apenas sobre um produto. O que são 20 mensagens por mês sobre determinado produto pra um cara que está sempre falando algo relevante?

Isso serve como um aviso para os publicitários. Devemos ficar mais espertos e criativos. Foi-se a época que o público era bobo e engolia tudo que a gente produzia. Com um canal abrangente como a internet e a urgência das mídias sociais, as possibilidades são infinitas e se o conteúdo não agrada, ele não vai hesitar em clicar no X e fechar a página. Ainda pra completar essa mistura, o consumidor agora tem voz e a possibilidade de propagá-la com uma rapidez tremenda.

Outro ponto em relação a esse assunto que se faz necessário citar é: o Tas vai falar de uma marca que é visivelmente massacrada pelos seus usuários no Twitter e em blogs. Não tenho conhecimento de causa, pois a empresa anunciante não oferece serviços em Minas Gerais, mas clique aqui e entenda o porquê desse comentário.

A Telefônica é vista como uma das piores prestadoras de serviços em São Paulo. Logo, é normal que as pessoas que seguem o Marcelo Tas e tem uma experiência com essa empresa, vão achar uma verdadeira falta de noção falar bem da marca, mesmo que seja um novo serviço.

Resta-me apenas observar o desenrolar dessa história e me preparar para no futuro ver um case de sucesso ou de um fracasso homérico de publicidade no Twitter. De qualquer forma, é um primeiro passo para a exploração da ferramenta como veículo publicitário.