Já tentei ser jogador de futebol, físico nuclear, cientista da computação e famoso. Terminei formado em publicidade e escrevendo em um blog sobre a minha vida. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de sucesso.

Retrospectiva 2018

2018 foi o ano da mudança.

retrospectiva-2018

2018 havia chegado há poucos segundos quando tracei as famosas metas de ano novo. Na televisão, imagens do Show da Virada e dos fogos em Copacabana. Nesse momento a gente não se pergunta se atingiremos os objetivos. É muito cedo para cogitar como estaremos em dezembro. Mas, se naquele instante eu fizesse um exercício de imaginação tentando adivinhar como seria o meu ano novo, eu estaria muito longe da resposta correta.

É por isso que a palavra que define o meu ano de 2018 é mudança.

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Top 3 livros, séries e filmes de 2018

Os melhores livros, séries e filmes que acompanhei em 2018.

Junto com o reboot do blog, veio uma nova categorização das minhas postagens. Algo mais minimalista, focado nas principais atividades de um adulto que ainda insiste em manter um blog. Ou seja, além do diário, a ideia é falar sobre o que estou assistindo, o que estou lendo e o que estou ouvindo.

Apesar de ter assistido muitos filmes e séries, lido muitos livros e escutado muitos discos, nem sempre foi possível falar sobre cada um deles aqui. Mas para tentar fazer um pacotão de final de ano, resolvi elaborar o meu Top 3 livros, séries e filmes de 2018. Os discos vão ficar de fora dessa vez pois eu realmente não parei para pensar sobre o assunto.

O critério dessa lista é um só: as obras que impactaram a minha vida em 2018. Não entra nenhuma questão técnica nem nada do tipo, até porque se a ideia foi resgatar o blog como ele era antigamente, quero deixar de fora a presunção que eu tinha de ser um tipo de crítico de cinema ou literário.

Eu não tenho a menor credibilidade para isso.

Sem mais enrolação, confira o meu Top 3 dividido por categorias.

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Rafael vai ao Chile!

Demorou mais de 30 anos, mas finalmente fiz minha primeira viagem internacional.

Da janela do avião vejo uma cadeia de montanhas salpicadas de neve. À primeira vista, me lembram uma estufa de padaria repleta de pães doces com cobertura de açúcar refinado. Mesmo a alguns quilômetros de distância, aquela foi a primeira vez que eu vi a “neve” de perto. E a Cordilheira dos Andes.

Alguns minutos depois o avião aterrissa de forma macia na pista do Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez. O termômetro marca trinta e quatro graus mas a sensação térmica é de quarenta e dois.

No desembarque, várias pessoas seguram placas com nomes de todas as partes do mundo. Robert, Yussef, Aleksänder… Até que vejo uma mulher com uma plaquinha de papel com o nome da minha namorada escrito em letras de forma em uma versão latina do original: Gómez ao invés de Gomes. Definitivamente estávamos no Chile.

Às vésperas dos meus trinta e dois anos de vida, é assim que começa minha primeira viagem para fora do Brasil.

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Eu tenho um problema com as séries da Marvel na Netlix

Terminei de assistir a terceira temporada de Demolidor, fruto da parceria entre Marvel e Netflix. A resenha vai ficar para depois, porque preciso falar sobre algo que me incomoda bastante no universo dos super-heróis. Especificamente no universo criado pela Netflix.

ALERTA DE SPOILER: Não leia daqui em diante se você ainda não assistiu Os Defensores, a segunda temporada de Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro ou terminou a última temporada de Demolidor. Tem muitos spoilers e não quero estragar a sua diversão.

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Esse talvez seja o último post desse blog

Eu mal voltei com esse blog e já perdi completamente a vontade de escrever.

Preciso admitir que o maior culpado disso é o clima polarizado do Brasil durante essas eleições. Toda a minha vontade de escrever esvaiu-se à medida em que eu digitava os famosos textões em discussões sem fim ou sentido nas caixas de comentários das redes sociais.

Dediquei tanto esforço a converter votos ou pensar em insultos cada vez mais elaborados que acabei deixando a minha escrita pessoal de lado. E o que aconteceu? Provavelmente perdi amigos, devo ter sido jurado de morte uma ou duas vezes e no final das contas, todas as discussões em que me envolvi não me levaram a lugar algum e foram mais improdutivas que certo candidato em 28 anos como deputado. Mas aumentei consideravelmente o meu repertório de xingamentos.

Isso acaba amanhã.

Dependendo do resultado, fica até difícil saber se ter um blog será algo aceitável pelo futuro regime. Não quero pagar pra ver e, por isso, talvez seja melhor aproveitar esses supostos últimos dias de democracia para retomar a minha escrita e deixar um legado. Nunca se sabe quando a sua qualidade narrativa poderá servir de passaporte para um exílio no Chile ou na França (se depender das pessoas com quem discuti, talvez seria Venezuela ou Cuba, mas quero experimentar bons vinhos).

Por via das dúvidas, é melhor deixar tudo arrumado por aqui.

Mas eu posso estar enganado e tudo continuará na mesma. Talvez o Brasil continue como uma democracia, com menos amigos e, consequentemente, menos festas de aniversário para ser convidado. Vida que segue, como diria algum poeta anônimo.

2018 talvez tenha sido um dos anos mais bizarros da nossa história recente. Os ânimos estão exaltados como nunca se viu. Em todos os lugares só se fala de eleições. Independentemente do seu candidato.

Falar sobre política não quer dizer que ficamos mais politizados. Basta ver a quantidade de notícias falsas que são compartilhadas diariamente nos grupos de Whatasapp e nas timelines de redes sociais.

Esse talvez seja um dos fatores que mais me desanimou de escrever nessa retomada do blog. A quantidade de pessoas que compartilham alguma coisa sem ler, sem questionar, com base apenas em um título extremamente sensacionalista – o famoso click bait – e alguma imagem chocante ou meme.

Por que gastar algumas horas escrevendo um texto, revisando, colocando todos os meus sentimentos para fora sendo que, no final das contas, as pessoas não passarão das primeiras 6 palavras ali de cima? E se passarem, mesmo que seja um texto extremamente pessoal, ainda corro o risco de receber algum comentário com “fake news”.

Não tem sido fácil investir em escrita no Brasil. Talvez nunca tenha sido. Mas agora, quando as pessoas se informam mais pelo Whatsapp que pela mídia tradicional, fica difícil querer levar a sério esse ofício.

Não sei quando volto. Se volto. Talvez essa URL nem passe pelo crivo do novo regime, mas mantenham-se firmes. Não desistam. Podemos perder essa batalha, mas a resistência só acabará com o fim da nossa existência.

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