Em assembleia realizada na última quarta-feira, o Sindicato dos Sonhos anunciou estado de greve geral a partir da próxima semana.
É isso mesmo o que você está lendo: os sonhos estarão de greve por tempo indeterminado.
Uma das causas que o sindicato reivindica é a falta de uma jornada de trabalho que contemple pelo menos um dia de folga.
Desde o surgimento da humanidade, os sonhos trabalham diariamente, sem descanso, em jornadas duplas ou triplas, atendendo às pessoas que sonham durante a noite, sonham durante o dia e até mesmo aquelas que sonham acordadas.
Além disso, o sindicato também exige reconhecimento por parte da população.
“Ele é um sonhador, vocês gostam de dizer. Mas se não fosse por nós, ele não seria nada. E aí o crédito vai pra quem? Vai para a pessoa que só teve o esforço de se deitar numa cama e fechar os olhos enquanto euzinho aqui ralo a noite toda para proporcionar esses sonhos incríveis”, disse o presidente do sindicato em meio aos gritos de aprovação.
As consequências dessa greve podem ser desastrosas para a humanidade. Em toda a sua história, essa é a primeira vez que os sonhos aderem a uma paralização geral.
Governos ao redor do mundo discutem o que fazer durante esse período, já que não existe nenhum plano de contingência ou registro histórico que os ajude a enfrentar essa situação.
Os pais mais preocupados já se perguntam o que dirão aos seus filhos quando eles acordarem de manhã e perceberem que não existem mais sonhos.
A humanidade prepara-se para um dos momentos mais sombrios de sua existência. As consequências de uma sociedade sem sonhos podem ser desastrosas.
Especialistas afirmam que os sonhos foram os principais responsáveis pela evolução da humanidade. Eram eles que, enquanto realizavam o seu trabalho dia e noite, impulsionavam as pessoas em busca da realização.
Foi com a frase “Eu tenho um sonho” que o pastor Martin Luther King começou o seu discurso mais famoso.
O que motivará as pessoas? O que as impulsionará no dia seguinte para que possam “buscar meios de realizar os sonhos”? É a grande pergunta que todos tem se feito desde o anúncio da greve.
Um mundo sem sonhos é algo inimaginável até mesmo em nossos piores pesadelos.
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