Histórias do acampamento cristão

Por Arquivo

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O relato a seguir me foi confidenciado há alguns anos por uma fonte que prefiro deixar anônima. Na época, a pessoa em questão freqüentava um famoso acampamento cristão nos arredores de Belo Horizonte. Se o que me foi descrito é verdade, não posso dizer, mas acho digno compartilhar com vocês a fim de divulgar um pouco do que acontece nos chamados acampamentos cristãos.

O ano era 2002. Eu e meus amigos estávamos na casa dos 16 anos, o que quer dizer duas coisas: nossos sacos estavam completamente inchados e 98% dos nossos assuntos eram relacionados a sexo, por mais que não praticássemos o ato há algum tempo (ou até mesmo aqueles que nunca praticaram).

Com a chegada das férias, alguns amigos da “turma” iam para cidades do interior, outros para a casa de parentes em outros bairros da cidade e um amigo em particular ia para um acampamento cristão, ou colônia de férias, como queira chamar.

Naquele ano ele voltou diferente. Sabe quando você se despede do cara com a certeza de que ele ainda é um garoto e, ao revê-lo percebe que já não é mais nenhuma criança e que, provavelmente, passou por experiências que o tornaram mais “adulto” que os demais? Pois é. Foi assim com aquele amigo.

Nos dias finais de Janeiro a turma já estava se concentrando novamente no bairro. Quando o “wolfpack” finalmente estava completo, era a hora de colocar o papo e as novidades em dia.

Todos os anos era praticamente a mesma história: alguns pegavam as mesmas garotas de sempre, outros pegavam novas garotas, alguns pegavam garotas que não existiam e outros não pegavam ninguém, mas contabilizam pelo menos 5 nomes diferentes. Algo normal entre amigos adolescentes.

Compartilhados os feitos, era a hora do nosso amigo “cristão” contar sobre as suas férias.

Com a frieza de Charles Bronson ao acender um cigarro, o nosso amigo tirou um Hall’s do pacotinho e o colocou na boca. Há algum tempo já observávamos que alguma mudança se operara nele. O cara estava diferente. De alguma forma, era como se estivesse a alguns anos luz de distância dos demais rapazes do bairro.

O diálogo a seguir pode ter sofrido algumas alterações graças aos anos em que esteve guardado na minha memória, que vez ou outra costuma me trair. Porém, espero me lembrar da maior parte do conteúdo e o transporei letra por letra nessa missiva:

– Cara, as férias de vocês foram realmente legais, hein? Mas, acho que poucos ou nenhum de vocês passou pelo mesmo que eu.

– Ih, cole! Foi estuprado, Mané?

– Depende. Quando duas garotas diferentes te chupam é considerado estupro?

– Hahahahahaha. Estamos contando das férias, não dos sonhos.

– Tudo bem, criança. Acredite se quiser, mas isso não irá me impedir de contar pra vocês sobre as melhores férias da minha vida.

– Então vai lá, Rocco. Conta pra gente.

– Não sei se vocês sabem, mas esse foi meu último ano no acampamento. Depois que se faz a crisma, você não pode mais passar as férias por lá. É alguma regra estúpida inventada por algum padre estúpido pra manter sempre a faixa-etária por volta dos 16 anos. Triste, mas inevitável.

– Já há alguns anos eu notei que a turma dos 16 anos sempre era diferente. Várias vezes, a noite, na hora que a galera se reunia pra jantar, conversar, jogar e fazer essas coisas imbecis, eu notava que alguns rapazes e algumas garotas simplesmente desapareciam. Na minha cabeça, eles estavam ajudando a preparar a comida ou simplesmente pensando em alguma forma de dar um susto nos mais novos.

– Outra coisa que percebi também é que a Marcela e Karen adquiriram um par de seios sensacionais cada uma. Sem contar nas bundinhas redondas e empinadas, estilo Yoshi. E pensar que há uns 2 anos aquelas garotas eram duas varetas ambulantes que estavam sempre tentando se enturmar…

– Lembro que você falou delas pra gente. Uma queria ficar com você, mas você deu um fora porque não sabia beijar hahahahahahahahaha.

