E os papertoys do Pitágoras? Publieditoriais em blogs de grande audiência ou em nichos específicos?

Por Arquivo

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papertoy

Ainda na onda do Social Minas, durante o painel com a presença de Raquel Camargo, Leticia Lira e Raquel Horta, (o post tá quase saíndo, mas é muita coisa pra falar, então esperem mais um pouco) um comentário feito pela última tocou em um ponto bastante abordado por quem entende de mídias sociais: a validade de publieditoriais e a relação entre nichos x audiência.

Recentemente a agência mineira Solution, que cuida da conta da faculdade Pitágoras, lançou a campanha do Vestibular 2009 e o carro chefe são os paper-toys das profissões.

Seria só mais uma ação publicitária de uma agência mineira se não fosse o fato de ser a primeira (que eu saiba) a investir em publieditoriais em vários blogs conhecidos e de grande acesso. Se você procurar, irá encontrar posts sobre o hot-site da ação em blogs como Sedentário, Bobagento, Jacará Banguela e Jovem Nerd.

Fato que a audiência desses blogs somada é absurda e, em uma primeira análise, o retorno em cliques direcionados para o hot-site seria considerado um sucesso. Mas aí eu faço uma pergunta: esses blogs atendem o nicho cujo público-alvo da campanha reside?

Na Internet cliques não querem dizer nada se não forem convertidos. Os links nesses blogs podem gerar uma visitação enorme, e vários posts sobre em blogs de menor audiência, provavelmente influenciados pelos blogs citados acima, considerados formadores de opinião. (Uma rápida busca no Google Blog Search nos mostra até o momento 43 resultados no último mês para “Paper Toys Pitágoras”). Mas até o momento eu não vi nada repassado de forma espontânea em outras redes sociais como o Twitter (8 citações apenas).

No Orkut a coisa parece mais movimentada graças aos perfis dos “paper-toys” que interagem com os usuários, o que é bem interessante já que, como todos sabem, é a rede social mais movimentada no Brasil.

Infelizmente não encontrei o perfil dos personagens no Twitter. Somado à divulgação em blogs e Orkut, um perfil para cada personagem também no Twitter, a meu ver, potencializaria a campanha permitindo uma maior interação entre público/personagens.

Apesar da boa utilização do MSN na campanha, ninguém do meu Messenger está utilizando o pacote de imagens de exibição disponibilizado no hot-site.

Mas voltando ao assunto dos blogs, e o principal? Essas milhares de visitas estão se convertendo em inscrições para o vestibular? Os alunos que estão se formando esse ano, ou aqueles que já se formaram e estão fazendo o vestibular agora estão se inscrevendo?

Os autores dos blogs e os criadores da campanha que me desculpem, mas o perfil de uma boa parte dos visitantes de alguns desses blogs são usuários vindos do Google que não tem o menor interesse em ler algo que não esteja relacionado à sua busca específica.

Acredito que esse é o tipo de campanha que funcionaria perfeitamente em um blog como o Que-Diabos. O Luke está terminando o terceiro ano agora, está sofrendo a pressão do vestibular e o principal – o público dele está na faixa etária exata de quem fará a prova agora, além dele ter o perfil do nerd que se amarra em paper-toys.

Uma grande audiência nem sempre é o mais importante

Tanto agência quanto cliente merecem os meus parabéns por, em primeiro lugar, acreditarem no poder dos blogs e por criar uma ação diferente, que sai da mesmice que as outras faculdades tem veiculado ultimamente.

A ação é extremamente válida por ser um dos primeiros cases mineiros que utilizaram os blogs como força pulverizadora de informação. Os paper-toys também, ao que parece, são um sucesso. Mas vamos ver o índice de inscritos no vestibular para mensurar o sucesso da campanha.

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2 Responses to " E os papertoys do Pitágoras? Publieditoriais em blogs de grande audiência ou em nichos específicos? "

  1. Dedex disse:

    Cara, juro que sempre tive um pensamento semelhante a esse.

    Blogs como o Que-Diabos, são realmente “influentes” entre seus leitores, ou até posso citar outros blogs, como o Tecnoblog e o Gizmodo, que são relevantes para quem deseja anunciar um novo gadget, ou o Universo 42, que é interessante para quem deseja anunciar algo mais esotérico.

    Mas enfim, nem sei o que tô falando, apenas concordo.

  2. marcus disse:

    Mesmo sendo de fora do mercado publicitário, já tinha notado que algmas agências parecem se importar mais com o número de cliques que vem da campanha veiculada do que com a taxa de conversão deles.

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