– Sim, criança. Eu não sabia beijar e pelo visto, naquela época, as garotas já estavam praticando e treinando para um objetivo maior. Onde eu estava mesmo? Ah, sim. Nas bundas da Marcela e da Karen. Deixe-me continuar.

– Aquelas garotas estavam demais. A puberdade fez um bem danado pra elas. Enquanto eu fiquei um pouco mais desajeito, as duas atingiram o ápice de gostosura que uma garota de 16 anos pode atingir.

– Certa noite, eu estava no quarto jogando Pokémon no quarto. Antigamente eu até gostava de ficar lá fora com os outros. Mas, vocês sabem… aquilo só é legal quando você não tem nada melhor pra fazer. Que coisa mais idiota ficar contando história de terror que não assusta ninguém.

– Histórias que você sempre ficava com medo e ia dormir mais cedo, mas, vai lá. Continua aí… hahahahaha.

– Então, eu estava lá jogando Pokémon e bateram na porta do alojamento. Abri e lá estava a Karen com a blusinha vermelha do acampamento e um shortinho comprimindo as suas coxas de um jeito que ela parecia ainda mais gostosa do que nunca. Obviamente, eu tive uma E.T.

Ela me disse:

– A gente precisa de ajuda lá na cozinha. Você pode ir com a gente?

– Puta que pariu, hein Karen? Tem que ser eu?

– Tem. Você agora é da turma dos mais velhos. Você tem que ajudar.

– Que merda. Vamos lá.

– Amigos, deixei a Karen ir na frente só pra poder observar de camarote aquela bunda sensacional. Obvio que aquela imagem mais tarde se tornaria combustível mental para a boa e velha bronha. Mas, a noite era só uma criança, como todos vocês.

– Pff.

– Então cheguei na cozinha. Estranhei porque estava tudo apagado e não tinha nenhum instrutor. Mas a Marcela também estava lá com um short do mesmo estilo da Karen e com uma bunda tão boa quanto, se não melhor. A primeira coisa que ela disse: Conseguiu tirar o nerd da toca?

– Anda logo, Cella. O que é pra fazer aqui?

– Pra começar, fecha os olhos.

– Amigos, não sei se isso acontece com vocês, mas quando uma garota me pede pra fechar os olhos, é como se eu libertasse o Hulk dentro da minha calça. Só consigo pensar em putaria. E, naquela noite, eu não estava enganado.

– A Marcella veio e começou a me beijar. E que beijo foda. Dois três beijos que dei em toda a minha vida, aquele com certeza era o melhor de todos. Mas, enquanto ela passava a língua pela minha boca, notei que a minha desceu subitamente pelas minhas pernas.

– Mandei um “Opa”, e a Karen disse pra relaxar.

– Não sei quantos de vocês aqui, e apenas suponho que nenhum, saiba a sensação de receber um “boquete”. Nem se compara a colocar água morna na latinha de Pringles e colocar no pinto. A latinha não tem o principal: língua.

– Cara, você tá de onda. Seu mentirosinho de merda.

– Tudo bem. Pode pensar o que quiser. Mas deixe-me continuar a história. Minhas pernas estavam tremendo, cara. Estava com medo de perder o equilíbrio ali e cair. Eu já estava tendo o melhor dia da minha vida e não queria estragar parecendo o perdedor de sempre. Afinal, vocês se lembram que eu fiquei com dor de barriga na festa da Fernanda quando a Alice quis ficar comigo, né? E que se não fosse o Fábio, eu não teria chegado a tempo no banheiro…

– Ali estava eu, ganhando um bola-gato da menina mais gostosa do acampamento enquanto a outra mais gostosa me beijava. A probabilidade de estragar tudo era enorme. Tão grande que fiquei parado.

– Nessa hora a Marcella pegou uma das minhas mãos e colocou por dentro da blusa dela. Sem sutiã.

– HAHAHAHAHAHHAHAHA CARA, VOCÊ É MUITO CRIATIVO. ONDE VOCÊ LEU ESSE CONTO? NO POMBA-LOCA?

– Shiu. Calado. A história não terminou.

– Run, Forrest. Run.

– Cara, pela primeira vez na vida eu estava com um seio na minha mão. Não chega nem perto da sensação de encostar o cotovelo no peito de uma garota na fila da merenda. Apertei. Foi a primeira coisa que fiz. Apertei. Confesso que fiz até um “fom-fom” mental.

– Calma, devagar. Foi o que a Marcella falou. Parei de apertar e só fiquei com a mão. Enquanto isso, no andar de baixo a Karen continuava a fazer o bola-gato. Caras, juro por Deus, e estou sendo muito errado quando faço esse juramento, mas eu tava vendo a hora que ia rechear a boca da garota.

– Mas, parece que elas andaram treinando outras coisas além do beijo e pouco antes de liberar uma porção caprichada de suco peniano ela parou.

– Eu só consegui dizer “pelo amor de Deus, continua. Não para. Por favor. Eu te imploro”. E ela disse:

– A gente vai ficar aqui por mais duas semanas. Ou você faz tudo hoje, ou aproveita esses dias.

– Tá bom, tá bom. Mas agora volta, por favor.

– Mas não adiantou. Naquela noite as garotas foram para o alojamento delas e eu tive que terminar a festa com minha melhor amiga.

– Cara, na moral. Para de mentir.

– Bom, como elas disseram. Aquele foi só o primeiro dia. E, posso dizer com toda a dignidade que me é permitida que tive duas semanas de punhetas, boquetes, mãos e bocas em seios, dedos em vaginas e – infelizmente – apenas um dia de sexo.

– Comeu porra nenhuma, cara. Cheio de goma*.

– Eu trouxe isso, já que vocês provavelmente iam duvidar…

Surpreendentemente, o cara tirou um par de calcinhas e uma foto em que as garotas estavam ao lado dele. Não tinha ninguém pelado na foto, mas a cara dos três dizia tudo o que precisávamos saber: transaram como se o Juízo Final estivesse próximo.

Naquele fatídico ano de 2002 soubemos que todas as vezes que chamávamos o nosso amigo de coroinha, carola e cordeirinho de Deus, foram apenas brincadeiras de criança perto de um cara que se tornou uma lenda no bairro.

Também descobrimos que os acampamentos cristãos são a melhor e única chance de se comer duas garotas com 16 anos de idade (a não ser que você estude em uma escola pública de bairro).

Daquele dia em diante, passamos a respeitar o nosso amigo como se fosse um professor. Claro que ele ainda agia como um apóstolo virgem em algumas ocasiões. Além disso, alguns dos outros garotos do bairro não acreditavam na história. Mas, quem era amigo, sabia que ele não estava mentindo. O cara era foda.

Depois disso, o número de garotos que começaram a fazer primeira comunhão e crisma na paróquia do bairro cresceu consideravelmente. Mas, se algum deles conseguiu façanha parecida, ninguém soube.

——
*Goma: gíria do bairro para “mentira, lorota”.

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8 Responses to " Histórias do acampamento cristão "

  1. Dinny disse:

    Oq é uma E.T?

  2. Yo creo disse:

    Pior que é +- assim mesmo.
    Quando tinha meus 15-16 anos, fui em um retiro da igreja para o pessoal da crisma (eu incluso).
    Fomos na sexta depois do almoço e voltamos no domingo, la pelas 16:00..
    Só fui ver putaria maior que aquilo na faculdade.
    Era gente trocando de barracas, fazendo sacanagem como se não houvesse amanhã.
    Acabei perdendo a minha virgindade nesse pisero todo, claro que não com duas garotas (coisa q ainda sonho XD).

  3. Henrique disse:

    Hhahahahahahah mto foda!

  4. Danilo Guedes disse:

    Aaaa a puberdade

  5. @RaphaGarcia disse:

    Épico! HAEUAHEAHEUAHEUHEHU

  6. Puta, que foda! UHAUAHUHAUHAHAUHUAHUAH’ Ri fácil! d:

  7. Fellipe Nathan disse:

    “nem se compara a colocar agua morna na latinha de pringles”. Passei mal de rir mano, mt foda a história q até tive uma E.T hujuhahuhahua

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  1. Bobalinks disse:

    […] Texto: Histórias do acampamento cristão […]

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